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    Análise comparativa de duas bebidas esportivas sobre parâmetros fisiológicos e de perfomiance de jogadores de futebol
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-07-04) Guttierres, Ana Paula Muniz; Marins, João Carlos Bouzas
    O objetivo do presente estudo foi comparar o efeito do consumo da bebida esportiva cafeinada (BEC) frente a uma bebida carboidratada comercial (BCC) sobre o estado de hidratação, parâmetros metabólicos e performance em testes físico- motores de habilidades específicas de jogadores de futebol. Dezoito atletas participaram de duas partidas: em uma, ingeriram BEC (250 mg.l -1 de cafeína) e em outra, consumiram BCC. Antes e após cada jogo os atletas executavam os testes físico-motores (Illinois Agility Run, salto vertical -Sargent Jump). Vinte minutos antes da partida, os atletas consumiram 5 ml.kg -1 de peso corporal (PC) e 3 ml.kg -1 de PC de bebida nos tempos 0, 15, 30 e 45 minutos de cada tempo de jogo. Foram coletadas amostras de sangue para a análise de glicose (GLC), lactato (LAC), cafeína plasmática (CP), potássio (K + ), ácidos graxos livres (AGL). Amostras de urina foram coletas para as análises da cafeína urinária (CU) e densidade da urina (DU). Freqüência cardíaca (FC) e índice de percepção subjetiva do esforço (IPE) foram registrados a cada 5 minutos da partida. Os resultados mostraram que os tratamentos diferiram significantemente em relação ao estado de hidratação. BEC promoveu maior percentual de perda de PC, grau de desidratação, desidratação relativa, desidratação absoluta e maior taxa de sudorese (TS). Não houve diferença estatística na DU e na quantidade de urina produzida durante o jogo. BEC resultou em uma reposição de fluidos significantemente menor (75,0 13,3%) em relação à BCC (82,5 ± 13,7%). BEC proporcionou valores superiores e estatisticamente significantes em relação à BCC nas variáveis GLC e LAC. A concentração de K + diminuiu significativamente nas duas bebidas do início para o final do jogo (ambas p < 0,01). Contudo, BEC não diferiu significativamente de BCC antes e após o jogo (p = 0,99; p = 0,47, respectivamente). A concentração de AGL não foi estatisticamente diferente entre os grupos no início (p=0,08) e no final (p = 0,49) das partidas. BEC promoveu aumento significante nos valores de CP e CU durante a partida. A FC diferiu significantemente durante o jogo com a ingestão das bebidas. No entanto, BEC promoveu maior valor de FC. . O consumo de BEC (p < 0,01) aumentou significantemente a altura atingida no salto em comparação a BCC (p = 0,02). Comparando a ingestão das duas bebidas, ambas não foram capazes de melhorar o desempenho para a execução do teste de agilidade (p = 0,95). Conclui-se que BEC promoveu maior impacto sobre o balanço hídrico dos jogadores do que BCC devido, provavelmente, à promoção de maior TS. BEC promoveu aumento de GLC, LAC, CP, CU e FC e por outro lado, não exerceu efeitos positivos sobre AGL, K + e IPE. BEC promoveu efeito ergogênico para jogadores de futebol aumentando a potência dos membros inferiores, porém, não teve influência na agilidade. Desta forma, o consumo de BEC é recomendado visto que, fisiologicamente, não causou efeitos adversos sobre o estado de hidratação e foi capaz de aumentar a disponibilidade de GLC e a potência de membros inferiores de jogadores de futebol.