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    Produtividade e qualidade do café de lavouras em conversão para o sistema de produção orgânico
    (Universidade Federal de Lavras, 2007-03-23) Malta, Marcelo Ribeiro; Pereira, Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga
    Com o objetivo de se verificar a produtividade e a qualidade do café de lavouras em conversão para o sistema de produção orgânico, bem como compará-las com lavouras submetidas ao manejo convencional, foi montado este experimento, no município de Lavras, MG. O experimento foi instalado em lavoura cafeeira anteriormente cultivada no sistema convencional, cultivar Catuaí Amarelo IAC 86, espaçamento de 4,0 x 0,6 m, com 6 anos de idade. Para os tratamentos orgânicos, empregou-se o delineamento látice balanceado 4 x 4, com 5 repetições em esquema fatorial 3 x 2 x 2, além de 4 tratamentos adicionais. O fatorial constou da utilização de 3 fontes de matéria orgânica (farelo de mamona, cama de frango e esterco bovino), com ou sem aplicação de casca de café e de adubação verde. Os quatro tratamentos adicionais consistiram de: Tratamento 1 - esterco bovino + casca de café + moinha de carvão + sulfato duplo de potássio e magnésio; Tratamento 2 - farelo de mamona + casca de café + farinha de rocha; Tratamento 3 - aplicação de casca de café e Tratamento 4 - adubação verde – feijão-guandu (Cajanus cajan L.). Para efeito de comparação, também havia, no mesmo talhão, uma lavoura submetida ao manejo convencional. Durante os dois primeiros anos de conversão, determinaram-se a produtividade, a classificação física, a composição físico-química e química e a avaliação sensorial do café. Não foram observadas diferenças significativas em relação à produtividade do primeiro ano de conversão das lavouras cafeeiras submetidas ao sistema de produção orgânico quando comparadas com a lavoura convencional. Entretanto, em relação à produtividade do segundo ano de conversão, verificaram-se diferenças significativas entre essas duas formas de produção. Em sua maioria a produtividade das lavouras orgânicas foi inferior à da lavoura convencional. Os cafés foram classificados em tipos acima do tipo 6, devido ao grande número de defeitos verificados, tanto nos tratamentos orgânicos quanto na testemunha (convencional), nos dois anos de produção; foi observada alta incidência de grãos brocados no segundo ano de avaliação, devido ao intenso ataque da broca do cafeeiro, o que contribuiu para a classificação por tipo acima de 6; tanto os tratamentos orgânicos como a testemunha proporcionaram alta percentagem de grãos chatos graúdos e médios. Não foi possível estabelecer uma relação entre os diferentes tratamentos orgânicos testados com a composição química e a caracterização físico-química dos grãos de café. De maneira geral, os grãos de café submetidos ao manejo orgânico apresentaram características físico-químicas e químicas semelhantes às dos grãos de café de lavouras do sistema convencional. Em relação à análise sensorial no primeiro ano de conversão, de modo geral, não foram observadas diferenças entre os tratamentos orgânicos e nem entre os tratamentos orgânicos, quando comparados com a testemunha; no segundo ano, observou-se superioridade, em termos qualitativos, de alguns tratamentos orgânicos em relação à lavoura no sistema convencional. Verificou-se efeito positivo da utilização do esterco bovino e da adubação verde sobre a qualidade do café.