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    Resposta ao esqueletamento de progênies de Coffea arabica L.: produtividade e qualidade
    (Universidade Federal de Lavras, 2017-04-24) Nadaleti, Denis Henrique Silva; Carvalho, Gladyston Rodrigues
    A utilização de cultivares resistentes à ferrugem tem sido uma importante estratégia no controle dessa doença, sendo que em condições propícias ao seu desenvolvimento, a ferrugem pode causar danos significativos à cultura, principalmente na redução da produtividade. A poda tipo esqueletamento é amplamente utilizada para renovação de lavouras, com a eliminação de tecidos improdutivos das plantas, favorecendo altas produtividades. O sistema “Safra Zero” passou a ser adotado a fim de manter o porte da lavoura e eliminar as colheitas em ano de safra baixa, preconizando ciclos de poda após anos de safra alta. Nesse contexto objetivou-se selecionar progênies de Coffea arabica L. que sejam responsivas ao esqueletamento, apresentem um elevado potencial de qualidade de bebida, assim como outras características agronômicas de interesse. Foram avaliadas 18 progênies em geração F 5 , sendo oito do grupo Catucaí (cruzamento de cultivares do grupo Catuaí com cafeeiros do germoplasma Icatu) e dez descendentes de Híbrido de Timor (Catuaí Vermelho e Amarelo com Híbrido de Timor), assim como duas cultivares comerciais como testemunhas (Tupí IAC 1669-33 e Obatã IAC 1669-20). O experimento foi conduzido na área experimental da Universidade Federal de Lavras, sendo podado em agosto de 2014. O delineamento utilizado foi em blocos casualizados (DBC) com três repetições, sendo 20 tratamentos (18 progênies e 2 cultivares comerciais) totalizando 60 parcelas experimentais. Cada parcela foi constituída por 15 plantas. Foram avaliadas as seguintes características: vigor vegetativo, incidência de ferrugem (%), produtividade (sacas ha -1 ), frutos chochos (%), peneiras 16 e acima e 17 e acima (%), grãos tipo moca (%) do “café por derriça total”, bem como aspecto, peneiras 16 e acima e 17 e acima (%), grãos tipo moca (%) e avaliação sensorial (prova de xícara) do café “maduro natural”. Para as análises estatísticas utilizou-se o software „Sisvar‟ versão 5.6, sendo os dados submetidos à análise de variância (ANOVA) e quando detectadas diferenças significativas pelo teste F foi aplicado o teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade. As progênies 9 (H516-2-1-1-18-1-1), 12 (H516-2-1-1-18-1-4), 16 (H419-3-4-5-2-1-3), 18 (H419-3-4-5-2-1-5) e a cultivar Tupí IAC 1669-33 foram responsivas ao esqueletamento, superando a máxima produtividade alcançada antes da poda, no primeiro ano após a poda, e apresentando uma produtividade média do biênio no sistema “Safra Zero” superior à produtividade média de seis safras anteriores a poda. Com exceção das progênies de Catucaí Amarelo 24/137, todos os genótipos estudados apresentaram potencial para produção de cafés especiais. A progênie 15 (H419-3-4-5-2-1-2) e a cultivar Obatã IAC 1669-20 (testemunha) condicionaram uma bebida classificada como excelente, destacando-se dos demais genótipos.