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    Gestão estratégica na cafeicultura: eficiência de fatores produtivos e quantificação de emissões de gases do efeito estufa
    (Universidade Federal de Lavras, 2015-02-15) Oliveira, Diego Humberto de; Guimarães, Rubens José
    Com as reestruturações macroeconômicas do final do século XX o setor cafeeiro se organizou em um novo arranjo. Premissas de gestão, diferentes das tradicionais, foram instituídas sobre as propriedades cafeeiras e a demanda dos consumidores acerca da sustentabilidade passou a orientar a indústria que, para poder oferecer produtos diferenciados, passou a demandá-los dos cafeicultores. Entretanto, o despreparo gerencial herdado da antiga regulamentação do setor interfere nos resultados econômicos da produção e muitos cafeicultores sequer buscam diferenciar seu produto. Além disto, ao longo dos ciclos produtivos as quantidades de fatores produtivos são alteradas sem as devidas recomendações técnicas, podendo inviabilizar economicamente a produção ou impactá-la ambientalmente. Com as novas demandas de consumo, que remetem a produções sustentáveis, em algum momento esta situação poderá levar à perda de oportunidades comerciais. O produtor, portanto, demanda informações para agir estrategicamente sobre seu negócio. Objetivou-se, com este trabalho, sugerir um processo para a gestão estratégica de empreendimentos cafeeiros, considerando os aspectos econômicos e ambientais. Foram analisadas as viabilidades econômicas de um fertilizante formulado NPK quando aplicado em diferentes níveis em cafeeiros irrigados e a quantificação de suas emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE). As análises contemplaram as safras 2012/2013 e 2013/2014 de um experimento conduzido na Universidade Federal de Lavras. Seu delineamento foi em blocos ao acaso, com seis tratamentos e quatro repetições, sendo seis níveis de adubação com um fertilizante contendo N, P 2 O 5 e K 2 O que foram de 10, 40, 70, 100, 130 e 160% da recomendação de adubação padrão para cafeeiros de sequeiro. As emissões de GEE se basearam nos índices do IPCC para óxido nitroso (N 2 O) e dióxido de carbono (CO 2 ). Houve efeito significativo dos níveis de adubação sobre a produtividade no biênio e a produção máxima foi alcançada com a aplicação do fertilizante no nível de 145,57% da recomendação padrão. A produção ótima econômica ocorreu com a aplicação no nível de 118,12%. As produções máxima e ótima econômica no biênio geraram uma margem bruta de R$18.205,73 por hectare (ha) e R$19.127,81/há, respectivamente, considerando apenas os custos do fertilizante que foi o fator variável. Quanto às emissões de GEE, a quantidade de fertilizante que maximizou a produção gerou 7,42 toneladas de carbono equivalente (tCO 2 e) por hectare, enquanto a quantidade ótima econômica gerou 6,02 tCO 2 e/ha; uma diferença de 18,86%. O processo pode ser incorporado pela gestão estratégica das unidades produtivas para a adequação econômica de fatores produtivos e indicação de uma produção com menor impacto ambiental.