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    Rentabilidade econômica e dispêndios energéticos nos sistemas de café convencional e irrigado em três municípios na região de Marília, São Paulo
    (Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2016-12-16) Turco, Patricia Helena Nogueira; Esperancin, Maura Seiko Tsutsui
    O objetivo deste trabalho é avaliar o benefício econômico e os dispêndios energéticos do cultivo de café, comparando os sistemas de café convencional e irrigado. Para o desenvolvimento do estudo, os sistemas produtivos foram delineados a partir de dados informados por uma amostra de produtores, para elaboração de uma matriz de coeficientes técnicos médios. A metodologia utilizada para a estimativa do custo operacional de produção é a do Instituto de Economia Agrícola (IEA) e foram avaliados indicadores de rentabilidade como receita bruta, lucro operacional e índice de lucratividade. Na análise energética foram observadas e quantificadas todas as operações realizadas, juntamente com suas exigências físicas, classificando-as em seus respectivos fluxos, a partir da definição das entradas e saídas de energia, traduzindo-as em equivalentes energéticos e determinando, assim, a matriz energética dos dois sistemas de produção de café. Os resultados da produtividade apontam que o café em sistema irrigado por gotejo produz 10,4 sacos de 60 kg de café beneficiado a mais que o sistema convencional. O custo operacional efetivo (COE) no sistema irrigado é maior do que no sistema convencional. Na composição do custo, no sistema de café convencional os maiores gastos foram com adubos no item insumos e, no sistema irrigado, os maiores dispêndios foram com máquinas e equipamentos principalmente com a colheita, nos anos de 2013, 2014 e 2015. Os lucros operacionais nos anos de 2012, 2013 e 2015 foram positivos, sendo que o índice de lucratividade para o café convencional em 2015 foi de 44,8% e para o sistema irrigado por gotejo em 49,7%. No ano de 2014, os índices de lucratividade foram negativos tanto para o sistema de produção de café irrigado (- 8,6%) como para o sistema de café convencional, que foi de (- 13,9%). A melhor opção para o produtor é o sistema irrigado por gotejo, pois possibilita diminuir o risco de perda na produção em períodos prolongados de déficits hídricos além de possibilitar o maior rendimento com uma produção maior de grãos. Os resultados energéticos mostram que na estrutura de dispêndios energéticos por tipo, fonte e origem, tem-se que a energia indireta participou com mais de 66%, sendo os adubos os dispêndios mais altos. O indicador de eficiência energética, nos dois sistemas de produção, apresenta um valor médio de 4,16 para café convencional e de 3,26 para o café irrigado. Esse valor indica que a relação entre a somatória das energias totais e a somatória das “entradas” de energia não renováveis é positiva. Vê-se, portanto, que o consumo de energia direta de origem fóssil é significativo nos dois sistemas de produção. O balanço energético, que mostra a diferença entre as energias totais e “entradas” de energias não renováveis, foi positivo nos dois sistemas produtivos, em média de 25.258,55 MJ ha -1 para o café convencional e 26.712,94 MJ ha -1 para o café irrigado por gotejo. A melhor opção entre os dois sistemas para o produtor em termos energéticos é o café irrigado por gotejo, pois possibilita que o produtor tenha uma melhor saída de energia mesmo tendo um valor maior no balanço energético. A continuação de estudos poderá fornecer subsídios sobre balanço energético. A determinação de informações específicas para as condições de produção de café pode contribuir como uma importante ferramenta para definir novas tecnologias e manejos da produção, proporcionando economia de energia e, consequentemente, aumento da eficiência energética e redução de custo de produção.