Teses e Dissertações
URI permanente desta comunidadehttps://thoth.dti.ufv.br/handle/123456789/2
Navegar
109 resultados
Resultados da Pesquisa
Item Composição lipídica e a qualidade de bebida do café (Coffea arabica L.) durante o armazenamento(Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-13) Vidal, Hélcio Müller; Jham, Gulab NewandramFoi conduzido um estudo interdisciplinar para se avaliar o efeito do tempo de armazenamento, estádio de maturação, modo de secagem, torração e local de colheita sobre a qualidade de bebida e analisar as correlações entre composição química do café, infestação por microrganismos e a qualidade de bebida do café. Os seguintes tratamentos foram usados: Tipo de café (verde, cereja e mistura), modo de secagem (pátio e secador) e local de colheita (Viçosa e Machado). O café foi armazenado durante 4, 7, 10, 13, 16 e 19 meses, sendo então avaliada a qualidade de bebida, a cor, a % de infestação por microrganismos e as alterações na composição lipídica, medida pela determinação do teor de óleo, teor e triacilgliceróis (TAGs) e ésteres de terpenos no óleo, acidez e perfil dos ácidos graxos. Observou-se efeito significativo do tempo sobre a cor, teor de óleo e acidez. A acidez aumentou linearmente em função do tempo, enquanto o teor de óleo caiu. Os principais ácidos graxos identificados foram, na ordem, linoleico e palmítco. Entre os tipos de café, verde, cereja e mistura houve variações significativas na cor, acidez e teor de óleo. Poucas diferenças foram observadas entre o café seco em pátio e em secador, do café seco em secador obteve-se menor acidez e maior teor de óleo. Após torração, a principal mudança foi notada no teor de óleo, enquanto que a composição química se manteve praticamente inalterada. Os resultados obtidos pela degustação forma muito discrepantes. Este método analítico envolve um grande fator de subjetividade, não sendo uma análise exata, sujeita a erros, que a torna não confiável.Item Caracterização química e físico-química de cafés (Coffea arabica L.) despolpados pré-secos em aerador e terreiro(Universidade Federal de Lavras, 2005-11-07) Egg Mendonça, Carla Viviane do Carmo; Abreu, Celeste Maria Patto deA qualidade do café, atributo muito importante para sua valorização, é influenciada por diversos fatores que vão desde o plantio até o preparo da bebida. A condução correta do processamento é considerada essencial na obtenção de um produto de boa qualidade. Buscando novas tecnologias, cafés (Coffea arábica L.) despolpados oriundos da Fazenda Ipanema, no município de Alfenas, MG, foram preparados para avaliar a tradicional pré-secagem no terreiro e em um pré-secador comercial. Os cafés utilizados foram das variedades Catuaí, no 1º ano de experimento, e Mundo Novo, no 2º ano de experimento. Foram utilizados, na pré-secagem, um terreiro de asfalto e um aerador contínuo de cascata do tipo PA-AC, com capacidade de 8.000 litros/hora. Após cada pré-secagem, os cafés foram submetidos ao processo de secagem, em secadores tradicionais. Para as análises foram utilizados grãos sem defeitos crus e submetidos a dois graus de torração, clara e média. Depois de moídos, foram congelados para análises posteriores. Para os grãos crus, no 1º ano de experimento, a pré-secagem em aerador foi melhor que em terreiro, em 40% das análises e em 30% das análises não houve diferenças significativas entre os dois tipos de pré-secagem. No 2º ano de experimento, a pré-secagem em aerador foi melhor que em terreiro em 60% das análises e em 30% das análises não houve diferenças significativas entre os dois tipos de pré-secagem. Em relação aos grãos torrados houve equilíbrio entre os tipos de torra e os dois tipos de pré-secagem. Conclui-se que a pré-secagem no aerador foi melhor que a pré-secagem no terreiro, para os grãos crus e, para os grãos torrados, devem-se levar em conta os benefícios de cada pré-secagem.Item Aplicação de antioxidantes em sementes de cafeeiro (Coffea arabica L.) visando a preservação da qualidade(Universidade Federal de Lavras, 2000-07-11) Kikuti, Ana Lúcia Pereira; Guimarães, Renato MendesA disponibilização de sementes de cafeeiro com qualidade durante todo ano, permite o plantio da lavoura nas épocas mais adequadas, com inúmeros reflexos positivos na produção e produtividade. O presente estudo teve como objetivo verificar a influência da aplicação de antioxidantes durante a degomagem ou em sementes secas de cafeeiro, como tratamento pré-germinativo ou na preservação da qualidade fisiológica das sementes durante o armazenamento. O ensaio foi conduzido no Laboratório de Análises de Sementes e na Unidade de sementes da cultivar Rubi, colhidas no estádio cereja, as quais foram degomadas em soluções contendo: água pura, ácido ascórbico (2000 ppm), EDTA (2000 ppm) ou limão (25%). Uma parte das sementes degomadas em água após secagem foram embebidas com água pura, ácido ascórbico (2000 ppm), EDTA (2000 ppm) ou limão (25%). Após os tratamentos, as sementes foram então secadas e tratadas ou não com fungicidas, embaladas e armazenadas. Além disso, após secagem, ainda foi acrescentado o tratamento com solução de tocoferol diluído em óleo de soja (10.000 ppm), tratadas ou não com fungicidas. A avaliação da qualidade fisiológica foi realizada antes, após quatro e oito meses de armazenamento por meio de testes de germinação; índice de velocidade de germinação, condutividade elétrica; emergência de plântulas em areia + solo (índice de velocidade de emergência, estande 45 dias e 60 dias após semeadura), comprimento de plântula e peso da matéria fresca e seca de plântulas, e através do perfil eletroforético das enzimas catalase, superóxido dismutase, lipoxigenase e peroxidase. Antes do armazenamento, somente a solução de tocoferol destacou-se, proporcionando resultados inferiores aos demais. Após quatro meses de armazenamento, houve queda significativa da qualidade das sementes, quando comparada com resultados obtidos antes do armazenamento embora as maiores quedas tenham ocorrido quando foram utilizadas as soluções de limão e tocoferol. Após oito meses de armazenamento, as sementes perderam a viabilidade. As enzimas catalase e superóxido dismutase não foram eficientes em detectar diferenças entre os tratamentos, não sendo encontrada atividade das enzimas peroxidase e lipoxigenase. Apesar disso, quando foram comparados os tempos de armazenamento, notou-se diminuição na intensidade de bandas para superóxido dismutase durante o armazenamento. Pode-se concluir que o uso de soluções contendo antioxidantes na degomagem de sementes de cafeeiro não influencia a sua qualidade fisiológica; a imersão de sementes de cafeeiro em solução de ácido ascórbico e EDTA, após a secagem, contribui para melhorar o desempenho das sementes logo após a colheita e após quatro meses de armazenamento; a aplicação da solução de limão prejudica os sistemas de membranas das células das sementes.Item Efeito de sistemas de colheita na qualidade do café (Coffea arabica L.)(Universidade Federal de Lavras, 2002-03-11) Carvalho Junior, Cássio de; Borém, Flávio MeiraA qualidade do café é um aspecto imprescindível para que a cafeicultura continue sendo competitiva e a colheita é um dos principais fatores que pode afetar a sua qualidade final. Com o objetivo de avaliar a interferência de diferentes sistemas de colheita na qualidade do café e tendo em vista a interferência de outros fatores, como a composição do lote de café em função do seu estado de maturação e da época de colheita, o presente trabalho foi dividido em duas etapas. Na primeira etapa, buscou-se estudar o efeito de diferentes sistemas de colheita em três tipos de café: cereja/verde e bóia (provenientes da lavagem do café) e no café composto pela mistura de frutos provenientes da lavoura. Na segunda etapa, buscou-se estudar o efeito de diferentes sistemas de colheita em três épocas distintas de colheita (início, meio e final de safra). O trabalho foi desenvolvido na Fazenda Rancho Fundo, município de Campos Gerais, MG, no Departamento de Ciências dos Alimentos da UFLA e no Centro Tecnológico do Sul de Minas da EPAMIG. Foram estudados os seguintes sistemas de colheita: a) derriça manual no pano com recolhimento e abanação manuais; b) derriça manual no chão com recolhimento e abanação manuais; c) derriça mecanizada no pano com derriçadora portátil com recolhimento e abanação manuais; d) derriça mecanizada no chão com derriçadora portátil com recolhimento e abanação manuais; e) derriça mecanizada no chão com derriçadora portátil com recolhimento e abanação mecanizaos e f) derriça mecanizada com derriçadora automotriz. Depois da derriça e da lavagem foi feita a composição da amostra. Após a secagem em terreiro, em ambas as etapas, o café foi beneficiado e amostras foram retiradas e submetidas às seguintes análises: teor de água, prova de xícara, quantificação dos defeitos, polifenóis, açúcares totais, redutores e não redutores, sólidos solúveis totais, acidez titulável total, condutividade elétrica e lixiviação de potássio. Na primeira etapa, observa-se, pelos resultados obtidos na composição das amostras quanto à porcentagem de frutos verdes, cereja e seco/passa, que a derriça mecanizada proporcionou seletividade, derriçando menor quantidade de frutos verdes. Quando à composição química dos grãos, apesar da colheita mecanizada ter derriçado menor quantidade de frutos verdes e de terem sido observadas diferenças significativas entre o sistema de colheita e o teor de polifenóis, teor de açúcares e acidez titulável, não foi possível estabelecer uma associação definida entre sistema de colheita e composição química. Não foram observadas diferenças significativas entre as médias de condutividade elétrica e lixiviação de potássio em função do sistema de colheita. Não foi possível distinguir, com base na prova de xícara, diferenças na qualidade do café em função do sistema de colheita. Em todas as amostras analisadas ocorreu padrão superior de bebida. Na segunda etapa, de acordo com os resultados obtidos na composição da amostra, observou-se que a colheita mecanizada derriçou menor quantidade de frutos verdes do que a derriça manual na época I, indicando a seletividade da derriça mecânica. Quanto à composição química dos grãos, embora tenham sido constatadas diferenças significativas nos teores de polifenóis, açúcares totais, redutores e não redutores, em função dos sistemas de colheita estudados, não se pode precisar uma associação definida entre o sistema de colheita e os componentes químicos dos grãos analisados. Não foram observadas diferenças significativas dos valores médios da condutividade elétrica e da lixiviação de potássio e dos teores médios de acidez titulável e sólidos solúveis em função dos sistemas estudados. Os cafés colhidos na época III apresentaram maior condutividade elétrica, lixiviação de potássio e acidez titulável do que nas épocas I e II, indicando que estes cafés podem ter sofrido deterioração. Todas as amostras analisadas apresentaram bebida dura e apenas mole, não sendo possível distinguir diferenças na qualidade do café em função do sistema e da época de colheita.Item Beneficiamento de sementes de café ( Coffea arabica L.) e efeitos na qualidade(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2003-03) Giomo, Gerson Silva; Nakagawa, JoãoA necessidade de obter melhores informações sobre o beneficiamento de sementes de café motivou a realização da presente pesquisa, cujos objetivos foram verificar a possibilidade de uso da máquina de ar e peneiras e da mesa de gravidade no fracionamento de lotes de sementes segundo características físicas e, paralelamente, estudar seus efeitos nas qualidades física e fisiológica das sementes. Um lote de sementes de café Catuaí Amarelo, linhagem IAC H 2077-2-5-62, foi beneficiado em máquina de pré-limpeza, em máquina de limpeza e classificação e em mesa de gravidade, de forma isolada ou em seqüência, cujo fluxo operacional deu origem a vinte tratamentos. Do lote original, devidamente homogeneizado, foi retirada uma porção de sementes que permaneceu sem nenhum tipo de manipulação, constituindo o tratamento “Sem Beneficiamento”. Outra porção foi submetida ao processo de seleção manual, constituindo o tratamento “Escolha Manual”, que foi considerado como testemunha. Em seguida, o restante do lote foi submetido à ação de uma máquina de pré-limpeza, onde a porção que ficou retida na peneira inferior, com orifícios oblongos de 9/64 x 3⁄4 de polegada, constituiu o tratamento “Pré Limpeza”. Após isso, essa porção foi submetida à ação de uma mesa de gravidade com a região de descarga dividida em frações superior, intermediária-superior, intermediária-inferior e inferior, constituindo quatro tratamentos. Foi admitida como extremidade superior o ponto mais elevado da região de descarga, quando considerada a inclinação lateral da mesa de gravidade e, como inferior, a extremidade oposta. Essas quatro frações foram, posteriormente, reunidas e misturadas homogeneamente em uma só fração, reconstituindo, portanto, a porção “Pré Limpeza”, que foi submetida à ação de uma máquina de limpeza e classificação, provida com peneiras de orifícios circulares e oblongos, intercaladas, obtendo-se cinco classes de tamanho nas peneiras 15/64 x 3⁄4, 22/64, 20/64, 13/64 x 3⁄4 e 18/64 de polegada, constituindo os respectivos tratamentos desse equipamento. As sementes retidas nas peneiras 22/64 e 20/64 de polegada foram submetidas, separadamente, à ação de uma mesa de gravidade com as mesmas regulagens utilizadas anteriormente, obtendo-se quatro novas frações com pesos específicos distintos para cada uma das peneiras mencionadas, constituindo mais oito tratamentos e finalizando seqüência operacional do beneficiamento. Amostras de sementes foram coletadas a intervalos regulares de tempo a partir da estabilização do funcionamento dos equipamentos, dando origem às quatro repetições dos respectivos tratamentos. As amostras, embaladas em sacos de papel Kraft e colocadas dentro de vasilhames não herméticos, foram mantidas em ambiente de laboratório, sem controle de temperatura e de umidade relativa, sendo as sementes avaliadas quanto às suas características físicas e fisiológicas através de determinações em laboratório e casa de vegetação, aos zero, quatro e oito meses de armazenamento. A análise e interpretação dos resultados permitiram concluir que: a) A escolha manual de sementes de café permite a obtenção de lotes com qualidade fisiológica superior à do lote original, porém de forma menos eficiente que o beneficiamento mecanizado em máquina de ar e peneiras e mesa de gravidade; b) A máquina de pré-limpeza e a máquina de ar e peneiras são eficientes para a homogeneização do lote e classificação das sementes de café segundo a largura e espessura; c) A mesa de gravidade é eficiente para o fracionamento de lotes de sementes de café segundo o peso volumétrico e densidade das sementes; d) O beneficiamento de lotes de sementes de café em máquina de ar e peneiras e mesa de gravidade proporciona alterações favoráveis às características físicas e fisiológicas, onde as sementes de maior tamanho ou maior densidade apresentam desempenho fisiológico superior ao das sementes de menor tamanho ou menor densidade; e) O uso da mesa de gravidade, associado ou não à máquina de ar e peneiras, proporciona ganhos qualitativos aos lotes de sementes de café; f) As sementes mocas de café apresentam qualidade fisiológica similar à das sementes chatas.Item Estudo da dispersão na secagem de frutos de café em secador de bandejas vibradas(Universidade Federal de Uberlândia, 2006-08-28) Sfredo, Marilia Assunta; Finzer, José Roberto DelaliberaPara estudar a dispersão dos frutos de café durante a secagem, utilizou-se um secador de bandejas vibradas com reciclo. O secador consiste basicamente de quatro seções: túnel vertical de secagem, sistema de vibração, sistema de injeção de ar aquecido no túnel de secagem e sistema de reciclo dos frutos de café. O túnel de secagem contém quatro bandejas perfuradas por onde escoam os frutos de café e o ar, em fluxo cruzado. A secagem dos frutos de café foi realizada utilizando-se dois planejamentos experimentais, onde as variáveis estudadas foram, para o primeiro planejamento de secagem: temperatura dos frutos de café (40; 45 e 50oC); massa de frutos de café alimentada (11,5; 12,5 e 13,5 kg) e vazão de ar de secagem (7; 8 e 9 kg ar/min), a variedade dos frutos de café foram: Acaiá, Catuaí e Mundo Novo; e para o segundo planejamento de secagem: massa de frutos de café (10; 12 e 14 kg) e vazão de ar (7; 8 e 9 kg ar/min), mantendo-se a temperatura dos frutos em 45oC e a variedade Mundo Novo. Para o primeiro planejamento somente a temperatura dos frutos influenciou significativamente o tempo de secagem, onde o maior nível de temperatura reduz em 26,77 h o tempo de secagem. Para o segundo planejamento as variáveis estudadas não foram significativas para o tempo total de secagem dos frutos de café. Durante a secagem ocorre encolhimento dos frutos de café, diminuição da esfericidade, da pegajosidade, da densidade aparente e aumento da área superficial específica com a diminuição do conteúdo de umidade dos frutos de café. Em relação à qualidade do grão de café, as melhores condições operacionais foram obtidas com maior massa e maior vazão de ar de secagem. O escoamento do café no túnel de secagem é promovido pela vibração das bandejas acopladas a vibradores eletromagnéticos. A amplitude de vibração foi determinada por um acelerômetro acoplado a um condicionador de sinal e a um osciloscópio analógico. A amplitude vibracional diminuiu com a diminuição da umidade dos frutos de café devido ao encolhimento e à diminuição da massa, da pegajosidade, da densidade e do diâmetro dos frutos de café. Durante a secagem foram determinadas a vazão mássica dos frutos de café e a distribuição do tempo de residência (DTR). Ao final da secagem, o escoamento dos frutos de café ocorre com maior facilidade devido a: ausência de pegajosidade dos frutos de café; diminuição da massa das partículas e redução do amortecimento da vibração dos frutos de café devido à rigidez adquirida na secagem. O coeficiente de dispersão (E z ) foi determinado pelos modelos da Dispersão de Taylor, da Dispersão Livre e da Dispersão Livre Modificado. Para a grande maioria dos experimentos, o modelo que melhor se ajustou aos dados experimentais (maior coeficiente de correlação) foi o Modelo da Dispersão Livre Modificado. O coeficiente de dispersão dos frutos de café variou de 1,31×10 -4 a 68,67×10 -4 m 2 /s. O número de Péclet variou de 1,15 a 31,00.Item Interface física e econômica em gestão de processo de produção de produtos conjuntos(Escola Politécnica - Universidade de São Paulo, 2004) Rosa, Luiz Carlos; Brunstein, IsraelO Processo de Produção de Produtos Conjuntos é caracterizado pelo beneficiamento de uma única matéria prima na obtenção de vários produtos. É o típico processo da maioria das empresas químicas, petroquímicas e agroindústrias fortemente desenvolvidas no Brasil como processamento de sucos de frutas, café e cana de açúcar. Este trabalho propõe um sistema que propicie a gestão do processamento conjunto que considera as grandezas físicas, como volumes e vazões, e as grandezas econômicas, como custos de insumos, mão de obra, matéria prima e preços. Permite, este sistema, ao gestor do processo fixar as condições de trabalho das máquinas e equipamentos para se obter o máximo de rentabilidade no processamento; de forma que o resultado financeiro possa ser ajustado ao maior ganho alterando-se as proporções dos produtos. O objetivo deste trabalho é apresentar um Modelo de Gestão Físico- Econômica que possa ser utilizado na análise dos resultados da operação em empresas caracterizadas pelo Processo de Produção de Produtos Conjuntos. Este modelo tem como base o Modelo Econômico de Processo de Produção de Produtos Conjuntos, a Unidade Estratégica de Negócio e o Sistema de Monitoramento de Processamento Contínuo. O Modelo Econômico de Processo de Produtos Conjuntos utiliza o conceito de Sistema de Custeio Direto por não considerar o rateio dos custos fixos. A Unidade Estratégica de Negócio – UEN – estabelece a forma de administração focada no resultado da empresa. Cada atividade dentro do processo é definida como UEN que responde pelo seu próprio resultado de tal forma que seja competente em todo o processo produtivo desde a matéria prima até o produto acabado. O Sistema de Monitoramento de Processo Contínuo é constituído de um sistema informatizado que supervisiona as máquinas e equipamentos do processo produtivo. Estes sistemas de monitoramento são amplamente utilizados em empresas de processo contínuo para o gerenciamento dos equipamentos monitorando seu funcionamento e, principalmente, auxiliando em diagnósticos e previsão de falhas. Em síntese, cada UEN tem seu custo e resultado que varia conforme as flutuações na economia e do mercado; a empresa é constituída de UENs e, portanto, têm resultados finais que variam com essas flutuações exigindo tomadas de decisão que são facilitadas com o uso do Modelo proposto neste trabalho.Item Influência do processo de secagem por pulverização mecânica (Spray Dryer) no tamanho de partícula e densidade aparente do café solúvel(Universidade de São Paulo, 2006) Esteves, Bruno Neves; Pacheco, Cláudio Roberto F.O Brasil é um grande produtor e consumidor de café. A bebida é a segunda mais consumida no país. O café solúvel é uma alternativa para o consumo diário visto que dispensa todo aparato de preparo da bebida, sendo necessária apenas água quente. O tamanho de partícula seca está diretamente ligado à densidade aparente do produto. Foram realizados testes de secagem de extrato de café em spray-dryer com atomização por disco rotativo e fluxo co-corrente variando-se a temperatura do ar de entrada (140 – 170 °C) e rotação do disco atomizador (27000 – 33000 rpm). A análise de tamanho de partícula mostrou tendência de partículas maiores quanto menor a temperatura de secagem (26 – 36 μm). Notou-se a influência tanto da temperatura quanto da rotação do disco atomizador na análise da atividade de água. A densidade aparente não se mostrou significativamente alterada pelos parâmetros estudados nos experimentos.Item Identificação de riscos e perigos no processo de torra e moagem de café visando a obtenção de produtos seguros e de qualidade(Instituto de Tecnologia - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2008) Silva, Adriana Barbosa; Silva, Luis Otávio Nunes daO Brasil é o principal produtor mundial de café. Entretanto tem o seu produto desvalorizado, em relação a alguns concorrentes, devido ao exigente mercado consumidor, preocupado com critérios que possam avaliar não só a qualidade global do café torrado e torrado e moído como também aspectos relacionados à sanidade, à higiene, à existência de fraudes e à qualidade sensorial do produto. A sistemática da ferramenta Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) favorece a correta identificação dos riscos e perigos que podem comprometer a qualidade intrínseca e a sanidade do produto sendo um importante instrumento na elaboração de requisitos que possam nortear a produção do café brasileiro dentro de padrões internacionais de qualidade. Com base em uma ampla revisão bibliográfica sobre o tema e em observações feitas em unidades de torra e moagem de café foi possível caracterizar todo o processo produtivo bem como os principais fatores que influem direta ou indiretamente na qualidade do produto e em sua segurança. Em função da falta de informações estatisticamente comprovadas que pudessem embasar a correta identificação dos riscos, constatada durante a execução deste trabalho, este estudo teve como foco principal a identificação dos perigos, relacionando-os em cada uma das etapas de processo. Foram identificados perigos relacionados à segurança do produto como a presença de fungos, produtores ou não de toxinas, de resíduos tóxicos na matéria prima e a produção de acrilamida durante a torra. Com relação aos perigos que comprometem a qualidade intrínseca do produto foram apontadas alterações físico-químicas na matéria prima em função de condições de armazenagem inadequada que, juntamente com procedimentos que envolvem a aplicação de torras intensas e adições de PVA (grãos pretos verdes e ardidos), alteram sensivelmente o perfil sensorial da bebida café. Tais informações tornam-se imprescindíveis uma vez que, além de contribuírem diretamente para a valorização da qualidade do produto tanto no mercado nacional quanto no internacional, servirão como base para a identificação dos Pontos Críticos de Controle (PCC) existentes no processo, principal alicerce na implementação da sistemática de APPCC.Item Incidência de fungos produtores de ocratoxina a em grãos de cafe (Coffea arabica L.) pré-processados por via seca e úmida(Universidade Federal de Lavras, 2005-03-03) Batista, Luís Roberto; Souza, Sara Maria Chalfoun deA ocorrência de ocratoxina A foi estudada em grãos de café em diferentes frações e após o processamento via seca e via úmida. Foram analisadas 289 amostras coletadas em 11 municípios do sul de Minas Gerais. As de frações coletadas foram bóia (35), fruto cereja (4), cereja+verde (11), cereja descascado (18), cereja despolpado (2), mistura (97), frutos seco na planta (4), varrição (106) e verde (12). Das 289 amostras analisadas, em 128 ou seja, 44,29%, não foi detectada a presença de ocratoxina A, em 89 amostras, 30,80%, foi detectada a presença de ocratoxina A cm níveis que variaram de 0,1 a 5,0 ug/Kg de café. Estes resultados demonstram que 75,09% das amostras analisadas estavam dentro dos limites em estudo da Legislação Européia que regulamenta a concentração máxima de ocratoxina A em grãos de café. As demais amostras, 24,91%, apresentaram contaminação acima de Sug/kg. A principal espécie produtora de ocratoxina A identificada foi o 4. ochraceus. sendo identificada também outras espécies do gênero Aspergillus Seção Circumdati produtoras de ocratoxina A. O presente estudo estabeleceu com base nas 48 propriedades analisadas, que a execução de um Programa de Boas Práticas de Cultivo, expressa por itens capazes de influenciar a produtividade e qualidade do café, tais como adubação e controle fitossanitário, apresentou valores positivos nas propriedades estudadas. As frações de café bóia apresentaram maior risco de contaminação em propriedades localizadas em altitude mais elevada, enquanto as amostras de varrição apresentaram risco de contaminação maior em localidades próximas à Represa de Furnas. As práticas de descascamento e/ou despolpamento mostraram-se eficientes na redução de contaminação com ocratoxina A. As frações bóia e mistura apresentaram níveis mais elevados de contaminação com ocratoxina A quando foram secas em terreiro de terra do que em terreiro de asfalto. Entre as frações analisadas a varrição foi a que apresentou maiores níveis de ocratoxina A. Esta fração deverá ser reduzida através do conjunto de Boas Práticas de Cultivo e Colheita, e no caso de sua ocorrência, ser manejada separadamente das demais parcelas de café e não ser utilizada para fins de alimentação humana e animal.