Teses e Dissertações

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    Diversidade de inimigos naturais de pragas do cafeeiro em diferentes sistemas de cultivo
    (Universidade Federal de Lavras, 2013-03-18) Fernandes, Lêda Gonçalves; Silveira, Luis Claúdio Paterno
    Estudos têm documentado perdas na riqueza ou abundância de espécies de artrópodes devido à intensificação do manejo na cultura do café, porém, poucos são os trabalhos sobre a avaliação da artropodofauna nos diferentes agroecossistemas cafeeiros (Coffea spp.). A diversificação agroecológica é uma prática que pode incrementar a biodiversidade funcional e diminuir os impactos ambientais decorrentes da intensificação do manejo, sobretudo no manejo de pragas. Este trabalho teve como objetivo avaliar a estrutura da comunidade e biodiversidade de insetos e ácaros em quatro sistemas de manejo: convencional a pleno sol (CON), orgânico (ORG), sem agrotóxico (SAT) e agroflorestal natural (NAT) bem como avaliar nestes sistemas a diversidade de himenópteros parasitoides e sua relação com o bicho-mineiro-do-cafeeiro. Além disso, por meio deste trabalho avaliou-se a comunidade de ácaros fitófagos, predadores e generalistas em cafeeiros diversificados por meio da consorciação com leguminosas, gramínea e cravo-de-defunto associado a plantas espontâneas. Os dados referentes à artropodofauna foram submetidos à análises faunísticas e comparados estatisticamente pela análise de variância. Os resultados permitiram concluir que os sistemas de manejo interferem nas comunidades de insetos e ácaros. Maior abundância de insetos foi constatada no sistema SAT, porém, maior diversidade e riqueza no sistema NAT. Quanto aos ácaros verificou-se que os generalistas e os predadores foram significativamente mais abundantes no sistema NAT e os fitófagos ocorreram de forma semelhante nos quatro sistemas estudados. A composição de himenópteros parasitoides no sistema NAT foi significativamente diferente dos demais; as porcentagens de infestação do bicho- mineiro não foram significativamente diferentes entre os sistemas estudados, no entanto, o sistema NAT apresentou maior porcentagem de parasitismo e o maior índice de diversidade quando comparado aos demais. O sistema NAT, por apresentar maior complexidade vegetal, menor interferência antrópica, menor intensificação no manejo e, consequentemente, maior riqueza, abundância e diversidade de insetos, incluindo os parasitoides, e ácaros, também possui maior potencial para conservação destes grupos em cafeeiros. Concluiu-se também que o consórcio do cafeeiro com Crotalária e Braquiária promoveu o incremento da população de ácaros predadores oferecendo recursos para os mesmos. Plantas de Mucuna favoreceram os ácaros fitófagos e Cravo os generalistas. O período de pleno florescimento das plantas consorciadas coincidiu com a maior densidade de ácaros predadores e menor de fitófagos.
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    Diversidade de himenópteros parasitoides em cultivo orgânico de café (Coffea arabica L.) e a influência de um fragmento florestal
    (Universidade Federal de Lavras, 2010-02-08) Ferreira, Fabrício Zelesnikar; Silveira, Luis Cláudio Paterno
    Um dos métodos alternativos mais eficientes para o controle das pragas em cafeicultura orgânica é o controle biológico por meio de inimigos naturais, dentre os quais se destacam os parasitoides da ordem Hymenoptera. Devido à importância desse grupo, este trabalho foi realizado com o objetivo de conhecer a diversidade de famílias de himenópteros parasitoides em cafezais cultivados sob o sistema orgânico, no município de Santo Antônio do Amparo, MG, bem como estudar a influência de um fragmento de mata nativa sobre a composição da comunidade de parasitoides. As coletas foram realizadas mensalmente, entre os meses de fevereiro e junho de 2009, em dois talhões de café e um fragmento florestal, utilizando-se armadilhas do tipo Moericke expostas por 72 horas no campo. Foi coletado, nas três áreas amostradas, um total de 8.025 himenópteros parasitoides, distribuídos em 10 superfamílias e 27 famílias. As famílias mais frequentemente amostradas no cafezal foram Encyrtidae (14,22%), Diapriidae (13,54%), Ceraphronidae (10,77%), Platygastridae (9,94%), Braconidae (8,86%), Figitidae (8,70%) e Scelionidae (7,87%), representando 73,90% do total de táxons observados. As famílias mais abundantes na mata foram Platygastridae, Diapriidae, Aphelinidae e Ichneumonidae com, respectivamente, 21,95%, 12,25%, 11,69% e 11,28% do total de parasitoides coletados. Mais de 42% dos indivíduos coletados na cultura pertencem às famílias Bethylidae, Braconidae, Chalcididae, Diapriidae, Eulophidae, Figitidae, Monomachidae e Pteromalidae, e estas mesmas famílias foram encontradas no fragmento, indicando que existe potencial para que várias espécies importantes no controle biológico das pragas do café estejam presentes. Foram encontradas as famílias Eucharitidae, Perilampidae e Trigonalidae, pouco coletadas em estudos faunísticos desta natureza. Foi observada também diferença significativa na abundância média das famílias Bethylidae, Eulophidae, Ceraphronidae e Mymaridae, sendo maior estatisticamente no talhão próximo ao fragmento. Várias famílias de parasitoides não relacionadas a pragas do cafeeiro também foram encontradas nos talhões, indicando que as áreas de café orgânico estudadas são importantes na conservação de espécies de himenópteros parasitoides.