Teses e Dissertações

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    Produção de café orgânico na região sul de Minas Gerais: eficiência econômica e energética
    (Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2011-08) Turco, Patrícia Helena Nogueira; Esperancini, Maura Seiko Tsutsui
    A cafeicultura passou por profunda reestruturação nas últimas décadas, com mudanças significativas nas práticas de condução da lavoura. Em função dessas mudanças surgem sistemas de produção inovadores que buscam o aumento da competitividade pela melhoria da qualidade, redução de custos e intensificação da mecanização. Como estes fatores envolvem investimentos e alterações nas práticas tradicionais utilizadas, é natural que existam questões quanto à eficiência técnica e econômica, quando consideradas as características peculiares de uma dada região produtora. Dentre os sistemas existentes na cafeicultura, a produção orgânica é uma alternativa que busca a competitividade, diretamente ligada à integração dos sistemas de produção, minimizando gastos com insumos pelo aproveitamento de resíduos mediante práticas de reciclagem dos nutrientes e de matéria orgânica. O cultivo de café orgânico pode proporcionar maiores rendas ao adequar exigências de produção às características requisitadas por determinados nichos de mercados. O objetivo deste estudo foi estimar a eficiência (econômica e energética) de sistemas de produção de café orgânico, fazendo uso dos custos de produção e da renda bruta, respectivamente, como input e output econômico, a conversão dos insumos utilizados em unidades de energia, bem como a produção de café orgânico em grão beneficiado, respectivamente, como input e output energético. Para o desenvolvimento do estudo, foi delineado um sistema de produção a partir de levantamento de dados, informados por uma amostra de produtores em diferentes estágios de produção, que propiciaram a elaboração de uma matriz de coeficientes técnicos médios. A amostragem adotada nesta pesquisa foi intencional e não probabilística procurando-se selecionar propriedades nas quais a cultura de café é a principal fonte de renda. Foram entrevistados nove produtores em três municípios da Região Sul de Minas Gerais, que fazem sistematicamente anotações dos custos da cultura. Os resultados obtidos apontaram que a Receita Bruta Anal Equivalente e Custo Anual Equivalente foram R$4.926,95.ha -1 e R$4.084,09.ha -1 , respectivamente. Estes resultados indicam que se as receitas ocorressem igualmente em todos os anos, os produtores obteriam R$4.926,95.ha -1 e, do mesmo modo, se os custos fossem distribuídos ao longo do tempo de duração da cultura, os produtores teriam um dispêndio de R$4.084,09.ha -1 . Aplicando as estimativas obtidas à equação da eficiência econômica obteve-se o resultado de 1,21 indicando que a receita bruta supera os custos operacionais em 21%, indicando um sistema economicamente eficiente. Na análise energética, os resultados obtidos permitiram concluir que os sistemas apresentam balanços energéticos positivos, com uma produção energética de 637.697,MJ.ha -1 sendo que a energia utilizada para produção de café orgânico correspondeu a 112.998,MJ.ha -1 para os 20 anos considerados da cultura, indicando que o sistema foi eficiente energeticamente. Os maiores dispêndios energéticos, nas fases de implantação e condução da cultura, foram os de fonte biológica. Na fase de produção, a energia direta de fonte fóssil foi superior às demais.
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    Recursos e desempenho de propriedades cafeeiras do estado de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Lavras, 2012-06-27) Lima, André Luis Ribeiro; Reis, Ricardo Pereira
    O Brasil é o maior produtor mundial de café. É também o segundo maior consumidor, com uma demanda de 19,7 milhões de sacas em 2011, atrás apenas dos Estados Unidos. No País, cerca de 2,0 milhões de hectares de área são plantados com 5,6 bilhões de covas de café. Esse é considerado o maior complexo cafeeiro do mundo. Considerando que as reduzidas margens (receitas menos custos de produção) se apresentam como limitação ao desenvolvimento da cafeicultura, pesquisas que busquem compreender a formação dessa margem, assim como as diferenças entre os recursos utilizados pelas propriedades, se tornam importantes objetos de pesquisa. As propriedades cafeeiras podem, então, apresentar diferentes características e diferenças em seu desempenho. Este trabalho pretendeu compreender que recursos podem explicar a variação do desempenho na atividade cafeeira. Buscou-se identificar quais são os recursos que explicam a variação do desempenho de propriedades cafeeiras no Sul e Sudoeste de Minas Gerais. Para representar o desempenho foram consideradas quatro variáveis: eficiência econômica (método paramétrico), eficiência econômica (método não paramétrico), lucratividade e rentabilidade do investimento. O método para agrupar as propriedades com maior e menor desempenho foi a análise de cluster. Para identificar os recursos que explicam as variações no desempenho, foi utilizada a regressão logística. Das 54 variáveis coletadas e propostas no modelo de regressão logística, cinco contribuem para o maior desempenho das propriedades. Pode-se dizer que, quanto maiores a produtividade, o preço de venda do café, o grau de mecanização e a altitude da propriedade, maiores as chances de a propriedade se enquadrar no grupo de maior desempenho. Além dessas variáveis mencionadas, o modelo indica que produtores que estimam e controlam a produtividade da mão de obra utilizada na produção de café têm maiores chances de serem classificados com “maior desempenho”. Considerando que este trabalho corrobora a importância dos recursos para explicar diferenças de desempenho das firmas, ele contribui para o desenvolvimento da teoria baseada em recursos.