Teses e Dissertações

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    Quintais agroflorestais em área de terra-firme na Terra Indígena Kwatá-Laranjal, Amazonas
    (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 2012) Salim, Mateus Vieira da Cunha; Alfaia, Sonia Sena
    Foram estudados quintais agroflorestais em área de terra-firme da Terra Indígena (TI) Kwatá-Laranjal, Amazonas, com o objetivo de caracterizar estes ambientes quanto à composição florística, avaliando-se os efeitos da idade de formação e área do quintal sobre a diversidade de espécies e densidade de indivíduos, assim como verificar se os parâmetros de fertilidade do solo possuem relação com idade e área do quintal e se as práticas de manejo realizadas contribuem para a manutenção da fertilidade do solo, comparando o solo dos quintais agroflorestais com capoeiras e florestas adjacentes. Nos 15 quintais estudados foram encontrados 2024 indivíduos arbóreos distribuídos em 75 espécies, sendo 56 de uso alimentar e 28 de uso medicinal. As espécies mais abundantes foram: açaí-de-toiça (Euterpe oleracea Mart.), cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum (Wild. ex Spreng.) K. Schum) e açaí-jussara (Euterpe precatoria Mart. var. precatoria), correspondendo a 19,12%, 15,36% e 12,89% dos indivíduos amostrados, respectivamente. As espécies mais freqüentes foram: mangueira (Mangifera indica L.), cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum (Wild. ex Spreng.) K. Schum) e laranjeira (Citrus sinensis (L.) Osbeck), ocorrendo em 100%, 93,3% e 80% dos quintais, respectivamente. A maioria da produção agrícola do quintal é utilizada para consumo, no entanto 73,3% das famílias geram renda a partir de produtos como: frutas diversas, como castanha (Bertholletia excelsa Bonpl.) e guaraná (Paullinia cupana Kunth). Tanto o Índice de Shannon (H’) como a densidade de indivíduos não possuem relação significativa (p<0,01) com idade e área do quintal. A procedência das espécies é, na maioria dos casos, do(a) próprio(a) agricultor(a) ou então adquirida com vizinhos e parentes, correspondendo a 66% e 53% da origem de espécies, respectivamente. Nos quintais do rio Mari-Mari, o alumínio possui relação com a área e o carbono possui relação com a idade de formação do quintal. Os demais parâmetros de fertilidade do solo dos quintais agroflorestais da TI Kwatá-Laranjal não possuem relação com idade de formação e área do quintal. Tanto nos quintais, como nas capoeiras e florestas estudados predominou a textura muito argilosa no solo. A partir da análise de parâmetros de fertilidade do solo (pH (H 2 O) e pH (KCl), Ca, Mg, Al, P, K e C), pode-se concluir que alguns dos quintais possuem características que permitem classificá-los como Latossolo Amarelo Distrófico antrópico caracerísticas de uma Terra Mulata (TM) e Latossolo Amarelo Eutrófico antrópico ou Terra Preta de Índio (TPI), que possuem níveis satistatórios de pH (5,3 a 7,3) e níveis altos de cálcio (acima de 4,0 cmolc/Kg) e magnésio (acima de 0,8 cmolc/Kg). Nos demais quintais, o pH foi considerado baixo (abaixo de 5,3) e satisfatórios os teores de cálcio (entre 0,4 e 4,0 cmolc/Kg) e magnésio (entre 0,2 e 0,8 cmolc/Kg) em 46,6% e 31,1% dos quintais respectivamente. Os teores de alumínio foram elevados considerados altos (acima de 1,5 cmolc/Kg) em todos os quintais. O potássio foi considerado baixo (abaixo de 0,15 cmolc/Kg) em todos os quintais, exceto nos de TM. O fósforo foi considerado alto (acima de 7,0 mg Kg -1 ) em 57,7% dos quintais e o carbono foi considerado baixo (abaixo de 15g Kg -1 ) em 44,4% dos quintais. Comparando o solo de quatro quintais com quatro capoeiras e quatro florestas, localizados nas mesmas aldeias, observou-se que os quintais possuem maiores valores de pH (H 2 O), pH (KCl) e teores de cálcio, magnésio, fósforo e potássio (apenas na profundidade 0-10cm); e menores teores de alumínio e carbono. O manejo agroflorestal praticado nos quintais parece estar contribuindo para o incremento de determinados nutrientes (cálcio, magnésio, fósforo e potássio), elevação do pH e neutralização do alumínio, no entanto se fazem necessárias práticas que contribuam para o incremento da matéria orgânica nestes sistemas, tendo em vista os benefícios que pode proporcionar ao solo em termos de composição físico-química e biológica.
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    Manejo da adubação orgânica visando agroecossistemas sustentáveis de café conilon no estado do Espírito Santo
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2012-02-28) Silva, Victor Maurício da; Mendonça, Eduardo de Sá
    O cafeeiro conilon (Coffea canephora Pierre ex Froehner) apresenta alta exigência em nutrientes e a reposição no solo é feita geralmente por meio de adubos minerais. Para reduzi-los, o uso de resíduos orgânicos disponíveis na propriedade agrícola pode ser uma alternativa. Os objetivos do estudo foram: (i) avaliar parâmetros agronômicos (produtividade, estado nutricional, atributos químicos de solo e densidade do solo) de uma lavoura conduzida a partir da substituição parcial e total da adubação mineral pela orgânica; e (ii) monitorar e comparar a biodiversidade da meso e macrofauna edáfica do cafeeiro conilon conduzido em diferentes sistemas de adubação. Em lavoura localizada no município de Linhares, Estado do Espírito Santo – Brasil, foi montado, no ano agrícola 2009/2010, um experimento em blocos casualizados com distribuição fatorial de 2 x 2 x 5, com três repetições, sendo os fatores: dois tipos de composto orgânico; presença e ausência de leguminosa; e cinco proporções de cada composto (0; 25; 50; 75; e 100%) em substituição da adubação mineral recomendada para o cafeeiro conilon. Cada repetição foi formada por parcela de 30 plantas do cafeeiro conilon, sendo 12 plantas úteis centrais. Os compostos utilizados foram: composto 1 (C1), preparado com a mistura de capim elefante (Pennisetum purpureum) e palha-de-café na proporção 1:1(v:v); e composto 2 (C2), preparado pela mistura de capim elefante, palha-de-café e cama-de-frango na proporção 2:1:1 (v:v:v). A leguminosa utilizada foi o feijão-de-porco (Canavalia ensiformis), semeada nas entrelinhas dos cafeeiros. O capítulo 1 apresenta a introdução geral, enfatizando a área de investigação e as justificativas para a realização do estudo. Atributos químicos do solo e a densidade do solo foram avaliados no capítulo 2. Aos 30 dias após a adubação do 2o ano agrícola, verifica-se aumento do estoque de C orgânico e N total com o incremento das proporções do C1 e do C2 na profundidade de 0-5 cm. No capítulo 3, avaliaram-se o estado nutricional e a produtividade dos cafeeiros. O aumento das proporções do C1 e C2 decresce os teores foliares de Mn possivelmente em resposta ao acréscimo do pH do solo. Valores máximos de 61,13 e 66,42 sacas beneficiadas por hectare são obtidos com proporções de substituição (da fonte mineral por orgânica) de 40,42 e37,32% para o C1 e C2, respectivamente. A caracterização da meso e macrofauna edáfica foi feita no capítulo 4. Independente do tratamento e do período de avaliação, Formicidae (formigas) pertencente ao gênero Pheidole sp. (associada com a cochonilha da roseta dos cafeeiros) é predominante. Por fim, o capítulo 5 apresenta as considerações finais, ponderando sobre aspectos importantes de pesquisas futuras para ratificar o uso de resíduos orgânicos no cafeeiro conilon.
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    Biocarvões de palha de café e casca de eucalipto produzidos a 350 e 600 °C como condicionadores do solo
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2017-02-23) Silva, Ronaldo Willian da; Passos, Renato Ribeiro
    A matéria orgânica do solo (MOS) é de grande importância na formação e manutenção de propriedades químicas, físicas e biológicas dos solos tropicais e, contribui com até 80 % de sua capacidade de troca catiônica. No entanto, em regiões tropicais, a taxa de mineralização da MOS atinge altos níveis devido a altas temperaturas, umidade e a atividade microbiana, reduzindo sua quantidade nos solos. Uma alternativa para a manutenção da MOS é a utilização de biocarvão, produto da decomposição térmica de materiais orgânicos sob baixa concentração de oxigênio e em temperaturas controladas. O biocarvão é mais resistente à degradação biológica é indicado como alternativa promissora para armazenar carbono no solo por longo tempo. Além disso, sua presença no solo pode aumentar o pH, CTC, nutrientes, retenção de água, atividade biológica do solo e o rendimento das culturas. No entanto, as características e benefícios do biocarvão estão associados com a temperatura de pirólise e a matéria prima utilizada para o seu processamento. Neste sentido, com o objetivo de avaliar o potencial de biocarvões de palha de café (PC) e casca de eucalipto (CE) produzidos a 350 e 600 oC como condicionadores do solo, realizaram-se dois experimentos de incubação em ambiente com temperatura controlada a 25 oC. O primeiro experimento visou avaliar a influência dos biocarvões associado ao calcário, sobre o pH e cargas negativas do solo. Os tratamentos foram compostos por biocarvões produzidos a partir de PC e CE, duas temperaturas finais de pirólise 350 e 600 oC, quatro doses de biocarvão 5, 10, 15 e 20 t ha -1 , cinco doses de CaCO3 0, 0.55, 1.1, 2.2 e 3.3 t ha -1 e um tratamento adicional sem adição de biocarvão. O segundo experimento teve como objetivo avaliar os efeitos do uso dos biocarvões nas propriedades químicas do solo. Os tratamentos foram compostos por biocarvões produzidos a partir de PC e CE, duas temperaturas finais de pirólise 350 e 600 oC, quatro doses de biocarvão 5, 10, 15 e 20 t ha -1 , um tratamento adicional sem adição de biocarvão e sete épocas de avaliação 0, 7, 15, 30, 60, 90 e 120 dias após a incubação. Os resultados experimentais mostram que biocarvões de PC promovem maior elevação do pH do solo. Biocarvões produzidos a 600 oC proporcionaram maior elevação do pH do solo em relação à biocarvões produzidos a 300 oC. O efeito neutralizante da acidez pelos biocarvões se deu na seguinte ordem crescente: CE350; PC350; CE600 e PC600, apresentando elevação no pH do solo quando comparado ao tratamento controle de 1,26; 1,46; 1,61 e 1,71 unidades respectivamente. O pH do solo foi elevado com o aumento da dose de aplicação de biocarvão. A associação de doses de biocarvão com CaCO 3 apresentou interação positiva no aumento do pH do solo. No entanto, o uso em conjunto do corretivo e o condicionador, em doses mais altas elevou o pH do solo além da faixa de pH ideal para a maioria das culturas (5,5 – 6,0). Biocarvões proporcionaram maior carga liquida negativa do solo. Esse efeito foi maior com o uso de biocarvões de PC, e potencializado com elevação da temperatura de pirólise para 600 °C. Os biocarvões de PC proporcionaram maiores teores de P, K, Mg e maior capacidade de troca de cátions (CTC). Os tratamentos com biocarvões de CE se destacaram pela maior concentração de Ca, em média, os teores de Ca no solo foram acrescidos em 5,9 e 19,4 % para as temperaturas de 350 e 600 oC respectivamente comparando aos biocarvões de PC nas mesmas temperaturas. Tratamentos com biocarvões produzidos em maior temperatura de pirólise (600 oC) apresentaram maiores valores de Ca e CTC para ambos os biocarvões e, maior concentração de K com uso do biocarvão de PC. O aumento da dose de biocarvão proporcionou maior concentração de nutrientes e CTC independente do material de origem e temperatura de pirólise. Já o aumento do tempo de incubação causou redução, para todos os tratamentos, nas concentrações de nutrientes, exceto o Ca e CTC do solo.