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    Cafezais manejados sob os princípios da agricultura natural: aporte de nutrientes, formação e composição da matéria orgânica do solo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-12-21) Figueiredo, Naiara Oliveira; Soares, Emanuelle Mercês Barros; Teixeira, Rafael da Silva; Cardoso, Irene Maria
    A matéria orgânica do solo (MOS) desempenha relevante papel, em âmbito global por representar uma importante fonte armazenadora de C, e localmente em razão dos atributos do solo por ela influenciados. Sistemas conduzidos sob manejo agroecológico preconizam a conservação do solo, a manutenção da diversidade vegetal e biológica das áreas, contribuindo para estabilidade da MOS. Nesse contexto, a quantidade e composição bioquímica dos resíduos vegetais depositados na área desempenham um papel crucial nas transformações da MOS e suas frações. Desse modo, o objetivo geral deste estudo foi analisar o manejo da propriedade, a influência da aplicação de diferentes resíduos vegetais no aporte de nutrientes e na formação e composição da matéria orgânica do solo durante a transição agroecológica. Portanto, no capítulo 1 foi realizada a sistematização acerca do processo de transição agroecológica da propriedade. No capítulo 2, foi avaliado a composição bioquímica, dinâmica da decomposição e mineralização de nutrientes a partir de resíduos utilizados como fonte de adubação na propriedade. Para estudar a contribuição destes resíduos na composição molecular da MOS foi realizado a termoquimólise de amostras dos solos, de áreas de café em diferentes épocas de transição para o manejo sob os princípios da agricultura natural, apresentado no capítulo 3. Essas áreas de café estão localizadas no Sitio Pedra Redonda em Araponga-MG. O sítio possui 12 hectares distribuídos em nove talhões que são consorciados com árvores nativas, frutíferas e espécies anuais para consumo familiar e geração de renda. A sistematização foi realizada a partir de visitas e caminhadas transversais, além do uso da matriz de sistematização para compilar dados coletados e dados secundários. Para avaliar a dinâmica de decomposição dos resíduos vegetais, um experimento foi montado em condições controladas pelo período de seis meses. Análises foram realizados ao longo do tempo para verificar a quantidade liberada de nutrientes, a taxa de decomposição e contribuição para as frações da matéria orgânica do solo. A caraterização da MOS foi feita por fracionamento físico, determinando-se as fracções MOP e MOAM. A partir destas, foi feita a determinação dos teores de C, N, razão C/N e DSC. Para caracterizar bioquimicamente a MOS presente nessas frações e na vegetação, foi realizada análise de termoquimólise com identificação dos compostos por GC/MS com objetivo de analisar se há correlação entre a composição desses vegetais e a composição bioquímica da MOS. Em vinte anos de transição o agricultor alcançou um nível considerado de sucesso no processo de conservação de agroecossistemas, pois trabalha potencializando os processos ecológicos, não dependendo em nenhum momento de insumos externos e principalmente a partir da mão de obra familiar. A análise revelou uma maior liberação de nutrientes em solos de 0-20cm, influenciada pelo tempo de incubação e composição dos resíduos. Variações na saturação de carbono afetaram apenas a liberação de nitrogênio. Amendoim forrageiro e bananeira contribuíram significativamente para a mineralização de N, P, K e Ca, enquanto o tambu se destacou para Mg. A serapilheira mostrou menor mineralização, indicando possível imobilização de nutrientes. Solos sem resíduos apresentaram redução nos teores de C-MOP, C-MOAM e N-MOP. Nas áreas de Agricultura Natural com maior tempo de manejo (9 e 5 anos), os teores de C-MOP, C-MOAM, N-MOP e N-MOAM na entrelinha assemelham-se à vegetação natural. A entrelinha é comumente usada para manejo de resíduos, exceto no talhão Araras (1 ano), onde são aplicados diretamente na linha. Essa diferença reflete-se na composição molecular da matéria orgânica, indicando que os compostos nas áreas mais cultivadas se aproximam mais da vegetação natural. Palavras-chave: Agroecologia. Ciclagem de nutrientes. Decomposição. Manejo de resíduos. TMAH-GC-MS.
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    Carbono orgânico do solo : efeito da posição na paisagem e reflorestamento em sucessão ao cafeeiro no oeste de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Lavras, 2012-07-17) Santos, Lauana Lopes dos; Zinn, Yuri Lopes
    A busca pela diversificação do uso da terra e seu manejo mais sustentável, bem como o aumento da demanda de madeira, vem impulsionando os produtores à substituição dos cultivos agrícolas por culturas alternativas que minimizem eventuais efeitos negativos do uso intensivo da terra e supram a demanda por madeira. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência que a posição na paisagem e o plantio de cedro australiano em sucessão ao cafeeiro exercem sobre os teores e estoques de carbono orgânico do solo (COS) e nas propriedades físicas e químicas do solo. Foram selecionadas áreas de um Argissolo Vermelho-Amarelo em duas posições, terço superior e terço inferior da paisagem em Campo Belo, no Oeste de Minas Gerais. Foram amostrados plantios de cedro australiano (Toona ciliata M. Roemer) de 6 anos, mata secundária com 20 anos, e cafezais (Coffea arabica L.), em áreas adjacentes, e para cada uma das posições na paisagem. O delineamento amostral foi inteiramente casualizado num total de seis tratamentos e três repetições. Foram realizadas análises físicas, químicas, mineralógicas, micromorfológicas, teor de COS e carbono orgânico particulado (COP). Em relação à fertilidade, a área sob mata apresentou alta acidez e baixa fertilidade, com exceção dos níveis de K, reflexo da falta de adubação por longo tempo. A posição na paisagem influenciou todos os nutrientes na profundidade 0-5 cm, havendo tendência a maiores valores no terço inferior. Com relação às propriedades físicas do solo, a estabilidade de agregados na área sob cedro de terço inferior foi menor, e aumentou na mata secundária, recuperando a estrutura do solo alterada pelos cafezais. No entanto, a Ds não foi influenciada pelo uso da terra e posição na paisagem, assim como o teor de COS. A posição na paisagem e o maior aporte de resíduos orgânicos favoreceram o maior estoque de COS (106 Mg ha -1 em 0- 40 cm) na área sob mata de terço inferior do que sob cafezal e plantio de cedro, o que não ocorreu no terço superior. Os valores de COS total associados à areia (% COP) foram relativamente baixos, mas mostraram-se mais eficientes que o COS como indicador de mudanças físicas e químicas no solo devido ao uso da terra. Em geral, conclui-se que tanto os cafezais quanto os plantios de cedro australiano são usos da terra que conservam o COS em níveis similares aos de matas secundárias, exceto em posições mais baixas da paisagem, onde estas acumulam mais COS.