Teses e Dissertações

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    O café no sudoeste mineiro : terra, trabalho e acumulação (1880-1930)
    (Universidade Federal de Minas Gerais, 2023-11-30) Rodrigues, João Lucas; Godoy, Marcelo Magalhães
    Este trabalho dedica-se ao estudo da economia cafeeira no Sudoeste mineiro – municípios de Guaxupé, Guaranésia e Muzambinho – entre os anos de 1880 e 1930. Valendo-nos de um conjunto diversificado e abundante de fontes, analisamos o processo de montagem da cafeicultura regional, com especial atenção sobre a estrutura fundiária, a configuração interna das fazendas, os sistemas de trabalho e a distribuição de riquezas. Na primeira parte da pesquisa, examinamos o movimento de expansão dos plantios, os números da produção local e os impactos da nova dinâmica econômica sobre a distribuição da posse da terra e organização das fazendas. A partir dos inventários e de fontes auxiliares, foi possível identificar as principais unidades produtoras, conhecer a dimensão das lavouras, os investimentos em benfeitorias e equipamentos ligados ao beneficiamento das safras, e as formas de administrar os espaços das propriedades. Na segunda parte, apresentamos, de início, os regimes de trabalho empregados nas fazendas e os ganhos dos trabalhadores. Com base nos registros privados de propriedades, constatamos que, nas maiores unidades, o principal arranjo de trabalho era o colonato. Por fim, analisamos a composição das fortunas locais, a distribuição dos recursos e a capacidade de acumulação da nova organização econômica.
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    As mulheres do café em Vitória da Conquista: dinâmica histórico-espacial da mobilidade do trabalho e a (re)produção da periferia urbana
    (Universidade Federal da Paraíba, 2016-08) Lebrão, Jemeffer Souza; García, Maria Franco
    Vitória da Conquista é uma cidade do centro-sul da Bahia que conta, segundo o último Censo Demográfico do IBGE (2010), com 306 mil habitantes. Um dos processos que conferiram a essa cidade sua atual configuração urbana foi desencadeado na década de 1970, com a instalação e expansão da agroindústria do café. Concomitantemente, as transformações na forma de organização da produção e o trabalho no espaço agrário, proporcionaram a emergência, e expansão sem precedentes, da periferia urbana. A periferia de Vitoria da Conquista, entendida como um espaço de segregação social, comparece na morfologia urbana da cidade, de forma muito clara nas suas plantas do final da década de 1980. Nesta pesquisa, abordamos a dinâmica territorial apresentada a partir da perspectiva teórica da mobilidade do trabalho. Assim, procuramos identificar no momento de instalação da cafeicultura na região do Planalto da Conquista, em 1972: a) as relações e as conexões entre a grande quantidade de trabalhadores e trabalhadoras procedente dos mais diversos municípios da Bahia, e de outros estados do Brasil, que se deslocavam sazonal ou definitivamente para Vitoria da Conquista para trabalhar nas fazendas de café e; b) o processo de segregação sócio-espacial que deu lugar a diferentes áreas periféricas. Interessa-nos entender esse processo com especial atenção para a composição de gênero da força do trabalho em movimento pelo café. Por isso, apresentamos uma análise que nos permite, por meio da memória das experiências de vida das mulheres trabalhadoras da cafeicultura, entender os processos, ações e práticas que aconteciam na esfera do cotidiano, na espacialidade do “micro” que possibilitavam e possibilitam hoje em dia, a reprodução, não apenas das relações sociais de produção no “mundo agroindustrial do café” senão da vida na periferia urbana de Conquista.
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    Processo de produção e processo de trabalho na cultura do café: uma comparação entre café commodity e café especial do sul de Minas Gerais Remove selected
    (Universidade Federal de São Carlos, 2007-02-27) Sanchez, Alda Maria Napolitano; Alves, Francisco José da Costa
    O presente trabalho tem como objetivo principal verificar as condições de vida e trabalho dos trabalhadores da lavoura do café commodity e do café especial no Sul de Minas Gerais, região que representa aproximadamente 50% da produção de café do Brasil. A cultura do café é uma das mais importantes no país a partir de sua chegada ao final do século XVIII. Desde então, o Brasil mantém a posição de maior produtor de café do mundo. Além da movimentação financeira do café no agronegócio, podemos considerar que a lavoura do café está entre as que mais empregam mão-de-obra no campo, antecedida pelos grãos, cana-de-açúcar e laranja. Desde os anos 2000, os rendimentos das lavouras de café não estão sendo favoráveis aos produtores brasileiros, e, por isso, tem se iniciado uma discussão sobre a necessidade do aumento destes rendimentos e da abertura de novos mercados consumidores do café brasileiro. Com isso, a busca pela agregação de valor ao café tornou- se a pauta do dia. A pesquisa realizada nas fazendas produtoras abordou tanto os processos de produção do café bem como o processo de trabalho. Esta pesquisa permitiu perceber as diferenças existentes nos processos de produção e também nos processos de trabalho nas lavouras. Detalhando cada uma das atividades e investigando as relações de trabalho existentes nas diferentes produções cafeeiras, observou-se que as lavouras de café especial requerem maior quantidade de trabalho para a execução de suas tarefas, a fim de garantir um café de qualidade. Em contrapartida, melhoram as condições de vida e trabalho dos trabalhadores, principalmente pelo fato de que os produtores de café especial necessitam atender às exigências do mercado externo para que seu café seja aceito. Através dessa relação, é que o trabalhador se beneficia.