Teses e Dissertações

URI permanente desta comunidadehttps://thoth.dti.ufv.br/handle/123456789/2

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 7 de 7
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Manejo intercalar de leguminosas perenes na cultura do café em produção
    (Universidade Federal de Uberlândia, 2012-09-26) Cunha, Aquiles Junior da; Melo, Benjamim de
    As leguminosas intercaladas nas ruas do cafezal servem de adubo verde, proporcionam uma boa cobertura do solo e podem diminuir a infestação de plantas daninhas. O objetivo desse estudo foi avaliar a cobertura do solo e a interferência do amendoim- forrageiro e da soja-perene sobre a infestação e a fitossociologia de plantas daninhas e sobre as características vegetativas e produtivas do cafeeiro. O experimento foi instalado no município de Patrocínio/MG, em uma lavoura de café em produção da cultivar Catuaí Vermelho, linhagem IAC-99, no espaçamento de 3,80 x 0,70 m com 11 anos de idade. Utilizou-se nove tratamentos em esquema fatorial 2 3 +1, no delineamento em blocos casualizados com 4 repetições, sendo duas espécies de leguminosas perenes: amendoim- forrageiro (Arachis pintoi) e soja-perene (Glycine wightii); dois tipos de manejo lateral: sem manejo lateral e com manejo lateral com glyphosate a 50 cm da projeção da saia; dois tipos de manejo vertical: sem manejo vertical e com manejo vertical das leguminosas a 5 cm do solo. O tratamento adicional, correspondente à testemunha, foi realizado com a aplicação do herbicida glyphosate (1,0 kg ha -1 de equivalente ácido) nas entrelinhas da parcela. As duas espécies de leguminosas proporcionaram boa cobertura do solo, diminuindo a infestação de plantas daninhas. O picão-preto (Bidens pilosa) e a erva-quente (Spermacoce latifolia) foram as espécies de plantas daninhas com maior índice de valor de importância. A soja-perene, independente do manejo, diminuiu o número médio de nós e a produtividade de café. O cultivo de leguminosas sem o manejo lateral também prejud icou a produtividade de café, sendo a interferência maior no ano de carga alta. O amendoim- forrageiro manejado lateralmente não causou interferência nas características vegetativas e produtivas do cafeeiro.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Agrobiodiversidade de propriedades agrícolas familiares no município de Presidente Figueiredo, AM
    (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 2011-05) Silva, Rafael Carletti Marcolino da; Souza, Luiz Augusto G. de
    Este trabalho foi realizado em quinze propriedades rurais no município de Presidente Figueiredo, AM, onde se pratica agricultura de corte e queima e a mão de obra empregada é inteiramente familiar. As propriedades estão inseridas em dois projetos de assentamentos (PA) rurais do INCRA, PA Uatumã e PA Canoas. Este trabalho foi dividido em três capítulos, sendo que no primeiro o objetivo foi investigar os processos que levaram à criação dos assentamentos Uatumã e Canoas, além realizar uma abordagem sócio-cultural acerca modo de vida, dos costumes e do sistema tradicional de produção dos agricultores familiares, caracterizando-os de acordo com observações em campo e entrevistas realizadas. No segundo capítulo, realizamos um levantamento de espécies da família Fabaceae presentes nas propriedades rurais, com o intuito de selecionar algumas espécies para serem utilizadas como adubos verdes. No terceiro e último capítulo foram fitas análises químicas dos solos dos ambientes estudados e do material foliar de algumas espécies de leguminosas. O PA Uatumã foi criado em 1987 e o PA Canoas em 1992, depois de um longo processo de migração e ocupação da região norte. Nove famílias possuem o título definitivo da terra e seis possuem título de domínio. As famílias que hoje habitam esses assentamentos são oriundas de diversas cidades do Estado do Amazonas, mas algumas vieram também do Paraná, Sergipe, Piauí e Maranhão. Cada família possui apenas uma propriedade e, das quinze, nove declararam ter algum outro tipo de renda que não advenha apenas dos produtos agrícolas. As casas são todas de madeira, com exceção de uma que é de alvenaria, e todas têm energia elétrica. O transporte e a falta de apoio técnico foram listados como os principais empecilhos para os produtores. Os principais produtos cultivados são cupuaçu, coco, banana, mandioca e pimenta de cheiro. Em relação ao levantamento, foram encontradas 42 espécies de Fabaceae pertencentes às três subfamílias que compõem a família das leguminosas. Das 42 espécies identificadas, 20 (47,62%) apresentaram hábito de crescimento arbóreo, 15 (35,71%) são lianas, 5 espécies (11,19%) são herbáceas e 2 (4,76%) são arbustos. De um total de 137 indivíduos amostrados, 16 (11,68%) foram de Mimosa pudica, a qual foi a espécie mais abundante desse levantamento. As espécies Mimosa debilis com 13 indivíduos, Lonchocarpus negrensis (12), Inga edulis (8), Senna tapajozensis e Machaerium hoehneanum (7), representam (9,49%), (8,76%), (5,84%) e (5,11%) do total da abundância respectivamente. De um total de 27 gêneros encontrados, a maior riqueza de espécies (5) foi do gênero Inga, seguido de Machaerium e Parkia, ambos com 4 espécies. Dos 137 indivíduos amostrados, 57 estavam presentes nos quintais agroflorestais, 69 nas áreas de capoeira e 11 indivíduos foram encontrados nas áreas de roçado. Das 42 espécies identificadas, 32 (76,0%) tem a capacidade de desenvolver nódulos. Apenas 10 (24,0%) não apresentam essa característica. Dessas 32 espécies capazes de fixar o nitrogênio atmosférico, 15 pertencem a subfamília Mimosoideae, 15 a Papilionoideae e 2 a Caesalpinioideae. As análises químicas do solo indicaram haver diferença significativa para todos os nutrientes e pH, menos C e Al. Dos três ambientes estudados, o quintal apresentou os maiores valores para maioria dos nutrientes. O maior de Zinco foi no roçado e os maiores de Ca, Al e Fe foram encontrados na capoeira. Em relação aos teores de lignina, celulose, polifenóis e nitrogênio, também houve diferença significativa para todas essas variáveis analisadas, devido ao fato de as espécies estudadas serem bastante heterogêneas quanto a sua constituição química. As espécies Arachis stenosperma, Machaerium hoehneanum, Piptadenia minutiflora, Caesalpinia ferrea, Gliricidia sepium, Inga edulis, Inga macrophylla e Swartzia longistipitata foram as espécies que apresentaram o maior potencial de uso como adubos verdes e enriquecimento de capoeiras.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Contribuição da adubação verde para o crescimento, nutrição nitrogenada e produção de cafeeiros em diferentes idades
    (Universidade Federal de Viçosa, 2016-12-09) Martins Neto, Fábio Lúcio; Santos, Ricardo Henrique Silva
    O objetivo foi determinar a contribuição da adubação verde (AV) para o crescimento, nutrição nitrogenada e produção de cafeeiros (Coffea arabica). No primeiro experimento determinou-se a contribuição do nitrogênio derivado da adubação verde (N dav ) à nutrição nitrogenada de cafeeiros com diferentes idades e ao longo do tempo após a aplicação da leguminosa Crotalaria juncea. Cultivou-se plantas de Coffea arabica em vasos e adubou- se com fertilizante nitrogenado e biomassa da leguminosa enriquecida com 15 N. Em cafeeiros com seis meses de idade determinou-se a contribuição da AV entre 90 e 210 dias após a aplicação da leguminosa. Para a avaliação da contribuição da AV ao longo do tempo após a aplicação da leguminosa, comparou-se a absorção do N dav em cafeeiros com 21 meses de idade cuja AV ocorreu aos 6 meses com cafeeiro de mesma idade, mas cuja AV ocorreu aos 18 meses. Também se avaliou a contribuição da AV três meses após a aplicação em cafeeiros de 9 e 21 meses de idade e a contribuição da AV três e 15 meses após a aplicação de leguminosa em cafeeiros com 6 meses de idade. No segundo experimento, o objetivo foi verificar o efeito da AV sobre o crescimento e a produtividade de cafeeiros cultivados em campo ao longo de quatro safras. Estes cafeeiros foram adubados com diferentes doses de composto orgânico (CO) correspondentes à 25, 50, 75 ou 100% da dose de nitrogênio recomendada. Assim, conclui-se que: i) a AV contribui para a nutrição nitrogenada do cafeeiro até 15 meses após a aplicação da leguminosa; e ii) em campo, a AV aumenta o crescimento e a produtividade média de quatro anos agrícolas de cafeeiros adubados com diferentes quantidades de composto orgânico.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Efeito residual de adubos verdes em cultivos de café e feijão
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-12-16) Guedes, Amanda Figueiredo; Santos, Ricardo Henrique Silva
    A pesquisa foi composta por dois experimentos. O primeiro experimento, descrito no capítulo 1 foi continuação de um experimento anterior com cafeeiro e teve como objetivo estudar o efeito residual do nitrogênio (N) proveniente da Crotalaria juncea L. em um novo cultivo com cafeeiro. O segundo experimento, detalhado no capítulo 2, teve como objetivo determinar a contribuição residual da lablabe (Dolichos lablab) e do feijão-de-porco (Canavalia ensiformis) ao feijoeiro em duas épocas de cultivo. O experimento sob o efeito residual do nitrogênio da crotalária sobre um novo cultivo com cafeeiro foi conduzido em delineamento inteiramente ao acaso (DIC) com três tratamentos e cinco repetições. Os tratamentos foram referentes aos tempos de cultivo anterior do cafeeiro, 5, 7 e 9 meses, sob efeito residual da leguminosa, nos mesmos recipientes. Não houve como estabelecer uma relação entre as variáveis (acúmulo de N, matéria seca, teor de N total nos órgãos do cafeeiro e no solo) com o efeito residual da crotalária no novo cultivo de cafeeiro. Em geral, para o novo cultivo de cafeeiro, o efeito residual do nitrogênio da Crotalaria juncea L. apresentou valores maiores na parte aérea do que nos outros órgãos. Os maiores teores de N total, de acúmulo de N e de matéria seca no novo cultivo de cafeeiro são encontrados nas folhas. Os maiores teores de N total no solo foram encontrados na profundidade de 20-40 cm, antes do plantio do novo cafeeiro sob efeito residual da massa da crotalária. O período de crescimento em altura do cafeeiro sob efeito residual da leguminosa foi influenciado positivamente pelo período de cultivo anterior, 5, 7 e 9 meses, em 11 meses do novo cultivo do cafeeiro. No experimento de cultivo de feijão sob efeito residual dos pré- cultivos em duas épocas, o delineamento utilizado foi de blocos casualizados (DBC), com os tratamentos arranjados em esquema de parcela subdividida, ou seja, duas épocas de plantio do feijoeiro (safra da seca e das águas) e os pré-cultivos (duas espécies de adubos verdes, lablabe (Dolichos lablab) e o feijão-de-porco (Canavalia ensiformis), além da testemunha, representada pelo cultivo sob a vegetação espontânea). O teor de N total, o número de vagens por planta, o número de grãos por vagem e o peso de 100 grãos do feijoeiro influenciaram positivamente na produtividade do feijoeiro. O feijão sob efeito residual dos pré-cultivos, na safra “das águas”, apresenta maiores teores de N-total e número de grãos por vagens em comparação a época do feijão “da seca”. O número de vagens por planta do feijoeiro são maiores quando cultivado em área sob efeito residual do feijão-de-porco e do lablabe. A produtividade de grãos do feijoeiro é maior quando cultivado em área sob efeito residual do lablabe do que da área com vegetação espontânea. O efeito residual dos pré-cultivos lablabe e feijão-de-porco influencia positivamente o cultivo do feijoeiro na safra “das águas” e “da seca”.
  • Item
    Cultivo de feijoeiro solteiro e consorciado com cafeeiros em sucessão a leguminosas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-07-28) Sousa, Filipe Fernandes de; Santos, Ricardo Henrique Silva
    O pré-cultivo de leguminosas ao feijoeiro e estratégia importante para suprir parte da demanda do N desta cultura, bastante exigente neste nutriente. Com essa prática é possível incorporar o N atmosférico ao agroecossistema, disponibiliza-lo ao feijoeiro, podendo em diversos casos substituir parcialmente ou totalmente a adubação nitrogenada. Entretanto, essa prática carece de estudos que possam contribuir para maximizar a absorção pelo feijoeiro do N disponibilizado pelos pré-cultivos para que haja influência sobre o seu desempenho produtivo. Neste sentido, foram realizados dois experimentos para avaliar espécies de leguminosas em pré-cultivo e sua influência sobre o feijoeiro em cultivo consorciado e solteiro. No primeiro, nas condições de agricultor familiar, os pré-cultivos avaliados foram as leguminosas feijão-de-porco, e lablabe, além de uma testemunha representada pela vegetação espontânea. Foi adotado o delineamento de blocos casualizados com oito repetições, onde cada entrelinha de cafeeiros representou um bloco. As variáveis analisadas foram a produtividade de matéria fresca e seca, teor e acúmulo de N, e a contribuição da FBN nos pré-cultivos, e a produtividade do feijão cultivado em sucessão. Neste estudo, o feijão-de-porco foi a leguminosa que apresentou a maior produção de matéria fresca e seca (19,04 e 4,25 t ha'l, respectivamente), acumulou mais N (113,99 kg ha'l) e aportou a maior quantidade de N-FBN ao sistema (49,18 kg ha'l). O pré-cultivo com leguminosas não elevou a produtividade do feijoeiro cultivado em sucessão, a qual apresentou média de 877 kg ha'l. No segundo estudo, em cultivo solteiro, foram avaliadas as mesmas espécies de leguminosas, feijão-de-porco e a lablabe em pré-cultivo, além da testemunha representada pela vegetação espontânea, e a influência sobre o feijoeiro em duas épocas de cultivo. Para avaliar os pré-cultivos foi adotado o delineamento de blocos casualizados com dez repetições. Para avaliação do feijoeiro cultivado em sucessão, foi utilizada metade da área na época da “seca” e outra metade para a época “das águas”. Nesta segunda etapa o delineamento também foi em blocos casualizados, mas adotado o esquema de parcela subdividida com cinco repetições, onde nas parcelas principais foram alocadas as épocas de cultivo e nas sub- parcelas os pré-cultivos. As variáveis analisadas foram a produtividade de matéria fresca e seca, teor e acúmulo de N, e a contribuição da FBN nos pré-cultivos, e no feijoeiro foi analisado o teor de N nas folhas, os componentes de produção e a produtividade. Neste estudo, o Feijão-de-porco também foi a leguminosa que apresentou a maior produção de massa e aportou a maior quantidade de N-FBN ao agroecossistema. Nas duas épocas avaliadas as leguminosas favoreceram a nutrição do feijoeiro e influenciaram positivamente a produção de vagens desta cultura. E o pré-cultivo com leguminosas elevou a produtividade do feijoeiro cultivado em sucessão.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Adubação verde com leguminosas em complementação à adubação orgânica ou mineral em cafeeiros
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-05) Araujo, João Batista Silva; Santos, Ricardo Henrique Silva
    A reciclagem de nutrientes por meio da adubação orgânica e a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) pelas leguminosas podem contribuir para a adubação no sistema produtivo. No entanto a resposta do cafeeiro a estes adubos é pouco estudada. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da aplicação de massa de Crotalaria juncea sobre o crescimento e a absorção de N-leguminosa por cafeeiros adubados com diferentes doses de composto orgânico; e avaliar o efeito da aplicação de massa de feijão-de-porco (FP) sobre o crescimento e a absorção de N-leguminosa por cafeeiros fertilizados com N mineral. Dois experimentos foram conduzidos na Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa-MG e implantados em fevereiro/março de 2009 com o cv. Oeiras. As leguminosas foram cultivadas com ou sem enriquecimento com 15 N. As leguminosas marcadas foram cultivadas em vasos com sulfato de amônio enriquecido com 2% de átomos em excesso de 15 N. O Experimento-1 (Exp-1) foi em esquema fatorial 4x2 e o delineamento em blocos casualisados com quatro repetições. Os cafeeiros foram cultivados em condições de campo e adubados com composto orgânico nas doses de N a 25%, 50%, 75% e 100% da recomendada, e com zero e 450 g/planta de matéria seca de C. juncea. A Crotalária foi aplicada sob a copa dos cafeeiros em dois anos seguidos. A crotalária marcada foi aplicada em microparcelas com duas plantas de cafeeiros. No Experimento-2 (Exp-2), o delineamento foi em blocos casualisados, com seis tratamentos e quatro repetições. O cultivo foi em vasos de 60 L. As doses de FP foram 146 g/vaso (FP-1) e 584 g/vaso (FP-2) de matéria seca por ano. Os tratamentos foram: 1) 100% de adubação mineral (100-AM); 2) 30% de adubação mineral (30-AM); 3) 30-AM + 15N-FP-1 no Ano 1; 4) 30-AM + 15N-FP-2 no Ano 1; 5) 30-AM + 15N-FP-1 no Ano 2; 6) 30-AM + 15N-FP-2 no Ano 2. As quantidades de N na dose 100% nos dois experimentos corresponderam a 30 e 21 g/planta, nas adubações de 1o e 2o anos, respectivamente. Avaliou-se o crescimento vegetativo em altura, diâmetro da copa, número de ramos, número de nós por ramo e número de folhas por ramo. Avaliou-se a produtividade de café e a qualidade em relação à peneira; os teores foliares de N e o percentual foliar de N derivado das leguminosas (N-FP e N-Cj) no cafeeiro e em quatro datas; a meia vida da matéria seca e do N remanescentes da crotalária; e os teores de nutrientes no solo. No Exp-1, o cafeeiro apresentou maior crescimento com o aumento das doses de composto ou com a crotalária, após o inicio da fase reprodutiva; houve resposta positiva aumento das doses de composto em todas as variáveis do solo; tanto o composto quanto a crotalária aumentaram os teores foliares de N nos cafeeiros; os percentuais foliares de N derivado da crotalária aplicada em Jan/2010 diminuíram de 9,96% para 6,08% com o aumento das doses de composto, porém com a crotalária aplicada em Dez/2010 os teores foram de 17,93% e independentes da dose de composto. O t1/2 do N da crotalária foi de 32,4 dias. No Exp-2, até 20 meses após a implantação, o cafeeiro não apresentou resposta à adubação; os percentuais foliares de N derivado do FP em abril-junho/2010 foram de 4,68% e 18,65% nas doses respectivas de 148 e 584 g/vaso. Até o florescimento o cafeeiro não apresenta aumento da produção em resposta à complementação do composto com a parte aérea de C. juncea. O aumento das doses de composto promove a elevação do pH, P, K, Ca, Mg, soma de bases, CTCefetiva, saturação de bases e matéria orgânica, e redução da acidez potencial. A aplicação de crotalária permite a complementação do composto orgânico no fornecimento de N. O teor foliar de N-Cj independe da dose de composto, com a crotalária aplicada ao cafeeiro cerca de dois meses após o composto. A complementação da adubação mineral com a parte aérea de FP promove aumentos de Ca2+, soma de bases, CTC efetiva, matéria orgânica e produtividade do cafeeiro em relação à adubação mineral exclusiva. A parte aérea de FP pode atender parcialmente a necessidade de N pelo cafeeiro e a absorção de N do FP é proporcional a dose fornecida.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Período de consorciação de lablabe e feijão-de-porco com cafeeiros e trapoeraba
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-06-21) Cardoso, Rosileyde Gonçalves Siqueira; Santos, Ricardo Henrique Silva
    A elevada demanda de nitrogênio pelos cafeeiros e a infestação de plantas daninhas, que competem por água, luz e nutrientes, são fatores limitantes para o sucesso da produção orgânica da cultura, visto que os adubos permitidos neste sistema apresentam baixa concentração de N e a limitação do uso de herbicidas. Como estratégia nutricional tem-se o uso de adubos verdes, mas torna-se necessário a sincronia entre a mineralização do nutriente e a demanda da cultura. O conhecimento sobre a taxa de decomposição e mineralização de nutrientes dos adubos verdes possibilita tal sincronia. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de adubação orgânica, espécies e períodos de consorciação dos adubos verdes sobre a nutrição, o crescimento e a produtividade de cafeeiros; avaliar o crescimento, a decomposição e a mineralização de nitrogênio de duas espécies de adubos verdes, consorciadas com cafeeiros por três períodos diferentes e determinar o efeito de espécies de adubo verde e períodos de consorciação sobre o acúmulo de massa em trapoeraba e sobre o crescimento e a produtividade inicial de cafeeiros cultivados em vasos. Os experimentos foram conduzidos na Horta Velha e na área da Agroecologia, no Vale da Agronomia, na UFV, em Viçosa, MG, durante o período de outubro de 2007 a maio de 2011. O experimento 1, de campo, foi instalado em esquema fatorial (2x4) com parcela subdividida e a subparcela constituída pela adubação, o delineamento foi em blocos casualizados com cinco repetições, sendo dois consórcios com cafeeiros (café+feijão-de-porco e café+lablabe), quatro períodos de consorciação com as leguminosas (30, 60, 90 e 120 dias após a semeadura da leguminosa) e um tratamento adicional (sem leguminosa). O experimento 2, de decomposição, foi instalado em esquema fatorial (2x3) com parcela subdividida e a subparcela formada pelas datas de coleta (0, 3, 7, 12, 18, 25, 32, 40 e 60 dias após o corte da leguminosa - DACL) em delineamento em blocos casualizados com quatro repetições. O experimento 3, de vaso, foi instalado em esquema fatorial (5x4)+1, com cinco consórcios entre cafeeiros e três diferentes espécies (café+feijão-de-porco; café+lablabe; café+trapoeraba; café+feijão-de-porco+trapoeraba e café+lablabe+trapoeraba) e quatro períodos de consorciação (30, 50, 70 e 90 dias após a semeadura das espécies) e um tratamento adicional (testemunha absoluta, sem adubos verdes e trapoeraba), em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. Cada parcela experimental constou de um vaso, com uma planta de café. No experimento 1, o feijão-de-porco superou a lablabe na produção de massa fresca, seca, concentração e acúmulo de N; o aumento do período de consorciação entre leguminosas e cafeeiros influenciou a altura e o número de nós das plantas de café; não houve efeito de adubação, independente das leguminosas e com a adubação de 50%, o consórcio com lablabe resultou em maior altura dos cafeeiros; a consorciação com o lablabe resultou em maior diâmetro de copa dos cafeeiros em 2010 e maior diâmetro acumulado nos dois anos avaliados; houve aumento nas concentrações foliares de N do final do ciclo reprodutivo (150 DAS) em relação ao início do ciclo (30 DAS), em todas as épocas de consórcio; as leguminosas supriram as necessidades nutricionais exigidas na colheita do café adubado com 50% da dose; o cultivo dos adubos verdes feijão-de- porco e lablabe consorciados ao cafeeiro não prejudicou o rendimento deste e os adubos verdes feijão-de-porco e lablabe complementam a adubação em cafeeiros. No experimento 2, a taxa de decomposição foi menor para ambas as espécies de adubo verde à medida que retardava o corte; a mineralização do nitrogênio do feijão-de-porco é mais lenta à medida que o adubo verde permanece no campo; a mineralização do N foi mais lenta que a decomposição da massa; a mineralização do N do feijão-de-porco foi mais acelerada que na lablabe apenas quando manejados aos 60 DAS, apresentando similaridade aos 90 e 120 DAS e os adubos verdes devem ser plantados tão logo seja possível (início das chuvas) e manejados aos 90 dias após a semeadura. No experimento 3, o nitrogênio acumulado dependeu diretamente da massa seca acumulada; a presença da trapoeraba junto aos adubos verdes lablabe e feijão-de-porco não influenciou o acúmulo de massa seca nos adubos verdes, quando estes foram cultivados em vaso; a trapoeraba foi prejudicada pelo maior acúmulo de massa seca dos adubos verdes; os adubos verdes reduziram a trapoeraba e a lablabe apresentou-se mais efetiva nessa redução que o feijão-de-porco; o aumento do período de consorciação com a trapoeraba e os adubos verdes lablabe e feijão-de-porco, quer estejam sozinhos ou associados, reduziram o ganho no crescimento inicial dos cafeeiros em condições de vaso e na primeira colheita realizada não foi detectado efeito da espécie ou do período de consorciação.