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    Fungos sapróbios como agentes de biocontrole da mancha aureolada do cafeeiro causada por Pseudomonas syringae pv. garcae
    (Universidade Federal de Lavras, 2013-09-03) Botrel, Dayana Alvarenga; Medeiros, Flavio H. Vasconcelos
    O cafeeiro é de importância social e econômica para o Brasil. Porém, muitas doenças acometem a cultura. Dentre elas, destaca-se a mancha aureolada, causada por Pseudomonas syringae pv. garcae, uma doença emergente que tem causado danos aos viveiros e lavouras. Ainda são poucas as estratégias de manejo disponíveis e o controle biológico pode representar mais uma ferramenta no manejo da doença, como já é observado para outras doenças bacterianas. Objetivou-se, neste trabalho, selecionar fungos sapróbios para o controle da mancha aureolada e determinar os mecanismos de ação envolvidos no controle. Foram utilizados fungos sapróbios oriundos da caatinga para o controle preventivo e curativo da doença, pelo tratamento de plantas já sintomáticas para a mancha aureolada e plantas inoculadas sete dias após o tratamento com o fungo sapróbio. Como controle positivo utilizaram-se os produtos comerciais Greenforce® (15mL pc/L) e Acibenzolar-S-metil – Bion® (0,05g/L) e como controle negativo a água. As plantas foram então avaliadas, semanalmente por quatro semanas, para a altura de plantas e severidade da doença. Os dados de severidade obtidos foram usados para cálculo da área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD). Para determinação dos mecanismos de ação envolvidos no controle, para o fungo selecionado como mais promissor para redução da AACPD, foi avaliada a contribuição da antibiose e indução de resistência. A antibiose foi medida pela inibição direta da bactéria por antibiograma, realizado com o sobrenadante do crescimento fúngico e pela produção de voláteis em placa bipartida. Para determinação da contribuição da indução de resistência, foi medida a atividade da fenilalanina amônia liase, peroxidase e ascorbato peroxidase. No ensaio curativo, os fungos Memnoniella echinata e M. levispora reduziram a AACPD (48 e 46%). No ensaio preventivo, tanto para redução (40-72%) da AACPD quanto para aumento (40%) da altura de plantas, o fungo Phialomyces macrosporus foi aquele que garantiu os resultados mais promissores. Aos dois dias após incubação, esse fungo produziu voláteis que reduziram o crescimento do patógeno, mas compostos não voláteis não foram capazes de inibir o crescimento da bactéria. A atividade da POX e PAL foi maior que a testemunha aos sete dias após o tratamento com o sapróbio e a APX foi maior aos 14 dias. Portanto, P. macrosporus tem potencial para ser usado no manejo integrado da mancha aureolada do cafeeiro na produção de mudas e o mecanismo de ação envolve possivelmente uma combinação da antibiose e indução de resistência.