Teses e Dissertações

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    Desempenho agronômico e qualidade sensorial de genótipos de Coffea arabica L. cultivados em altitude de transição
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-08-25) Ferreira, Daniel Soares; Prieto Martinez, Herminia Emilia; Tomaz, Marcelo Antônio; Pereira, Lucas Louzada; Castanheira, Dalyse Toledo
    A globalização e o acesso facilitado à informação, tem proporcionado o surgimento de um mercado consumidor mais exigente quanto à qualidade superior dos cafés e a sustentabilidade dos sistemas de produção. Esses fatores exigem que a cafeicultura, principalmente de Arábica (Coffea arabica L.), tenha que se reinventar quanto à escolha de genótipos superiores, e o manejo pré colheita e pós colheita. Desta forma, objetivou-se com os trabalhos produzidos nesta tese, estudar o comportamento morfológico, produtivo e o perfil sensorial de genótipos de Coffea arabica em região de altitude de transição. Para atender os objetivos propostos foram realizados dois ensaios experimentais, utilizando genótipos promissores de cafeeiro Arábica, cultivados no distrito de Lagoa Seca, no município de Alegre, sul do estado do Espírito Santo, Brasil. O primeiro experimento propôs caracterizar e selecionar genótipos de cafeeiro Arábica cultivados em diferentes regimes hídricos e em altitude de transição, quanto às características de crescimento e morfologia dos ramos, bem como pela produtividade e qualidade dos grãos. Para tanto foram avaliados dez genótipos de cafeeiro Arábica (Paraíso H 419‐3‐3‐7‐16‐2; Catuaí Vermelho IAC 44; Paraíso MG/H 419‐1; Catucaim 24137; Sacramento MG1; Catuaí Vermelho IAC 144; Catucaí 2‐SL; Oeiras MG‐6851; MGS Turmalina e Paraíso Híbrido) e três regimes hídricos (Irrigado, Sequeiro e Fertirrigado). O experimento foi estabelecido em delineamento em blocos casualizados no esquema de parcela subdivididas. Nesse experimento percebe-se que altas produtividades aliadas a boa qualidades sensoriais do café podem ser alcançadas em cultivos em altitude de transição, desde que, se utilize a combinação correta entre genótipo e o fornecimento de irrigação às plantas de café. Constata-se ainda que, alta qualidade sensorial de café Arábica em altitude de transição pode ser alcançada com maior facilidade quando utiliza-se o genótipo MGS Turmalina no regime irrigado, Sacramento MG1 no regime fertirrigado e Catuaí Vermelho IAC 44 e Paraíso Híbrido em sequeiro. Percebe-se também que existe grande variabilidade fenotípica para as características de morfologia dos ramos e produtividade para os diferentes regimes hídricos e genótipos em estudo. O segundo experimento propôs analisar o perfil sensorial e químico de cafés cultivados em altitude de transição e submetidos a diferentes tempos e temperatura de fermentação pelo método de maceração carbônica. Utilizou-se para atender os objetivos propostos, cafés oriundos do genótipo MGS Turmalina, cultivado no regime irrigado. O experimento foi conduzido em delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições, no esquema fatorial 2x4 em parcelas subdivididas, sendo que as parcelas foram compostas por duas temperaturas (30 e 60°C) em BOD’s e as subparcelas compostas por cinco tempos de fermentação, pelo método de maceração carbônica (24, 72, 126 e 162 horas de fermentação). A maceração carbônica potencializa positivamente os atributos sensoriais e químicos de cafés cultivados em altitude de transição, sendo que a fermentação por pelo menos 120 horas a 30°C é capaz de melhorar o perfil sensorial dos cafés. Neste estudo, o tratamento envolvendo 30 °C e 162 h proporcionou pontuação de 84,76 pontos, em contraste com a pontuação de 82,14 promovida pelo menor tempo (24 h) em temperatura (60 °C). Palavras-chave: Variabilidade genética; Maceração carbônica; Manejo hídrico; Irrigação do cafeeiro; Fertirrigação.
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    Respostas de café conilon à concentração de ferro
    (Universidade Federal do Espirito Santo, 2014) Campos, Luana Morati; Milanez, Camilla Rozindo Dias
    O ferro (Fe) é um elemento essencial para o crescimento e desenvolvimento das plantas. Entretanto, está frequentemente presente nas águas subterrâneas utilizadas na irrigação em concentrações que podem causar fitotoxidez ao longo do tempo. No presente estudo, foi investigado o efeito de doses de Fe em diferentes análises, a saber: crescimento radicular, concentração mineral das folhas, extravasamento de eletrólitos, teores de pigmentos fotossintéticos, fotossíntese, anatomia foliar e radicular e sintomas visuais de toxidez de plantas de Coffea canephora Pierre ex A. Froehner cv. Conilon. As mudas foram tratadas por 30 dias pela adição de 0 (controle), 10, 40, 120, 200 e 400 mg/L de Fe fornecidos como FeSO 4 .7H 2 O mais sal EDTA no solo. A massa seca das raízes mostrou valores menores sob a maior dose de Fe. Plantas sob a dose maior de Fe apresentaram maior acúmulo foliar deste elemento. O maior teor de boro (B) ocorreu nos indivíduos sob a dose de 400 mg/L quando comparado às doses de 40 mg/L e 200 mg/L. Os teores de fósforo (P) não diferiram e foram menores nas doses de 120, 200 e 400 mg/L de Fe quando comparados ao controle. As concentrações foliares de potássio (K) foram maiores em 10, 40, 120, 200 e 400 mg/L de Fe. As maiores concentrações de zinco (Zn) foliar foram encontradas nas plantas submetidas a 120, 200 e 400 mg/L de Fe em relação ao controle e à dose de 10 mg/L de Fe. O extravasamento de eletrólitos foi maior nas plantas sob 400 mg/L de Fe em relação à dose de 40 mg/L, porém não diferiu das demais doses. Não houve diferença significativa quanto aos teores de pigmentos fotossintéticos e os parâmetros de clorofila a. As plantas controle mostraram maior fotossíntese, condutância estomática e transpiração, sendo as menores taxas encontradas no tratamento a 200 mg/L Fe. A concentração de carbono interno foi maior nas plantas sob 400mg/L de Fe. Foi observada necrose nas folhas maduras sob a maior dose de Fe. As espessuras da face adaxial da epiderme, do parênquima esponjoso e total do limbo não diferiram entre os tratamentos. A espessura do parênquima paliçádico foi menor para a dose de 400 mg/L em relação às doses de 120 e de 200 mg/L e a espessura da face abaxial da epiderme foi maior no controle quando comparada com a dose de 40 mg/L. No tratamento com maior teor de Fe verificou-se alteração na morfologia das raízes, como a redução no crescimento e na emissão de raízes laterais. Houve também maior lignificação da epiderme e do córtex; algumas células corticais apresentaram alteração do formato, com retração do protoplasto. De modo geral, os resultados obtidos indicam que a dose de 400 mg/L de Fe é nociva, afetando a estrutura e a funcionalidade da variedade Conilon.