Teses e Dissertações

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    Produtividade, qualidade do solo e aspectos microclimáticos em sistema agroflorestal de cafeeiro e macaúbas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-02-27) Moreira, Sandro Lucio Silva; Fernandes, Raphael Bragança Alves
    O Brasil é o maior produtor mundial de café, mas tendo em vista as mudanças climáticas previstas, associadas à elevação da temperatura do ar e à menor disponibilidade hídrica, bem como à utilização de práticas agrícolas inadequadas, a redução da produtividade do cafeeiro é um risco potencial, com sérios impactos à cafeicultura nacional. Neste contexto, a utilização de sistemas agroflorestais (SAFs) têm ganhando destaque como estratégia para minimizar os efeitos das mudanças climáticas sobre o cafeeiro, além de contribuir para a melhoria da qualidade do solo e ainda proporcionar renda mais estável ao agricultor. Por sua vez, a macaúba (Acrocomia aculeata) tem despertado recente interesse por ser uma palmeira nativa de florestas tropicais tipicamente brasileiras, por proporcionar diferentes produtos ao agricultor e ainda apresentar grande potencial de utilização como biocombustível. Entretanto, para o uso destas palmeiras em SAFs com cafeeiro torna-se necessário entender melhor as interações entre estas duas espécies vegetais, para a definição, dentre outras variáveis, do espaçamento ideal entre as mesmas e densidade de plantio das macaúbas, visando alcançar os ganhos ambientais desejados e, minimamente, a manutenção da produtividade do cafeeiro em níveis econômicos satisfatórios. Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar, em condições de campo, a influência de SAFs com macaúbas na produtividade, nos aspectos microclimáticos e na qualidade física do solo de uma área cultivada com café na Zona da Mata de Minas Gerais. Para isso, promoveu-se o monitoramento da umidade e temperatura do solo, temperatura do ar, e radiação fotossinteticamente ativa (RFA) em diferentes épocas do ano, bem como a caracterização da qualidade física do solo e a quantificação da produtividade e o rendimento do cafeeiro. Os resultados obtidos indicaram que o SAF altera o microclima do cafezal, reduzindo a temperatura máxima do ar e a RFA global, bem como a disponibilidade da RFA. A densidade de plantio das macaúbas e a distância das mesmas em relação aos cafeeiros em sistema de consórcio afetou o regime termo-hídrico do solo. Em comparação com o cultivo tradicional a pleno solo, os SAFs de café com macaúba proporcionaram maior rendimento de café beneficiado por área, sendo o maior incremento de produtividade da cultura verificado quando as palmeiras foram localizadas a 4,2 m de distância dos cafeeiros. A densidade das macaúbas na linha de plantio não afetou o rendimento e nem a produtividade do cafeeiro. Considerando todas as variáveis avaliadas, a maior produtividade do cafeeiro esteve relacionada à maior umidade do solo na camada de 20-40 cm, a maior disponibilidade da RFA global e as temperaturas máximas do ar menores do que 30°C.
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    Zoneamento agroclimático para cultura do café em Angola
    (Universidade Federal de Viçosa, 2014-09-11) Ngolo, Aristides Osvaldo; Fernandes Filho, Elpídio Inácio
    Angola na década de 70 ocupava lugar de destaque na produção de café em nível mundial. Na atualidade, o governo angolano busca recuperar sua antiga produção com o incentivo ao aumento da produção a partir da disponibilização de programas de financiamento agrícola aos produtores familiares que representam a maioria dos cafeicultores. Neste sentido, o conhecimento das áreas com aptidão agroclimáticas poderá contribuir para o maior sucesso do investimento em novos plantios nas áreas reconhecidamente indicadas para cultivo do café, bem como orientar na escolha das variedades mais adaptadas às regiões recomendadas ao cultivo mas que apresentam restrições quer hídricas ou térmicas. Desse modo, objetivou-se com o presente trabalho realizar um zoneamento agroclimático para cultura do café, visando constituir uma ferramenta fundamental no estabelecimento de diretrizes e prioridades para a revitalização da cafeicultura no país considerando suas particularidades climáticas em razão das necessidades da cultura. Foram então utilizados dados de temperatura média anual, precipitação total e efetiva. Foi realizado o balanço hídrico e calculada a deficiência hídrica anual para todos os 163 municípios de Angola e de regiões limítrofes. Utilizou-se o software ARCGIS versão 10.1 para espacialização dos resultados. Os resultados revelam que, considerando-se a precipitação efetiva, aproximadamente 1 % da área total de Angola (1.246.700 km 2 ) pode ser considerada apta, 20 % considerada marginal e as demais áreas consideradas inaptas ao cultivo do café arábica. Para o café robusta, 8 % da área total de Angola são consideradas marginais, 1 % considerada apta e as demais áreas consideradas inaptas para o cultivo do café robusta. Considerando-se a precipitação total para a realização do zoneamento, aproximadamente 2 % do território de Angola são considerados aptos para o cultivo da espécie arábica, 27,5 % são consideradas como áreas marginas e 71,4 % são áreas consideradas inaptas para o cultivo. Com relação ao robusta, aproximadamente 1 % da área total de Angola pode ser considerada apta, 11,8 % consideradas marginais e as demais áreas consideradas inaptas para o cultivo.