Teses e Dissertações

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    As mulheres do café em Vitória da Conquista: dinâmica histórico-espacial da mobilidade do trabalho e a (re)produção da periferia urbana
    (Universidade Federal da Paraíba, 2016-08) Lebrão, Jemeffer Souza; García, Maria Franco
    Vitória da Conquista é uma cidade do centro-sul da Bahia que conta, segundo o último Censo Demográfico do IBGE (2010), com 306 mil habitantes. Um dos processos que conferiram a essa cidade sua atual configuração urbana foi desencadeado na década de 1970, com a instalação e expansão da agroindústria do café. Concomitantemente, as transformações na forma de organização da produção e o trabalho no espaço agrário, proporcionaram a emergência, e expansão sem precedentes, da periferia urbana. A periferia de Vitoria da Conquista, entendida como um espaço de segregação social, comparece na morfologia urbana da cidade, de forma muito clara nas suas plantas do final da década de 1980. Nesta pesquisa, abordamos a dinâmica territorial apresentada a partir da perspectiva teórica da mobilidade do trabalho. Assim, procuramos identificar no momento de instalação da cafeicultura na região do Planalto da Conquista, em 1972: a) as relações e as conexões entre a grande quantidade de trabalhadores e trabalhadoras procedente dos mais diversos municípios da Bahia, e de outros estados do Brasil, que se deslocavam sazonal ou definitivamente para Vitoria da Conquista para trabalhar nas fazendas de café e; b) o processo de segregação sócio-espacial que deu lugar a diferentes áreas periféricas. Interessa-nos entender esse processo com especial atenção para a composição de gênero da força do trabalho em movimento pelo café. Por isso, apresentamos uma análise que nos permite, por meio da memória das experiências de vida das mulheres trabalhadoras da cafeicultura, entender os processos, ações e práticas que aconteciam na esfera do cotidiano, na espacialidade do “micro” que possibilitavam e possibilitam hoje em dia, a reprodução, não apenas das relações sociais de produção no “mundo agroindustrial do café” senão da vida na periferia urbana de Conquista.
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    MULHERES DO CAFÉ: percepções sobre o crescimento das mulheres no agronegócio café
    (CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SUL DE MINAS – UNIS/MG, 2019) Osório, Gabriela Luciano; Caldeira, Lúcio
    A participação das mulheres está aumentando cada vez mais no agronegócio café, tanto na lavoura quanto nas diferentes atividades do ramo, tais como, na gestão em propriedades, degustação e classificação, agronomia, pesquisa, barismo e na participação ativa em cooperativas e associações. Dentro deste contexto, esta monografia tem como objetivo verificar como as mulheres ligadas ao café percebem o crescimento feminino nos vários setores deste segmento. Para essa análise, foram feitas entrevistas com sete mulheres de diferentes áreas da cafeicultura de Varginha. Os nomes das entrevistadas não são divulgados devido acordo prévio. As entrevistas buscaram entender de perto a realidade de mulheres que vivem nesse mercado em que a maioria dos cargos ainda são ocupados por homens. Foi observado que as entrevistadas encontram algumas dificuldades em seus postos de trabalho por serem mulheres, mas que de acordo com as mesmas, as diferenças estão diminuindo ao passar dos anos. Também foi possível perceber um aumento importante no destaque da mulher na cafeicultura através de associações que buscam mostrar o trabalho feminino na lavoura e que ressaltam suas contribuições no desenvolvimento e na qualidade do café. Consequentemente, as mulheres que não são produtoras também tiveram um aumento na visibilidade e valorização profissional nos últimos anos, mesmo com muitos obstáculos que ainda encontram no mercado.
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    Empoderamento das mulheres do café feminino do grupo MOBI na COOPFAM
    (Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), 2021-12-14) Flaviano, Viviane; Souza, Renato Santos de
    Esta tese teve como objetivo compreender os processos de Empoderamento feminino presentes no cotidiano das mulheres cafeicultoras produtoras do café orgânico feminino do município de Poço Fundo (MG), bem como identificar quais são as vertentes do Empoderamento feminino na dinâmica do trabalho feminino na agricultura familiar com foco na cafeicultura orgânica. Para tanto, foram realizadas doze entrevistas em profundidade com as produtoras e três entrevistas com produtores. As produtoras eram vinculadas ao grupo de mulheres o MOBI (Mulheres Organizadas em Busca de Igualdade), associadas à Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo e Região a COOPFAM. A pesquisa se apoia em três eixos conceituais, quais sejam, Agricultura Familiar, Gênero e Empoderamento Feminino. O estudo é de corte qualitativo considerando gênero como categoria analítica, através de entrevistas semiestruturadas e de observação não participante. As entrevistadas aconteceram no ano de 2019, sendo que o primeiro contato aconteceu em março de 2019 e o ultimo em março de 2020, completando assim doze meses de pesquisa de campo. O contexto empírico da pesquisa localiza-se no município de Poço Fundo, no sul de Minas Gerais. Foi utilizado a saturação de dados para definir o número de participantes nas entrevistas. Os resultados mostraram que o Empoderamento dessas mulheres do café aconteceu através do trabalho e de lutas pela conquista de espaços e direitos políticos, econômicos, sociais e financeiros. Foi identificado quatro variáveis em relação ao Empoderamento que contribui para que esse grupo de mulheres se sinta com poder, são eles; individual, financeiro, organizacional, coletivo e/ou comunitário. Os perfis das entrevistas são bem semelhantes, uma vez que de acordo com a metodologia de saturação, com dez entrevistadas já começaram a se repetir os discursos e as histórias de vida. O MOBI é o maior canalizador de mulheres em busca de conhecimento. Se a mulher não for fazer parte da cooperativa, ela pode fazer parte do grupo, desenvolvendo atividades que ela já realiza no seu dia a dia, como cultivar rosas, fazer artesanato, cultivar horta, fazer pães e bolachas caseiras para vender na feira de orgânicos que a cooperativa desenvolve toda semana. Existiam novas necessidades e as mulheres foram em busca da sua representatividade política, hoje uma mulher do grupo MOBI é a presidente. A divisão sexual do trabalho é muito presente nos lares e também nos cargos ocupados na cooperativa. A agricultura familiar é à base da produção cafeeira da cooperativa, a sucessão familiar é uma questão importante e muito necessária de acordo com as entrevistas. Conclui-se que a cooperativa é o meio pela qual as mulheres buscam seu Empoderamento e o MOBI é onde tudo acontece, onde se concretiza este Empoderamento.