Trabalhos de Evento Científico

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Resultados da Pesquisa

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    Resistência a Meloidogyne exigua em cafeeiros derivados do Híbrido de Timor
    (2003) Gonçalves, Wallace; Pereira, Antônio Alves; Silvarolla, Maria Bernadete; Braghini, Masako Toma; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O parque cafeeiro arábico brasileiro é constituído, quase que exclusivamente, de cultivares suscetíveis a Meloidogyne exigua Goeldi, 1887. Esse nematóide apresenta importância primária como parasita, devido a sua ampla disseminação e pelos prejuízos que causa a cafeicultura brasileira. O efeito do parasitismo desse nematóide no cafeeiro arábico pode causar decréscimos de 50 a 68% nas produções iniciais de cafeeiros infestados. Várias ações são preconizadas para minimizar os danos acasionados pelos fitonematóides. Uma delas é a obtenção de cultivares portadores de resistência genética aos fitonematóides. A possibilidade de êxito dessa estratégia de manejo é grande, visto ser Coffea canephora fonte de resistência a M. exígua. Como a resistência a nematóides pode ser específica a raça (s) e ou espécie (s) e com recente constatação da existência de variabilidade intraespecífica em M. exígua (raças 1 e 2) objetivou-se, neste trabalho, investigar a reprodução de duas populações deste parasita, em 80 plantas matrizes derivadas do cruzamento da cultivar Catuai com progênies de Híbrido de Timor, em gerações avançadas (F 3 , F 4 e F 5 ). Esse material genético faz parte do programa de melhoramento do cafeeiro em execução na EPAMIG. Os resultados obtidos atestam a grande possibilidade de obtenção de cultivares tipo arábica, principalmente derivados do Híbrido de Timor, com porte baixo, alto potencial de produção, vigor e, notadamente, resistentes a M. exígua e a ferrugem (Hemileia vastatrix Berk . Br)
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    Obatã Amarelo IAC4739, uma nova seleção de café de frutos amarelos derivada de Obatã
    (2003) Fazuoli, Luiz Carlos; Medina, Herculano Penna; Gonçalves, Wallace; Guerreiro, Oliveiro; Silvarolla, Maria Bernadete; Braghini, Masako Toma; Gallo, Paulo Boller; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A progênie Obatã Amarelo IAC 4739 é proveniente de um provável cruzamento natural da cultivar Obatã IAC 1669-20 com ‘Catuaí Amarelo’ ocorrido em um experimento estabelecido em Garça na área experimental Dr. Alcides Carvalho da Garcafé. A cultivar Obatã IAC 1669-20 que lhe deu origem foi desenvolvida no IAC de Campinas e é resultante de uma hibridação inicial de Villa Sarchi com o Híbrido de Timor (CIFC 832/2) efetuada no Centro Internacional das Ferrugens do Cafeeiro (CIFC), em Oeiras, Portugal. Posteriormente, em Campinas ocorreu um provável cruzamento natural entre um cafeeiro de uma progênie F 2 do híbrido inicial e outro da cultivar Catuaí Vermelho de Coffea arabica e que após várias gerações de seleção resultou na cultivar Obatã, que apresenta elevada resistência à ferrugem, ótima produtividade, porte baixo, frutos vermelhos maiores que as da cultivar Catuaí e com maturação tardia. No processo de seleção, um experimento foi estabelecido em Garça na área experimental Dr. Alcides Carvalho, que contava também com progênies de cafeeiros Catuaí Amarelo utilizadas como testemunha. Sementes da planta original IAC 1669-20, cova 16 B desse experimento foram retiradas por diversos anos. Neste processo foram identificadas nas gerações seguintes plantas de frutos amarelos com as mesmas características da cultivar Obatã IAC 1669-20, resultantes provavelmente de cruzamentos naturais entre cafeeiros Obatã e Catuaí Amarelo. As primeiras seleções de plantas amarelas de Obatã foram efetuadas em 1992 na Estação Experimental de Mococa em um campo de seleção e posteriormente em 1999 em outra plantação de cafeeiros Obatã em Campinas. Outras seleções foram efetuadas em Alfenas-MG na fazenda Capoeirinha, em Garça na fazenda da Mata, em Franca e em outros locais. Sementes das melhores plantas de frutos amarelos foram retiradas por várias vezes e os cafeeiros obtidos foram plantados com a finalidade de avaliar o seu potencial produtivo. A progênie derivada da cultivar Obatã que apresenta boa produção, frutos amarelos e resistência à ferrugem foi designada por Obatã Amarelo e recebeu a sigla IAC 4739.
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    Levantamento de raças de Hemileia vastatrix Berk et Br em ensaios de progênies de café em Campinas (SP)
    (2003) Fazuoli, Luiz Carlos; Braghini, Masako Toma; Conceição, Albano Silva da; Silvarolla, Maria Bernadete; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Desde sua constatação no Brasil em 1970, a ferrugem causada por Hemileia vastatrix continua sendo a principal doença da cultura do café. A ocorrência de diferentes raças fisiológicas tem sido um fato que preocupa os profissionais envolvidos no melhoramento genético visando a resistência ao patógeno, obrigando a monitorar e identificar as raças existentes nos cafeeiros em seleção. E foi com esse objetivo que se procedeu a avaliações de campo e testes em laboratório. Foram avaliados ensaios de progênies originadas de híbridos entre Catuaí X Híbrido de Timor e Catuaí X B.A.10, totalizando 2500 plantas. Para tanto foi empregada escala de notas de 0 (imune) a 4 (suscetível) adaptada do CIFC (Centro Internacional das Ferrugens do Cafeeiro). Das plantas que apresentaram suscetibilidade intermediária (notas de 2+ a 3+), foram coletadas 6 amostras dos uredosporos e submetidas ao teste de identificação de raças, utilizando discos de folhas de plantas diferenciadoras: 128/2 Dilla & Alghe; 32/1 DK 1/6; 33/1 S288-23; 110/5 S4 Agaro; Bourbon; 1343/269 HDT; H419/20; H429/10. O método consiste em coletar folhas do primeiro, segundo e terceiro pares de folhas, completamente desenvolvidas, formadas a partir da ponta do ramo das plantas diferenciadoras. Para a confecção dos discos utilizou-se de vazador de rolhas com diâmetro de 1,2 cm, num total de 12 discos de cada planta diferenciadora, dispostos sobre espuma umedecida em bandejas plásticas cobertas com vidro. Para cada amostra de uredosporos foi preparada suspensão com água na concentração de 1 mg/ml, e aplicada uma gota por disco. Nas primeiras 24 horas após a aplicação, as bandejas foram mantidas em ambiente escuro. Após esse período, o fotoperíodo foi de 12 horas luz/12 horas de escuro, temperatura entre 22±2° C, criando condições favoráveis para o desenvolvimento do patógeno. A avaliação dos tipos de reação foi realizada 35 dias após a inoculação. As raças I e II foram utilizadas como controles e os uredosporos obtidos de plantas mantidas em casa de vegetação. A partir do resultado da leitura dos discos constatou-se a presença das raças I (v2v5), II (v5), III (v1v5) e, possivelmente, as raças XVII (v1v2v5) e XXII (v5v6). Especificamente para a raça XVII, serão necessários novos testes para confirmar a sua ocorrência ou se houve mistura das raças I e III. A presença da raça XXII suscita preocupações dos pesquisadores envolvidos no melhoramento do café, uma vez que as recentes cultivares derivadas de Híbrido de Timor ou de C. canephora que tenham os fatores SH5 SH6 passam a ser suscetíveis a esta nova raça.