Trabalhos de Evento Científico

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    Teste de condutividade elétrica de massa na avaliação da qualidade de sementes de café submetidas a diferentes métodos de secagem
    (2003) Lima, Dinara Mattioli; Carvalho, Maria Laene Moreira de; Rodrigues, Adriana de B.; Souza, Luciana A. de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Após a colheita, as sementes de café devem ser submetidas ao processo de secagem, que é uma etapa critica na produção de sementes e freqüentemente causa danos em membranas celulares. Dentro desse contexto, o teste de condutividade elétrica pode ser uma alternativa viável para diferenciação de lotes de sementes sujeitos a danos de secagem. Por ser um método rápido, prático e específico para detectar danos nos sistemas de membranas da semente este teste vem sendo indicado para avaliação de danos e de deterioração inicial de sementes. Para avaliar a possibilidade de utilização do teste de condutividade elétrica na diferenciação da qualidade de lotes de sementes de café cv. Acaiá foram submetidos a diferentes métodos de secagem. Após a colheita dos frutos no estádio "cereja", as sementes foram despolpadas mecanicamente e degomadas por fermentação natural com água por 24 horas. Após degomagem, as sementes foram submetidas a secagem natural e artificial. A secagem natural foi realizada à sombra e em terreiro suspenso `a pleno sol e a artificial foi realizada às temperaturas de 30 e 40 0 C. Todos os métodos de secagem foram conduzidos até as sementes atingirem 12% de umidade. A caracterização dos lotes foi efetuada pelos testes de germinação (Brasil, 1992), teste de tetrazólio (Vieira et al., 1998) e emergência em bandejas (Nakagawa, 1999). O teste de condutividade elétrica foi realizado pelo método de massa (Vieira, 1994) e as leituras foram feitas após 48, 72 e 96 horas de embebição em água. O experimento foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4x3 (4 processos de secagem e 3 tempos de embebição), com quatro repetições. A caracterização dos lotes submetidos aos tratamentos de secagem permitiu a diferenciação dos mesmos quanto a sua qualidade, sendo que o lote submetido `a secagem a 40 0 C apresentou qualidade fisiológica inferior. Foram detectadas diferenças entre os tratamentos de secagem e tempos de embebição, no entanto, não houve interação entre esses dois fatores. Os resultados da avaliação da condutividade elétrica permitiram a separação de níveis de qualidade, sendo que as sementes submetidas aos métodos de secagem natural não diferiram entre si e apresentaram menor condutividade. A secagem a 30 0 C propiciou valores intermediários de condutividade e maior condutividade foi observada quando as sementes foram submetidas a secagem a 40 0 C. Independente do tratamento de secagem, os valores de condutividade aumentaram até 72 horas de embebição, havendo um decréscimo posterior a esse período. O teste de condutividade elétrica de massa realizado com embebição das sementes de café por 48 horas foi eficiente na avaliação de diferentes níveis de danos de secagem.
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    Organogênese e germinabilidade durante o desenvolvimento de sementes de cafeeiros (Coffea arabica L.)
    (2003) Estanislau, Wagner Tompson; Castro, R. D. de; Carvalho, Maria Laene Moreira de; Mesquita, Paulo Rogério de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Este trabalho teve o objetivo de caracterizar a organogênese e os aspectos físicos e fisiológicos durante o desenvolvimento e maturação de sementes de cafeeiros (Cv. Acaiá Cerrado MG-1474). Foram marcados ramos no terço superior das plantas dois dias após o início da florada. As sementes foram isoladas de frutos colhidos em diferentes estádios de desenvolvimento, entre a antese e 255 dias após a antese (DAA), e classificados por coloração e tamanho. As análises morfológicas e anatômicas relacionadas a organogênese foram realizadas por meio de microscopia estereoscópica, que permitiu a caracterização dos diferentes estádios de desenvolvimento, com base na presença e/ou crescimento de perisperma, endosperma e embrião, avaliando-se também, o teor de água e conteúdo de matéria seca dos diferentes tecidos. Foi avaliada a germinabilidade in vitro de embriões isolados, assim como a germinabilidade de sementes no decorrer do desenvolvimento. O crescimento inicial do fruto foi relacionado ao desenvolvimento do perisperma originado a partir do crescimento do tecido nucelar. Apesar de existirem variações no desenvolvimento inicial, há uma tendência de uniformização do tamanho dos frutos. A película prateada se resume a resquícios da camada externa do perisperma observado em frutos e sementes maduros. Os embriões adquirem germinabilidade a partir dos 150 DAA, quando já apresentam formato cotiledonar, o que coincide com a fase de acúmulo crescente de matéria seca e perda de umidade. As sementes germinam somente a partir dos 210 DAA, quando o endosperma se apresenta sólido. A germinabilidade é máxima na fase verde-cana e cereja.
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    Qualidade de sementes de cafeeiro submetido a diferentes regimes de irrigação em diferentes densidades de plantio
    (2003) Carvalho, Maria Laene Moreira de; Scalco, Myriane Stella; Marques, Daniel Caixeta; Otoni, Rafael Ribas; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Para investigar o efeito do manejo de irrigação e de plantios com diferentes densidades na qualidade de sementes, foram utilizados frutos cereja de cafeeiro, cultivar Rubi - MG-1192 de lavoura de segundo ano, produzidos na UFLA, Lavras, MG. Os tratamentos consistiram de dois espaçamentos: Adensado (2,0x1,0m-5000 plantas ha-¹) e não adensado (4,0x1,0m - 2500 plantas ha-¹), sob três regimes de irrigação: Sem irrigação, irrigado quando a tensão de água no solo atinge 20kPa e irrigado a partir de 100 kPa. Utilizou-se um sistema de irrigação por gotejamento, com gotejadores de vazão de 3,75l/hora. A umidade do solo foi indiretamente monitorada através do uso de tensiômetros e blocos porosos (Water Mark-IrrometerÒ). Os tensiometros e os blocos porosos foram instalados nas profundidades de 10, 25 e 40cm. A irrigação de cada subparcela ocorreu toda vez que a leitura média de tensão de água na profundidade de 25cm indicava a tensão de irrigação relativa àquele tratamento. As leituras para tensões até 20kPa foram feitas através de um tensímetro e, na de 100kPa através de um leitor digital de resistência elétrico, calibrado para as tensão estudada. As lâminas de irrigação foram calculadas, considerando-se leituras obtidas nos tensiometros e blocos porosos nas três profundidades de instalação. Além da produção na primeira safra, foi avaliada a qualidade das sementes produzidas, pelos seguintes testes e determinações: determinação do grau de umidade, teste de germinação, teste de tetrazólio, teste de condutividade elétrica, determinação da protusão radicular, índice de velocidade de emergência de plântulas, teste de sanidade, determinação do percentual de broca e moca. Cafeeiros que recebem maior quantidade de água, ou seja, irrigados a partir de tensões de 20 kPa, independentes do espaçamento adotado, apresentam produção aos 17 meses, superior aos submetidos aos demais regimes de irrigação investigados (21 sacas. ha-¹café da roça e 4 sacas. ha-¹ de café beneficiado). A qualidade das sementes em relação à germinação e índice de velocidade de emergência de plântulas, é positivamente afetada, em cafeeiros não adensados e irrigados a partir da tensão de 100 kPa. Os testes de tetrazólio (viabilidade) e protrusão radicular não detectaram diferenças significativas entre as densidades de plantio e regimes de irrigação. Sementes produzidas sob condições de estresse hídrico se mostraram mais susceptíveis ao ataque de broca, formação de frutos moca e desenvolvimento de fungo do gênero Cladosporium sp.