Trabalhos de Evento Científico

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Resultados da Pesquisa

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    Verificação da adoção das boas práticas agrícolas em café mediante a aplicação de questionário socio-econômico em propriedades produtoras de café
    (2003) Costa, Roberto Alexandre; Farias, Antônio Xavier de; Corrêa, Tânia Barretto Simões; Souza, Maria de Lourdes Mendes de; Freitas-Silva, Otniel; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O levantamento das condições de processamento/beneficiamento do café é um processo fundamental para a verificação da adoção das Boas Práticas Agrícolas (BPA). O objetivo deste trabalho foi verificar a adoção de BPA através de informações geradas mediante aplicação de questionários sócio-econômicos em propriedades produtoras de café. Estes dados poderão auxiliar na aplicação dos princípios do sistema /APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) visando minimizar o desenvolvimento fúngico e, conseqüen-temente, a produção do principal perigo do café, a Ocratoxina A (OTA). O questionário foi elaborado de acordo com as recomendações da FAO, baseado em informações socio-econômico e culturais da cadeia de produção do café. Os questionários foram aplicados em 11 propriedade de café na região do cerrado nos Estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia, concomitante à coleta de amostras de café, solo e ambiente para avaliação das comunidades fúngicas e seus metabólitos tóxicos. Os resultados obtidos demonstram que uma diversificação de procedimentos, muitos dos quais advindos dos diferentes sistemas de beneficiamento / processamento do café, via seca e via úmida. A grande maioria dos produtores das regiões visitadas utilizava a via úmida como principal via de beneficiamento do café, mostrando o interesse do produtor em primar pela qualidade e assim obter melhores preços de mercado. O grande problema observado neste tipo de processamento é a água utilizada. Em algumas propriedades a água é reutilizada e este procedimento pode aumentar a disseminação de agentes microbiológicos que podem contaminar os grãos de café. A via seca é mais utilizada por pequenos produtores que não possuem lavador/despolpador e, no caso dos grandes produtores, é utilizada para suprir o volume da produção ou no final da colheita em café de menor qualidade. O principal processo de colheita observado foi o mecânico, devido principalmente ao relevo suave da região. A colheita manual é realizada no repasse dos frutos provenientes da colheita mecânica e por pequenos produtores, sendo realizada sempre no pano, com exceção do oeste baiano onde parte da colheita era realizada no chão. A secagem do café é feita principalmente em terreiro pavimentado, sendo o terreiro de terra utilizado preferencialmente para suprir o volume de produção ou para cafés de menor qualidade. O revolvimento dos grãos mecanizado foi verificado em todas as propriedades, salvo nas pequenas propriedades, onde era feito manualmente com o uso de rodo. Em ambos os casos, o revolvimento é feito quase que constantemente, acelerando e uniformizando o processo de secagem. Não foi constatada a prática de cobertura dos grãos durante o período da noite, fato não tão agravante devido ao clima seco da região na época de colheita, e ao constante revolvimento dos grãos no terreiro. Entretanto, em alguns casos, foi observado a presença de grãos "fermentados" O uso de secadores foi observado na maioria das propriedades de MG e GO, sendo utilizado como uma forma de homogeneizar a umidade dos grãos. Já na Bahia este equipamento não é utilizado devido ao clima da região. As condições de armazenamento / beneficiamento apresentaram boa infra-estrutura, com tulhas e armazéns sem goteiras e condições para acúmulo de umidade, salvo em algumas pequenas propriedades, cujo café era armazenado em coco e em condições inadequadas, acarretando a perda da qualidade do produto. Grande parte dos produtores mantém seu café armazenado em cooperativas ou corretores de café, face ao risco de assaltos às propriedades, o que acaba contribuindo para a melhoria da qualidade do produto, uma vez que estas dispõem de toda a infra-estrutura necessária. O questionário aplicado foi eficaz permitindo um diagnós-tico da situação da cafeicultura irrigada na região do cerrado e a elaboração de um banco de informações que poderão auxiliar na melhoria das BPA e do processo de implementação do Sistema /APPCC em propriedades produtoras de café.
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    Controle biológico de Aspergillus ochraceus na Rizosfera do cafeeiro por ação antagonica de Trichoderma harzianum
    (2000) Corrêa, Tânia Barretto Simões; Bittencourt, A. M.; Freitas-Silva, Otniel; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Este trabalho objetivou o estudo de Aspergillus ochraceus e antagonistas em solos da rizosfera de cafeeiros irrigados nos cerrados dos Estados de Minas, Bahia e Goiás, nos anos de 1998 e 1999. A incidência do fungo A. ochraceus em grãos monitorados endogenamente foi considerada elevada em algumas lavouras. Os nichos mais expressivos monitorados no agroecossistema foram: a rizosfera e os terreiros de secagem. Os isolamentos realizados revelaram a presença do fungo antagonista Trichoderma harzianum apontado como o agente da supressividade ou semi-supressividade do produtor de ocratoxina A (OTA). Estudos in vitro demonstraram o potencial antagônico de T. harzianum a A. ochraceus e seus propágulos de resistência, os microesclerócios. Este registro indica a possibilidade de futuro emprego do antagônico no controle biológico em rizosfera de cafeeiros infestados por A. ochraceus, produtores de OTA.
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    Detecção de fraudes em café torrado e moído por análise de imagem: caso do milho
    (2000) Assad, Eduardo D.; Sano, Edson E.; Cunha, Sílvia A. R.; Rodrigues, Hilda R.; Corrêa, Tânia Barretto Simões; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Para eliminar divergências na interpretação dos resultados e agilizar os atuais métodos de detecção de fraudes em café torrado e moído, foi estabelecida uma metodologia baseada na análise por imagem e fundamentada no princípio de que diferentes materiais podem apresentar reflectâncias distintas em diferentes comprimentos de onda do espectro eletromagnético. Partiu-se da hipótese de que o pó de café adulterado, sendo submetido a uma fonte artificial de iluminação, teria uma reflectância nos canais R, G e B maior do que a do pó de café não adulterado. As amostras de café são submetidas as etapas de limpeza, secagem e homogeneização e, a seguir, efetua-se a geração de imagens multiespectrais, utilizando uma lupa eletrônica acoplada a uma câmara (CCD) que capta as imagens nas bandas RGB. As imagens geradas são passadas para um computador, onde são armazenadas, processadas e classificadas por meio de um "software" de processamento de imagens digitais. A resposta espectral de cada componente é identificada a partir do seu histograma ou diretamente sobre a imagem gerando um padrão. A área é calculada em porcentagem e para a quantificação final das impurezas na amostra utiliza-se uma curva de calibração entre a área relativa obtida pela classificação supervisionada de imagens e a porcentagem de impurezas presentes nas amostras. Destacam-se como vantagens: a agilidade da resposta para os casos em que se exige uma análise de uma grande quantidade de amostras; ausência de subjetividade; e a não destruição das amostras analisadas. Este método assegura um patamar mínimo de detecção de 93% das impurezas do produto.