Trabalhos de Evento Científico

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    Ácidos orgânicos e açúcares em acessos da coleção de café da Etiópia do Iapar e cultivares de café arábica
    (Embrapa Café, 2015-06) Scholz, Maria Brígida dos Santos; Kitzberger, Cintia Sorane Good; Durand, Noel; Charmetant, Pierre; Leroy, Thierry
    Atributos como acidez e doçura estão entre os mais importantes e complexos atributos da bebida do café. Compostos como ácido cítrico, málico e quínico e açúcares estão envolvidos na formação destes atributos na bebida. Uma das maneiras de obter cultivares com melhores características agronômicas e sensoriais são cruzamentos entre as cultivares existentes. Entretanto devido à estreita base genética das atuais cultivares novas fontes de genes devem ser devidamente incorporadas. A coleção de acessos de café da Etiópia é uma opção disponível, porém para resultar em um cruzamento eficiente deve ser inicialmente caracterizada. O objetivo foi caracterizar os acessos de cafés da coleção da Etiópia em relação à concentração de ácidos e açúcares e compará-los com cultivares de cafés arábicas. As amostras de dos acessos da coleção da Etiópia (15), a cultivar Typica e Catuaí vermelho foram coletadas na estação Experimental de Londrina-PR, na safra de 2011. Os cultivares IPR 103, IPR 106 e Iapar 59 foram coletados em experimentos da COCARI em Mandaguari na safra de 2010. Avaliou-se glucose, frutose, sacarose, ácido cítrico, málico e quínico determinados por cromatografia líquida de alto desempenho. Observou-se grande variabilidade na concentração destes compostos. A análise de componentes principais mostrou que acessos etíopes, as cultivares Typica e IPR 103 são separados das cultivares Catuaí, IPR 106 e Iapar 59 por apresentarem menores teores de açúcares e de ácido quínico. Por outro lado, o segundo componente formado pelos teores de ácidos cítrico e málico mostrou que vários acessos e a cultivar Catuaí apresentaram maior concentração de ácido cítrico e menor concentração de glucose e frutose. A análise de agrupamento hierárquico revelou a existência de quatro grupos. A principal diferença entre os grupos se deve às combinações entre as concentrações de sacarose e ácido cítrico que influenciam os atributos de acidez e doçura na bebida do café. Maior variabilidade foi encontrada entre os acessos que nas cultivares modernas que formaram um grupo na análise de agrupamento hierárquico. Os acessos podem se tornar novas fontes de genes visando à qualidade de bebida porque apresentam variabilidade de composição de açúcares e ácidos.
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    Isômeros de ácidos clorogênicos em grãos de café originados de diferentes arranjos de plantio
    (Embrapa Café, 2013) Scholz, Maria Brígida dos Santos; Kitzberger, Cintia Sorane Good; Durand, Noel; Rakocevic, Miroslava
    Vários compostos do fruto do café contribuem para a formação dos atributos sensoriais da bebida do café e entre estes estão os isômeros dos ácidos clorogênicos (ACG). O objetivo deste estudo foi avaliar a formação de isômeros de ACG em grãos originados nos diferentes estratos de perfil vertical de plantas da cultivar IAPAR 59. As plantas foram cultivadas em duas altas densidades (6000 e 10000 plantas ha-1) com a distribuição retangular (6AR e 10AR) e quadrangular (6AQ e 10AQ). Grãos foram coletados na safra de 2011 de três estratos de 40 cm em cada densidade e arranjo. Os principais isômeros dos ácidos clorogênicos (ACQ, AFQ e diACQ) foram determinados por cromatografia líquida de ultra desempenho(UFLC). Os tratamentos de menor densidade (6AQ e 6AR) apresentaram menor índice de área foliar, o que sugere menor autossombreamento do que em 10AQ e 10 AR. Em 6AQ e 6AR foram observadas maior concentração de ACG, dos seus isômeros e menor relação entre ACQ/diACQ, indicando menor grau de maturação para estes frutos. Com o uso de ANOVA identificou-se grande variabilidade na concentração dos diversos isômeros nos estratos de todos os tratamentos estudados. A análise de componentes principais mostrou que os grãos de estrato inferior dos tratamentos 10AQ e 10AR apresentam baixos níveis de 5-ACQ e situação inversa foi observada nos seus estratos superiores. Os estratos dos tratamentos 6AQ e 6AR foram associados a elevados níveis de todos os isômeros de ACG. Neste estudo foi possível observar a influência de ambientes microclimáticos na concentração de ACG. A densidade de plantas influenciou a variabilidade na concentração de isômeros de ACG nos estratos de cada tipo de arranjo. Nos estratos inferiores (auto-sombreados) de cafeeiros, de ambas altas densidades estudadas, encontraram-se menores concentrações de ACG comparadas com os estratos superiores, o que mostra o impacto de radiação incidente na qualidade de frutos verdes.
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    DETERMINISMO GENÉTICO E MOLECULAR DO METABOLISMO DE DITERPENOS EM Coffea spp.
    (2009) Ferreira, Lucia P.; Dias, Rafael Ce.; Durand, Noel; Guyot, Bernard; Ramos, Juliana; Perthuis, B.; Sandrin-Garcia, Paula; Benassi, Marta T.; Marraccini, Pierre; Pereira, Luiz Fp.; Leroy, Thierry; Vieira, Luiz Ge.; Pot, David; Embrapa - Café
    Cafestol e caveol são os dois principais diterpenos presentes nos frutos de café. Esses compostos específicos do cafeeiro têm se mostrado importantes na saúde humana, induzindo alterações no colesterol e ações anti- cancerígenas. Apesar da sua importância, há pouca informação sobre os princípios genéticos e moleculares de seu metabolismo. Análises fenotípicas através de HPLC, com cafés de diferentes espécies (vários genótipos por espécie), indicam uma variabilidade importante para cafestol, caveol e 16OMC. As análises in silico dos EST de Coffea permitiram identificar cDNAs parciais correspondente a um gene de CPS, dois de KO e um de KS. Análises de expressão desses genes por RTq-PCR quantitativa, em tecidos separados durante o desenvolvimento dos frutos, estão em andamento. Resultados preliminares indicam que os quatro genes alvos apresentam expressão diferencial durante o desenvolvimento dos tecidos do fruto. Os resultados de expressão serão discutidos considerando o interesse na identificação dos genes potencialmente envolvidos na regulação da concentração de cafestol e caveol.