Trabalhos de Evento Científico

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    Diferença na maturação dos frutos entre variedades e linhagens de Coffea arabica, na região na Zona da Mata de Minas Gerais
    (2001) Garçon, Clévio Lindolfo Pereira; Barros, Ubiratan Vasconcelos; Matiello, José Braz; Fazuoli, Luiz Carlos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Comumente quando uma variedade é descrita, dentre outras característica, relata se esta é de maturacão precoce, média ou tardia; mas são escassos os trabalhos de comparacäo de linhagens dentro de uma mesma variedade. Porém, a época de maturação, além de influência genética, é também influenciada pelas condições climáticas do local (altitude, temperatura, face do terreno e outras), onde a variedade/linhagem esta plantada. No entanto, como há diferença significativa na época de maturação dos frutos das diferentes variedades de Coffea arabica, instalou-se, no mesmo local para não haver influência do ambiente, no Centro Experimental de Café Eloy Carlos Heringer, o presente trabalho, no intuito de otimizar a mão de obra da propriedade na colheita e aumentar o período de colheita de frutos cereja. Para isto foram escolhida variedades e linhagens, plantada em fev/95, no espaçamento 2,5 x 1,O m, a 740 m de altitude, em solo LVAh, no delineamento em blocos ao acaso com 4 repetições. Foram marcados 6 ramos, 2 no ponteiro, 2 na posição mediana da planta e 2 na saia, sendo um de cada lado da linha, na primeira florada, a qual ocorreu em 13/09/2000, e 6 ramos na segunda, a qual ocorreu em O9 a 16/1O/2000. As avaliações foram semanais até a ocasião da maturação dos frutos, que foi considerado quando mais de 50% dos frutos estavam em estágio de cereja. Para separar as variedades em grupos quanto a época de maturação, foi adotado o teste de agrupamento Scott knott ao nível de 5% de probabilidade. Quanto a época de maturação dos frutos da primeira florada, foram formados três grupos, foram 3 as mais precoce (sendo 210 a 215 dias entre a florada e a maturação dos frutos), foram 4 as intermediárias (220 a 223 dias) e 7 as tardias (227 a 234 dias), já na segunda florada, as precoces foram 4 (220 a 227 dias), 7 intermediárias (232 a 244 dias) e 3 tardias (249 a 257 dias). Há de ressaltar que no geral os ramos da primeira florada amadureceram mais cedo (média de 224 dias) que da segunda (média 238 dias), nota-se também que os ramos do ponteiro amadurecem cerca de uma semana antes dos ramos da posição mediana da planta, e estes por sua vez também chegam uma semana antes dos ramos da saia, nas condições do ensaio.
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    Doses e modos de aplicação de palha de café e esterco de gado associado ao adubo químico, na formação e produção do cafeeiro, solo LVAh, na Zona da Mata de Minas Gerais
    (2001) Barros, Ubiratan Vasconcelos; Garçon, Clévio Lindolfo Pereira; Santinato, Roberto; Matiello, José Braz; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A adubação orgânica, além de fonte de nutrientes para o cafeeiro, promove outros efeitos benéficos, como a melhor estruturação do solo e a maior capacidade de retenção de água, criando condições mais favoráveis ao desenvolvimento da planta e da microbiota do solo. Com o objetivo de definir doses e modos de aplicação de palha de café, esterco de gado e adubo químico, instalou-se no Centro Experimental de Café Eloy Carlos Heringer, em Martins Soares-MG, o presente trabalho. O ensaio foi montado em solo LVAh, em lavoura de Catuaí 44, plantado em fevereiro de 95 no espaçamento de 2,0 x 0,7 m, a 740 m de altitude, com doses de fertilizantes orgânicos e doses de N, P e K por planta aplicadas na superfície e enterradas no delineamento em blocos ao acaso com três repetições, com parcelas de 24 plantas, sendo úteis as seis centrais. Verificou-se que, nas condições do ensaio, as doses de 2,0 kg por planta de palha seca de café e de esterco gado promoveram aumento de 68,9 e 53,7% na produção. Notou-se também que as doses de 4,0 e 2,0 kg de palha seca de café, quando aplicadas enterradas, prejudicaram o desenvolvimento da planta, devido à imobilização temporária do nitrogênio para que ocorresse o processo de decomposição desta matéria orgânica e também devido à alta temperatura resultante das reações exotérmicas que ocorrem durante o processo, o que prejudica as raízes do cafeeiro.
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    Comparação de modos de adubação do cafeeiro nas regiões montanhosas da Zona da Mata de Minas Gerais
    (2001) Barros, Ubiratan Vasconcelos; Garçon, Clévio Lindolfo Pereira; Santinato, Roberto; Matiello, José Braz; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A cafeicultura da Zona da Mata de Minas Gerais é caracterizada pelo plantio em terrenos declivosos (montanhas), o que oferece dificuldade na operacionalização dos tratos culturais, entre eles a adubação, a qual é realizada manualmente; dessa forma, os produtores procuram adaptar modos diferenciados na sua execução. Assim, é comum observar produtores que enterram os adubos em covetas, ou sulcos, localizando-os, ou não, mais próximos ou longe dos caules das plantas, enquanto outros aplicam os fertilizantes em cobertura, a diferentes distâncias do tronco ou saia do cafeeiro. No intuito de avaliar o melhor modo de adubar o cafeeiro plantado em áreas montanhosas, instalou-se, no Centro Experimental de Café Eloy Carlos Heringer, em Martins Soares - MG, o presente trabalho. O ensaio foi montado em solo LVAh, com declividade de 20%, em lavouras de Catuaí 99, plantadas em fev/95, no espaçamento de 2,5 x 0,7 m, a 740 m de altitude, no delineamento em blocos ao acaso com três repetições, com parcelas de 12 plantas, sendo úteis as oito centrais. Verificou-se ligeira superioridade no modo de adubação em cobertura sobre o enterrado (42,75 contra 40,33 scs/ha); também apresentou superioridade a adubação dos dois lados da planta, em relação apenas ao lado de cima (46,02 contra 40,42 scs/ha), sendo o tratamento que localizou o adubo junto ao tronco o que resultou no pior desempenho, e isto mostra que a maior distribuição do adubo é vantajosa. Quanto ao local, a adubação na projeção da saia foi superior àquela sob a saia (47,71 contra 41,62 scs/ha). Portanto, pode-se concluir que mesmo em regiões montanhosas, como a Zona da Mata de Minas Gerais, o melhor modo de adubar o cafeeiro é a aplicação em cobertura, na projeção da saia em ambos os lados da planta, isto até a declividade de 20%, como no caso do ensaio.
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    Competição de híbridos de cafeeiro com resistência à ferrugem e nematóide M. exigua, na zona da Mata de Minas
    (2001) Matiello, José Braz; Barros, Ubiratan Vasconcelos; Garçon, Clévio Lindolfo Pereira; Barbosa, Cláudio Magela; Queiroz, Astorico R.; Almeida, Saulo Roque de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Para avaliar a produtividade e a adaptação de híbridos de café, em gerações avançadas, com resistência à ferrugem e ao nematóide Meloidogyne exigua, foram conduzidos dois ensaios na região da Zona da Mata-MG, a 740 m de altitude, em Martins Soares.O material em estudo constou de 13 itens no ensaio 1 e 24 itens no ensaio 2, com plantio em fev/95, no espaçamento 2,5 x 1 m, com delineamento em blocos ao acaso, 4 repetições e parcelas de 10 e 4 plantas, respectivamente. Até o momento foram obtidas cinco produções. Verificou-se que vários híbridos se destacaram, com potencial produtivo semelhante ou superior ao dos próprios padrões usados (Catuaí A. IAC 86 e Catuaí V. IAC 15). De porte alto, foi mais produtivo o Icatu Amarelo IAC 2944-859-190 e, de porte baixo, o Catucaí Vermelho 20/15, Catucaí Amarelo SSP e Catucaí 785, este último também resistente a M. exigua. Com destaque ainda apareceu o Acauã, o cruzamento entre Acaiá x Catimor (Sabiá tardio) e o IBC-Palma 2.
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    Progresso da ferrugem (Hemileia vastatrix Berk. & Br.) do cafeeiro (Coffea arábica L.) em diferentes altitudes
    (2000) Garçon, Clévio Lindolfo Pereira; Zambolim, Laércio; Vale, Francisco Xavier Ribeiro do; Costa, Helcio; Silva, Marcelo Barreto; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Este trabalho teve por objetivo estudar a influência da altitude no progresso da ferrugem do cafeeiro. Para tal, foram escolhidas lavouras em 1998 com alta carga pendente de frutos, pertencente ao cultivar Catuaí Vermelho, no espaçamento de 2,8 m x 0,7 m, na região da Zona da Mata de Minas Gerais. As lavouras situaram nas altitudes variando de 600 m a 1275 m. Em cada altitude foram marcadas cinco lotes de plantas onde retiraram-se folhas do terço inferior mensalmente para determinação da incidência e severidade da ferrugem do cafeeiro. Observando as curvas de progresso da ferrugem do cafeeiro nas diferentes altitudes, por meio de regressão linear dos picos de incidência de H. vastatrix, verificou-se uma intensidade de doença menos severa, nas lavouras de café plantadas em altitudes mais elevadas, principalmente aquelas acima de 1000 m. A explicação para este fato é que, a medida que a altitude eleva-se de 600 m para 1275 m há um decréscimo correspondente na temperatura e maior intensidade de vento; desta maneira, o período de molhamento foliar é menor do que em altitudes inferiores a 1000 m. Assim, não só a incidência da ferrugem foi menor mas também a severidade da doença ( número de pústulas por folha). O pico de ferrugem nos anos de 1998 a 2000 foi obtido de julho a outubro de acordo com a altitude. Quanto maior a altitude mais o pico da doença tendeu a se deslocar para os meses de setembro a outubro. A maior incidência da ferrugem ocorreu na altitude de 850 m e a menor a 1275 m, com incidência de no máximo 40 % de doença. Devido a estes resultados, as estratégias de controle da ferrugem devem ser diferenciadas não só de acordo com a temperatura, chuva, molhamento foliar e umidade relativa, mas também a altitude onde a lavoura esta implantada.
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    Modelo de previsão da ferrugem (Hemileia vastatrix Berk. & Br.) do cafeeiro (Coffea arabica L.)
    (2000) Garçon, Clévio Lindolfo Pereira; Zambolim, Laércio; Vale, Francisco Xavier Ribeiro do; Mizubuti, Eduardo Seiti Gomide; Altmann, Thomas; Paiva, Sérgio Bueno; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O objetivo deste trabalho foi desenvolver e testar um modelo de previsão da ferrugem do cafeeiro o qual utiliza as variáveis climáticas molhamento foliar e temperatura média durante o período de molhamento, associadas a fisiologia da planta e a intensidade da doença como subsídios para avisar o momento mais propício para se realizar pulverizações com fungicidas sistêmicos, no caso o hexaconazole, para o controle da ferrugem. Para tal foram escolhidas duas lavouras de café do cultivar Catuaí vermelho com seis anos de idade, uma com alta carga pendente de frutos, localizado no município de Coimbra na região da Zona da Mata de Minas Gerais, com 680 m de altitude, e a outra com carga média de frutos, localizada no município de Carmo do Paranaíba, na região do Alto Paranaíba do Estado de Minas Gerais, com 850 m de altitude, em novembro de 1999. O experimento contrastou recomendações do controle da ferrugem do cafeeiro baseadas no calendário convencional de pulverizações, com recomendações determinadas pela incidência de folhas doentes, e recomendações ditadas pelo modelo de previsão da doença testado. O modelo de previsão desenvolvido e testado constou do cálculo do valor de severidade da ferrugem baseado na temperatura e molhamento foliar favoráveis ou não á ferrugem, gerando uma matrix, semelhante ao que foi feito por Wallin (1962). Os valores de severidade obtidos diariamente foram computados e testados no campo visando determinar qual deles proporcionasse controle eficiente da doença. O modelo também foi associado a incidência inicial da doença na cultura e da carga pendente dos frutos nas plantas. Na lavoura com alta carga pendente de frutos o melhor resultado do modelo foi o tratamento que recomendou pulverizações quando o valor de severidade de doença (VSD) atingia 30 VSD’s, o qual determinou duas pulverizações, uma dia 05-02-00 e a segunda dia 29-03-00, proporcionando controle semelhante ao calendário de aplicações de fungicida. Já para a lavoura com média carga pendente de frutos, o modelo recomendou apenas uma única pulverização com hexaconazole para todos os tratamentos, sendo que a incidência final de folhas doentes por ocasião da colheita não atingiu o nível de dano ao cafeeiro, e também não diferiram dos tratamentos baseados no calendário, que recomendou duas pulverizações com fungicida sistêmico e quatro com fungicida de contato. Portanto, o modelo de previsão desenvolvido e testado no trabalho mostrou-se tão eficiente quanto o calendário para o controle da ferrugem do cafeeiro, porém utilizando um menor número de pulverizações em pelo menos em um dos locais avaliados (Carmo do Paranaíba).