Trabalhos de Evento Científico

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    Uma abordagem de gênero no universo da pesquisa sobre café
    (Embrapa Café, 2015) Arzabe, Cristina; Hana, Ricardo Abu
    Muitos estudos relativos à dinâmica das relações de gênero foram realizados considerando o mundo acadêmico e o universo da pesquisa científica no Brasil, como por exemplo, no campo da computação, química, física, biologia, saúde e geografia. Visando uma análise de gênero no âmbito da pesquisa científica direcionada ao tema café, foram analisados dados extraídos do Sistema de Gestão Administrativa do Programa de Pesquisa do Consórcio Pesquisa Café - Sisgap, em relação aos pesquisadores e aos bolsistas, considerando dados do período entre 2006 e 2014. Os resultados encontrados corroboram aqueles da literatura no que tange à liderança de projetos de pesquisa (Planos de Ação - PAs), onde há mais líderes do sexo masculino que feminino (em média 70% dos projetos são coordenados por homens), assim como mais acesso às bolsas de maior valor, destinadas aos profissionais com vasta experiência (em média 90% destas bolsas são destinadas ao público masculino). Por outro lado, destaca-se a predominância do público feminino no que tange às bolsas destinadas aos mestres e doutores, durante todo o período considerado, com aumento percentual expressivo de bolsas destas modalidades concedidas às mulheres no ano de 2014. Este quadro permite sugerir um cenário futuro onde os projetos serão coordenados por um número maior de mulheres, tendendo a uma maior simetria de gênero, assim como no que se refere às bolsas destinadas aos profissionais com mais experiência. Finalmente, verifica-se que os coordenadores de PAs de sexo masculino orientam mais bolsistas de sexo masculino (padrão ‘ele para ele’), e as coordenadoras de PAs de sexo feminino orientam mais bolsistas de sexo feminino (padrão ‘ela para ela’), havendo maior discrepância de gênero no conjunto de PAs orientados por mulheres. Uma vez que há menos PAs coordenados por mulheres, essa discrepância pode explicar a simetria de gênero encontrada nas bolsas, quando realizada a análise considerando todas as bolsas em conjunto. No caso do público feminino, esta tendência pode estar ocorrendo tanto por uma escolha (consciente ou inconsciente) das coordenadoras, quanto devido à maior oferta de mulheres para serem bolsistas nas modalidades onde este público prevalece.