Trabalhos de Evento Científico
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Resultados da Pesquisa
Item Utilização de métodos de temperatura na estimativa da evapotranspiração de referência nas regiões do Triângulo Mineiro e do oeste da Bahia(2003) França, Adjalma Campos de; Mantovani, Everardo Chartuni; Sediyama, Gilberto Chohaku; Leal, Braulino Gonçalves; Simão, Fúlvio Rodriguez; Zinato, Cristiano Egnaldo; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA determinação da ETo é de grande importância para a definição da lâmina requerida pela cultura e do momento de início da irrigação. Com a globalização do mercado e problemas relacionados à escassez dos recursos hídricos, tornou-se fundamental a implantação e manutenção de sistemas de irrigação com base na eficiência econômica e otimização do uso da água, buscando minimizar os danos ao meio ambiente. No Brasil tem-se uma grande defasagem em termos de disponibilidade de informações meteorológicas, principalmente para os pequenos e médios produtores agrícolas, devido ao reduzido número de estações da rede nacional e ao alto custo das estações automáticas ao nível de propriedade. A falta de dados regionais necessários para o cálculo da ETo é uma limitação ao uso do método padrão (Penman-Monteith). Torna-se imprescindível o desenvolvimento de metodologias simplificadas que visem a melhor forma de utilização e ajuste de métodos com menor exigência de dados climáticos, como as equações FAO-Blaney-Criddle e Hargreaves & Samani, que necessitam apenas da temperatura máxima e mínima e possuem alto potencial de utilização em campo. O objetivo do trabalho foi estimar e comparar a evapotranspiração de referência (ET 0 ) por meio de dois métodos simplificados e o método padrão (Penman-Monteith), e a realização de ajustes para otimizar a utilização dos métodos simplificados para a estimativa da evapotranspiração de referência, gerando suporte ao manejo de irrigação para importantes regiões produtoras de café. Os resultados das estimativas foram obtidos com auxilio do módulo de simulação do software IRRIGA (SISDA) em função dos dados climáticos disponíveis de cada localidade em estudo. Os dados climatológicos diários disponíveis (série histórica INMET) para a estimativa da evapotranspiração de referência (ETo) foram os seguintes: temperaturas máxima e mínima do ar; horas de brilho solar; temperaturas do bulbo seco e do bulbo molhado; umidade relativa média diária do ar; e velocidade média do vento. Os métodos comparados foram: Penman-Monteith-FAO, Hargreaves & Samani, FAO-Blaney-Criddle. Foram escolhidas as cidades de Patrocínio, MG, Latitude 18º56’ S e Longitude 46º59’ W e altitude de 965 m e Barreiras, BA, Latitude 12º09’ S, Longitude 44º59’ W e altitude de 452m para representar o Triângulo Mi-neiro e o Oeste da Bahia, respectivamente, devido às características de produtividade e sócio-econômicas, tipo de solo e clima, entre outras. A análise dos resultados foi feita utilizando-se análise de regressão e considerando o modelo linear Y=a+bX, em que a variável dependente foi o método de Penman-Monteith, enquanto as estimativas pelos demais métodos foi a variável independente, considerando-se o modelo completo. A metodologia utilizada para comparação dos resultados baseou-se no erro-padrão da estimativa do método avaliado (SEE), no grau de dispersão dos pontos com a equação da reta gerada pela regressão (r 2 ), utilizando-se o erro padrão de estimativa ajustado pela regressão (ASEE). A utilização das metodologias simplificadas sem os ajustes levou a superestimativa da ETo no caso da equação de Hargreaves & Samani, e subestimativa da ETo no caso da equação FAO-Blaney-Criddle para os períodos seco e chuvoso do ano para ambas as regiões. Devido a baixa correlação encontrada na equação obtida por regressão linear entre os valores de Eto obtidos pela equação FAO-Blaney-Criddle e a equação de Penman-Monteith (padrão) na região de Barreiras, confirmada pelo r 2 de 0,40, o ajuste aumentou o erro-padrão de estimativa não sendo recomendada a sua utilização. Para ambas as localidades a equação de Hargreaves & Samani se ajustou melhor à equação de Penman-Monteith. Para a região de Barreiras a equação de ajuste a ser utilizada com a equação escolhida é Y = 0.32 + 1.07 X. Para a região de Patrocínio a equação de ajuste a ser aplicada com a equação de Hargreaves & Samani Y = 0.30 + 1.15 X.Item Desenvolvimento de um aplicativo computacional para cálculo e manejo da fertirrigação na cafeicultura irrigada(2000) Leal, Braulino Gonçalves; Mantovani, Everardo Chartuni; Soares, Adilson Rodrigues; Antunes, Rodrigo Corrêa Borges; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA confecção e utilização de sistemas de suporte à decisão tem sido um importante instrumento para viabilizar a utilização de diversas técnicas de manejo na agricultura, possibilitando o controle da aplicação de determinada técnica, em diferentes setores de forma segura e operacional. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é o desenvolvimento de um sistema de suporte à decisão da utilização da fertirrigação, para o cafeeiro e mais de 40 outras culturas de interesse agrícola. Utilizou-se o pacote de programação Delphi 5 para o desenvolvimento de um aplicativo computacional, que, a partir dos resultados da análise do solo, permite ao usuário calcular as necessidades de calagem e de adubação da cultura. No cálculo da adubação inclui-se micro (S, B, Cu, Mn, Mo, Zn) e macro nutrientes (N,P,K), e considera a 4a e a 5a Aproximação para o estado de Minas Gerais (RIBEIRO et al., 1999; LOPES e GUIMARÃES, 1989), o Boletim 100 para o estado de São Paulo (RAIJ et al., 1996) e o Manual Internacional de Fertilidade do Solo (Instituto da Potassa & Fosfato, 1998). O modelo de cálculo da calagem utiliza os métodos da Neutralização do alumínio trocável e elevação de magnésio e cálcio e da Saturação de bases (LEAL et. al.,1998; RIBEIRO et al., 1999; LOPES e GUIMARÃES, 1989; RAIJ et al., 1996). O programa também possui um módulo que permite ao usuário definir modelos para o cálculo da adubação e calagem e os resultados podem ser parcelados em doses de fertilizantes a serem aplicadas durante o ciclo da cultura, em complemento à adubação de plantio. A aplicação dessas doses via sistemas de irrigação é operacionalizada em termos dos tempos requerido para distribuição e/ou lavagem, calculados a partir da quantidade de nutriente a ser aplicada, do volume e vazão do tanque de injeção do produto, da vazão do sistema de irrigação e da lâmina a ser aplicada. O sistema inclui o cadastro dos principais adubos químicos do mercado, mas também permite o cadastro de novos produtos. O sistema permite o cadastro de múltiplas propriedades agrícolas, a divisão da gleba em parcelas e estas em subparcelas. O cadastro de resultados da análise do solo, o cálculo da adubação e da calagem e o manejo é feita por unidade parcelar da propriedade agrícola.