Trabalhos de Evento Científico

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    Caracterização de agroecossistemas cafeeiros da Zona da Mata de Minas Gerais utilizando o sistema de processamento de informações georreferenciadas (SPRING)
    (2003) Machado, marley Lamounier; Alves, Helena Maria Ramos; Vieira, Tatiana Grossi Chquiloff; Lacerda, Marilusa Pinto Coelho; Andrade, Hélcio; Fernandes, Elpídio Inácio
    O planejamento do uso sustentado dos recursos naturais requer, inicialmente, o levantamento e a organização de informações sobre o ambiente. O conhecimento sobre o meio físico de uma região possibilita a análise dos resultados de obtidos, o entendimento das variações encontradas e sua extrapolação para outros locais. A existência de dados descritivos, tais como estatísticas censitárias, não são suficientes para a descrição de um ambiente. É necessário uma documentação cartográfica, com a elaboração de mapas, que registrem a real distribuição dos aspectos do meio físico associados às diferentes formas de uso da terra. Por outro lado, informações atualizadas são essenciais para o planejamento e manejo eficiente dos recursos naturais visando o uso sustentado da terra. Este trabalho teve como objetivo a caracterização do meio físico de agroecossistemas cafeeiros da Zona da Mata mineira, usando fotografias aéreas e imagens de satélite e o geoprocessamento para processamento destes dados. Para o desenvolvimento do trabalho foram gerados dados sobre os solos, relevo, recursos hídricos e uso atual das terras, com ênfase na cultura do café, por meio de informações secundárias, levantamentos de campo e interpretação de imagens de satélite TM/Landsat e fotografias aéreas. Estas informações foram incorporadas por meio do sistema de informação geográfica SPRING para gerar um banco de dados em formato digital. A partir deste banco de dados foram gerados mapas temáticos para a caracterização ambiental. As curvas de nível e rede de drenagem foram digitalizadas a partir das cartas do IBGE e usadas pelo SIG para modelagem das classes de solo. Para checar a modelagem, escolheu-se a microbacia do Córrego Água Quente que foi detalhada com o levantamento de superfícies de topo, várzea, terraços e de formas côncavas e convexas a partir da fotointerpretação, em escala próxima a 1/10.000. Por meio de linguagem de análise espacial disponibilizada pelo software, cruzou-se as informações de cultura de café com faixas de altitude, classes de solo e orientação das vertentes. As áreas de cultura de café usadas nestes cruzamentos foram oriundas da interpretação feita sobre o mosaico e da união de todas as classes que envolvem cultura de café (café formação, café produção e solo exposto / café formação).O cruzamento do mapa de café com altitude envolveu o fatiamento do limite máximo e mínimo para os grupos menor que 600m, maior que 1300m e entre 600 e 1300 em intervalos de 100 em 100 m. Assim, as classes unificadas de café foram cruzadas espacialmente às classes de altitude.O mapa de classes de solos usado para o cruzamento com áreas cafeeiras foi o originado da modelagem de solos. Correlacionou-se as áreas unificadas de café às classes de solo RU+GX, para planícies de inundação, LV+LVA para superfícies remanescentes de topo, LVA+LV+CX para encostas côncavas-convexas, PVA+PV para terraços e Afloramento rochoso+RL para as áreas escarpadas.A orientação de vertentes foi extraída a partir do MNT e agrupada nas direções 0º a 45º (N-NE), 45º a 90º (NE-E), 90º a 135º (E-SE), 135º a 180º (SE-S), 180º a 225º (S-SW), 225º a 270º (SW-W), 270º a 315º (W-NW), 315º a 360º (NW-N) e áreas planas, ou seja, áreas que não possuem direção. Estas classes de declive foram cruzadas espacialmente às classes unificadas de café.Os resultados obtidos mostram que a distribuição das áreas de café conforme a direção da vertente, não obedeceram a uma direção específica. Todas as lavouras, à exceção da direção Plano, tiveram uma distribuição uniforme no relevo, ocupando uniformemente todas as orientações de vertentes, com um ligeiro predomínio para as direções E-SE (4,6%), W-SW (4,3%) e W-NW (4,2%).O predomínio da área plantada encontra-se entre 700 e 800 m, com quase 20% do total geral da área cafeeira, indicando que a cafeicultura na região estudada, encontra-se instalada em altitudes médias, já que na área de trabalho, a maior altitude encontrada foi por volta de 1300 m. O mapa de solos obtido por meio da modelagem apresentou informações bem representativas da realidade
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    Sensoriamento remoto e sistema de informações geográficas para mapeamento de áreas de café na Zona da Mata de Minas Gerais
    (2003) Machado, marley Lamounier; Vieira, Tatiana Grossi Chquiloff; Alves, Helena Maria Ramos; Lacerda, Marilusa Pinto Coelho; Andrade, Hélcio; Fernandes, Elpídio Inácio; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A Zona da Mata é um potencial da cafeicultura do estado de Minas Gerais. Contudo, apesar de sua importância, não possui ainda uma caracterização de seus agroecossistemas cafeeiros, representados por áreas de cultivo bastante acidentadas, contíguas a remanescentes de matas nativas. Os Sistemas de Informações Geográficas e o Sensoriamento Remoto apoiados por verdade de campo, constituem ferramentas poderosas para a caracterização de ambientes, principalmente no que se refere a solos e uso da terra, oferecendo riqueza de informações, agilidade e baixo custo de aquisição. No entanto, sua aplicação no mapeamento de áreas cafeeira é limitada pela carência de metodologias que proporcionem uma melhor exatidão de resultados. Este trabalho teve como objetivo o mapeamento de áreas cafeeiras da Zona da Mata mineira, usando fotografias aéreas e imagens de satélite e o geoprocessamento para processamento destes dados. Para tanto, selecionou-se uma área piloto representativa da cafeicultura da região. A partir de então, procedeu-se ao levantamento aerofotogramétrico não-convencional do local (escala 1:10.000) e à aquisição da imagem orbital do sistema ETM+/Landsat. Esta imagem foi registrada e transformada para dados de reflectância de superfície. Limites das classes de uso da terra foram interpretados sobre o mosaico digital e sobrepostos à imagem, possibilitando a amostragem de cada cultura para fins estatísticos e verificação do comportamento espectral da vegetação e do solo. A análise estatística mostrou que as bandas 3, 4, 5 e 7 foram as mais representativas para a discriminação das coberturas vegetais. Apesar da análise estatística apresentar diferença significativa entre as bandas para os diferentes tipos de uso, as classificações apresentaram baixo índice de acerto devido à similaridade espectral das coberturas, principalmente entre café e mata, e ao efeito do sombreamento. A exatidão de mapeamento entre a imagem classificada e a fotointerpretação foi considerada de regular a fraca, sendo que os melhores resultados foram obtidos por combinação de bandas. O uso de imagens orbitais para mapeamento das áreas cafeeiras mostrou limitações, apesar dos poucos tipos de classe de uso. Tal fato resultou do sombreamento das imagens, em função topografia acidentada, e da fragmentação da maioria das lavouras de café em talhões de pequena extensão.