Trabalhos de Evento Científico

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    Influência da lâmina de irrigação no desenvolvimento e produção do cafeeiro
    (2003) Teodoro, Reges Eduardo Franco; Melo, Benjamim de; Ferreira, José Geraldo; Severino, Guilhermina Maria; Fernandes, Diomar Lopes; Marcuzzo, Karina Velini; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    No Brasil, a cafeicultura desenvolveu-se nas regiões onde não ocorre deficiência hídrica nos períodos de maiores exigências da cultura. Porém, atualmente existe tecnologia apropriada para torná-la possível em regiões marginais, no que diz respeito ao fator hídrico. A prática da irrigação tem sido usada por cafeicultores de vários municípios da região do cerrado do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e noroeste de Minas, por meio dos diferentes sistemas de irrigação. Regiões estas até então consideradas marginais, com período extenso de deficiência hídrica. Contudo, ainda faltam informações quanto à lâmina de irrigação adequada para obter maiores produtividades. O trabalho teve como objetivo determinar a melhor lâmina de irrigação para o desenvolvimento e produção do cafeeiro, na região do Triângulo Mineiro. O experimento foi instalado na Fazenda Experimental da Glória, da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia-MG, numa área de 0,4 hectares. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados. Os tratamentos foram constituídos por oito lâminas de irrigação, calculadas com base na Evaporação do Tanque Classe "A" (ECA) 0%, 30%, 60%, 90%, 120%, 150%, 180% e 210% da ECA, estas aplicadas nas segundas, quartas e sexta feiras. O experimento é irrigado por gotejadores autocompensante, de 3,5 L/h, as aplicações dos tratamentos iniciaram-se em 18/11/2001. A parcela foi constituída por uma linha com oito plantas, sendo consideradas como área útil as quatro plantas centrais. Utilizou-se mudas da cultivar Rubi, que foi plantada em 13/02/2001, no espaçamento de 3,5 x 0,7 m. Diariamente são coletados dados de evaporação do tanque "Classe A", de precipitação e de temperaturas máxima e mínima. Foram realizadas quatro adubações de cobertura e aplicação de micronutrientes via foliar, no período de outubro a março. O controle de plantas daninhas foi feito com a aplicação de herbicidas ao longo da linha de plantio, aliada a roçagens periódicas nas entrelinhas. O controle fitossanitário foi realizado conforme a necessidade. Para a avaliação do desenvolvimento vegetativo, aos dezoito meses após o plantio, foram realizadas coletas das seguintes características: altura de planta, diâmetros de copa e de caule, número de internódios de ramo ortotrópico e comprimento dos ramos plagiotrópicos. Os resultados obtidos aos dezoito meses mostraram efeito linear positivo, para as características de diâmetros de copa e de caule, número de internódios de ramo ortotrópico e comprimento dos ramos plagiotrópicos, em função das lâminas aplicadas para a cultivar Rubi, nas condições de Uberlândia-MG, para todas as características consideradas. A lâmina de irrigação 0% da ECA foi o tratamento que apresentou as menores médias. Faz-se necessário o acompanhamento dos parâmetros por um período maior, como programado, para determinar a melhor lâmina no desenvolvimento vegetativo e também na produção.
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    Avaliação de diferentes lâminas de irrigação do cafeeiro no cerrado mineiro
    (2003) Teodoro, Reges Eduardo Franco; Melo, Benjamim de; Severino, Guilhermina Maria; Fernandes, Diomar Lopes; Ferreira, José Geraldo; Marcuzzo, Karina Velini; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Inicialmente, no Brasil a cafeicultura se desenvolveu em regiões consideradas aptas à cultura no que diz respeito às necessidades hídricas. Mas, com a expansão da cultura em áreas que apresentam disponibilidade hídrica insuficiente, tornou-se necessária à adoção de novas tecnologias de cultivo, em especial a irrigação. O cerrado mineiro ocupa lugar de destaque, pelas excelentes condições de solo e clima (seco no período da colheita), favoráveis à cafeicultura. O fator limitante que pode comprometer a produtividade das lavouras cafeeiras nessas regiões é o "déficit hídrico", sendo então necessária à adoção da tecnologia da irrigação visando o bom desenvolvimento vegetativo e produtivo da cultura. Contudo, ainda são poucas as informações disponíveis da quantidade de água a aplicar e o momento mais adequado para proceder à irrigação, visando maior produtividade. O presente trabalho teve como objetivo analisar qual a melhor lâmina de irrigação, bem como o momento adequado para irrigação, no desenvolvimento e produção do cafeeiro nas condições de cerrado. O experimento foi instalado na Fazenda Experimental do Glória da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia-MG. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com os tratamentos distribuídos em esquema fatorial 6 x 2, com quatro repetições; sendo os fatores: 6 lâminas de irrigação, calculadas com base na evaporação acumulada no tanque "Classe A" (0%, 40%, 80%, 120%, 160% e 200% da ECA) e aplicadas nas segundas, quartas e sextas-feiras e dois momentos de irrigação da cultura (com e sem período de repouso), correspondendo aos meses de julho e agosto, sem irrigação. A parcela foi constituída por uma linha com oito plantas, sendo adotada como área útil, as quatro plantas centrais. Foram utilizadas para o plantio, mudas da cultivar Rubi, plantadas em 25/01/2000, no espaçamento de 3,5 m x 0,7 m. Foram realizadas quatro adubações de cobertura e aplicação de micronutrientes via foliar, no período de outubro a março. O controle de plantas daninhas foi feito com a aplicação de herbicidas ao longo da linha de plantio, aliada a roçagens periódicas nas entrelinhas. O controle fitossanitário foi realizado conforme a necessidade. Os dados climatológicos foram coletados e tabulados diariamente. Para a avaliação do desenvolvimento vegetativo, aos trinta meses após o plantio, foram avaliadas as seguintes características: altura de planta, diâmetros de copa e de caule, número de internódios do ramo ortotrópico, comprimento dos ramos plagiotrópicos e produtividade (sc/ha). Até aos trinta meses após o plantio não houve tempo suficiente para o fator repouso apresentar influência nos tratamentos, fazendo-se necessário o acompanhamento dos parâmetros por um período maior, como programado. O fator lâminas de irrigação influenciou o desenvolvimento vegetativo e a produtividade do cafeeiro. Para as características de desenvolvimento vegetativo, observou-se uma resposta quadrática às lâminas de irrigação para diâmetros de copa e de caule, número de internódios do ramo ortotrópico, comprimento dos ramos plagiotrópicos e produtividade (sc/ha); as melhores lâminas foram 151,63%, 146%, 173,3%, 101,6% da ECA, respectivamente. Para altura de planta houve uma resposta linear crescente com o aumento das lâminas. A primeira colheita foi desuniforme, não apresentando resultados significativos. Esta desuniformidade pode ser explicada pelo fato de a irrigação ter iniciado apenas no mês de novembro de 2001, época em que a florada do cafeeiro já havia sido concluída, em sua maioria, e em início das chuvas na região.