Trabalhos de Evento Científico

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Resultados da Pesquisa

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    Efeito da arborização em cafeeiros na população de Hypothenemus hampei (Coleoptera: Scolytidae)
    (2003) Passos, Valdimir de Jesus; Demoner, Cilésio Abel; Morales, Lauro; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O sombreamento de cafeeiros foi prática na Bahia, e em outras regiões do nordeste brasileiro, motivado, principalmente, por resultados positivos nas áreas com ocorrências regulares de estiagens severas e tem sido sugerido como prática de sustentabilidade para a cultura. Em relação à produtividade essa prática tem encontrado posições controvertidas e, para alguns autores, o principal problema seria a condução inadequada, já que têm sido utilizados sombreamentos muito densos. Parte dos trabalhos não apresenta ganho de produtividade; outros, entretanto, registram maior produção em cafés sombreados e, embora alguns trabalhos relatem competição de algumas espécies avaliadas para sombreamento, é reconhecida certa proteção às plantas de café contra geadas, quando associadas à grevíleas. Das espécies já estudadas a grevílea é a que tem demostrado menor concorrência em cafeeiros sombreados. Além de produtividade, há que se pensar nos efeitos causados pelo sombreamento nas diferentes doenças e pragas que ocorrem na cultura. Os estudos de ecologia e comportamento da broca-do-café, Hypothenemus hampei (Coleopera: Scolytidae) têm mostrado que esse inseto é favorecido pelo sombreamento. Dessa forma, estudou-se o efeito de diferentes distâncias de plantas de Grevillea robusta na ocorrência da broca-do-café. O trabalho foi conduzido no município de Cornélio Procópio em área de café Mundo Novo plantado em espaçamento de 3,5 m X 0,90 m, onde ocorrem plantas de grevílea em renque, com altura aproximada de 12 metros. O delineamento foi em blocos ao acaso com cinco repetições e seis tratamentos. Para efeito de avaliação da população da broca-do-café foram utilizadas armadilhas munidas com semioquímicos distanciadas de 3,0; 6,0; 12,0; 15,0; 24,0 e 36,0 m de plantas de G. robusta. Cada armadilha foi considerada uma repetição, sendo os insetos coletados a cada três dias, durante 90 dias. A existência de grevíleas em áreas de café proporciona a ocorrência de altas populações desse inseto, constituindo-se em refúgio para a praga. O número médio de brocas coletadas em armadilhas localizadas a 3,0 m das árvores de grevílea foi de 1.505,6, enquanto que nas armadilhas localizadas a 36,0 metros foi de 63,4, isto é, 23,7 vezes mais insetos. O número de insetos coletados foi inversamente proporcional a distância das árvores até 15 m, não havendo influência do sombreamento após essa distância. Considerando que a infestação de broca-do-café é influenciada principalmente pelos insetos sobreviventes de um ano para outro, a recomendação de sombreamento deve levar em conta a possibilidade de controle desse inseto, de forma preventiva, nas áreas próximas às árvores, diminuindo a multiplicação e a dispersão dos insetos na próxima safra.
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    Item
    Avaliação econômica e financeira de lavouras cafeeiras plantadas em sistema adensado no Paraná
    (2001) Demoner, Cilésio Abel; Baroni, Sidnei Aparecido; Morales, Lauro; Sepulcri, Odilio; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Este trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho econômico e financeiro do processo produtivo de lavouras cafeeiras, exploradas no sistema de plantio adensado, bem como organizar um sistema de informações que permita aos técnicos envolvidos nessa exploração orientar os produtores nos ajustes necessários na condução de suas propriedades. Foi desenvolvido no período compreendido entre agosto de 1999 e setembro de 2000, por meio de acompanhamentos sistemáticos e do registro das operações realizadas em 55 lavouras de café em produção no Estado do Paraná. A produtividade nas áreas avaliadas ficou entre 5,2 sacas/ha e 75,0 sacas/ha, sendo a média de 24,0 sacas/ha. O custo total variou entre 279,2 reais e 44,4 reais/saca de café, dependendo dos insumos e da quantidade de mão-de-obra utilizados. A média ficou em 99,2 reais/sacas, sendo 33,7% de custos fixos e 66,3% de custos variáveis. O custo variável médio foi de 65,8 reais/saca, e 54,6% dos produtores ficaram com valores abaixo desta média, sugerindo que suas lavouras são viáveis mesmo com preços inferiores aos recebidos no período da pesquisa. Para os produtores com custos variáveis acima da média (65,8 reais), constatou-se o uso incorreto dos fatores de produção.