Trabalhos de Evento Científico
URI permanente desta comunidadehttps://thoth.dti.ufv.br/handle/123456789/516
Navegar
1 resultados
Resultados da Pesquisa
Item Manejo da irrigação na cafeicultura irrigada por pivô central e gotejamento: otimização do uso da água e energia(2003) Espindula, Dalmácio; Mantovani, Everardo Chartuni; Oliveira, Delly; Silveira, Suely de Fátima Ramos; Ramos, Márcio Mota; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO uso da prática de irrigação em cafezais tem crescido bastante nos últimos anos, devido principalmente às adversidades climáticas observadas em muitas regiões cafeeiras do País. Vários são os equipamentos de irrigação utilizados para suprir as necessidades hídricas do cafeeiro, destacando-se aqueles inerentes aos sistemas de irrigação por gotejamento e pivô central. Uma estimativa razoável do consumo de água pelo cafeeiro é importante, pois, um suprimento inadequado de água poderá reduzir, substancialmente, o crescimento sem que ocorra murcha ou outros sinais visíveis de déficit de umidade. Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo principal comparar o volume de água aplicado pelos sistemas de irrigação do tipo pivô central e gotejamento, em condições de campo (manejo real), com valores simulados pelo modelo IRRIGA (SISDA), para a região de Jaboticatubas - MG. Com relação à precipitação, a região tem uma média pluviométrica anual de 1320 mm, concentrando-se nos meses de novembro a janeiro, correspondendo a 62,3 % do total anual, o que impõe à região sérias restrições quanto às práticas agrícolas, podendo ocorrer queda de produção em períodos mais críticos, exigindo que o empresário agrícola lance mão da irrigação para alcançar uma produtividade que o torne competitivo no mercado. Analisando os valores reais do manejo da irrigação e os valores simulados, para o equipamento de gotejamento, observou-se que os valores reais são inferiores aos valores simulados, indicando um déficit anual de 214 mm, implicando em umidade do solo, ao longo do ano, inferiores à umidade considerada ideal para obtenção de maior desenvolvimento e produção do cafeeiro. É importante ressaltar que, as lâminas de irrigação definidas pelo IRRIGA (SISDA), levam em conta a capacidade do equipamento de irrigação, assim, os valores de lâminas determinadas para o equipamento de gotejamento via simulação, foram de 517 mm, sendo esse valor, insuficiente para manter a umidade no solo próximo à capacidade de campo, ou seja, ocorrem problemas de subdimensionamento do sistema e, conseqüentemente, estresse hídrico para a cultura, em determinadas épocas do ano, principalmente nos períodos em que ocorre maior demanda hídrica pela cultura. Para o equipamento do tipo pivô central, quando avaliado o manejo real da irrigação, ou seja, praticado na fazenda, alcançaram valores médios anuais de 429 mm. Estes valores comparados aos 999 mm, obtidos com os valores simulados com o IRRIGA (SISDA), demonstram que há um déficit anual de 570 mm, o que pode vir a prejudicar o crescimento normal da cultura, levando, conseqüentemente, a possíveis perdas em produtividade. Observou-se que, para umidade do solo no manejo real, praticado na fazenda, esta se manteve em alguns períodos do ano, próximos aos valores de ponto de murchamento permanente, restringindo com isso a disponibilidade hídrica para a cultura. Para o manejo simulado, os teores de umidade do solo, mantiveram-se bem próximos ao valor de capacidade de campo (CC), proporcionando, com isso, melhores condições para o desenvolvimento e, conseqüentemente, maior produtividade a ser alcançada pela cultura do café. Portanto, no manejo da irrigação adotado pelo produtor, para o equipamento de irrigação do tipo pivô central e gotejamento, a umidade do solo alcançou valores considerados muito baixos para a cultura do café, não sendo esses valores adequados para um bom desenvolvimento e produtividade do cafeeiro, o que tem se refletido nas baixas produtividade local alcançada. A umidade do solo alcançada com o manejo simulado com o IRRIGA (SISDA), se manteve bem próxima aos valores de capacidade de campo, conseqüentemente, dando melhores condições ao desenvolvimento e produtividade do cafeeiro.