Trabalhos de Evento Científico

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    Efeito do regime hídrico na floração de Coffea arabica L. Cv Catuaí Rubi MG1192
    (2003) Rodrigues, Gustavo Costa; Guerra, Antônio Fernando; Nazareno, Rodrigo Barbosa; Sampaio, João Batista Ramos; Sanzonowicz, Cláudio; Toledo, Paulo Maurity dos Reis; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O manejo da água na cafeicultura irrigada é um componente fundamental no processo de maximização da produtividade e da qualidade do café. O controle do suprimento de água pode determinar a época e a uniformidade de floração. Para o Cerrado, ainda são escassas informações referentes ao controle da irrigação e seus efeitos na floração do cafeeiro. Esse trabalho foi realizado na Embrapa-Cerrados (Planaltina, DF) em uma cultura estabelecida em fevereiro de 2000. A lavoura foi conduzida sob irrigação por pivô central e em uma área adjacente sob regime de sequeiro. Os diferentes regimes hídricos foram estabelecidos em 11/06/2002 e consistiram em: irrigação durante todo o ano (RH1); suspensão das irrigações por 35 e 65 dias, RH2 e RH3 respectivamente; suspensão das irrigações por 105 dias (RH4), até que ocorressem as primeiras precipitações significativas e; sem irrigação (RH5). Em todos os regimes hídricos foi medido periodicamente o potencial de água da folha na antemanhã (Yw-am) e no período da tarde (Yw-pm). O desenvolvimento das gemas florais foi avaliado visualmente e por fotografia em gemas previamente marcadas. Observou-se que no tratamento irrigado durante todo o ano (RH1), o Yw-am pouco variou resultando em média - 0,14 MPa. Pouca variação foi observada no Yw-pm que, apesar de ter atingido - 1,1 MPa, manteve por grande parte do período amostrado valores próximos a - 0,7 MPa. Comportamento semelhante foi observado nas plantas sob o RH2 (Yw-ame Yw-pm médios de - 0,17 e -0,83 MPa respectivamente), onde aparentemente a suspensão das irrigações por 35 dias não reduziu os potenciais de água na folha quando comparados com RH1. Nos tratamentos RH3 e RH4 observou-se um decréscimo progressivo nos potenciais de água, que atingiram no final do período de suspensão das irrigações - 2,0 e - 3,3 MPa no RH3 e - 3,1 e - 3,8 MPa no RH4 para o Yw-am e Yw-pm, respectivamente. Após o reinício das irrigações nos RH3 e RH4 o potencial de água na folha atingiu, em poucos dias, valores semelhantes ao do tratamento RH1. No tratamento sob sequeiro (RH5), já nas primeiras observações, tanto o Yw-am quanto o Yw-pm se encontravam em níveis bem reduzidos -1,4 e -2,5 MPa, respectivamente. Nesse tratamento, valores próximos a - 4,0 MPa foram atingidos com o progresso da estação seca, apresentando pouca diferença entre os potenciais medidos na antemanhã e tarde. Esses resultados indicam que nas plantas irrigadas durante todo o ano e com 35 dias de suspensão das irrigações nenhuma deficiência hídrica se desenvolveu, ao passo que nos tratamentos RH3, RH4 e RH5 houve um desenvolvimento progressivo de estresse hídrico. Nos RH1 e RH2 foram observados dois períodos principais de floração, primeira semana de setembro e final setembro-início de outubro. Notou-se que a abertura das flores, na segunda época, ocorreu tanto em nós que não haviam florido, quantos em gemas de nós onde floração já havia sido observada. Observou-se ainda, em gemas mais distais no ramo, abertura de flores ao longo do mês de outubro. No tratamento com suspensão da irrigação por 65 dias (11/06 à 17/08/2002), a floração ocorreu em um período principal (24/08/ 2002), ou seja, aproximadamente 7 dias após o reinício das irrigações. Em alguns nós mais distais ainda foi observada alguma abertura de flores em 01/10/2002, porém numa magnitude bem inferior à observada no RH1. Após a ocorrência de precipitações significativas, reiniciou-se as irrigações no RH4. Tanto esse tratamento quanto o de sequeiro apresentaram somente um período principal de floração que ocorreu em 01/10/2002. Com base nesses resultados pode-se concluir que o cafeeiro pode iniciar o processo de floração independentemente da ocorrência de deficiência hídrica no solo e com altos potenciais hídricos nas folhas (Yw-am = - 0,14 MPa e Yw-pm = - 0,7 MPa). Nos tratamentos RH1 e RH2, que não ficaram sujeitos a estresse hídrico, a floração ocorreu de forma não uniforme, tanto ao longo do ramo quanto em uma mesma axila foliar. Nos tratamentos com indução de estresse hídrico na planta seja pela suspensão das irrigações ou pela falta de chuvas, a floração ocorreu de forma uniforme ao longo do ramo no sétimo dia do retorno do suprimento de água.
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    Crescimento de Coffea arabica L. cv Catuaí Rubi MG1192 em diferentes regimes hídricos durante a estação seca dos cerrados
    (2003) Nazareno, Rodrigo Barbosa; Rodrigues, Gustavo Costa; Guerra, Antônio Fernando; Sampaio, João Batista Ramos; Sanzonowicz, Cláudio; Toledo, Paulo Maurity dos Reis; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A cafeicultura da região dos Cerrados representa uma parcela significativa do parque cafeeiro nacional e nos últimos anos tem-se intensificado a implantação de lavouras irrigadas nesta região. O estudo do comportamento da cultura do café em relação à sazonalidade climática da região dos Cerrados é de fundamental importância para o estabelecimento do manejo de água e nutrientes que maximizem a produtividade e qualidade. O presente trabalho foi realizado na Embrapa Cerrados (Planaltina, DF) em uma cultura estabelecida em fevereiro de 2000. A lavoura foi conduzida sob irrigação por pivô central, e em área adjacente, em regime de sequeiro. Os diferentes regimes hídricos foram estabelecidos em 11/06/2002 e consistiram em: irrigação durante todo o ano (RH1); suspensão das irrigações por 35 e 65 dias, RH2 e RH3 respectivamente; suspensão das irrigações por 105 dias, até que ocorressem as primeiras precipitações significativas (RH4) e; sem irrigação (RH5). O crescimento do cafeeiro foi avaliado durante e após o período de suspensão da irrigação medindo-se periodicamente a altura de plantas, projeção da copa, diâmetro do caule, número de ramos e de nós por ramo, e pela determinação não destrutiva do índice de área foliar. Nas plantas conduzidas no RH1 observou-se tendência de aumento nos parâmetros avaliados, com exceção do IAF, que se manteve estável e próximo a 3,7 durante os meses de junho, julho, agosto e setembro. Com o reinício das chuvas, em outubro de 2002, o IAF aumentou até atingir 6,6 em novembro. No RH2, o IAF foi o único parâmetro que mostrou redução durante a suspensão da irrigação. Durante o período de suspensão da irrigação no RH3 também foram observados aumentos na altura de planta, projeção da copa, número de ramos e diâmetro do caule, em magnitude semelhante à observada nos RH1 e RH2. Nesse tratamento, o número de nós por ramo se manteve constante e o IAF foi reduzido. No RH4 o crescimento foi completamente inibido durante o período de suspensão das irrigações, tendo o IAF atingido valores 50% menores que no início do tratamento. Nas plantas conduzidas sob regime de sequeiro (RH5) também foram observados uma completa paralisação no crescimento e um decréscimo no IAF. Com o retorno das irrigações o IAF volta a crescer nos RH2, 3 e 4, e com o estabelecimento das chuvas, no RH5. Com base nestes resultados pode-se inferir que mesmo sem limitação relacionada à disponibilidade de água no solo (RH1), a estação seca impõe restrições ao crescimento do cafeeiro, principalmente na expansão da área foliar, avaliada pelo IAF. Apesar dos outros parâmetros de crescimento avaliados (altura de planta, projeção da copa, diâmetro do caule, número de ramos e de nós por ramo) mostrarem tendência de aumento ao longo da estação seca, há indicações de que a taxa de crescimento é inferior às observadas durante a estação chuvosa. A baixa temperatura noturna observada nos meses de maio, junho e julho pode estar relacionada à restrição ao crescimento sob condições ótimas de disponibilidade de água no solo. No cafeeiro conduzido em regime de sequeiro (RH5) observou-se uma completa dependência do crescimento da parte aérea das condições pluviométricas. Os tratamentos com suspensão das irrigações por diferentes períodos inibiram, de forma progressiva, os parâmetros de crescimento avaliados. O efeito acentuado no IAF, inclusive com reduções na área foliar, e no aparecimento de novas brotações (nós), observadas principalmente nos RH3 e RH4 poderão influenciar a produtividade e a qualidade do café, bem como com sua sazonalidade de produção.
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    Avaliação inicial do crescimento de um cafezal em um solo de cerrado sob diferentes níveis de adubação e regimes hídricos
    (2003) Sanzonowicz, Cláudio; Toledo, Paulo Maurity dos Reis; Gomes, Antônio Carlos; Sampaio, João Batista Ramos; Maia, Thales Eduardo de G.; Guerra, Antônio Fernando; Rodrigues, Gustavo Costa; Nazareno, Rodrigo Barbosa; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O principal objetivo do presente trabalho é tentar definir qual a melhor dose de fertilizante (N, P e K) e a quantidade adequada de água para a produção de café em solos de cerrados. O experimento está instalado na Embrapa Cerrados, em Planaltina - DF, em um Latossolo Vermelho de textura argilosa, situado na latitude 15º34’30" S e longitude 47º42’30" W. Grw., a 1007 metros de altitude. O clima é caracterizado como tropical chuvoso de inverno seco. O cafezal foi instalado no dia 20 de novembro de 2000, utilizando-se a cultivar Rubi MG 1192 com o espaçamento de 2,80 por 0,50 m, identificando - se o plantio como adensado. as parcelas são formadas de três fileiras com dez plantas em cada uma. A área útil são as quatro plantas centrais da linha do meio da parcela. Os tratamentos foram compostos das seguintes doses: 50, 100, 250, 500 e 800 kg de N (uréia) por hectare; 50, 100, 200, 400 e 500 kg de P 2 O 5 (super fosfato triplo) por hectare e 50, 100, 250, 500 e 800 kg de K 2 O (cloreto de potássio) por hectare, num total de 15 tratamentos. No primeiro ano do experimento a adubação foi reduzida em 25% da dose total. Já no segundo e terceiro ano as doses foram reduzidas em 50%. Todas as adubações foram parceladas em quatro aplicações de cobertura. O sistema de irrigação utilizado é um pivô central com abrangência de 8,0 ha e raio molhado de 160 m. A área do pivô foi divida em quatro quadrantes diferenciando os regimes hídricos descritos a seguir: 1) irrigação durante todo o ano quando a tensão de água na camada de 10 cm atingir valores de 50 kPa. 2) após a colheita, impor um período de 30 dias sem a aplicação de água para atingir estresse hídrico e a seguir aplicar água seguindo o mesmo critério do item anterior. 3) após a colheita, impor um período de 60 dias sem a aplicação de água, para atingir um estresse hídrico mais severo e a seguir, aplicar água utilizando o mesmo critério descrito anteriormente. 4) após a colheita, esperar que a primeira chuva induza a floração e a seguir, manter as irrigações utilizando o mesmo critério descrito anteriormente. Cada quadrante comporta os quinze tratamentos com três repetições, totalizando 45 parcelas. Todo o experimento é constituído por 180 parcelas. O momento de irrigar é feito com base em sensores de umidade do tipo "ML2 ThetaProbe" instalados nas profundidades de 10, 30, 50 e 100 cm. O delineamento estatístico é definido por blocos ao acaso com 3 repetições. Estão sendo avaliadas a altura das plantas, o diâmetro de caule, o número total de ramos e o diâmetro da copa. Além dessas características 4 ramos na altura média da planta foram escolhidos para determinação de seu comprimento e do número total de nós. Nos tratamentos com N, os regimes hídricos não mostraram diferenças na altura de planta, no diâmetro de caule e no número total de ramos. No entanto, o diâmetro de copa aumentou no quadrante onde se aplica o estresse hídrico severo de 60 dias sem irrigar. O comprimento dos ramos e o número de nós por ramo também apresentaram médias mais elevadas nesse mesmo quadrante. As doses de N não promoveram diferenças na altura de planta, no diâmetro de caule e de copa e no comprimento dos ramos. Os cafeeiros não responderam a adubação fosfatada. Nenhuma das características analisadas mostrou diferença entre as médias obtidas nas avaliações. Nas parcelas adubadas com P, o regime hídrico expressou modificação apenas para o comprimento de ramos e para o número de nós por ramo, gerando os maiores valores nos quadrantes onde são induzidos estresses hídricos de 30 e 60 dias respectivamente. Nas plantas onde foi aplicado o K, o regime hídrico onde ocorre a irrigação depois da indução floral pela primeira chuva conferiu maiores médias para a altura de planta e para o número total de ramos. A área que sofreu o estresse hídrico de 60 dias apresentou valores mais elevados para o diâmetro de caule e de copa. As plantas não foram influenciadas pela adubação potássica, exceto no número total de ramos. A aplicação superficial da metade da dose de 500 kg de K 2 O por hectare na forma de KCl aumentou significativamente o número de nós por planta no tratamento que recebeu o estresse hídrico de 60 dias.
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    Manejo de irrigação do cafeeiro no cerrado
    (2003) Guerra, Antônio Fernando; Rodrigues, Gustavo Costa; Nazareno, Rodrigo Barbosa; Sampaio, João Batista Ramos; Sanzonowicz, Cláudio; Toledo, Paulo Maurity dos Reis; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Esse trabalho foi desenvolvido na área experimental da Embrapa Cerrados em Planaltina - DF. O objetivo desse trabalho foi determinar os efeitos do manejo de irrigação no cafeeiro resultantes da aplicação de água durante todo o ano, 35 e 65 dias de suspensão da irrigação na época da colheita, suplementação de água após a floração e sem irrigação. As plantas (Coffea arabica L.) cv. Catuaí Rubi MG1192 foram espaçadas de 2,80 m entre linhas e 0,50 m entre plantas, em fevereiro de 2001. O pivô central apresentou um Coeficiente de Uniformidade de Christiansen de 90%. O manejo de irrigação foi feito usando-se medidas do conteúdo de água no solo por sondas Delta-T. Os sensores foram instalados na linha de plantio, nas profundidades de 0,10; 0,20; 0,30; 0,50 e 1,00 m. O momento de irrigação foi determinado pela leitura da sonda instalada a 0,10 m de profundidade. Desse modo, toda vez que a leitura atingia valores em torno de 0,29 cm 3 /cm 3 (f=0,5), valor representativo do potencial matricial de água no solo de -0,05 MPa, procedia-se a aplicação de água. A Lâmina de água aplicada por irrigação foi calculada para elevar o conteúdo de água do perfil de solo de 0,40 m até a condição de capacidade de campo (0,35 m 3 /m 3 ). No período de abril de 2001 a dezembro de 2002 foram aplicados 1593 mm em 83 irrigações no tratamento irrigado durante todo o ano, 1560 mm em 81 irrigações quando as irrigações foram suspensas por 35 dias, 1270, mm em 66 irrigações quando as irrigações foram suspensas por 65 dias e 1168 mm em 61 irrigações quando procedeu-se a suplementação de água após indução da florada pelas chuvas. No tratamento sem irrigação foram necessárias duas irrigações, com lâmina de 12 mm, para sobrevivência das plantas durante o período seco de 2001. Nesse período, o café irrigado extraiu 2453 mm de água do solo enquanto o de sequeiro extraiu apenas 1509 mm, sendo que a precipitação total foi de 1881 mm. Observe, que mesmo que as chuvas fossem uniformes ao longo do período ainda seria necessário a suplementação de água da ordem de 572 mm no período para suprir a necessidade real de água do cafeeiro. A evapotranspiração média diária foi de 3,83 e 2,36 mm nos cafés irrigados e de sequeiro, respectivamente. Com irrigação durante todo o ano a evapotranspiração manteve-se elevada, pois havia água disponível no solo em quantidades adequadas. Com 35 dias de suspensão das irrigações a taxa de evapotranspiração média foi reduzida para valores em torno de 1 mm/dia, no mês de julho de 2002. A suspensão das irrigações por 65 dias causou redução da taxa de evapotranspiração média para valores em torno de 0,70 mm/dia nos meses de julho e agosto de 2002. Semelhantemente ao tratamento não irrigado, no tratamento de suplementação de água após indução da florada pelas chuvas, a evapotrasnpiração no período de julho e agosto de 2002 foi reduzida para valores em torno de 0,3 mm/dia. Nos tratamentos de suplementação de água após florada (105 dias sem irrigação) e de sequeiro ocorreu grande perda de folhas das plantas devido à magnitude e ao longo período de estresse hídrico. No tratamento com 65 dias sem aplicação de água, embora a magnitude do estresse hídrico tenha alcançado níveis tão elevados quanto aos tratamentos anteriores o período que as plantas ficaram sujeitas a estresse hídrico foi menor favorecendo a manutenção das folhas. Exceto nos tratamentos com perda acentuada de folhas, após 5 a 7 dias do retorno das irrigações as plantas apresentaram taxa de evapotranspiração semelhante àquela observada antes da suspensão das irrigações. A suspensão das irrigações por período igual ou superior a 65 dias na época da colheita apresentaram florada completa e uniforme aproximadamente 7 dias após o retorno das aplicações de água.