Trabalhos de Evento Científico
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Resultados da Pesquisa
Item Gestão de pesquisa e desenvolvimento visando a competitividade da cadeia produtiva do café do estado de São Paulo(2005) Bliska, Flávia Maria de Mello; Guerreiro, Oliveiro; Fazuoli, Luiz Carlos; Salva, Terezinha de Jesus Garcia; Gonçalves, Wallace; Embrapa - CaféO estabelecimento de prioridades é cada vez mais importante na gestão de ciência e tecnologia, principalmente na pesquisa aplicada, em função da crescente escassez de recursos das Instituições Públicas de Pesquisa e Desenvolvimento - P&D. A identificação e priorização de demandas da cadeia produtiva do café do Estado de São Paulo, realizada para o Estado como um todo e para os 15 Pólos de Desenvolvimento Regional da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios - APTA, poderá subsidiar ações estratégicas dos formuladores de políticas públicas e dos componentes dos diferentes segmentos daquela cadeia produtiva, buscando o aumento de sua participação no agronegócio brasileiro. Os Pólos Regionais priorizados quanto ao direcionamento dos esforços de P&D foram: Nordeste Paulista, Leste Paulista, Centro Oeste, Médio Paranapanema e Alta Paulista. As estratégias tecnológicas foram priorizadas para os grupos: I - Gerar materiais propagativos adaptados a necessidades e sistemas de plantio diversos; II - Gerar métodos, processos e materiais de proteção de plantas; III - Práticas culturais (adubação e irrigação); IV - Outras práticas culturais; V - Colheita, pós-colheita e industrialização. As estratégias não tecnológicas priorizadas foram: desenvolvimento de mercado, maior organização setorial, incentivo à certificação, incentivo aos programas de qualidade e financiamento da lavoura. As estratégias não-tecnológicas beneficiarão todas as regiões produtoras paulistas, enquanto as tecnológicas deverão trazer benefícios específicos a cada uma das regiões produtoras do Estado.Item Café Robusta: alternativa à geração de emprego e renda no Estado de São Paulo?(2005) Bliska, Flávia Maria de Mello; Guerreiro, Oliveiro; Fazuoli, Luiz Carlos; Salva, Terezinha de Jesus Garcia; Mistro, Júlio César; Zacharias, Juliana C.; Embrapa - CaféAtualmente a indústria paulista de solubilização e de torrefação e moagem de café processa volumes significativos de cafés da espécie Coffea canephora, cv. Conilon ou derivados, provenientes principalmente dos Estados do Espírito Santo e de Rondônia, uma vez que o Estado de São Paulo tradicionalmente produz apenas cafés da espécie C. arabica. Em função da demanda da indústria paulista pelo C. canephora, genericamente denominado robusta, este estudo procura avaliar a importância da introdução de plantios comerciais desse café no Estado de São Paulo, como alternativa à geração de emprego e renda. O estudo também procura avaliar a forma mais adequada de implantação e fomento da cultura neste Estado. Utilizando-se a técnica Delphi, observou-se que, embora não haja consenso sobre a questão da introdução do robusta no Estado de São Paulo, estrategicamente é muito importante que o Estado esteja tecnologicamente preparado para sua produção. Verificou-se também que a introdução do robusta, se realizada, deverá ocorrer de forma gradual e com base em ensaios regionais, face ao estágio atual dos conhecimentos sobre sua cultura no Estado de São Paulo e das condições edafoclimáticas das regiões paulistas mais aptas ao seu plantio e principalmente pelo interesse dos produtores em plantar o café robusta.Item Café orgânico ou modelo sustentável de produção de café? Alguns parâmetros para priorização de atividades de pesquisa(2005) Bliska, Flávia Maria de Mello; Guerreiro, Oliveiro; Fazuoli, Luiz Carlos; Giomo, Gerson Silva; Salva, Terezinha de Jesus Garcia; Thomaziello, Roberto Antonio; Cruz, Felipe Avezum da; Embrapa - CaféEste estudo procura, por meio da Técnica Delphi, analisar a viabilidade da produção de café orgânico como alternativa para geração de renda ao cafeicultor paulista, bem como identificar os principais entraves à sua produção e as principais oportunidades para esse segmento no Estado de São Paulo, contribuindo para a priorização das atividades das Instituições de Pesquisa e Desenvolvimento - P&D - relacionadas à cadeia produtiva do café. Embora a produção de café orgânico seja considerada uma alternativa à geração de renda para o produtor paulista, o estudo mostrou que as instituições de pesquisa deverão concentrar suas atividades na definição de um modelo sustentável de produção de café, quanto aos aspectos ambiental, social e econômico, sem os preceitos dogmáticos do café orgânico.Item Estratégias de pesquisa e desenvolvimento para aumento da competitividade da cafeicultura paulista(2003) Bliska, Flávia Maria de Mello; Fazuoli, Luiz Carlos; Guerreiro, Oliveiro; Silvarolla, Maria Bernadete; Thomaziello, Roberto Antonio; Salva, Terezinha de Jesus Garcia; Gonçalves, Wallace; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA redução na representatividade da cafeicultura paulista no cenário agrícola nacional, em relação a outras regiões brasileiras produtoras de café, tem gerado grande apreensão, tanto entre os agentes que compõem os diferentes segmentos dessa cadeia produtiva, como entre os agentes dos ambientes organizacional e institucional que oferecem suporte à cadeia do café, principalmente pesquisadores, extensionistas rurais e autoridades responsáveis pela formulação e implementação de políticas públicas no Estado de São Paulo. Este estudo teve por objetivo direcionar as atividades do setor de pesquisa e desenvolvimento - P&D - da cafeicultura paulista, para estudos que possam subsidiar decisões dos formuladores de políticas públicas e dos componentes dos diferentes segmentos da cadeia produtiva do café no Estado de São Paulo, buscando o aumento da participa-ção dessa cadeia produtiva no agronegócio brasileiro. Procurou-se localizar regionalmente o esforço de P&D da cafeicultura paulista, no contexto de alavancagem de vantagens de origem, e elaborar propostas de áreas estratégicas a serem enfocadas nos próximos anos por esse setor, que permitam aprimorar as vantagens competitivas tecnológicas e não-tecnológicas da cadeia produtiva do café no Estado de São Paulo. Realizou-se uma análise diagnóstica, de acordo com a metodologia proposta por CASTRO et al. (1995 e 1998). A coleta de informações baseou-se no levantamento de dados secundários e na realização de entrevistas com pessoas chave da cadeia produtiva, tais como dirigentes de agroindústrias, técnicos e produtores rurais e consumido-res, de acordo com o Método Rápido (Rapid Rural Appraisal - RRA, TOWNSLEY, 1996). Foram identificados os fatores críticos ao desempenho da cadeia produtiva, ou seja, as variáveis que podem afetar positiva ou negativamente seu desempenho, resultando em impactos que podem limitar as vantagens comparativas de atuação da cadeia produtiva em análise. A seguir foram identificadas e classificadas as demandas por conhe-cimentos e tecnologias capazes de reduzirem o impacto provocado pelas respectivas limitações: D1 - demandas cujas soluções encontram-se disponíveis nas Instituições de Pesquisa; D2 - demandas não-disponíveis, exigindo atividades de geração de tecnologia; D3 - demandas de soluções dificultadas por problemas conjunturais ou estruturais, que fogem à ação direta das Instituições de Pesquisa. A análise dos resultados mostrou que as soluções para parte significativa das demandas da cafeicultura paulistas encontram-se disponíveis nos Institu-tos de P&D relacionados a essa cadeia produtiva, enquanto as soluções para outra parte dos fatores limitantes à competitividade da cafeicultura fogem à ação direta das Instituições. Embora muitas demandas da cadeia do café em São Paulo ainda não tenham soluções disponíveis, cabendo ao segmento de P&D a busca das soluções e ao governo e ao setor privado o seu financiamento, grande parte das demandas poderá ser atendida via difusão de tecnologia, especialmente por meio da assistência técnica e da extensão rural, na busca de maiores produtividade e qualidade, via investimentos em infra-estrutura, especialmente apoio logístico, e via reavaliação dos sistemas tributário e de financiamento à cultura. As estratégias não tecnológicas deverão beneficiar todas as regiões produtoras paulistas, enquanto as estratégias tecnológicas deverão trazer benefícios específicos a cada uma das regiões produtoras do Estado.