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    Uso de técnicas de análise multivariada para seleção de clones de café Conilon da coleção de germoplasma da Embrapa Rondônia
    (2003) Souza, Flávio de França; Gama, Farah de Castro; Santos, Milton Messias dos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Atualmente, Rondônia é o segundo maior produtor brasileiro de café Conilon (Coffea canephora) com uma área plantada de 165.000 ha. A implantação do parque cafeeiro no Estado, aconteceu de forma desordenada, sem obedecer a nenhum zoneamento climático. As primeiras sementes foram trazidas pelos produtores, das regiões Sudeste e Sul do país, sem controle oficial. Conseqüentemente, algumas cultivares não se adaptaram bem às condições ecológicas locais. Para realização de um programa eficiente de melhoramento é necessário reunir o maior número possível de informações relevantes sobre o germoplasma a ser utilizado. A divergência genética entre potenciais genitores tem sido avaliada, em várias culturas, com o objetivo de identificar as combinações híbridas de maior efeito heterótico e maior heterozigose, de modo que em suas populações segregantes sejam recuperados os genótipos superiores. Este trabalho teve como objetivo avaliar, preliminarmente, por meio de técnicas análise multivariadas, a divergência genética entre 25 clones de café conilon, de maturação precoce, coletados em Rondônia,. O experimento foi instalado na Estação Experimental da Embrapa Rondônia, localizada no município de Ouro Preto do Oeste - RO, a 10° 45´de latitude sul, 62° 15´ de longitude oeste e cerca de 300m de altitude. O clima da região é do tipo Am (Köppen), com temperatura média anual de 25°C, 80% de UR e precipitação de 2000mm anuais, com período de estiagem entre julho e setembro. O solo é do tipo latossolo vermelho escuro eutrófico e relevo suavemente ondulado. Utilizou-se delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições e parcelas de duas plantas propagadas vegetativamente. Os 25 genótipos foram compostos por clones de plantas selecionadas em áreas de produtores no Estado de Rondônia. O plantio foi realizado em dezembro de 1998, no espaçamento de 3,0m x 1,5m e as avaliações foram realizadas entre janeiro e junho de 2002. Os clones foram avaliados quanto à produção de café cereja, em kg/planta; número de frutos por roseta; número de rosetas por ramo, comprimento de ramos plagiotrópicos, em cm; massa média da cereja, em g; comprimento médio da cereja, em cm; comprimento de internódios, em cm; altura de planta, em m, e número de ramos plagiotrópicos. A distância generalizada de Mahalanobis foi utilizada para medir a dissimilaridade entre os clones e o agrupamento dos genótipos foi realizado através do método de Ward. Os caracteres que mais contribuíram para a divergência entre os clones foram: comprimento médio da cereja (25%), largura média da cereja (16%) e massa média da cereja (14%), demonstrando que as características relacionadas com a morfologia dos frutos respondem pela maior parte das diferenças entre os clones. o número de frutos por roseta e a produção de cerejas por planta contribuíram com 11% e 10%, respectivamente. Com base na análise de agrupamento, observa-se que os clones avaliados dividem-se em dois grupos (G), os quais podem ser subdivididos em seis subgrupos (SG), a saber: G-I [SG-1 (CPAFRO 32, CPAFRO 37, CPAFRO 18, CPAFRO 152, CPAFRO 76, CPAFRO 77); SG-2 (CPAFRO 90, CPAFRO 172, CPAFRO 30); SG-3 (CPAFRO 46, CPAFRO 196); SG-4 (CPAFRO 181, CPAFRO 153, CPAFRO 51)] e G-II [SG-5 (CPAFRO 55, CPAFRO 197, CPAFRO 54, CPAFRO 167, CPAFRO 180, CPAFRO 175); SG-6 (CPAFRO 174, CPAFRO 100, CPAFRO 193, CPAFRO 199 e CPAFRO 194)]. Os clones CPAFRO 199, CPAFRO 193 e CPAFRO 194 apresentaram maior produção de café cereja, enquanto os clones CPAFRO 37, CPAFRO 152, CPAFRO 172, CPAFRO 174, CPAFRO 153, CPAFRO 51, CPAFRO 32, CPAFRO 90, CPAFRO 30 foram os menos produtivos. Os cruzamentos mais promissores para a obtenção de populações com ampla variabilidade e maior potencial produtivo serão aqueles realizados entre os clones CPAFRO 193, CPAFRO 199, CPAFRO 194 e os clones dos subgrupos 3 e 5.
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    Manejo de recursos genéticos de café em Rondônia
    (2003) Souza, Flávio de França; Santos, Milton Messias dos; Veneziano, Wilson; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Em Rondônia, estima-se que o cultivo do café ocupe cerca de 165.000 ha, constituídos principalmente por pequenas propriedades, nas quais o nível tecnológico é baixo e o emprego de mão de obra familiar é intenso. A espécie Coffea canephora Pierre ex A. Froehner cobre 90 % da área plantada com café, sendo que a variedade Conilon é a mais comum. Os cultivos de Coffea arabica L., principalmente das variedades Mundo Novo e Catuaí, ocorrem nas regiões de maior altitude, as quais representam uma pequena porção do Estado. A obtenção de novos genótipos por meio do melhoramento vegetal só é possível se houver disponibilidade de uma ampla variabilidade genética. Nesse sentido, a Embrapa Rondônia tem formado uma coleção de germoplasma de café, com a finalidade de conservar, caracterizar e utilizar em seu programa de melhoramento as principais espécies comerciais, suas variedades e outras espécies relacionadas, as quais poderão servir como fonte de genes para o desenvolvimento de novas variedades. Este trabalho visa a descrever os principais aspectos do manejo de recursos genéticos de café preservados na coleção ativa de germoplasma da Embrapa Rondônia. O experimento foi instalado na Estação Experimental da Embrapa Rondônia, localizada no município de Ouro Preto do Oeste - RO, a 10° 45’ de latitude sul, 62° 15’ de longitude oeste e cerca de 300m de altitude. O clima da região é do tipo Am (Köppen), com temperatura média anual de 25°C, 80% de UR e precipitação de 2000mm anuais, com período de estiagem entre julho e setembro. O solo é do tipo latossolo vermelho escuro eutrófico e relevo suavemente ondulado. As primeiras introduções de café foram feitas na década de 70, por meio de intercâmbios de sementes com o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), em São Paulo e com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais. Posteriormente, outros acessos foram obtidos no Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER), no Espírito Santo e no Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR). Recentemente, as coletas de Coffea canephora, variedade Conilon, têm sido realizadas nas áreas tradicionais de plantio de café em Rondônia. As plantas, em condições naturais de cultivo, são observadas e aquelas fenotipicamente superiores, com relação à produção são marcadas e posteriormente arqueadas para estimular a emissão de brotos. As brotações mais saudáveis e vigorosas são coletadas para a produção de mudas clonais. Os acessos são mantidos em parcelas de no mínimo 20 plantas, as quais são manejadas conforme as recomendações técnicas para a cultura. As primeiras caracterizações foram realizadas exclusivamente com o objetivo de verificar o desempenho agronômico dos acessos. Atualmente, os acessos estão sendo avaliados também com base nos principais descritores botânicos do gênero Coffea. A documentação tem sido realizada de forma precária em livros de registro, nos quais são descritas sucintamente, as principais características dos acessos. Atualmente, encontram-se conservados na coleção ativa de germoplasma da Embrapa Rondônia, 57 acessos de Coffea arabica, e 719 de Coffea canephora. A maioria dos acessos foi avaliada agronomicamente, e 153 foram avaliados também quanto aos principais descritores botânicos do gênero Coffea. O manejo dos acessos de café conservados na coleção ativa de germoplasma da Embrapa Rondônia tem sido dirigido exclusivamente para o uso imediato dos mesmos no melhoramento da cultura. No entanto, já se faz necessário realizar uma caracterização mais ampla e uma melhor documentação visando à identificação de duplicatas e uma recuperação mais rápida e precisa das informações sobre os acessos. O uso de um maior número de descritores e o emprego de técnicas de análises multivariadas permitirão agrupar os acessos conforme suas semelhanças e assim formar grupos divergentes, os quais poderão ser recombinados com a finalidade de obter populações geneticamente superiores e com ampla variabilidade para servir de base para a obtenção de novas variedades.
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    Estudo de correlações entre caracteres morfo-agronômicos em clones de café Conilon de maturação tardia da coleção de germoplasma da Embrapa Rondônia
    (2003) Souza, Flávio de França; Gama, Farah de Castro; Santos, Milton Messias dos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A implantação do parque cafeeiro de Rondônia aconteceu de forma gradativa, sem obedecer a nenhum zoneamento climático. As primeiras sementes foram trazidas pelos produtores, das regiões Sudeste e Sul do país, sem controle oficial. Conseqüentemente, algumas cultivares não se adaptaram bem às condições ecológicas locais, apresentando baixo vigor, baixa produtividade, qualidade inferior de grãos e alta susceptibilidade às principais pragas e doenças da cultura na região. O melhoramento genético da cultura visando à obtenção de variedades mais produtivas, adaptadas às condições edafoclimáticas da região e resistentes aos principais estresses bióticos da cultura, pode contribuir para tornar a cafeicultura estadual mais competitiva e menos danosa ao homem e ao meio ambiente. Ampla variabilidade tem sido observada nas lavouras de café Conilon do Estado de Rondônia, sobretudo quanto a caracteres morfológicos de planta e fruto. O conhecimento das associações entre tais caracteres, bem como sua contribuição para a produção, é de grande importância para o melhoramento genético da cultura, inclusive tornando mais eficiente a seleção antecipada. O presente trabalho teve como objetivo estudar as correlações fenotípicas, genotípicas e ambientais entre os principais caracteres morfo-agronômicos avaliados em clones de café Conilon, de maturação tardia, coletados em Rondônia. O experimento foi instalado na Estação Experimental da Embrapa Rondônia, localizada no município de Ouro Preto do Oeste - RO, a 10° 45´ de latitude sul, 62° 15´ de longitude oeste e cerca de 300m de altitude. O clima da região é do tipo Am (Köppen), com temperatura média anual de 25°C, 80% de UR e precipitação de 2000mm anuais, com período de estiagem entre julho e setembro. O solo é do tipo latossolo vermelho eutrófico e relevo suave ondulado. Foi utilizado o delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições e parcelas de duas plantas propagadas vegetativamente. Os 44 genótipos foram compostos por clones de plantas selecionadas em áreas de produtor no Estado de Rondônia. O plantio foi realizado em dezembro de 1998, no espaçamento de 3,5m x 1,5m e as avaliações foram realizadas entre os meses de janeiro e junho. Os clones foram avaliados quanto à massa média da cereja, em g; número médio de frutos por roseta; número médio de rosetas por ramo; número de internódios por ramo; comprimento de ramos plagiotrópicos, em cm; comprimento médio da cereja, em cm, largura média da cereja, em cm, comprimento médio de internódio, em cm, relação comprimento/ largura da cereja; altura de planta, em m; diâmetro médio da saia, em m; número de ramos plagiotrópicos; produção média de café cereja por ramo, em g; e produtividade média de café beneficiado, nos anos de 2001 e 2002, em kg/ha. Os dados foram submetidos à análise de variância e os coeficientes de correlação fenotípica (rf), genotípica (rg) e ambiental (ra) foram calculados com base na razão entre a covariância dos pares de caracteres e o produto dos respectivos desvios-padrão. A significância dos coeficientes de correlação foi verificada por meio do teste t. Os coeficientes de correlação fenotípica e genotípica apresentaram o mesmo sinal, o que sugere boa precisão experimental. Em geral, as correlações genotípicas foram ligeiramente superiores as fenotípicas e a maioria das correlações residuais não foram significativas, indicando que o ambiente e os efeitos genéticos não-aditivos pouco influenciaram as correlações fenotípicas. Os caracteres que apresentaram correlações fenotípicas e genotípicas altas e positivas com a produção de café beneficiado foram: a massa média do fruto, o número de frutos por roseta, o número de rosetas por ramo e a produção de café cereja por ramo. Portanto, qualquer um desses caracteres pode ser utilizado para seleção indireta dos clones mais produtivos.
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    Avaliação de clones de café Conilon no Estado de Rondônia
    (2003) Veneziano, Wilson; Souza, Flávio de França; Santos, Milton Messias dos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O café robusta (Coffea canephora Pierre ex Froehner) é uma cultura de grande valor social e econômico para Rondônia, sendo a cultura perene mais difundida no Estado e constituindo uma das principais fontes de renda de pequenos e médios agricultores. As condições edafo-climáticas da região são bastante adequadas ao cultivo do café robusta. Esse fato contribuiu para uma grande expansão da cultura a partir da década de 70. Atualmente, o Estado é o segundo maior produtor brasileiro de café robusta, com uma produção de 1.390.000 sacas na safra 2000/2001. As lavouras rondonienses de café robusta, em sua maioria, apresentam baixa produtividade e baixo desempenho quanto à qualidade do produto final. Cerca de 95% da área é plantada com a variedade Conilon. Considerando-se que C. canephora é uma espécie alógama e que o seu cultivo no Estado tem ocorrido, sobretudo por mudas provenientes de sementes, uma ampla variabilidade é esperada, principalmente com relação a características de fruto, produtividade e reação às doenças. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho de 150 clones de café Conilon selecionados e coletados em lavouras estabelecidas nas principais regiões cafeeiras do Estado de Rondônia. O experimento foi instalado na Estação Experimental da Embrapa Rondônia, localizada no município de Ouro Preto do Oeste - RO, a 10° 45’ de latitude sul, 62° 15’ de longitude oeste e cerca de 300m de altitude. O clima da região é do tipo Am (Köppen), com temperatura média anual de 25°C, 80% de UR e precipitação de 2000mm anuais, com período de estiagem entre julho e setembro. O solo é do tipo latossolo vermelho eutrófico e relevo suavemente ondulado. Utilizou-se delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições e parcelas de duas plantas propagadas vegetativamente. Os 150 tratamentos foram compostos por clones de plantas selecionadas em áreas de produtores no Estado de Rondônia. O plantio foi realizado em dezembro de 1998, no espaçamento de 3,5m x 1,5m e as avaliações foram realizadas nos anos de 2001 e 2002, entre os meses de janeiro e junho. Durante os dois anos, foi observada a época de maturação de cada material, a produção, a percentagem de grãos do tipo chato e a peneira média. Os dados de produção foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Skott & Knott a 1 %. Com relação à maturação, 23,3%, 38,0% e 38,7% dos clones apresentaram maturação precoce, média e tardia, respectivamente. Cerca de 13% dos clones apresentaram percentual de grãos do tipo chato superior a 75% e 21% apresentaram grãos com peneira média acima de 16. A análise de variância permitiu observar diferenças altamente significativas entre os tratamentos, pelo teste F (P> 0,01), o que demonstra a existência de variabilidade entre os clones quanto à produção de café beneficiado. A média geral do experimento foi de 37,4 sacas/ha. Com base no teste de Scott & Knott, as médias foram reunidas em cinco grupos, sendo que 17% dos clones apresentaram produtividade média superior a 50 sacas/ha. Os clones CPAFRO 160, CPAFRO 63, CPAFRO 199, CPAFRO 194, CPAFRO 57, CPAFRO 105, CPAFRO 130, CPAFRO 193, CPAFRO 125 e CPAFRO 88 apresentaram elevadas estimativas de produtividade, superando 65 sacas/ha, o que é bastante expressivo, considerando-se que as plantas encontram-se na segunda colheita. Os resultados demonstram a viabilidade da realização de seleção de plantas em áreas tradicionais de cultivo como fonte matéria prima para o melhoramento genético da cultura.
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    Comportamento de clones de café conilon de maturação intermediária, em Ouro Preto do Oeste - RO
    (2003) Souza, Flávio de França; Santos, Milton Messias dos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A espécie Coffea canephora responde por 25% da produção mundial de café, sendo o Brasil um dos maiores produtores. O Estado de Rondônia é o segundo maior produtor brasileiro, com uma produção de 1.390.000 sacas na safra 2000/2001. As lavouras rondonienses de café robusta, em sua maioria, apresentam baixa produtividade e baixo desempenho quanto à qualidade do produto final. Geralmente, os plantios são realizados com mudas provenientes de sementes, havendo grande desuniformidade das plantas com relação à produção, resistência a doenças, tipo de fruto, ciclo de maturação, etc. A formação de cultivos uniformes com o uso de cultivares produtivas, com diferentes ciclos de maturação, é uma excelente alternativa para aumentar a produção, melhorar a qualidade e otimizar o uso da mão de obra e dos equipamentos de beneficiamento disponíveis. O presente trabalho teve como objetivo avaliar preliminarmente o desempenho de 49 clones de café conilon de maturação intermediária. O experimento foi instalado na Estação Experimental da Embrapa Rondônia, localizada no município de Ouro Preto do Oeste - RO, a 10° 45’ de latitude sul, 62° 15’ de longitude oeste e cerca de 300m de altitude. O clima da região é do tipo Am (Köppen), com temperatura média anual de 25°C, 80% de UR e precipitação de 2000mm anuais, com período de estiagem entre julho e setembro. O solo é do tipo latossolo vermelho escuro eutrófico e relevo suavemente ondulado. Utilizou-se delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições e parcelas de duas plantas propagadas vegetativamente. Os 49 genótipos foram compostos por clones de plantas selecionadas em áreas de produtor no Estado de Rondônia. O plantio foi realizado em dezembro de 1998, no espaçamento de 3,0m x 1,5m e as avaliações foram realizadas entre janeiro e junho de 2002. Os clones foram avaliados quanto à produção de café beneficiado, em sacos (60kg)/ha. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Skott & Knott a 5 %. A análise de variância permitiu observar diferenças altamente significativas entre os tratamentos, pelo teste F (P> 0,01), o que demonstra a existência de variabilidade entre os genótipos quanto à produção de café beneficiado. A média geral do experimento foi de 39,7 sacas/ha, o que representa um incremento de quase 400% em relação à média geral do Estado, que é de cerca de 10,0 sacas/ha. Os clones CPAFRO 160, CPAFRO 56, CPAFRO 47, CPAFRO 125, CPAFRO 203, CPAFRO 63, CPAFRO 189 apresentaram elevadas estimativas de produção, superando 60 sacas/ha. Embora sejam estimativas de um ano isolado (segunda safra), os resultados fornecem uma boa idéia do potencial produtivo dos genótipos avaliados.
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    Análise multivariada de caracteres morfo-agronômicos em clones de café Conilon de maturação tardia da coleção de germoplasma da Embrapa Rondônia
    (2003) Souza, Flávio de França; Gama, Farah de Castro; Santos, Milton Messias dos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O presente trabalho visou a avaliar preliminarmente, a divergência genética entre 44 clones de café Conilon (Coffea canephora), de maturação tardia, coletados em Rondônia, utilizando técnicas de análise multivariada. O experimento foi instalado na Estação Experimental da Embrapa Rondônia, localizada no município de Ouro Preto do Oeste - RO, a 10° 45´ de latitude sul, 62° 15´ de longitude oeste e cerca de 300m de altitude. O clima da região é do tipo Am (Köppen), com temperatura média anual de 25°C, 80% de UR e precipitação de 2000mm anuais, com período de estiagem entre julho e setembro. O solo é do tipo latossolo vermelho eutrófico e relevo suave ondulado. Foi utilizado o delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições e parcelas de duas plantas propagadas vegetativamente. Os 44 genótipos foram compostos por clones de plantas selecionadas em áreas de produtores no Estado de Rondônia. O plantio foi realizado em dezembro de 1998, no espaçamento de 3,5m x 1,5m e as avaliações foram realizadas entre os meses de janeiro e junho. Os clones foram avaliados quanto à massa média da cereja, em g; número médio de frutos por roseta; número médio de rosetas por ramo; número de internódios por ramo; comprimento de ramos plagiotrópicos, em cm; comprimento médio da cereja, em cm; largura média da cereja, em cm; comprimento médio de internódio, em cm; relação comprimento/ largura da cereja; altura de planta, em m; diâmetro médio da saia, em m; número de ramos plagiotrópicos; produção média de café cereja por ramo, em g; e produtividade média de café beneficiado, nos anos de 2001 e 2002, em kg/ha. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias de cada tratamento foram comparadas por meio do teste de Scott & Knott a 1% de probabilidade. A contribuição relativa dos caracteres para a divergência foi estimada pelo método de Singh. A distância generalizada de Mahalanobis foi utilizada para medir a dissimilaridade entre os clones e o agrupamento dos mesmos foi realizado através do método de Ward. Foram verificadas diferenças significativas entre os tratamentos para todos os caracteres avaliados, o que confirma a ampla variabilidade observada entre os clones. Os caracteres que mais contribuíram para a divergência entre os clones foram: largura média da cereja (33%), comprimento médio dos ramos plagiotrópicos (18%) e comprimento médio da cereja (8%), sugerindo que as características relacionadas com a morfologia dos frutos respondem por grande parte das diferenças entre os clones. Com base na análise de agrupamento, os clones avaliados foram reunidos em cinco grupos [G] e 14 subgrupos (SG), a saber: G-I [SG-1.1 (CPAFRO 034, CPAFRO 031, CPAFRO 042, CPAFRO 102), SG-1.2 (CPAFRO 040, CPAFRO 014)]; G-II [SG-2.1 (CPAFRO 075, CPAFRO 067), SG-2.2 (CPAFRO 177, CPAFRO 112, CPAFRO 145, CPAFRO 059, CPAFRO 087, CPAFRO 144)]; G-III [SG-3.1 (CPAFRO 069, CPAFRO 064, CPAFRO 182), SG-3.2 (CPAFRO 058, CPAFRO 127, CPAFRO 143), SG-3.3 (CPAFRO 057, CPAFRO 188, CPAFRO 039)]; G-IV [SG-4.1 (CPAFRO 130), SG-4.2 (CPAFRO 155, CPAFRO 104, CPAFRO 105, CPAFRO 003), SG-4.3 (CPAFRO 078, CPAFRO 062), SG-4.4 (CPAFRO 086, CPAFRO 073, CPAFRO 088, CPAFRO 072)]; G-V [SG-5.1 (CPAFRO 154, CPAFRO 138, CPAFRO 184, CPAFRO 035), SG-5.2 (CPAFRO 004), SG 5.3 (CPAFRO 012, CPAFRO 020, CPAFRO 101, CPAFRO 192, CPAFRO 026)]. Os clones mais produtivos foram CPAFRO 057 (95,4 sc/ha), CPAFRO 105 (87,4 sc/ha), CPAFRO 088 (85,0 sc/ha), CPAFRO 130 (78,4 sc/ha) e CPAFRO 069 (78,2 sc/ha), que apresentaram produtividade média (terceiro e quarto ano) superior a 78 sacas/ha de café beneficiado, o que é bastante expressivo, tendo-se em vista que se trata de plantas jovens. Como as maiores produtividades do germoplasma avaliado foram observadas nos clones dos grupos III e IV, espera-se que os mesmos sejam os mais promissores para composição de futuras variedades clonais de café Conilon, de maturação tardia, para cultivo no Estado de Rondônia.
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    Influência de diferentes espaçamentos e números de hastes no rendimento de lavouras de café Conilon, em Ouro Preto do Oeste - RO
    (2003) Veneziano, Wilson; Souza, Flávio de França; Santos, Milton Messias dos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A espécie Coffea canephora responde por 25% da produção mundial de café, sendo o Brasil um dos maiores produtores. O Estado de Rondônia é o 2º maior produtor brasileiro, com uma produção de 1.390.000 sacas na safra 2000/2001. O espaçamento tradicionalmente utilizado pelos produtores de café conilon em Rondônia é de 4,0 m entre linhas e 3,0 entre plantas, conduzidas em livre crescimento. Esse esquema de condução favorece ao "fechamento" das linhas de cultivo, entre oito a dez anos de idade e conseqüentemente, contribui para redução na produtividade e qualidade do produto, dificuldades na execução das práticas culturais e elevação do custo de produção. O objetivo deste trabalho foi estudar a influência de diversos espaçamentos e sistemas de condução sobre o desempenho de cafeeiros da cultivar Conilon. O experimento foi instalado na Estação Experimental da Embrapa Rondônia, localizada no município de Ouro Preto do Oeste - RO, a 10° 45’ de latitude sul, 62° 15’ de longitude oeste e cerca de 300m de altitude. O clima da região é do tipo Am (Köppen), com temperatura média anual de 25°C, 80% de UR e precipitação de 2000mm anuais, com período de estiagem entre julho e setembro. O solo é do tipo Latossolo vermelho escuro eutrófico e relevo suavemente ondulado. Foram testados seis espaçamentos (3,5x1,0; 3,0x1,5; 3,5x1,0; 3,5x1,5; 4,0x1,0; 4,0x1,5) combinados com cinco sistemas de condução (1, 2, 3, 4 hastes e livre crescimento). Utilizou-se delineamento de blocos casualizados, com três repetições e parcelas subdivididas, considerando-se o espaçamento como parcela e o número de hastes como subparcela. Foram avaliadas as seguintes características: produção de café beneficiado, rendimento, tipos de sementes, qualidade do produto (tipo e bebida), frutos com lojas vazias, altura de planta, diâmetro da copa e número de ramos ortotrópicos. Os dados foram submetidos a analise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Duncan. Foram verificadas diferenças significativas (Pe"0,05), entre as parcelas para todas as variáveis analisadas, o que demonstra a influência do espaçamento sobre o comportamento vegetativo e reprodutivo da planta. Nas subparcelas, foram verificadas diferenças estatísticas, entre os tratamentos, apenas no caso da altura média e do diâmetro médio de planta. As subparcelas nas quais não houve o controle do número de haste apresentaram maiores valores para os parâmetros diâmetro e altura da copa, devido ao número elevado de ramos ortotrópicos por planta. Todos os tratamentos mostraram baixa porcentagem de frutos com lojas vazias. A produtividade média do experimento foi de 62 sacas/ha, que representa cerca de seis vezes a produtividade média do Estado. O melhor desempenho foi observado no espaçamento de 3,0m x 1,5m e os piores nos espaçamentos 4,0m x 1,0m e 4,0 x 1,5m, o que sugere uma melhor adequação de espaçamentos semi-adensados, em detrimento daqueles mais amplos, pelo menos até a quarta colheita. A média dos tratamentos com quatro hastes superou a média daqueles sob livre crescimento em 13 %. Até a quarta colheita, observou-se uma tendência de maiores produções nos tratamentos com espaçamentos menores e com número de hastes controladas.