Trabalhos de Evento Científico

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    Mapeamento de áreas cafeeiras de Minas Gerais por imagem de satélite. Parte II: Machado
    (2003) Vieira, Tatiana Grossi Chquiloff; Alves, Helena Maria Ramos; Bertoldo, Mathilde A.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A cafeicultura mineira concentra-se principalmente na região Sul de Minas, responsável por cerca de 60% da produção do estado. Essa região possui um agroecossistemas de café que vem se mantendo com destaque em relação às demais, em função de alguns fatores, tais como, condições climáticas e solos adequados ao cultivo do café, maior adoção de tecnologia e melhor qualidade da bebida. Para o planejamento racional da atividade agropecuária é necessário o conhecimento do meio ambiente em que esta atividade está inserida. O levantamento destas áreas e o estabelecimento de metodologias que possibilitem o monitoramento deste parque, com a atualização periódica de informações, torna-se importante para o gerenciamento do agronegócio café. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi o mapeamento de áreas ocupadas pela cultura de café na região de Machado, selecionada como representativa da região produtora do Sul de Minas, usando o geoprocessamento e o sensoriamento remoto para gerar um banco de dados digital e subsidiar as atividades de levantamento, monitoramento e planejamento do parque cafeeiro regional. A implementação de um banco de dados digital para a área-piloto e o tratamento das imagens de satélite foram realizados por meio de imagens do satélite TM Landsat 7 de 2000 e do software SPRING. O mapa de uso da terra foi interpretado visualmente, utilizando padrões obtidos em campo e georreferenciados, criando-se o plano de informação (PI) correspondente. As imagens de satélite na composição 3B-4R-5G foram tratadas no módulo imagem/contraste do SPRING. Com a aplicação do contraste na imagem, foi realizada interpretação visual do uso e ocupação das terras, observando o comportamento espectral de cada classe predominante na área de estudo, principalmente o café. Finalizada a interpretação preliminar, fez-se no campo uma checagem dos padrões estabelecidos para definição de alvos, gerando o mapa temático final: Mapa de Uso da Terra Interpretado. As classes predominantes mapeadas e checadas em campo foram: - Café em produção: cafezais cujos parâmetros de idade (acima de 4-5 anos), porte (maior que 2 m) e espaçamento de planti, permitem uma cobertura de substrato maior que 50%; - Café em formação: (abaixo de 4 anos) e com exposição parcial de solos; - Café recém-plantado: café recém-plantado com solo exposto; - Mata: áreas ocupadas por vegetação natural de porte variado, matas ciliares, resquícios de floresta tropical, capoeiras e cerradão; - Solo exposto: áreas preparadas para cultivo; - Área urbana: áreas com ocupação urbana; - Cultura: áreas que correspondem ao plantio de culturas semiperenes e temporárias; - Represas: áreas de lagos naturais e construídos, - Reflorestamento: áreas plantadas com eucalipto ou pínus. O restante da área foi classificado como Outros usos, que seriam: áreas para pastagem natural, pousio de culturas temporárias ou semiperenes. Para gerar o Mapa de Uso da Terra Classificado automaticamente, utilizou-se a mesma legenda acima citada permitindo-nos verificar o grau de acerto do classificador ao compará-lo com o Mapa de Uso da Terra Interpretado visualmente, considerado como verdade terrestre. O classificador empregado foi o Battacharya, que mede a separabilidade estatística entre classes espectrais, isto é, mede a distância média entre as distribuições de probabilidades de classes espectrais. Posteriormente foi realizada uma análise para a verificação da porcentagem de confusão dos temas. Para a área-piloto de Machado, o Mapa de Uso da Terra Classificado automaticamente apresentou um índice de acerto de 66,14% para a classe café em produção, sendo que a maior proporção de confusão foi para as classes de café em formação e mata. Provavelmente esta confusão deu-se em função da classe mata ter o comportamento espectral semelhante ao café em produção e café em formação. Este conflito acentua-se na porção oeste do município de Machado, onde o relevo é muito acidentado. Além do relevo acidentado, a cafeicultura da região Sul de Minas é representada por médios e pequenos produtores, resultando em talhões de dimensões muito variáveis. Estas características dificultam o reconhecimento visual nas imagens de satélite TM/Landsat, dado à sua resolução espacial que é de 30 x 30 m. Sendo assim, nesta região o levantamento da cafeicultura deve ser auxiliado por produtos de sensoriamento remoto de melhor resolução espacial, tais como fotografias aéreas e/ou imagens IKONUS, que apresentam resolução espacial de 1 x 1 metro.
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    Mapeamento de áreas cafeeiras de Minas Gerais por imagem de satélite. Parte III: São Sebastião do Paraiso
    (2003) Vieira, Tatiana Grossi Chquiloff; Alves, Helena Maria Ramos; Bertoldo, Mathilde A.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O mapeamento de áreas cafeeiras de São Sebastião do Paraíso-MG, uma das principais regiões produtoras de café do estado de Minas Gerais, é parte integrante do projeto conduzido no Laboratório de Geoprocessamento da EPAMIG/CTSM, intitulado "Fotografias Aéreas e Imagens Orbitais Utilizadas na Identificação de Áreas de Café (Coffea arabica), para Fins de Previsão de Safra". Nos últimos anos, tem havido alterações nas áreas ocupadas pelo café na região, com novos plantios, replantios e também abandonos e erradicações, que dificultam a avaliação da atual situação do parque cafeeiro no Estado. O levantamento destas áreas e o estabelecimento de metodologias, que possibilitem o monitoramento deste parque, com a atualização periódica destas informações, torna-se importante para o gerenciamento do agronegócio café. O objetivo deste trabalho foi o levantamento e mapeamento de áreas ocupadas pela cultura do café na área-piloto de São Sebastião do Paraíso, selecionada como representativa da região Sul de Minas, usando o geoprocessamento e sensoriamento remoto para gerar um banco de dados digital e subsidiar as atividades de levantamento, monitoramento e planejamento do parque cafeeiro regional. As análises obtidas através das técnicas de geoprocessamento, ou seja, interpretação de imagens de satélite, geração e manipulação de mapas temáticos de uso da terra, aliadas às observações de campo, permitiram caracterizar e quantificar a distribuição da cultura cafeeira no ambiente. A implementação de um banco de dados digital e o tratamento das imagens de satélite foi realizado por meio de imagens do satélite TM Landsat 7 de 2001 e do software SPRING. O mapa de uso da terra foi interpretado visualmente, utilizando padrões obtidos e georreferenciados em campo. As imagens de satélite na composição 3B-4R-5G foram tratadas no módulo imagem/contraste do SPRING. Com a aplicação do contraste foi realizada interpretação visual da imagem, com uso e ocupação das terras, observando o comportamento espectral de cada classe predominante na área de estudo, principalmente o café. Posteriormente fez-se no campo uma checagem dos padrões estabelecidos para gerar o mapa temático final: Mapa de Uso da Terra Interpretado. As classes predominantes mapeadas foram: café em produção; café em formação; café recém-plantado; mata; solo exposto; área urbana; culturas; represas; reflorestamento e outros usos. Para gerar o Mapa de Uso da Terra Classificado automaticamente, utilizou-se a mesma legenda acima citada para verificarmos o grau de acerto do classificador ao compará-lo com o Mapa de Uso da Terra Interpretado visualmente, considerado como verdade terrestre. O classificador empregado foi o Battacharya, que mede a separabilidade estatística entre classes espectrais, isto é, mede a distância média entre as distribuições de probabilidades de classes espectrais. Posteriormente foi realizada uma análise para a verificação da porcentagem de confusão dos temas. Esta comparação, entre o Mapa de Uso da Terra Interpretado visualmente e o classificado automaticamente, apresentou um índice de acerto, para a classe de café em produção, igual a 59,49%. As diferenças que ocorrem na classificação automática são causadas pela variabilidade e complexidade espectral das culturas agrícolas. A resposta espectral do dossel de uma cultura pode ser influenciada por diversos fatores, tais como: umidade, vigor vegetativo, cobertura vegetal do substrato, tipo de solo, topografia, espaçamento da cultura, variedade, idade da planta e culturas intercalares, entre outros. Em relação ao solo, há uma série de fatores que podem influenciar sua resposta espectral, tais como o teor de umidade, rugosidade da superfície, textura e conteúdo de matéria orgânica e biomassa seca residual, mas principalmente a cor que reflete sua mineralogia especificamente o teor de ferro. Obviamente, quando a densidade da vegetação aumenta até recobrir quase totalmente o solo, a contribuição deste para a reflectância espectral total do dossel será menor. Em São Sebastião do Paraíso, os solos utilizados na produção de café são solos com altos teores de ferro, Latossolo Vermelho Férrico (LVf), Latossolo Vermelho (LV) e Nitossolo Vermelho Férrico (NVf), o que provavelmente contribuiu para o baixo índice de acerto do classificador.
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    Mapeamento de áreas cafeeiras de Minas Gerais por imagem de satélite. Parte I: Patrocínio
    (2003) Vieira, Tatiana Grossi Chquiloff; Alves, Helena Maria Ramos; Bertoldo, Mathilde A.
    Minas Gerais é o estado líder na produção cafeeira no Brasil, sendo que as regiões com maior expansão da cultura nestes últimos anos são as regiões do Alto Paranaíba e Triângulo, denominadas "Região do café do cerrado", possuindo índices elevados de crescimento, tanto em área plantada quanto em produtividade. Sendo assim, os objetivos deste trabalho foram a geração de mapas temáticos de uso atual das terras da região de Patrocínio, no Alto Paranaíba, por interpretação visual e classificação automática de imagens de satélite e verificação do grau de acerto do mapeamento. O objetivo final do projeto foi avaliar a possibilidade de utilização da metodologia de sensoriamento remoto e geoprocessamento para determinar e estimar áreas cafeeiras, gerar informações e fornecer subsídios no levantamento e monitoramento da cultura cafeeira para o agronegócio café. Para gerar os mapas de uso da terra, foi elaborado um banco de dados digital para a área-piloto de Patrocínio, por meio do sistema de informações geográficas SPRING e imagens de satélite TM/Landsat 7. Para gerar os mapas temáticos do uso das terras as classes predominantes mapeadas foram: café em produção; café em formação; café recém-plantado; mata; solo exposto; área urbana; cultura; represas; reflorestamento e outros usos. Para gerar o Mapa de Uso da Terra Classificado foi empregado o classificador Battacharya, que mede a separabilidade estatística entre classes espectrais, isto é, mede a distância média entre as distribuições de probabilidades de classes espectrais. Para verificar o grau de acerto do classificador, o Mapa de Uso da Terra Interpretado visualmente foi considerado como verdade terrestre. As diferenças que ocorrem na classificação automática devem-se ao fato das culturas agrícolas variarem em termos de complexidade espectral. A resposta espectral do dossel de uma cultura pode ser influenciada por diversos fatores, tais como: umidade, vigor vegetativo, cobertura vegetal do substrato, tipo de solo, topografia, idade da planta e culturas intercalares, entre outros. A cultura cafeeira apresenta resposta espectral bastante complexa, pois além destes fatores, reflete os efeitos de variáveis culturais do café, tais como porte, diâmetro, densidade/espaçamento entre plantas e entre linhas, cultivar, podas, manejo e produção. Áreas com pouca cobertura vegetal apresentam maior variabilidade na resposta espectral, pois o efeito é associado a outras variáveis ambientais. As variáveis ambientais, solos e declive também têm efeito na área imageada, principalmente devido ao sombreamento. A posição das culturas plantadas em fileiras e a distribuição da cultura no solo também causam efeito diferenciado na imagem. A comparação do mapa de distribuição das classes de uso das terras interpretado visualmente, comparado com o classificado automaticamente de Patrocínio, mostrou um índice de acerto de 71,14% para a classe café em produção. Tal fato reflete, a geomorfologia da região do Alto Paranaíba, que apresenta relevo plano a suave ondulado e condições atmosféricas que propiciam o imageamento via sensores remotos orbitais, além das características dos cafezais, com grandes áreas plantadas, por vezes atingindo 1.000 ha de áreas contíguas. Para as demais classes de café o índice de acerto não foi satisfatório.