Trabalhos de Evento Científico

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    Morfologia de cafeeiros cultivados com diferentes fontes de adubos fosfatados
    (Embrapa Café, 2019-10) Viana, Maycon José do Nascimento; Baldoni, Fábio Barbosa; Meireles, Ana Lívia Dias; Alecrim, Ademilson de Oliveira; Voltolini, Giovani Belutti; Lopes, Vitor Francisco
    A adubação fosfatada é fator de grande importância para o crescimento e desenvolvimento inicial de cafeeiros. Sobretudo, ressalta-se que os solos brasileiros são muito antigos e consequentemente, sofreram muito a ação do intemperismo, se tornando ácidos e com baixa fertilidade natural. Desta forma, a utilização de fertilizantes fosfatados é essencial para manutenção do crescimento das plantas de cafeeiro, visto que, devido aos baixos teores deste nutriente no solo, aliado a condição de acidez, faz com que a sua disponibilização seja reduzida. Assim, o uso de fertilizantes fosfatados com incrementos tecnológicos que asseguram maior disponibilização frente as fontes convencionais é uma boa alternativa visando a otimização da adubação fosfatada em cafeeiros. Neste sentido, objetivou-se avaliar diferentes fertilizantes fosfatados na morfologia de plantas de cafeeiro. O experimento foi conduzido na Universidade Federal de Lavras no ano de 2019. As mudas utilizadas foram da cultivar Mundo Novo IAC 379/4, plantadas em vasos de 14 litros de capacidade, com incorporação dos fertilizantes fosfatados no substrato de plantio. Os tratamentos utilizados foram Yorgan Plantio 03-20-03 nas doses de 100%, 75% e 50% da dose recomendada de acordo com a análise de solo; Superfosfato Simples 100% da recomendação, comparados também com uma testemunha sem a adubação fosfatada. O experimento foi conduzido em DBC, com 4 repetições e 8 plantas por parcela. As avaliações foram realizadas por 120 dias e ao termino do experimento foram realizadas analises destrutivas para avaliação do sistema radicular. Foram avaliados o diâmetro do caule (cm); número de folhas; número de ramos plagiotrópicos; altura da planta (cm); massa seca do caule (g); massa seca das folhas (g) e massa seca das raízes (g). As plantas submetidas aos tratamentos Yorgan Plantio 03-20-03 com 75% e 100% apresentaram melhor desempenho em relação às outras plantas em todos os aspectos avaliados. Desta forma, sugere-se que possivelmente este fertilizante tenha otimizado a adubação fosfatada, de forma que, mesma com a dose reduzida, em comparação ao 100% com a fonte convencional Superfosfato Simples, o desempenho agronômico das plantas de cafeeiro foi superior. Aliado a isto, possivelmente, os demais constituintes nutricionais do fertilizante Yorgan Plantio 03-20-03 possam ter ajudado na melhoria dos parâmetros avaliados.
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    Ação do herbicida 2,4 D sobre o crescimento de mudas de cafeeiro
    (Embrapa Café, 2015) Voltolini, Giovani Belutti; Castanheira, Dalyse Toledo; Gonçalves, Adenilson Henrique; Silva, Lucas Guedes; Nascimento, Thales Lenzi Costa; Netto, Pedro Menicucci
    A obtenção de sucesso na condução das lavouras depende diretamente da produção, da redução de custos e também de aspectos relacionados com a nutrição, com o controle de pragas e doenças, e também com a ocorrência de plantas daninhas. No manejo das plantas daninhas, o controle químico, por meio da utilização de herbicidas, vem sendo muito utilizado pela grande eficiência e pelo amplo espectro de controle. Entretanto, a eficiência deste tipo de controle depende diretamente de uma correta tecnologia de aplicação. Todavia, mesmo com a preocupação com fatores que interferem na aplicação, são frequentes casos de fitotoxidez causada por herbicidas em diversas culturas. Objetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos causados pela deriva do herbicida 2,4 D em mudas de cafeeiro. O experimento foi realizado no Setor de Cafeicultura da Agência de Inovação do Café – INOVACAFÉ, na Universidade Federal de Lavras – UFLA, no ano de 2014. Foram utilizadas mudas de cafeeiro (Coffea arabica L.) da cultivar Mundo Novo. Foi utilizado o delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições, e seis doses do herbicida 2,4 D: (i) 0%; (ii) 10%; (iii) 40%; (iv) 70%; (v) 100% e (vi) 200% da dose comercial recomendada de 2,4D, que é de 2,5 litros.ha-1. Cada parcela foi composta por cinco mudas. As mudas permaneceram no campo por 45 dias após a aplicação do herbicida. A identificação e observaçãodos sintomas causados pela ação do herbicida foram realizadas a cada dois dias. Ao final do experimento foi determinada a altura, o número de folhas, o diâmetro de caule e massa seca da parte aérea das plantas. Assim como para número de folhas e altura de plantas, verifica-se que a massa seca da parte aérea das plantas segue uma tendência cúbica de acordo com as doses do herbicida, sendo que, maiores doses influenciam negativamente as variáveis estudadas. Já em relação ao diâmetro de caule das mudas, não houve diferença significativa entre os tratamentos. A deriva do herbicida 2,4 D afeta o desenvolvimento de mudas de cafeeiro. Mudas de café intoxicadas pelo herbicida 2,4 D apresentam clorose e encarquilhamento das folhas, curvamento do caule (epinastia) e, posteriormente, rachamento do caule.
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    Sintomas de fitotoxidez causados pela deriva do herbicida glyphosate em mudas de cafeeiro
    (Embrapa Café, 2015) Voltolini, Giovani Belutti; Castanheira, Dalyse Toledo; Guimarães, Rubens José; Alcântara, Elifas Nunes de; Rezende, Tiago Teruel; Paulino, Ricardo Nascimento Lutfala; Carneiro, Arthur Henrique Cruvinel
    O manejo das plantas invasoras na cultura do café é de grande importância, pois a competição existente entre as mesmas compromete a disponibilidade de alguns elementos essenciais ao desenvolvimento do cafeeiro, como água, luz, espaço e nutrientes. As formas de controle das plantas daninhas podem variar, sendo usuais o controle mecânico, o controle cultural e o químico, sendo que a última forma é a mais utilizada, por meio da aplicação de herbicidas. A eficiência da aplicação dos herbicidas depende de vários fatores que podem minimizar a ocorrência da deriva, como os tipos de bicos, a altura da barra de aplicação, a adição de adjuvantes, a velocidade de operação, a incidência de ventos no momento de aplicação, entre outros. Objetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos causados pela deriva do herbicida glyphosate em mudas de cafeeiro. O experimento foi realizado no setor de cafeicultura da Universidade Federal de Lavras – UFLA, no ano de 2014. As mudas de cafeeiro (Coffea arabica L.) utilizadas foram do cultivar Mundo Novo, sendo que as mesmas foram fixadas com o saquinho em estacas com espaçamento de 0,40 x 0,40 m de maneira a simular condições de campo. As mudas permaneceram em campo por 45 dias sendo irrigadas por aspersão de 3 a 5 vezes por dia observando a umidade no saquinho. Foi utilizado o delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições, e seis doses do herbicida glyphosate, variando em relação à dose recomendada de 3,0 litros.ha-1. Os tratamentos foram: (i) 0%; (ii) 10%; (iii) 40%; (iv) 70%; (v) 100% e (vi) 200% da dose comercial de glyphosate recomendada. Cada parcela foi composta por cinco mudas. Foram realizadas avaliações com intervalos de dois dias, identificando e observando os sintomas causados pela ação do herbicida. Ao final do ensaio foi determinada a altura, o número de folhas, o diâmetro de caule e massa seca da parte aérea das plantas. Os primeiros sintomas de fitotoxidez puderam ser observados a partir do 12º dia após a aplicação, sendo que os mesmos tiveram maior incidência nas regiões meristemáticas. As principais características dos danos causados pelo glyphosate foram clorose e estreitamento do limbo foliar. A massa seca da parte aérea e a altura das plantas não foram afetadas pela aplicação de glyphosate. Para as variáveis número de folhas e diâmetro de caule, houve diferença significativa entre os tratamentos. A ocorrência de deriva do herbicida glyphosate prejudica desenvolvimento de mudas de cafeeiro. Em função dos prejuízos causados às plantas de café, cuidados devem ser tomados para se evitar a deriva durante as aplicações de glyphosate.
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    Comportamento agrometeorológico em áreas cafeeiras, em diferentes altitudes, no município de Carmo de Minas, MG
    (Embrapa Café, 2015) Luz, Marcos Paulo Santos; Voltolini, Giovani Belutti; Volpato, Margarete Marin Lordelo; Ribeiro, Diego Egídio; Tosta, Murilo Ferraz; Miranda, Felipe Mesquita de; Guiraldeli, Carlos Henrique Cardeal; Silva, Ana Claudia Almeida da; Alves, Ana Paula de Carvalho; Borém, Flávio Meira
    A produção de cafés com boa qualidade é determinada por variados fatores, como a genética, tratos culturais e características do ambiente físico, especialmente o clima e a localização. Para maiores esclarecimentos entorno da relação entre as variáveis climáticas e a qualidade da bebida analisou-se dados de estações meteorológicas automáticas (EMAs), instaladas em diferentes faixas de altitude no município de Carmo de Minas, que nos últimos concursos de cafés especiais tem se destacado internacionalmente. Objetivou-se com este trabalho o levantamento dos dados de temperatura do ar e precipitação e a relação dos mesmos com as fases fenológicas dos cafeeiros e a qualidade da bebida. Foram analisados ambientes diferentes, sendo que os mesmos eram divididos entre altitudes menores de 1000 m, entre 1000 m e 1200 m e acima de 1200 m. O estudo demonstrou que ambientes sob altitudes diferentes possuem temperaturas diferentes, visto que nos locais acima de 1200 m o clima é mais ameno, apresentando média anual de 19,8ºC, e sendo mais potenciais na produção de cafés de qualidade. Entretanto, nos locais abaixo de 1000 m a temperatura média anual foi de 21,4ºC. De outubro a fevereiro, o município de Carmo de Minas apresentou precipitação média mensal entre 60 a 180 mm, variando de acordo com o ambiente e altitude em que se encontravam. Sobretudo, nesse período o cafeeiro necessita de boa reserva hídrica para vegetação e granação dos frutos. A precipitação média de junho a agosto, período este que requer menor incidência de chuva devido ao processo de secagem, foi reduzida, estando na faixa 10 mm. A ocorrência de período seco nessa fase do cafeeiro é o maior aliado para o processo de secagem natural e uniforme dos grãos, visando à obtenção de um café de boa qualidade.