Trabalhos de Evento Científico

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Resultados da Pesquisa

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    Aplicação da tecnologia irriga de manejo da irrigação na cafeicultura irrigada da região leste de Minas Gerais
    (2003) Zinato, Cristiano Egnaldo; França, Adjalma Campos de; Teixeira, Marconi Batista; Mantovani, Everardo Chartuni; Lyra, Guilherme Bastos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A irrigação suplementar tem-se mostrado vantajosa até em locais com períodos curtos de deficiência hídrica, mas que coincidem com as fases críticas da cultura, sendo uma técnica em expansão na região de cafeicultura de montanha. Resultados que comprovam os benefícios têm sido encontrados, com produtividade 86% maior em tratamentos irrigados comparados aos tratamentos não irrigados e nível de crescimento 55% superior ao café não irrigado. Com relação ao manejo, é necessário maior conscientização da importância do uso eficiente da água, da adoção da técnica da fertirrigação, da adoção de critérios técnicos para determinação do momento de irrigar e da lâmina a ser aplicada. Devem ser observados os aspectos nutricionais, fitopatológicos, edáficos, climáticos, fitotécnicos e ambientais. Neste contexto, desenvolveu-se o software IRRIGA (SISDA), voltado para o monitoramento de áreas irrigadas. Para a implantação de um programa de extensão é fundamental conhecer as necessidades do produtor assistido e respeitar tanto as suas possibilidades financeiras como sua experiência anterior, sua cultura e sua potencialidade de desenvolvimento. É importante também a sensibilidade do técnico para perceber o real envolvimento do produtor no processo de transferência de tecnologia para, a partir deste ponto, definir a intensidade e a duração do programa e, em caso de sucesso, como irradiar os resultados obtidos aos outros produtores interessados. Este trabalho tem o objetivo de contribuir para a difusão da tecnologia adequada para manejo de irrigação em café (C. arabica L.) na região Leste Mineira, tipicamente de cafeicultura de montanha. Foi firmada uma parceria entre o proprietário de uma fazenda da região e o Grupo de Pesquisa em Manejo de Irrigação do Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa (DEA-UFV), na forma de projeto piloto, visando fornecer subsídios à tomada de decisões técnicas e econômicas quanto ao manejo da irrigação e fertirrigação e racionalização do uso dos recursos hídricos e energéticos com a conseqüente melhoria da renda e qualidade de vida do produtor e sua família. O presente trabalho foi desenvolvido na Fazenda Djanira, localizada no município de Imbé de Minas, MG, latitude 19º36’ S, longitude 41º58’ W e altitude de 582 m, numa região de topografia tipicamente acidentada. O trabalho foi conduzido de maio de 2002 a fevereiro de 2003. Uma subárea de 7,86 ha dividida em 33 setores com declividade média de 24%, denominada Sítio Três Anas, é cultivada com café arábica, variedades Catuaí 99 e 144, com idade de 4 anos, sendo irrigada com um sistema de gotejamento com emissor alternativo de alta intensidade MB-2. O espaçamento entre plantas é de 1,10 m e entre fileiras de 2,50 m, sendo um emissor por planta. Foram fomentadas ações extensionistas, na forma de projeto piloto. O programa constou de visitas técnicas, treinamentos e interação com o produtor na forma de assessoria, deixando a decisão final de como conduzir o manejo por conta do proprietário. Pode-se considerar bastante positivo o balanço dos efeitos das ações de difusão de tecnologia de manejo de irrigação implantadas. Como resultados mais visíveis, destacam-se a adequação do sistema de irrigação por meio de um conjunto motobomba com potência 50% maior e ajuste da pressão de serviço em todo o sistema; melhoria na uniformidade de irrigação; aumento da capacidade de filtragem do sistema; informatização do controle e manejo da irrigação, com possibilidade da informatização de outros processos na propriedade; redução do custo da fertirrigação, com o uso de fertilizante com custo 4 vezes menor; aumento na expectativa de produtividade da safra 2002/2003 de 45 sacas/ha para 60 sacas/ ha; inserção do proprietário e sua família no ambiente da informática; implantação de outras culturas irrigadas (inhame e banana) e interesse em expandir a área com café irrigado; interesse dos vizinhos em conhecer as tecnologias e procedimentos recém adotados. Uma vez implantado o projeto piloto, o programa deverá ser estendido aos produtores da região interessados em utilizar a tecnologia em suas lavouras.