Teses e Dissertações
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Item Mapeamento da Variabilidade Espacial da Produção na Cafeicultura de Montanha(Universidade Federal de Viçosa, 2003-10-31) Oliveira, Alisson Sanguinetti Cruz de; Pinto, Francisco de Assis de Carvalho; Ribeiro, Carlos Antônio Álvares Soares; Corrêa, Paulo César; Queiroz, Daniel Marçal dePropôs-se uma metodologia para mapear variabilidade espacial da maturação dos frutos, produtividade e qualidade de café de montanha durante a safra 2002/3 em uma propriedade cafeeira no Município de Viçosa, Estado de Minas Gerais, Brasil. Nesta propriedade cultiva-se Coffea arabica L. cv. Catuaí Vermelho, linhagem IAC H2077-2-5-44, e predomina relevo montanhoso. Dividiu-se a metodologia em três etapas principais: anterior à colheita, de colheita e após a colheita. Na etapa anterior à colheita, georreferenciaram-se, codificaram-se e rotularam-se cafeeiros em um talhão de cerca de um hectare. Na etapa de colheita, dividida em catação e colheita final conforme cronograma da propriedade, pesaram-se e amostraram-se todas as medidas colhidas no talhão, 129 na catação e 339 na colheita final. Na etapa após a colheita dividiu-se cada amostra conforme estádio de maturação, pesaram-se esses frutos e determinaram-se umidades médias diárias desses frutos. Os cafés cereja de cada amostra da catação foram secos, beneficiados e classificados. Mapearam-se, com interpolação pelo método do Inverso do Quadrado da Distância, a maturação dos frutos, produtividade e qualidade dos grãos e da bebida. A partir dos resultados e análises dos mapas, obteve-se a variabilidade espacial da umidade dos tipos de fruto, maturação, produtividade e qualidade do café. A maturação dos tipos de fruto variou durante a colheita, sendo que suas umidades reduziram-se progressivamente ao longo da safra e apresentaram valores médios distintos para cada estádio de maturação. Na catação, a produtividade do café em coco, corrigido para 11% b.u., variou de 842,33 a 8.126,87 kg/ha, com coeficiente de variação de 19,86%; e, na colheita final, de 948,82 a 16.269,20 kg/ha, com coeficiente de variação de 27,36%. A produtividade total variou de 3.431,66 a 18.662,90 kg/ha, com coeficiente de variação de 19,46%. Quanto à qualidade, tenderam a variar o tipo e a descrição peneira dos grãos, e alguns componentes da descrição bebida. Classificaram-se as amostras em tipo 5, 5/6 (65,89% das amostras) ou 6. A descrição peneira dos grãos variou entre 19, 18, 17, 16, 14, Moca e Fundo. Houve variações nos componentes da bebida (aroma, sabor, acidez e corpo), mas todas as amostras foram classificadas como de bebida Estritamente Mole. A metodologia proposta permitiu mapear a variabilidade da produtividade, porém, a dificuldade da definição da área de influência de cada saco colhido resultou em valores de produtividade irreais em alguns pontos, demandando futuros estudos na definição dessa área e, ou, em metodologias de filtragem dos dados.Item Viabilidade técnico-econômica de diferentes sistemas de irrigação utilizados na cafeicultura de cerrado(Universidade Federal de Viçosa, 2004-08-22) Souza, Guilherme Ferreira e; Soares, Antônio Alves; Silveira, Suely de Fátima Ramos; Mantovani, Everardo ChartuniEste trabalho teve como objetivos analisar a produtividade do cafeeiro sob quatro diferentes sistemas de irrigação, avaliar o manejo de irrigação adotado e estabelecer parâmetros de comparação econômica entre os tratamentos. O experimento foi realizado na fazenda Escola da Uniube (Uberaba, MG), em uma lavoura de café da variedade “Catuaí Vermelho – 144”, utilizando dados de produção das três primeiras safras (2001, 2002 e 2003). Foram instalados os seguintes sistemas de irrigação: pivô central equipado com emissores Lepa, tubos de plástico perfurados (TPP ou Tripa) e gotejamentos autocompensante e convencional. Os valores das despesas foram comparados com os das receitas, encontrando-se o ponto de nivelamento econômico e a elaboração dos fluxos de caixa, sendo a partir deles determinados o período de Payback, o valor presente líquido (VPL) e a taxa interna de retorno (TIR). O gotejamento autocompensante apresentou as maiores produtividades, seguido por pivô central, gotejamento convencional e TPP. Foram verificados déficits hídricos em todos os tratamentos. Todos os tratamentos analisados mostraram-se rentáveis, e o tempo de retorno de capital investido foi de seis anos para TPP e cinco anos para os demais tratamentos. Nas condições avaliadas, o gotejamento automatizado apresentou a maior lucratividade e o TPP, a menor. O tratamento de gotejamento convencional apresentou-se economicamente viável, exibindo o menor período de Payback e a maior TIR, sendo, portanto, a melhor alternativa, seguida pelos sistemas de gotejamento autocompensante, pivô central e TPP.Item Caracterização morfoagronômica de acessos de Coffea arabica L(Universidade Federal de Viçosa, 2009-12-18) Leão, André Pereira; Sakiyama, Ney Sussumu; Dias, Luiz Antonio dos Santos; Oliveira, Antônio Carlos Baião deCem acessos de café pertencentes ao Banco de Germoplasma de Coffea spp. da Universidade Federal de Viçosa foram caracterizados agronômica e morfologicamente, e divididos em grupos de acordo com suas correlações genéticas. Utilizou-se 21 descritores do IPGRI (International Plant Genetic Resources Institute). Após a caracterização procederam-se as análises estatísticas que indicaram, na ordem, as seguintes variáveis para descarte, por serem menos relevantes para o agrupamento genético: número de nós no ramo plageotrópico, número de nós na haste principal, cor de fruto, estimativa comparativa de produção de frutos, comprimento do ramo plageotrópico, diâmetro da copa, comprimento da folha, uniformidade de maturação dos frutos e comprimento do ramo plageotrópico até o primeiro nó. Além disso, os descritores formato da folha e formato do ápice da folha foram descartados por não apresentarem variação nos acessos avaliados. Assim, das 21 características inicias, apenas 10 foram mantidas ao final da análise. Com as 21 características os 100 acessos foram separados em 78 grupos distintos, 67 deles sendo grupos singulares. Em contrapartida, após o descarte das variáveis menos relevantes, as 10 características permitiram a formação de 10 grupos, sendo apenas 1 singular.Item Marcadores microssatélites para Coffea arabica L.(Universidade Federal de Viçosa, 2008-07-21) Missio, Robson Fernando; Sakiyama, Ney Sussumu; Caixeta, Eveline Teixeira; Zambolim, Eunize Maciel; Dias, Luiz Antônio dos SantosOs marcadores microssatélites (SSR) são desejáveis para estudos genéticos e seleção assistida por marcadores. A limitada disponibilidade destes marcadores para Coffea arabica, uma das principais culturas em importância sócio-econômica do mundo, justifica novos esforços para o desenvolvimento de marcadores SSR. Portanto, o objetivo deste trabalho foi desenvolver, caracterizar e avaliar a utilização de marcadores SSR para estudos da diversidade genética em Coffea. Duas bibliotecas genômicas enriquecidas para as sequências repetidas (GT) 15 e (AGG) 10 foram construídas, utilizando-se o DNA genômico do genótipo Bourbon Amarelo UFV 570. Um total de 756 clones positivos, com seqüências de boa qualidade, foi utilizado para a localização de 287 SSR e o desenho de 96 pares de primers SSR. Aproximadamente 15% dos clones foram redundantes. As repetições de dinucletídeos foram mais freqüentes que os tri- e tetranucleotídeos, sendo as classes AG (32,8%), AC (12,9%), AAG (9,8%) e AGG (5,6%) as mais abundantes na porção analisada do genoma de C. arabica. Em média, foi encontrado um SSR a cada 1,45kb. Do total de 96 primers SSR desenhados e sintetizados, 90 (94%) foram validados como marcadores SSR úteis para estudos genéticos em C. arabica, sendo 21 (23%) polimórficos entre os cafeeiros Híbrido de Timor UFV 445-46 e Catuaí UFV 2143-235. Trinta e três primers SSR foram analisados em 24 acessos de Coffea importantes para o programa de melhoramento da UFV/EPAMIG. O número médio de alelos por primer foi de 5,1 e os valores médios de PIC foram de 0,56 para C. canephora e de 0,22 para C. arabica, variarando de 0,08 a 0,79 entre todos os acessos avaliados. Neste trabalho, também, foi comparada a eficiência de 18 marcadores SSR genômicos e 17 EST-SSR para o estudo da diversidade genética em Coffea. O número médio de alelos/primer foi de 5,1 e 5,3 para os marcadores EST-SSR e SSR genômico, respectivamente. Os marcadores SSR genômicos apresentaram maior número de alelos exclusivos e foram mais polimórficos dentro e entre os grupos genéticos, quando comparado com os EST-SSR. Os SSR genômicos apresentaram também maiores coeficientes de dissimilaridade genética e maior número de alelos discriminantes e foram eficientes em distinguir todos os acessos estudados. Os resultados demonstraram o potencial dos marcadores SSR genômicos na detecção do nível de polimorfismo, dos alelos exclusivos e da dissimilaridade genética, viitornando-os úteis para estudos de diversidade genética em Coffea, principalmente em C. arabica que apresenta pequena variabilidade genética. Este trabalho aumentou o número de marcadores SSR disponíveis para estudos genéticos em C. arabica e espécies relacionadas do gênero Coffea importantes para o melhoramento genético.Item Terroir de café em lavouras no município de Araponga - MG(Universidade Federal de Viçosa, 2012-06-05) Silva, Samuel de Assis; Queiroz, Daniel Marçal de; Pinto, Francisco de Assis de Carvalho; Santos, Nerilson TerraO café é um produto que tem seu valor estipulado em função da sua qualidade e esta é dependente das características do local onde esse é produzido. A diferenciação dos cafés através da noção de terroir permite determinar áreas potenciais para a produção de cafés especiais e caracterizar o tipo de café característico dessas áreas, explorando suas potencialidades. O estudo dos terroirs está relacionado à compreensão de um território comumente pequeno, em que diferentes fatores locais conferem qualidades distintas aos produtos. O objetivo desse trabalho foi caracterizar e delimitar terroirs de produção de café de lavouras no município de Araponga MG, definir a influência de variáveis climáticas, de solo e da topografia sobre os terroirs e a qualidade, e utilizar um sistema de visão artificial para estimar a qualidade da bebida. Os dados foram coletados em quatro lavouras do município de Araponga MG, as quais foram escolhidas considerando as diferenças significativas entre si, principalmente no que diz respeito a altitude das mesmas. Foram coletadas amostras de frutos cereja em cada um dos talhões de cada lavoura, as quais foram utilizadas para determinar a qualidade global do café e suas características sensoriais peculiares. Desses frutos mediram-se o teor de sólidos solúveis (º Brix) com auxílio de um refratômetro portátil, o comportamento espectral utilizando um espectroradiômetro com iluminação artificial e as características colorimétricas através de imagens digitais obtidas com câmeras fotográficas. A influência do clima sobre os terroirs e sobre a qualidade do café foi avaliada em função da umidade relativa do ar, temperatura, radiação solar e número médio de horas de luz. O solo dos terroirs foi caracterizado com base em seus atributos físicos texturais e quanto à sua formação e material de origem. A qualidade do café foi avaliada por meio da análise de suas características físicas e pela análise sensorial, segundo as regras de competições nacionais e internacionais da Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA). A definição dos terroirs de produção de café foi feita à partir das notas globais dos cafés das fazendas e também de suas características peculiares. A fazenda do Boné se destacou em relação às demais com base na qualidade global média e também nos valores médios de doçura e sabor dos cafés. O município de Araponga MG possui mais de um terroir de produção de café caracterizado por dois distintos extratos de altitude e que exercem influencia singular sobre a qualidade dos cafés colhidos, tornando-os diferenciáveis. A qualidade do café é dependente do terroir, e este, por sua vez, da altitude, da posição da lavoura e das características microclimáticas. A qualidade global do café apresenta correlação significativa com os valores de Banda R e reflectância dos frutos. Os valores de º Brix não apresentaram correlação significativa com a qualidade do café. É possível utilizar os valores de Banda R e de reflectância na banda do vermelho dos frutos cereja para a estimativa dos valores de qualidade global do café, sendo viável a adoção de um sistema simplificado para aquisição das imagens.Item Distribuição espacial do café na região das matas de Minas(Universidade Federal de Viçosa, 2015-12-11) Faria, Maola Monique; Fernandes Filho, Elpídio Inácio; Ferreira, Williams Pinto Marques; Francelino, Márcio RochaA Região das Matas de Minas caracteriza-se pelo seu relevo movimentado sob solos intemperizados e de baixa fertilidade natural. Originalmente, a região era coberta por matas que, em sua maioria, foram derrubadas dando lugar à de lavouras de café e de pastagens. O mapeamento das áreas cafeeiras a partir do uso de sensoriamento remoto ainda constitui um desafio para os pesquisadores. Diante disso, o presente estudo tem por objetivo mapear o uso e a cobertura do solo, com ênfase nas áreas cultivadas com café, da região das Matas de Minas a partir do emprego do classificador Random Forest. O estudo foi realizado utilizando-se as bandas 1 a 7 do Landsat 8 de 02 de agosto de 2013 com correção atmosférica. O processamento dos dados foi feito utilizando os softwares ArcGis 10.1 e R 3.2. Realizou-se a coleta de 8.500 amostras distribuídas de forma aleatória em toda a área de estudo e envolvendo todas as oito classes de uso de interesse no estudo, a saber: café, mata, eucalipto, solo, água, pastagem, nuvem e sombra. Com base no arquivo de amostras foram extraídos os valores de radiância de cada banda da imagem Landsat 8. A classificação foi realizada utilizando-se a interface do software R. Para avaliar o grau de sobreposição espectral das classes de uso do conjunto de amostras foi utilizado o índice de separação de classes de Jefferyes-Matusita. Para a avaliação da exatidão da classificação foi utilizado o índice Kappa e Kappa condicional. Ao se empregar um conjunto de 80 pixels por classe foi suficiente para se obter bons resultados para todos os classificadores avaliados. O refinamento do conjunto de amostras propiciou a melhora do índice de separabilidade Jefferyes-Matusita dentre as classes florestais envolvidas no presente estudo: café, mata e eucalipto. A cultura cafeeira, na região das Matas de Minas, recobre 424.705,50 hectares.Item Eficiência de produção de raízes, absorção, translocação e utilização de nutrientes em cultivares de café arábica(Universidade Federal de Viçosa, 2002-10-17) Amaral, José Francisco Teixeira do; Prieto Martinez, Herminia Emilia; Mantovani, Everardo Chartuni; Novais, Roberto Ferreira de; Cruz, Cosme DamiãoForam avaliadas quatro variedades de café arábica (Acaiá IAC-474-19, Icatu Amarelo IAC-3282, Rubi MG-1192 e Catuaí Vermelho IAC-99) quanto à produtividade e eficiência nutricional. O experimento foi conduzido em Viçosa – MG, em condições de campo, no delineamento experimental em blocos completos casualizados envolvendo quatro variedades, quatro repetições e três níveis de adubação (baixo, normal e alto). As parcelas úteis constituíram-se de nove plantas com espaçamento de 2 x 1 m. Determinaram-se os teores e conteúdos de N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu e Zn em raízes, caule, ramos, folhas e frutos de uma planta com trinta e um meses de idade, em cada parcela experimental. Avaliaram-se a produtividade, eficiência agronômica, eficiência de produção de raízes, eficiência de absorção de nutrientes, eficiência de translocação de nutrientes, eficiência de utilização de nutrientes e eficiência de recuperação de macronutrientes. A variedade Icatu Amarelo IAC-3282 foi a mais produtiva no ambiente com restrição de nutrientes, enquanto as variedades Rubi MG-1192 e Catuaí Vermelho IAC-99 mostraram-se mais produtivas em ambientes com alto suprimento de nutrientes. Por sua vez, a variedade Acaiá IAC-474-19 apesar de responder positivamente à adubação, foi menos produtiva que as demais, principalmente no nível baixo de adubação. A melhor produtividade do Icatu Amarelo IAC-3282 no nível baixo de adubação pode ser devido à sua alta eficiência de utilização de P, enquanto as elevadas produtividades do Rubi MG-1192 e do Catuaí Vermelho IAC-99 no nível alto de adubação podem estar relacionadas às suas altas eficiências de utilização de nutrientes para produção de frutos. Estudaram-se, ainda, as correlações entre eficiências nutricionais por meio da análise de trilha. Encontraram-se altas correlações entre a eficiência de utilização (EUB) e de absorção (EAB) de boro, as quais medem relação de causa e efeito, pela elevada magnitude da estimativa de EUB sobre EAB.Item Resistência de acessos do banco de germoplasma de café da EPAMIG a Hypothenemus hampei(Universidade Federal de Viçosa, 2018-04-30) Manrique Burbano, Marylyn Bellyne; Pereira, Eliseu José Guedes; Pereira, Antonio AlvesO primeiro passo para desenvolvimento de cultivares resistentes a um inseto fitófago consiste em avaliar criteriosamente genótipos da planta hospedeira de interesse agronômico na tentativa de identificar fontes de resistência ao inseto. Assim o objetivo deste trabalho foi determinar a resistência de acessos de Coffea arabica à broca do café Hypothenemus hampei (Coleoptera: Curculionidae). Para isso, este trabalho foi dividido em duas partes, a primeira foi realizada em campo e nela se avaliou a intensidade de ataque da praga a 100 acessos do Banco de Germoplasma de café da EPAMIG, usando como comparador a variedade Catuaí Vermelho IAC 99. Contabilizou-se a porcentagem de frutos atacados e o número de indivíduos imaturos e adultos por fruto, e se determinou a escala de penetração da broca do café. Já a segunda parte do trabalho foi realizada em laboratório e nela foi estimado o número de estádios biológicos e a taxa instantânea de crescimento populacional (ri) da broca nos 10 acessos mais resistentes à praga, selecionados no primeiro experimento, e na variedade controle (Catuaí Vermelho). Foi observado que 27 acessos de C. arabica foram os menos atacados por H. hampei e neles a porcentagem de frutos broqueados variou de 21 a 43%, enquanto que na variedade Catuaí Vermelho IAC 99 o 79 ± 4% dos frutos estavam broqueados. A média de estádios biológicos de H. hampei variou entre os acessos menos infestados e correlacionou-se positivamente com a porcentagem de frutos broqueados na escala D (i.e., broca no interior da semente com sua descendência). No experimento em laboratório o número de ovos e larvas por fêmea e a taxa instantânea de crescimento populacional (ri) de H. hampei foram menores nos acessos MG0004 (Bourbon Vermelho), MG0175 (Caturra x H.T. IAC 2012), MG0205 (Guatenano) e MG0230 (Catuaí Erecta) para a primeira geração da broca, mas não para as gerações subsequentes, nas quais o valor de ri não diferiu entre os genótipos avaliados. Os acessos destacados neste estudo figuram-se como promissores na busca pela obtenção de variedades de café com maior resistência a H. hampei do que as atualmente cultivadas.Item Artrópodes predadores da broca-do-café associados ao ingá(Universidade Federal de Viçosa, 2018-07-31) Pantoja, Gabriel Martins; Venzon, Madelaine; Rezende, Maíra QueirozPlantas associadas podem incrementar a comunidade de inimigos naturais no ecossistema através da disponibilidade do néctar extrafloral. Neste trabalho estudou-se a influência do ingá na comunidade de artrópodes predadores de Hypothenemus hampei (Coleoptera: Scolytinae) em cultivo de café e a capacidade predatória do tripes Trybomia sp. (Karny) (Thysanoptera: Phlaeotrhipidae em controlar a broca-do-café (Ferrari) (Hypothenemus hampei). O trabalho foi dividido em dois capítulos. No capítulo 1, foram avaliadas a diversidade e abundância de assembleias de formigas e do tripes Phlaeothripidae em cultivos de café com e sem o ingá. No capítulo 2, avaliou-se a capacidade do tripes Trybomia sp. de acessar e predar a broca-do-café no interior dos frutos. Não houve diferença na abundância e na diversidade das assembleias de formigas e tripes entre café em monocultivo e consorciado. No entanto, nas áreas com consórcio, encontramos maior abundância do total de insetos predadores. Tripes predadores do gênero Trybomia não foram eficientes em acessar e predar a broca-do-café. Através de equipamento de raio-x, foi possível identificar um comportamento de defesa da broca que pode ter impedido a entrada desses tripes. O tripes Trybomia sp. não se mostrou um predador eficiente de H. hampei no interior dos frutos. Nós concluímos que a presença do ingá pode aumentar a incidência de artrópodes predadores em cultivos de café. No entanto, são necessários estudos futuros para avaliara abundância e diversidade dos artrópodes em diferentes distâncias do ingá para certificar a adequada associação dessa planta com os cultivos.Item Resposta de cafeeiros irrigados em função do uso da braquiária nas entrelinhas(Universidade de Brasília, 2018-11-30) Borges, Inácio Barbosa; Fagioli, MarceloDiversos fatores dentro do sistema de produção, como condições edafoclimáticos, nutricionais, competição com outras plantas, invasoras ou cultivadas, podem afetar o crescimento e o desenvolvimento do cafeeiro. O trabalho teve como objetivo geral: Avaliar a influência da braquiária em cobertura nas entrelinhas sobre o crescimento e consumo de água do cafeeiro submetido a diferentes regimes hídricos. O experimento foi instalado na Embrapa Cerrados, em Planaltina, Distrito Federal, em um Latossolo Vermelho, irrigado por pivô central. A cultivar utilizada foi a Catuaí 144, plantada em 2007, e recepada em setembro de 2014. As parcelas foram compostas de três linhas com nove plantas, sendo consideradas úteis as cinco centrais. O cafeeiro foi submetido a dois regimes de irrigação, um irrigado o ano todo (RH1) e outro com déficit hídrico para uniformização da florada (RH2); e dois sistemas de manejo, um com braquiária como planta de cobertura das entrelinhas (B) e outro sem cobertura (T), ambos em cinco repetições. A sonda de nêutrons foi calibrada em duas bacias de saturação instaladas na área do experimento, construindo-se curvas de regressão através da correlação entre umidade volumétrica e contagem de nêutrons nas profundidades 0-0,20; 0,20-0,40; 0,40-0,60; 0,60-0,80 m. Essas regressões foram comparadas pelo método de Identidade de Modelos. Foram analisadas a quantidade e as dimensões das raízes de braquiária e raízes do cafeeiro, a densidade do solo e a porosidade total nas profundidades citadas. Foi feito o balanço hídrico do solo para cada situação, determinando-se os parâmetros de consumo hídrico de julho de 2015 a maio de 2017. Neste mesmo período foram realizadas avaliações mensais do crescimento das plantas, medindo-se o diâmetro da saia do pulmão e da brotação; diâmetro da base da brotação e da base do plagiotrópico; comprimento do ramo ortotrópico da brotação e do primeiro plagiotrópico; número de nós do ramo ortotrópico e do primeiro ramo plagiotrópico e o índice de área foliar (IAF) para construção de modelos que depois foram comparados pelo método de Identidade de Modelos,. O método da Identidade de Modelos permite a verificação da igualdade de regressões iv lineares resultantes da calibração da sonda de nêutrons nas diferentes camadas do solo e sistemas de manejo das entrelinhas da cultura do café; permite identificar a necessidade de curvas diferenciadas de calibração da sonda de nêutrons nas diferentes camadas e sistemas de manejo, o que justifica a necessidade da calibração da sonda de nêutrons para cada local específico. O cultivo da braquiária nas entrelinhas do cafeeiro promove: mudanças no armazenamento de água do solo, com destaque para camada de 0,20-0,40 m de profundidade com maiores teores de água; diminuição da evapotranspiração do cafeeiro no regime hídrico submetido a estresse hídrico para uniformização de florada; desenvolvimento vegetativo igual ao do sistema tradicional sem cultura de cobertura. O regime hídrico com estresse para uniformização do florescimento promoveu: economia de água devido ao período de estresse de 70 dias sem irrigação em cada ano; menor evapotranspiração média do cafeeiro durante o tempo de avaliação, quando comparado ao regime irrigado o ano todo; o crescimento do cafeeiro aos 18 meses após a poda igual ao regime hídrico irrigado o ano todo.