Navegando por Autor "Pallini, Angelo"
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Item Ácaros do cafeeiro em Minas Gerais com chave de identificação(Universidade Federal de Viçosa, 2008) Marchetti, Marla Maria; Pallini, Angelo; Universidade Federal de ViçosaO Estado de Minas Gerais é o maior produtor de café (Coffea arabica) do Brasil. Nas regiões cafeeiras do Cerrado (Patrocínio), no Sul de Minas Gerais (Machado) e na Zona da Mata mineira (Viçosa) no Estado de Minas Gerais, Brasil, foi estudado a fauna acarina sobre folhas do cafeeiro. Essa cultura incluiu ácaros fitófagos, predadores e de hábitos alimentares variados e ainda desconhecidos. Este estudo teve por objetivo conhecer a diversidade de espécies de ácaros associados ao cafeeiro e elaborar uma chave dicotômica ilustrada unificando as informações já existentes na literatura com os dados obtidos em campo, detalhando e produzindo informações que facilitem a identificação das espécies. Dez plantas de cada área foram escolhidas e avaliadas no período de 2006 e 2007. Foram coletadas 12 folhas/planta, totalizando 120 folhas por área. Foram encontrados 213 espécimes de ácaros pertencentes a 14 famílias, 22 gêneros e 30 diferentes espécies. As espécies encontradas neste estudo foram Amblyseius acalyphus, Amblyseius compositus, Amblyseius neochiapensis, Amblyseius herbicolus, Amblyseius operculatus, Amblyseius saopaulus, Euseius citrifolius, Iphiseiodes zuluagai, (Phytoseiidae); Homeopronematus sp., Metapronematus sp. (Iolinidae); Agistemus pallinii, Agistemus brasiliensis e Zetzellia malvinae (Stigmaeidae); Cheletomimus sp., Cheletacarus sp. (Cheyletidae); Dactyloscirus sp., Armascirus sp. (Cunaxidae); Brevipalpus phoenicis (Tenuipalpidae); Oligonychus yothersi, Oligonychus ilicis (Tetranychidae); Neotropacarus sp. (Acaridae); Schevtchenkella sp. (Eriophyidae); Fungitarsonemus sp., Tarsonemus sp. (Tarsonemidae); Oripoda sp. (Oripodidae); Scheloribates praeincisus, Hemileus sp. (Scheloribatidae); Lorryia formosa e Lorryia sp. (Tydeidae). Os resultados apontam uma grande diversidade de ácaros, sendo que as espécies A. pallinii, A. acalyphus, A. operculatus, A. neochiapensis, A. saopaulus, O. yothersi, S. praeincisus e os gêneros Cheletacarus sp. Hemileus sp. Metapronemaus sp. Neotropacarus sp., Oripoda sp. Schevtchenkella sp. são relatadas pela primeira vez na cultura cafeeira no Estado de Minas Gerais.Item A diversificação da vegetação reduz o ataque do bicho-mineiro-do-cafeeiro Leucoptera coffeella (Guérin-mèneville) (Lepidoptera: Lyonetiidae)?(Sociedade Entomológica do Brasil, 2010-09-14) Amaral, Dany S .; Venzon, Madelaine; Pallini, Angelo; Lima, Paulo C.; Souza, Og deThe effects of increasing plant diversity on the population of the coffee leaf-miner Leucoptera coffeella (Guérin-Mèneville) were investigated in two organic coffee production systems. One system consisted of coffee intercropped with banana trees (shaded system) and the other one of coffee intercropped with pigeon pea (unshaded system). The increase in plant diversity on both systems was achieved via introduction of green manures such a perennial pea nut, sunn hemp and Brazilian lucerne. The population of L. coffeella, predation and parasitism of L. coffeella mines were biweekly evaluated during eight months. The increase in plant diversity on both systems did not affect the attack of L. coffeella on coffee leaves and the mine parasitism rate. However, there was a positive and significant relationship between increasing plant diversity and coffee leaf mine predation by wasps on unshaded coffee system and a negative relationship on shaded coffee system.Item Domácias do cafeeiro beneficiam o ácaro predador Iphiseiodes zuluagai Denmark & Muma (Acari: Phytoseiidae)?(Sociedade Entomológica do Brasil, 2004-06-03) Matos, Cláudia H.C.; Pallini, Angelo; Chaves, Fredson F.; Galbiati, CarlaOs cafeeiros apresentam domácias em suas folhas que abrigam ácaros, inclusive ácaros predadores que podem também fazer uso dessas estruturas. Neste estudo foi avaliado o efeito das domácias sobre o predador Iphiseiodes zuluagai Denmark & Muma, através da manipulação dessas estruturas em folhas de Coffea arabica L. var. Catuaí. Os testes foram realizados em arenas constituídas por folhas de cafeeiro com a face abaxial voltada para cima. Foi avaliada a sobrevivência de I. zuluagai em folhas com domácias fechadas (T1); domácias abertas contendo alimento (T2) e domácias abertas vazias (T3). Foram feitas observações a cada 24h, contabilizando-se o número de adultos vivos, local de oviposição e quantidade de ovos de I. zuluagai / tratamento. Foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos. Nas folhas com domácias abertas (T2 e T3) foram encontrados ácaros vivos até o final do experimento, não ocorrendo o mesmo nas folhas com domácias fechadas (T1). No que se refere à oviposição de I. zuluagai, nos tratamentos em que as domácias se encontravam abertas (T2 e T3), o ácaro ovipositou preferencialmente dentro destas estruturas, enquanto nas folhas com domácias fechadas a oviposição foi feita preponderantemente à margem das folhas em contato com o algodão úmido. Os resultados indicam a importância das domácias como fonte de sobrevivência para os ácaros predadores nas plantas, sugerindo uma interação mutualística planta-predador. No café, o mutualismo planta-predador intermediado por domácias poderia ser explorado em estratégias de controle biológico natural, ao se selecionarem espécies de cafeeiro com domácias que favoreçam a presença dos ácaros predadores nas mesmas, protegendo-as contra o ataque de ácaros herbívoros nocivos.Item Domácias intermediando interações tritróficas em cafeeiros(Universidade Federal de Viçosa, 2001) Matos, Cláudia Helena Cysneiros; Pallini, Angelo; Universidade Federal de ViçosaO controle biológico vem sendo introduzido em vários países, muitas vezes sem a obtenção de resultados positivos. Isto ocorre principalmente pela falta de conhecimento sobre as interações existentes entre os organismos envolvidos. Plantas e inimigos naturais de seus herbívoros interagem de diferentes formas e muitas destas interações podem levar ao benefício de ambos. Plantas de Coffea spp. apresentam estruturas em suas folhas, denominadas domácias. Essas estruturas abrigam ácaros predadores e fungívoros, sugerindo uma interação mutualística entre a planta e os ácaros que ali vivem. No presente estudo foi avaliado o papel das domácias sobre populações do ácaro predador Iphiseiodes zuluagai (Acari: Phytoseiidae) em plantas de cafeeiros, sendo dividido em dois capítulos. No capítulo 1 foi analisada a interação entre ácaros predadores e domácias em duas espécies de cafeeiro, testando-se a hipótese de que plantas com grande quantidade de domácias abrigam maiores densidades de ácaros predadores do que plantas com poucas ou sem domácias. Para a realização dos testes foram utilizadas plantas de Coffea arabica var. Catuaí e de Coffea canephora var. Conilon onde, em campo, foram realizadas coletas de folhas das duas espécies. Em laboratório, para cada espécie de cafeeiro, procedeu-se a medição da área foliar, a quantificação das domácias presentes por folha, a avaliação da ocupação dessas estruturas por ácaros e a quantificação dos ácaros predadores e fitófagos presentes por folha. No capítulo 2 foram realizados dois testes em laboratório, com o objetivo de avaliar a sobrevivência de I. zuluagai em folhas de C. arabica var. Catuaí. No teste I (teste de alimento e abrigo) foi avaliada a sobrevivência de I. zuluagai em folhas com domácias fechadas (tratamento 1); domácias abertas+ovos de Tydeidae (tratamento 2) e domácias abertas vazias (tratamento 3), sendo analisado a cada 24 horas o número de ácaros adultos vivos em cada tratamento, local de oviposição e quantidade de ovos de I. zuluagai. No teste II (teste de predação) foi avaliada a taxa de predação de Oligonychus ilicis (Acari: Tetranychidae) por I. zuluagai em folhas com domácias fechadas (tratamento 1) e em folhas com domácias abertas+ovos de Tydeidae (tratamento2), e também a sobrevivência de I. zuluagai nesses dois tratamentos. As observações foram realizadas a cada 24 horas, onde avaliou-se o número de adultos vivos, local de oviposição e quantidade de ovos de I. zuluagai, e o número de ninfas mortas de O. ilicis, em cada tratamento. No que se refere ao capítulo 1, foi observado que plantas de C. arabica apresentaram maiores densidades de domácias/área foliar do que plantas de C. canephora. Houve diferença significativa na densidade de I. zuluagai nas duas espécies. O ácaro predador apresentou altas densidades e uma tendência crescente em plantas de C. arabica, não se observando o mesmo em C. canephora. Em relação aos ácaros fitófagos B. phoenicis e O. ilicis, foram observadas baixas densidades em folhas de C. arabica - espécie com maior número de domácias. As domácias de C. arabica se mostraram mais favoráveis ao desenvolvimento de I. zuluagai do que as de C. canephora, podendo proporcionar melhores condições de abrigo e reprodução a esse predador. No capítulo 2 constatou-se que, no teste de alimento e abrigo, nas folhas com domácias fechadas a densidade dos ácaros adultos apresentou uma tendência decrescente, o que resultou na morte de todos os indivíduos no 18o. dia de observação. Nas folhas com domácias abertas + ovos de Tydeidae e folhas com domácias abertas vazias o número de adultos de I. zuluagai foi significativamente maior que nas folhas com domácias fechadas, apresentando uma tendência crescente de suas densidades.No teste do alimento não foram observadas diferenças no consumo de O. ilicis por I. zuluagai em ambos os tratamentos (domácias fechadas, e domácias abertas + ovos de Tydeidae), onde após 24 horas todas as ninfas haviam sido predadas. Por outro lado, observou-se nas folhas com domácias fechadas que no 10 o dia todos os indivíduos de I. zuluagai já se encontram mortos, ao passo que nas folhas com domácias abertas + ovos de Tydeidae houve uma tendência desses ácaros se manterem vivos até o final do experimento. Os resultados obtidos mostram uma interação positiva entre a presença de domácias e ácaros predadores em cafeeiros, sendo estas estruturas de grande importância para a sobrevivência e manutenção destes predadores nas plantas. Isto é de grande importância para o manejo sustentável de pragas, pois representa seu principal objetivo, promover a presença do predador no campo.Item Estratégias de manejo ecológico de pragas na cafeicultura orgânica.(Universidade Federal de Viçosa, 2003) Amaral, Dany Silvio Souza Leite; Pallini, Angelo; Universidade Federal de ViçosaA produção de café orgânico vem crescendo no Brasil, como reflexo de um mercado mais exigente por tipos especiais de café. O manejo adequado dos herbívoros tem sido um desafio à cafeicultura orgânica, de forma que possa garantir a produção utilizando métodos sustentáveis de controle. Então, surge à necessidade de um manejo ecológico de pragas (MEP), que busque manipular os agroecossistemas de forma compatível com a natureza, preocupando-se com os processos e interações ecológicas que promovam fatores naturais de regulação das populações de herbívoros. O MEP tem como estratégia principal o aumento da diversidade funcional como forma de manejo ambiental, no intuito de alcançar a estabilidade do agroecossistema e como estratégias complementares à utilização, além de outros produtos, biofertilizantes e caldas fitoprotetoras. No capítulo I através da manipulação de leguminosas no cultivo de café (Coffea arabica L.) avaliou-se o efeito do aumento da diversidade de espécies de plantas e do aumento da complexidade de arquitetura de plantas sobre a população de bicho- mineiro (Leucoptera coffeella (Guér-Mènev.), Lepidoptera: Lyonetiidae) e de ácaro vermelho (Oligonychus ilicis, Acari: Tetranychida), além de efeitos sobre a opulação e ação de inimigos naturais. Os sistemas de diversidade de vegetação foram compostos através do plantio de leguminosas, em sistema parcialmente sombreado (com banana) e não sombreado (com guandu), onde se realizou um experimento com o aumento da diversidade de plantas. Em outro experimento onde se trabalhou a alteração da complexidade da vegetação avaliou-se a variação da altura das leguminosas sobre os artrópodos. Nos dois experimentos avaliou-se duas hipóteses relacionadas com o manejo de ecológico de pragas: (i) concentração de recursos e (ii) inimigos naturais. Assim, avaliaram-se folhas com minas de L. coffeella, quantidade de minas por folhas, proporção de minas predadas e parasitadas; e número total de O. ilicis, ácaros predadores da família Phytoseidade e ácaros da Família Tydeidae. O aumento da altura das leguminosas aumentou o ataque de L. coffeella. O aumento da diversidade de plantasdiminuiu a predação em sistemas parcialmente sombreados e aumentou em sistemas não sombreados. Os resultados indicam que o manejo da diversidade influencia o controle de pragas, no entanto deve-se determinar quais espécies de leguminosas mais adaptadas ao sistema do cafeeiro e que forneça condições para o desenvolvimento e atuação dos inimigos naturais. No capítulo II, foram conduzidos experimentos para verificar a ação da calda Viçosa (CV), da calda sulfocálcica (CS) e do iosupermagrolt (SM) sobre duas pragas chave do café: bicho-mineiro L. coffeella e ácaro vermelho O. ilicis; além da determinação da ação sobre o ácaro predador Iphiseiodes zuluagai (Acari: Phytoseiidae). Testou-se ação dos caldas fitoprotetoras e biofertilizante iisupermagrolt, através da avaliação dos seguintes efeitos: (1) efeito de repelência; (2) efeito de mortalidade; (3) efeito na biologia dos artrópodes. No teste de repelência adultos de L. coffeella foram expostos a plantas tratadas com SM, ou com CV, ou com CS e a plantas controle (água) e avaliou-se a percentagem de ovos depositados nas folhas; no teste com O. ilicis e I. zuluagai, foram conduzidos testes com chance de escolha em discos de folhas de café com uma metade do disco tratado com SM, ou com CV, ou CS, enquanto a outra metade foi aplicada água (controle). No teste de efeito de mortalidade avaliou-se o efeito de mortalidade dos produtos alternativos sobre ovos de L. coffeella e O. ilicis, além do efeito sobre fêmeas adultas do ácaro predador I. zuluagai. No teste do ciclo biológico, plantas de café tratadas, por dois meses, com SM, ou com CV e com CS foram oferecidas a L. coffeella e O. ilicis, assim avaliou-se o tempo médio para completar o ciclo ovo-adulto, além da taxa de oviposição de O. ilicis. A calda sulfocálcica, mesmo tendo controlado os herbívoros, não foi seletiva ao ácaro predador, o que pode limitar sua utilização no MEP. O biofertilizante iisupermagrolt e a calda Viçosa apresentaram resultados positivos no controle de pragas e seletividade ao ácaro predador, no entanto maiores estudos são necessários para determinar os mecanismos envolvidos no controle e sua ação sobre outros inimigos naturais.Item Impacto de inseticidas organofosforados utilizados no controle de Leucoptera coffeellum (Guér.-Mènev.) (Lepidotera: Lyonetiidae). Sobre o ácaro predador Iphiseiodes zuluagai Denmark-Muma (Acari: Phytoseiidae)(2000) Fragoso, Daniel de Brito; Ferreira, João Alfredo Marinho; Pallini, Angelo; Badji, César A.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféEstudou-se o efeito dos inseticidas clorpirifós, dissulfotom, etiom e paratiom-metílico utilizados no controle do bicho-mineiro do cafeeiro sobre o ácaro predador Iphiseiodes zuluagai. Concentrações discriminatórias (CL99) foram determinadas para o 3º instar larval de Leucoptera coffeellum através de bioensaios de concentração-mortalidade em papel-filtro impregnado com resíduo seco de inseticidas e usadas para verificar o efeito seletivo sobre o ácaro. Clorpirifós foi altamente tóxico a I. zuluagai. Etiom e paratiom-metílico foram medianamente seletivos, e dissulfotom foi altamente seletivo em favor do predador.Item Interferências subletais de acaricidas em uma teia alimentar de cafeeiro(Universidade Federal de Viçosa, 2003) Teodoro, Adenir Vieira; Pallini, Angelo; Universidade Federal de ViçosaÉ conhecido que artrópodes que sobrevivem à exposição a pesticidas podem sofrer efeitos subletais. Estes efeitos podem ser manifestados através da redução do período de vida, diminuição da fertilidade, redução da fecundidade, mudanças na razão sexual, e nos comportamentos de alimentação e oviposição. Para estudar esses efeitos, este trabalho foi realizado em três etapas. Na primeira, foram estudados a toxicidade e o efeito de concentrações subletais dos acaricidas óxido de fenibutatina e enxofre na taxa instantânea de crescimento populacional (ri) do ácaro predador Iphiseiodes zuluagai Denmark & Muma (Acari: Phytoseiidae) e de sua presa, o ácaro fitófago Oligonychus ilicis (McGregor) (Acari: Tetranychidae). Posteriormente, a interferência de concentrações subletais desses acaricidas foi investigada no forrageamento de I. zuluagai a plantas de cafeeiro não atacadas, atacadas por O. ilicis ou por Brevipalpus phoenicis (Geijskes) (Acari: Tenuipalpidae), uma outra presa de I. zuluagai. Finalmente, investigou-se o efeito de concentrações subletais desses acaricidas na resposta funcional de I. zuluagai sobre formas imaturas de O. ilicis. Estes artrópodes compõem no cafeeiro uma teia alimentar na qual todos os componentes podem interagir. Os acaricidas foram pulverizados com uma torre de Potter e o forrageamento foi estudado com um olfatômetro de vidro em forma de “Y”. O ácaro predador I. zuluagai foi mais tolerante que O. ilicis aos acaricidas testados, porém teve a taxa instantânea de crescimento populacional mais afetada com o aumento das concentrações devido ao menor potencial reprodutivo. Nos experimentos de forrageamento, I. zuluagai distinguiu os odores de plantas não atacadas e plantas atacadas por O. ilicis. Porém, quando foram expostos a óxido de fenibutatina perderam a capacidade de distinção de odores. Iphiseiodes zuluagai expostos à água destilada e óxido de fenibutatina não discriminaram os odores de plantas atacadas por B. phoenicis. Os ácaros predadores que tiveram contato com enxofre se moveram a uma distância pouco maior que a do seu corpo e, portanto não foi possível estudar o forrageamento no olfatômetro. Iphiseiodes zuluagai apresentou uma resposta funcional do tipo II, nos experimentos onde o predador foi exposto à água destilada e óxido de fenibutatina. No entanto, os ácaros predadores expostos a óxido de fenibutatina apresentaram uma menor taxa de sucesso na procura de presas, e uma redução no consumo máximo de presas. Não foi possível investigar a resposta funcional dos ácaros predadores expostos a enxofre pelos mesmos motivos descritos acima. As concentrações subletais dos acaricidas óxido de fenibutatina e enxofre podem afetar o controle biológico de I. zuluagai sobre os ácaros fitófagos em cafeeiro. As possíveis implicações desses acaricidas no controle biológico natural e nas interações desta teia alimentar são discutidos.Item Plants for fitness enhancement of a coffee leaf miner parasitoid(Universidade Federal de Viçosa, 2021-12-06) Calderón Arroyo, Carolina; Venzon, Madelaine; Pallini, Angelo; Togni, Pedro HenriqueConservative biological control aims to enhance the pest control through the conservation of natural enemies in the field, one of the strategies used is to introduce or manage plants that provide food for natural enemies. The effect of feeding resources on the fitness of a coffee leaf miner parasitoid Proacrias coffeae was assessed. To evaluate the effect of nectar on P. coffeae survival we used three flowering plants: Bidens pilosa, Galinsoga parviflora and Varronia curassavica; and we also tested the extrafloral nectar of a leguminous shrub Senna cernua. The parasitoids increase their survival when feeding on the floral nectar of V. curassavica and on the extrafloral nectar of S. cernua. No significant differences were found in their survival when feeding on B. pilosa and G. parviflora floral nectar. After promising results with the extrafloral nectar of S. cernua in the parasitoids survival, we evaluated its effect on the egg load of P. coffeae. The parasitoids increased their egg load when exposed to the extrafloral nectar and with increasing age. Our results show the potential of V. curassavica and S. cernua for providing nutritional resources to the parasitoid P. coffeae and therefore enhance their fitness by an increment of their survival when they were confine with the resource. In terms of conservative biological control, that means that introducing in the coffee agroecosystem feeding resources for P. coffeae can increase their success as biocontrol agents, not just by enhancing their survival but also their reproductive potential. Keywords: Conservative biological control. Proacrias coffeae. Nectar. Plant provided food.Item Seasonal variation, spatial distribution and decision–making system to control of the Leucoptera coffeella in coffee arabica fields(Universidade Federal de Viçosa, 2022-03-28) Walerius, Adriana Helena; Pallini, Angelo; Venzon, Madelaine; Picanço, Marcelo CoutinhoCoffee is the world's second-largest commodity and represented a global market of US$ 102.02 billion dollars in 2020. The Neotropical region is the main coffee producer globally, accounting for more than 56% of the world's production of Arabica coffee. In this region, the coffee leaf miner Leucoptera coffeella is one of key coffee pests. This pest can decrease productivity by around 50 to 87% at high densities. Several factors can influence the L. coffeella population dynamics in the field. Therefore, prior knowledge of the areas and seasons of higher incidence of L. coffeella is essential to field management. The objective of this study was to evaluate the seasonality of the L. coffeella population and the factors that regulate its dynamics in coffee crops located in the Atlantic Forest and the Cerrado biomes. We aim to determine the spatial distribution of Leucoptera coffeella in coffee crops in the Cerrado through geostatistical analyses and propose a decision-making control system based on management zones. L. coffeella densities were higher in the Cerrado area compared to the Atlantic Forest. In the Cerrado, air temperature and potential evapotranspiration were higher, while rainfall was lower. These data are correlated with the high densities of L. coffeella in the fields. The highest population densities were observed between July and October, when the coffee plants were in the fruiting and flowering phases. The minimum, optimum and maximum temperatures for the development of the pest were 16.59, 26.81, and 34.8°C, respectively. Therefore, the climatic elements in each biome influenced the spatio-temporal dynamics of L. coffeella. Geostatistical analysis showed an aggregated distribution of L. coffeella in the Cerrado field. Colonization generally started at the edges of the crop, except in the last year of evaluation. Pest outbreaks appeared at different pivots and different locations within the pivots. Due to isotropy, sampling must be done equidistantly, as the pest is evenly distributed in all directions. The programs that use sampling and level of control (30% of active mined leaves) in decision making were the most efficient and assertive in controlling L. coffeella. Management zones reduce insecticide use by 70% compared to conventional controlover the whole area. The information provided in this study is essential for designing and implementing efficient control strategies, thus reducing production costs and the harmful effects of pesticide use. Keywords: Coffea arabica. Coffe Leaf miner. Population Fluctuation. Climatic Elements. Geostatistics. Integrated Pest Management. Precision Agriculture.Item Toxicidade de bioprotetores da cafeicultura orgânica sobre o ácaro-vermelho do cafeeiro Oligonychus ilicis e o ácaro predador Iphiseiodes zuluagai(Universidade Federal de Viçosa, 2006) Tuelher, Edmar de Souza; Pallini, Angelo; Universidade Federal de ViçosaO sistema de produção orgânica de café requer técnicas para o manejo da população de herbívoros que tenham menor impacto sobre os inimigos naturais. A utilização de biofertilizantes enriquecidos e de caldas fitoprotetoras, como alternativa ao manejo convencional de herbívoros, tem sido freqüente em condições de cultivo orgânico do cafeeiro. Seu uso se deve à manutenção de condições nutricionais adequadas às plantas e ao suposto baixo impacto sobre inimigos naturais de herbívoros. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos de três bioprotetores alternativos, o biofertilizante Supermagro, a calda sulfocálcica e calda Viçosa comercial (Viça Café Plus®), sobre o ácaro herbívoro Oligonychus ilicis (McGregor) (Acari: Tetranychidae) e o ácaro predador Iphiseiodes zuluagai (Denmark & Muma) (Acari: Phytoseiidae). Testes de toxicidade aguda e latente foram realizados para verificar os efeitos letais e subletais dos bioprotetores alternativos sobre essas duas espécies de ácaros. Os bioprotetores apresentaram toxicidade aguda maior para O. ilicis, e somente a concentração letal (CL95) estimada para a calda sulfocálcica apresentou viabilidade de ser utilizada no campo. Os três bioprotetores, utilizados em concentrações subletais, afetaram a taxa instantânea de crescimento populacional (ri) de ambas as espécies, sendo que I. zuluagai teve a ri menor que O. ilicis. A eficiência dos três bioprotetores para o controle de O. ilicis em casa de vegetação foi também verificada, sendo testadas duas concentrações de cada produto. O tratamento com maior eficiência foi a calda sulfocálcica na concentração de 0,104% de polissulfetos de cálcio, enquanto a Viça Café Plus® a 2% foi o de menor eficiência. Os demais tratamentos apresentaram eficiência de controle intermediária. Portanto, dentre os três bioprotetores alternativos, a calda sulfocálcica seria o mais indicado para a finalidade de controlar o ácaro- vermelho do cafeeiro O. ilicis. O biofertilizante Supermagro e a calda Viçosa comercial, ao serem utilizados para o fornecimento de nutrientes às plantas, poderão ter função complementar e auxiliar no controle do ácaro. No entanto, o uso da calda sulfocálcica para o controle populacional de O. ilicis deverá ser de forma criteriosa, de maneira a ter menor impacto sobre o ácaro predador I. zuluagai. Como fatores ambientais e biológicos poderão influenciar a resposta dos herbívoros e dos seus inimigos naturais à aplicação dos bioprotetores alternativos e a sua eficiência, a condução de experimentos em condições de campo poderão ser complementares aos resultados obtidos.