Mundo Agrícola
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Item A rota do café segue o rami(1856-12)Está ressurgindo o interesse pela cultura do rami que ganha cada vez maior expressão em São Paulo e no Paraná, em vista das perspectivas econômicas que oferece no momento.Item Quando derruba as folhas do cafeeiro o bicho mineiro reduz a safra futura(1952) Duval, G.Umas das mais fulminantes campanhas de fomento agrícola ocorreu na safra 47/48: cerca de dez milhões de quilos de um inseticida, praticamente desconhecido até então, foram jogados sobre cafezais em São Paulo e Paraná para aniquilar o poderio da broca do café. Essa campanha, afinal, correspondia ao reverso da medalha, porquanto, um ano antes, a broca assolara as lavouras, enchendo de desolação os sacos de colheita.Item Cafés sem estragos da broca(1952-01) Silva, Sebastião Gonçalves daNo reduzido espaço de três anos, os lavradores de São Paulo aumentaram o volume de suas compras de 3 mil para cerca de 25 mil toneladas de inseticidas, dispensando, na safra corrente, aproximadamente 400 milhões de cruzeiros, para executar os tratamentos dos algodões, cafezais e outras culturas contra pragas. Não há notícia, em toda a história da agricultura brasileira, de uma prática que tenha evoluído com tamanha rapidez. A razão desse notável sucesso está ligada a dois fatores fundamentais: a eficiência dos modernos inseticidas orgânicos sintéticos e a maneira acertada como foi efetuada a divulgação do seu uso.Item Colheita de café(1952-06) Souza, Elza Coelho deAs fazendas de café com suas inúmeras instalações, formando como que pequenas comunidades e com seus “mares de cafezais”, que em linhas retas, paralelas, estendem-se a perder de vista subindo e descendo colinas, enchem-se de atividades desusada e grande animação no período da colheita, cuja faina exige o trabalho indiscriminado de homens, mulheres e crianças.Item Caturra, a mais nova variedade brasileira de café(1952-08) Teixeira, Edgar FernandesO café Caturra é uma variedade brasileira originária da zona limitrofe de Minas Gerais com o Espírito Santo, encontrado dentro dos limites que formam o triângulo – Itaperuna, no Estado do Rio de Janeiro, Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, e Manhuaçu, em Minas Gerais. É a mais nova das variedades de valor econômico introduzidas em São Paulo e Paraná nestes últimos dez anos. Todas as pequenas lavouras da Sorocabana e do Norte do Paraná foram formadas de 1938 para cá e por isso não se tem ainda conhecimento perfeito desse novo café, daí a contradição das notícias a seu respeito. Para muitos o “Caturra amarelo” se transformou numa verdadeira planta milagrosa tal a produção que enche os seus galhos, dando motivo à morte do cafeeiro que sucumbe por falta de resistência para suportar carga tão exagerada. Como em quase todas as variedades de café, também o “Caturra” tem uma linhagem que dá frutos vermelhos e outras que dá frutos de coloração amarela.Item Acabe com os 'malandros' na sua lavoura de café(1953)A média da produção de café em S. Paulo, segundo apurações oficiais, tem sido de 30 arrobas, por mil pés, o que representa 450 gramas por cafeeiro; disso se evidencia serem necessários 133 pés para a produção de uma saca de café.Item Agradece o cafezal: as novas conquistas da agronomia(1953-04)Economia Rural dinâmica é a técnica que os Engenheiros Agrônomos da Divisão de Economia Rural da Secretaria de Agricultura de S. Paulo estão empregando. Visitam propriedades agrícolas, analisam os métodos empregados, calculam as despesas envolvidas e sugerem planos básicos de racionalização e barateamento dos custos, empregando o que há de mais moderno com campo agronômico.Item A broca do café(1953-12) Bergamin, J.Em sentido calamitoso, em 1924, ecoou pelos recantos todos de São Paulo o brado de desespero: a broca do café, inutilizando quase toda a safra do município de Campinas. Para que tal houvesse acontecido, necessário se faz compreender, totais ou quase totais deveriam ter sido os prejuízos. E para que os prejuízos chegassem a ser quase totais, alguns foram os anos necessários para que a broca se avolumasse em sua população.Item Corrida para a irrigação dos cafezais: os lavradores paulistas pretendem afastar as secas de suas lavouras(1953-12) Silva, Sebastião Gonçalves daEstá acontecendo em São Paulo uma verdadeira <> para a irrigação das lavouras de café. Isso teve início há quarto anos, quando um lavrador de Tabapuã, certamente impressionado com o fato de poderem os Americanos da Califórnia arrancar grandes safras de laranjas de suas terras arenosas e secas – à custa da irrigação dos pomares – admitiu que o mesmo poderia acontecer nos seus cafezais. E fazendo uma quase <>, importou equipamentos, fez represas de água e estendeu tubulações para transportá-la por toda a lavoura, fazendo chover sobre as árvores e sobre o solo, quando o céu se recusava a fazer isso. E aconteceu o que seu otimismo esperava: a produção aumentou.Item Estamos ficando para trás na competição mundial do café(1954-08)O aumento crescente o consumo mundial de café é um fato comprovado estatisticamente, mostrando que os povos de todos os continentes se habituam cada vez mais à deliciosa bebida. Maior produtor de café, o Brasil está, no entanto, vendo diminuir cada ano a participação do seu principal produto nos fornecimentos aos mercados consumidores. Isto significa que outros países vão ganhando terreno no suprimento desses mercados. Para falar claro: estamos perdendo a parada do café no mundo!Item A técnica supera a tradição: cafés novos em terras velhas dando lucros no segundo ano(1954-10)Sob o título “Custo de formação do cafezal”, “A Agricultura em São Paulo”, boletim dos técnicos da Subdivisão de Economia Rural da Secretaria da Agricultura (maio) publica um extenso estudo realizado pelos seus agrônomos economistas, com a análise do custo da formação de uma lavoura nova de café em terras cansadas da Mogiana, com dados detalhados sobre as diversas operações e confronto final entre a inversão de capital e a renda líquida obtida nessa fase. Executado como o critério e a segurança que caracterizam os trabalhos dessa repartição, o estudo em questão apresenta uma conclusão que poderíamos considerar como verdadeiramente sensacional, qual seja a de, que já a partir do fim do segundo ano o cafeicultor que adota as melhores técnicas começa a recuperar o dinheiro empatado, completando a fase designada como de “formação da lavoura” com um superávit de cerca de 37 mil cruzeiros por mil cafeeiros. Tal conclusão passa, assim a constituir uma contribuição valiosa para os lavradores das chamadas “zonas velhas”, orientando-os sobre as melhores perspectivas nessa exploração. Nas linhas que se seguem, fazemos um resumo dos dados e comentários que figuram naquela publicação.Item Café: o Brasil aguarda a crise(Editora Mundo Agrícola, 1954-12)Os preços que o café vem obtendo no Mercado internacional estimularam, por toda a parte, a expansão dessa lavoura, o que, entre nós, atingiu a uma verdadeira corrida monocultora, repetindo um fenômeno do passado. Áreas extensas, como no Paraná, foram desbravadas para a abertura de fazendas, enquanto nas zonas velhas se registrava a recuperação de lavouras deficitárias, com o emprego da adubação e a novidade da irrigação, além da ajuda dos novos inseticidas, mais eficientes no controle dos inimigos que antes limitavam a colheita, e também a formação de novas culturas, nessas zonas.Item Theodor Wille uma tradição de trabalho através dos séculos(1955)“São o trabalho e a rigidez de princípios que constroem, através dos anos e dos séculos, o prestígio de firmas, como Theodor Wille, Comércio, Indústria e Representações, um nome conhecido no mundo inteiro há mais de um século, ligado indissoluvelmente aos brasileiros, por ter sido o primeiro exportador do nosso café, de Santos para a Europa.”Item Café ou broca: você é quem decide(1955-05) Silva, Sebastião Gonçalves daHouve uns tempos em que a broca andou meio esquecida em São Paulo (geada, secas e guerra estavam no cartaz); mas logo que as coisas melhoraram para o café, ela também compareceu, querendo tirar o atraso: na safra de 47-48 andou dando prejuízos que foram calculados em 250 milhões de cruzeiros (muito dinheiro, quando ele ainda valia).Item Melhor preparo do café usando o famoso Benefax(1956) Agnew, JorgeTemos notado que a maioria de nossos fazendeiros está, sem saber, realmente, o que é BENEFAX. A maioria dos fazendeiros prepara o café, hoje em dia, da mesma maneira como o era preparado na época dos escravos – empiricamente – sem método, sem uma científica, sem o melhor senso econômico. Não queremos dizer que assim é a totalidade de fazendeiros. Possui o Brasil um bom número de lavradores progressistas, que aplicam os métodos mais modernos nas suas culturas, elevando, assim os seus lucros e o bom nome da nossa Pátria.Item Progride a agricultura brasileira(1956)Nos últimos cinco anos, a produção agrícola do Brasil aumento de 14,7 milhões de toneladas, tendo passado de 66,6 milhões, em 1951, para 81,3 milhões, em 1955. Houve, no período considerado, um aumento superior a 3 milhões de hectares na área cultivada, que passou de 17,8 milhões de hectares, em 1951, para 21,1 milhões em 1955.Item Como são utilizadas as terras na zona rural de São Paulo(1956-04)Os levantamentos procedidos pela Subdivisão de Economia Rural (Secretaria da Agricultura, São Paulo) forneceram dados de grande interesse sobre a utilização da área rural paulista. Segundo esse serviço, é a seguinte a distribuição – em números absolutos e porcental – dos 22.869 mil hectares analisados pelo método de amostragem (não foi computado o Litoral).Item Café contra vinho: uma guerra que começou "feia" mas acabou bem(1956-07)Mantém o Bureal Panamericano do Café uma publicação mensal – “Coffee Newsletter” – que traz habitualmente uma nota curiosa sob o título “Há uma história na sua xícara de café”. Uma dessas “histórias”, acontecida na época da introdução do café na Áustria, ilustra bem as dificuldades que a rubiácea teve que vencer para a expansão do seu consumo no mundo. Persistem hoje dificuldades idênticas. E é pena que não possam ser resolvidas com a mesma simplicidade com que o foi a Guerra Café X Vinho na antiga Viena.Item Perde terreno o Brasil no mercado internacional do café(1957)No ano findo de 1956, perante uma produção mundial de café estimada em 50,3 milhões de sacas e uma disponibilidade para exportação de cerca de 45,5 milhões, o Brasil viu reduzida sua contribuição de 70%, antes da segunda guerra, a 45% nas importações mundiais estimadas em 38,5 milhões.Item Cada vez mais o brasileiro bebe menos café(Editora Mundo Agrícola, 1957)A Organização de Alimentação e Agricultura das Nações Unidas, mais conhecida sob a sigla FAO, informa através da United Press, que a produção de café em 1955-56 atingiu o nível sem precedentes de 44 milhões de sacas ou 2.600.000 toneladas. Entretanto, fugindo ao que era esperado em muitos círculos, os preços do café em geral continuaram firmes nos primeiros nove meses desse ano, quando os preços do café de alta qualidade experimentaram uma alta substancial. Analisando o assunto, técnicos das Nações Unidas acham que isto se deve principalmente à estabilidade da demanda nos Estados Unidos e Europa, à escassez relativa do café de alta qualidade, tanto o suave como o do Brasil, e também à certeza de que a colheita brasileira de 1956-57 será baixa. Segundo esse analista, a margem entre o preço em grande escala do Santos tipo 4 e o Manizales da Colômbia aumentou de 7,7 centavos por libra em agosto de 1956. E explica ser esta uma das diferenças fundamentais entre a situação dos preços e em 1954.