UESB - Dissertações
URI permanente para esta coleçãohttps://thoth.dti.ufv.br/handle/123456789/3340
Navegar
Item Influência da arborização na fisiologia de folhas de cafeeiro, na infestação por Leucoptera coffeella (Guérin-Mèneville e Perrotet, 1842) (Lepidoptera: Lyonetiidae) e nas interaçoes tritróficas(Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, 2010) Lima, Jessé Moreira; Castellani, Maria AparecidaO objetivo do presente trabalho foi estudar a influência do sistema agroflorestal, café x grevíleas, na fisiologia de folhas de cafeeiro, na infestação pelo bicho- mineiro e na predação e parasitismo da praga, bem como a interação dos fatores. Os estudos foram desenvolvidos em cafeeiros localizados na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus de Vitória da Conquista, e em plantio comercial no município de Barra do Choça, BA, durante o período de setembro de 2009 a janeiro de 2010, denominados de Área 1 e Área 2, respectivamente. A Área 1 é composta por um campo de observação de cafeeiro da variedade Catuaí Vermelho (IAC 144) com seis tratamentos, variando-se o espaçamento das plantas de grevílea associadas ao café, (grevíleas ha-1): Tratamento 1: 277; Tratamento 2: 139; Tratamento 3: 69; Tratamento 4: 123; Tratamento 5: 62; Tratamento 6: 31. A Área 2 compreende 16 ha de cafeeiros da mesma variedade, composto por três campos de observação com os seguintes espaçamentos das plantas (grevíleas ha-1): Campo 1: 329 e café 3,8m x 0,70m; Campo 2: 164 e café 3,8m x 0,70m; Campo 3: Café a pleno sol 3,8m x 1,0m. Foram avaliadas as variáveis fisiológicas: a) trocas gasosas das folhas: fotossíntese líquida potencial, condutância estomática, transpiração foliar, concentração interna de CO2 e temperatura foliar, com fonte de luz dicroica incidente acoplada à câmara, com densidade de fótons de 1.500 μmol m-2 s-1. As avaliações foram realizadas para os tratamentos 1 e 6, sendo utilizada uma folha com mina de bicho-mineiro e outra sem mina, no terço médio de cada lado no sentido leste e oeste da planta, totalizando quatro folhas por planta; b) teor relativo de clorofila, por meio do clorofilômetro; e c) teor do aminoácido prolina. Para amostragem do bicho- mineiro, foram observados dois ramos de cada planta de cafeeiro do estrato superior, sendo um do lado oeste e outro do lado leste. Os ramos foram marcados após contagem e registro do número de folhas, de folhas com minas, de minas por folha, de minas com lagartas vivas, minas predadas e parasitadas. Na Área 1, para variáveis fisiológicas, bem como a estimativa da infestação do bicho-mineiro em função dos níveis de arborização, foram feitas análises de regressão. Para a Área 2, as comparações foram feitas por meio da correção de “Bonferroni”. As relações entre as variáveis foram estimadas pela correlação de Pearson, por meio dos programas SAEG 9.1 e Sisvar 5.1. Os resultados demonstraram que as trocas gasosas entre a planta e o ambiente são sensíveis às alterações do movimento estomático, em particular, à fotossíntese líquida potencial, à transpiração e concentração interna de CO2. Para Área de Vitória da Conquista, a maior densidade de árvores elevou os índices fotossíntese líquida potencial dos cafeeiros em relação à condição de menor densidade. Para a Área de Barra do Choça, a arborização não propiciou maior fotossíntese líquida potencial aos cafeeiros arborizados em relação aos cafeeiros a pleno sol. O teor relativo de clorofila e o teor de prolina foram parâmetros de elevada sensibilidade dos cafeeiros às variações do ambiente. O sistema agroflorestal influenciou negativamente a infestação pelo bicho-mineiro, porém, densidades elevadas de grevíleas favorecem a infestação da praga. A taxa de predação foi influenciada pela arborização, seguindo a mesma tendência da infestação. O teor relativo de clorofila influenciou as variáveis biológicas, merecendo futuras investigações.