UESB - Dissertações
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Item Aproveitamento da casca de café tratada com enzimas fibrolíticas na alimentação de ruminantes(Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, 2016-02-25) Moura, Yasmin Haluan Porto; Rech, Carmen Lucia de SouzaO estudo foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o crescimento e o desenvolvimento vegetativo inicial de cafeeiros cv. Catuaí, submetidos a diferentes concentrações de inibidores de síntese de giberelinas (cloreto de mepiquat, paclobutrazol e prohexadione cálcio), com aplicações via foliar e via solo. Foram realizados seis experimentos, com delineamento experimental em blocos casualizados com cinco tratamentos (concentrações do regulador de 0, 250, 500, 750 e 1000 ppm) e quatro repetições, perfazendo vinte parcelas experimentais. Após 120 dias do transplantio das mudas para os vasos, foram avaliadas características de crescimento e de fisiologia. Os dados foram submetidos a testes de homogeneidade de variância e teste de normalidade e, posteriormente, à análise de variância. A definição dos modelos para as relações entre as características avaliadas e as concentrações dos retardadores e diferentes modos de aplicação foram definidos conforme a análise de variância da regressão, utilizando o software Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas (Saeg), versão 9.1. Os inibidores de síntese de giberelinas alteraram o crescimento e o desenvolvimento vegetativo inicial de plantas de café. A inibição ou promoção do crescimento e do desenvolvimento vegetativo inicial foram moduladas pelo tipo de regulador, pelo modo de aplicação e pela concentração aplicada. A aplicação do cloreto de mepiquat induziu à redução de características morfológicas sob a aplicação de concentrações iniciais. A aplicação de prohexadione cálcio via foliar induziu ao efeito promotor sob concentrações que variaram de 740 ppm a 880 ppm, resultando em benefícios do status hídrico, reduzindo a transpiração foliar e elevando Ψ wam . O prohexadione cálcio aplicado via solo reduziu a área folar. O paclobutrazol via solo causou fitotoxicidade nas plantas de café, nas doses aplicadas neste estudo. O paclobutrazol aplicado via foliar provocou redução de todas as características morfológicas da planta, excetuando-se as massas de raízes, cujos valores máximos foram atingidos em concentrações intermediárias. O paclobutrazol proporcionou maximização de A e ΔC, além de otimizar A/Ci.Item Cascas residuais de café orgânico: composição química, potencial antioxidante, fatores antinutricionais e aplicação tecnológica(Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, 2016-02-25) Neves, Jorge Vitório Gomes das; Silva, Marcondes Viana daO café é uma planta de grande importância econômica para o Brasil, que atualmente é o maior produtor de grãos de café beneficiado do mundo. O beneficiamento do fruto gera uma grande quantidade de resíduos, principalmente a casca de café. A bebida café é consumida em todo mundo, pelo seu sabor e aroma, mas, além disso, atualmente seu consumo moderado vem sendo recomendado em virtude de efeitos fisiológicos benéficos à saúde, como a ação antioxidante e psicoestimulante, que estão associadas aos fitoconstiuintes presentes nos grãos e que também estão disponíveis nas suas cascas residuais. Neste contexto, objetivou-se com presente estudo avaliar a composição química, potencial antioxidante, fatores antinutricionais e aplicação tecnológica para cascas residuais de café arábica orgânico. Os resultados do estudo evidenciaram que a extração aquosa é eficaz na obtenção de fitoconstituintes como os fenólicos totais, que variaram de 396,8 mg EAG.100 g-1 à 454,5 mg EAG.100 g-1, e a decocção foi o método de extração mais eficiente. Nas cascas foi observado ausência de hemaglutinas e baixo teor de oxalato (3,31 mg de ácido oxálico.100 g-1). A atividade antioxidante do extrato aquoso das cascas frente ao radical DPPH, apresentou o melhor EC 50 igual a 2,7 mg.mL-1, e na co-oxidação β-caroteno/ácido linoleico os extratos obtiveram percentuais de inibição acima de 50%. Quanto à análise sensorial da bebida antioxidante desenvolvida, os resultados indicaram que os provadores não treinados gostaram ligeiramente do novo produto, demonstrando assim que o uso das cascas é viável para recuperação de fitoconstituintes de interesse da indústria de alimentos, farmacêutica e cosmética.Item Estudo da gaseificação da torta do coco macaúba, lenha de eucalipto, lenha de café e do carvão vegetal e seu potencial energético para desidratação de frutas(Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, 2009-03-18) Santos Filho, Jaime dos; Silva, Jadir Nogueira daA gaseificação apresenta-se como uma promissora forma de conversão da biomassa em energia térmica, podendo ser definida como a conversão da biomassa em gás energético por meio da combustão incompleta devido à restrição no fornecimento do ar a temperaturas elevadas, obtendo-se como conseqüência a produção de um gás combustível. Este trabalho de pesquisa teve por objetivo realizar um estudo da gaseificação da torta do coco macaúba, da lenha de eucalipto, da lenha de café e do carvão vegetal e seu potencial energético como fonte calorífica para um sistema de desidratação de frutas. Desenvolveu-se, portanto, um gaseificador de biomassa de fluxo concorrente de pequena escala, ao qual foi acoplado uma câmara para combustão do gás produzido visando à geração de ar quente limpo. Foram medidas as temperaturas de quatro pontos distintos do gaseificador a fim de verificarmos o comportamento de diferentes zonas em função da temperatura, assim como o fluxo de ar de entrada (reator e combustor) e de saída (misturador), temperatura e umidade do ar, consumo de energia elétrica e a qualidade do ar de secagem. Antes da realização do experimento, foram calculadas algumas das principais características dos combustíveis, como umidade, Poder Calorífico Superior e massa específica. A biomassa foi utilizada em pedaços com diâmetro médio de 5 ± 1 cm e comprimento médio de 5 ± 2 cm, com exceção da torta de macaúba. A torta do coco macaúba foi utilizada pura (100%) e misturada ao carvão vegetal em três combinações (75%+25%, 50%+50% e 25%+75%) para a gaseificação com o sistema em regime permanente, porém não obteve resultado satisfatório em nenhum dos testes. Depois de testado o equipamento, foi dado início ao experimento usando a lenha de eucalipto como fonte de energia, variando a velocidade do motor em intervalo de medições de quinze minutos. Os testes apresentaram duração média de 2:15h, sendo que são necessários cerca de dois a três minutos para gerar gás combustível e 20 minutos para atingir as condições ideais de funcionamento. O sistema operou para as biomassas torta do coco macaúba, da lenha de eucalipto, da lenha de café e do carvão vegetal com a temperatura média e umidade relativa média do ar ambiente, respectivamente, de 23,44oC e 68,15 %, 20,46oC e 72,53 %, 19,60oC e 72,84 % e 20,70oC e 67,11 %. As temperaturas indicadas pelos termopares foram às esperadas. A temperatura do ar de secagem foi mantida em aproximadamente 70oC, por meio do controle do ar de entrada no misturador. O reabastecimento do reator, feito com o sistema em pleno funcionamento, permitiu estabilidade e continuidade operacional do sistema. Observa-se, assim, que o sistema composto por um reator para gasificação de biomassa de fluxo concorrente acoplado a uma câmara para combustão do gás produzido pode ser considerado como uma alternativa na geração de calor para a secagem de produtos agrícolas, competindo com os métodos tradicionais de geração de calor. Neste sentido, os resultados analíticos da pesquisa nos levam a inferir que a lenha de eucalipto, a lenha de café e o carvão vegetal possuem potencial como combustível na gaseificação para a desidratação de frutas, sendo que se recomenda o carvão vegetal dentre os combustíveis como fonte energética para o fornecimento de ar quente e limpo para a desidratação de frutas.