UESB - Dissertações

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    Diversidade de espécies de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) e de seus parasitóides em cafeeiro (Coffea arabica L.)
    (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, 2004-06) Torres, Carlos Alberto Souza; Boaretto, Maria Aparecida Castellani
    As moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) vêm assumindo grande importância econômica nos cafezais da Bahia por provocarem queda prematura de frutos e redução significativa da qualidade da bebida do café. Em três municípios da região Sudoeste da Bahia (Vitória da Conquista, Barra do Choça e Planalto), foi realizado um levantamento de moscas-das-frutas e de seus parasitóides em cafeeiros com o objetivo de se conhecer as espécies presentes na área, como inimigos naturais, bem como as estruturas de suas comunidades e índices de infestação, visando assim subsidiar ações de manejo de tefritídeos na cafeicultura e na fruticultura regionais. O estudo foi feito entre abril e agosto de 2003, usando armadilhas plásticas tipo McPhail, com proteína hidrolisada a 7% como atraente alimentar. Periodicamente foram feitas coletas de frutos dos cafezais de Vitória da Conquista (UESB) e Barra do Choça, e, apenas uma coleta no município de Planalto e no Distrito de Capinal, pertencente à Vitória da Conquista. Constatou-se a presença de Ceratitis capitata e de oito espécies de Anastrepha (A. amita, A. bahiensis, A. consobrina, A. distincta, A. fraterculus, A. obliqua, A. picheli, A. pseudoparallela), sendo quatro espécies (C. capitata, A. amita, A. distincta e A. fraterculus) associadas ao cafeeiro. A espécie predominante nas áreas foi C. capitata, ocorrendo variações nas densidades populacionais de tefritídeos capturados em cafeeiros Catuaí Amarelo e Mundo Novo em pleno sol. A riqueza especifica de Anastrepha variou de dois a oito em função da área estudada. A espécie A. fraterculus foi a mais freqüente e dominante, independentemente da variedade de cafeeiro e hospedeiros presentes na área, sendo constante nos cafezais no município de Barra do Choça. Os cafezais estudados apresentaram altos índices de infestação (pupário/Kg de fruto) por moscas-das-frutas. Constatou-se a presença do parasitóide Utetes anastrephae Viereck nos cafezais da região, ocorrendo baixas taxas de parasitismo natural. Registra-se, pela primeira vez, a associação de A. amita com cafeeiro.
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    Flutuação populacional, predação e parasitismo do bicho-mineiro Leucoptera coffeella (Guerin-Méneville e Perrotet, 1842) (Lepidoptera: Lyonetiidae), em duas regiões cafeeiras do Estado da Bahia
    (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, 2005-03-18) Melo, Thiago Lima; Boaretto, Maria Aperecida Castellani
    O bicho-mineiro do cafeeiro Leucoptera coffeella (Guérin- Méneville) (Lepidoptera: Lyonetiidae) é a principal praga do cafeeiro em todo Brasil. Em virtude da carência de informações sobre as populações da praga e de seus inimigos naturais para as condições da Bahia, desenvolveu-se o presente trabalho, com os objetivos de conhecer a dinâmica populacional do bicho- mineiro, aspectos da predação e parasitismo naturais e da estrutura das comunidades de seus parasitóides nas regiões Sudoeste e Oeste do estado. Os estudos foram desenvolvidos em propriedades cafeeiras (Coffea arabica L.), localizadas nos municípios de Vitória da Conquista (Sudoeste) e Luiz Eduardo Magalhães, BA (Oeste), durante o período de janeiro de 2002 a fevereiro de 2005 e de fevereiro de 2002 a outubro de 2003, respectivamente. Numa primeira etapa, folhas dos três estratos do dossel dos cafeeiros foram coletadas e avaliadas quanto à presença de lesões, ovos, lagartas vivas, crisálidas, lesões predadas, lesões parasitadas e pupas de parasitóides, sendo as minas e crisálidas observadas quanto à presença de adultos de parasitóides. Num segundo momento, folhas contendo lesões intactas foram acondicionadas em gaiolas para obtenção de adultos do bicho-mineiro e de seus parasitóides. Os resultados indicam maiores infestações da praga na Região Oeste. Os níveis de predação e parasitismo natural são superiores em Vitória da Conquista; o parasitismo natural pode ser 3,6 vezes superior, na ausência de predação; existe uma relação inversa entre predação e parasitismo. A temperatura máxima tem efeito positivo sobre minas, crisálidas e minas parasitadas; a umidade relativa do ar afeta negativamente o número de crisálidas e de minas predadas. O terço superior do dossel do cafeeiro é representativo para amostragens de minas, ovos, lagartas vivas, minas predadas e minas parasitadas, enquanto que o terço inferior deve ser utilizado para amostragem de crisálidas. Registra-se, para as condições da Bahia, as espécies de parasitóides do bicho-mineiro Cirrospilus sp. C, Closteroscerus coffeellae Iher., Horismenus aeneicollis Ashmead, Proacrias coffeae Iher., Stiropius sp.1 e Stiropius sp.2. Em Vitória da Conquista, são 5 predominantes H. aeneicollis, Stiropius sp.1, C. coffeellae e P.coffeae, sendo esta também predominante em Luiz Eduardo Magalhães.