UFV - Dissertações

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    Análise sensorial de genótipos de café Arábica resistentes à ferrugem processados por via úmida
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-08-19) Pereira, Vanessa Vitoriano; Nardino, Maicon; Oliveira, Antonio Carlos Baião de
    Dada a modificação de hábitos dos consumidores de café em relação à qualidade exigida e a necessidade de tornar o cultivo mais sustentável, uma alternativa eficaz é o investimento em genótipos que possuam potencial para produção de cafés especiais para agregação de valor ao produto e, que apresentem resistência à fatores bióticos e abióticos. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil sensorial de genótipos de Coffea arabica portadoras de resistência ao fungo Hemileia vastatrix, agente causal da ferrugem do cafeeiro e submetidos ao processamento pós-colheita por via úmida. A implementação dos experimentos ocorreu nos municípios de Araponga, Paula Cândido e Senhora de Oliveira, pertencentes à Zona da Mata Mineira. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com duas repetições, 10 genótipos resistentes à ferrugem e uma testemunha suscetível. As amostras, oriundas das colheitas dos anos de 2016 e 2017, constituídas de frutos no estádio “cereja” foram processadas por via úmida e analisadas por três degustadores profissionais de acordo com a metodologia para avaliação sensorial disponibilizada pela Specialty Coffee Association. Todos os genótipos apresentaram escores totais que correspondem à classificação de cafés especiais, em ambos os anos avaliados, exceto a cultivar referência Catuaí Vermelho IAC 144, que apresentou pontuação total inferior a 80 pontos apenas no segundo ano em Senhora de Oliveira. Cada genótipo apresentou uma expressão diferenciada em relação aos atributos sensoriais de acordo com a localidade e ano de cultivo. Sendo assim, para realizar a recomendação de cultivares, de modo mais assertivo, há de se considerar o trinômio genótipo x local x ano. Palavras-chave: Coffea arabica L.. Hemileia vastatrix Berk. & Br.. Qualidade da bebida. Specialty Coffee Association. Processamento pós-colheita.
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    Marcadores de qualidade em grãos de café arábica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-07-29) Rodrigues, Alcimar; Stringheta, Paulo Cesar; Campos, Renata Cássia; Vieira, Érica Nascif Rufino
    O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo e um dos produtos mais importantes do setor agrícola brasileiro. A qualidade da bebida do café está diretamente relacionada com as características físico-químicas do grão. Contudo há poucos relatos na literatura sobre as características físico-químicas de frutos de café imaturos, e sua correlação com a qualidade da bebida. Neste contexto, este trabalho objetivou estudar a composição físico-química e realizar avaliação sensorial de três tipos de café arábica: verde, cereja natural e cereja descascado, avaliar ou estabelecer a correlação entre os parâmetros físico-químicos e a qualidade sensorial. As propriedades físico-químicas determinadas foram coordenadas colorimétricas, teor de água, pH, sólidos solúveis, acidez titulável total, açúcares totais (redutores e não redutores), proteínas, compostos fenólicos totais, cafeína, ácido clorogênico, trigonelina, capacidade antioxidante pelos métodos ABTS e DPPH, condutividade elétrica e lixiviação de potássio. A avaliação sensorial foi realizada conforme o protocolo da SCA - Specialty Coffee Association. Houve variação significativa entre os tipos de café estudados quanto às coordenadas colorimétricas avaliadas e análises físico-químicas de teor de água, pH, sólidos solúveis, açúcares totais (redutores e não redutores), cafeína, trigonelina, condutividade elétrica e potássio lixiviado. Não foi observada variação entre as amostras de café analisadas quanto aos teores de acidez total titulável, proteínas, compostos fenólicos totais, ácido clorogênico e capacidade antioxidante. O café tipo cereja natural apresentou a maior nota na avaliação sensorial, sendo considerado um café especial “Muito bom” pela SCA, enquanto o café tipo cereja descascado e tipo verde não foram considerados cafés especiais de acordo com a pontuação obtida na avaliação sensorial. Através do teste de correlação de Pearson foram observadas correlações significativas entre as propriedades físico-químicas analisadas e a pontuação global obtida na avaliação sensorial. Foram observadas correlações positivas para os parâmetros colorimétricos L* e a*, pH, sólidos solúveis, açúcares totais e açúcares não redutores, ainda, observaram-se correlações negativas foram verificadas para coordenada de cor a*, teor de água, cafeína, ácido clorogênico, trigonelina, condutividade elétrica e lixiviação de potássio. Dessa forma, várias características físico-químicas podem ser consideradas marcadores de qualidade para o café cru, podendo ser uma alternativa ou complementação para avaliação da qualidade sensorial desses cafés.Palavras-chave: Café especial. Qualidade sensorial. Composição. Marcadores.
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    Avaliações energética e econômica de sistemas de produção de café de montanha
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-03-16) Palacin, Juan José Fonseca; Lacerda Filho, Adílio Flauzino de
    Para garantir altos níveis de qualidade ao café é necessário usar uma série de procedimentos, como Boas Práticas Agrícolas (BPA), Boas Práticas de Pré- Processamento e Boas Práticas de Processamento (BPP). As definições e aplicações dessas práticas devem ser adotadas em toda a cadeia de produção do café, para transformar o agronegócio em uma atividade eficiente e lucrativa. Além de um estudo de viabilidades técnica, operacional e econômico para a implementação das BPA e BPP, produtores e industriais devem estar atentos e organizados sobre a idéia e vantagens da adoção de tal prática. Objetivou-se, com este trabalho, realizar o balanço energético e a análise econômica para a produção de café de montanha em uma fazenda, implementando as boas práticas em toda a cadeia de produção, no pré- processamento e processamento de café lavado, descascado, desmucilado mecanicamente e secado em terreiro convencional de cimento, em comparação com outros dois processos de secagem. Em um deles, a secagem foi realizada em um terreiro secador, de leito fixo, em leiras, sem incidência direta de radiação solar e, no outro, realizou-se a secagem combinada em terreiro secador de leito fixo, em leiras, com distribuição de ar aquecido até a meia-seca (20 a 25% b.u.), completando-se a secagem em silo secador, com ar natural, até que os grãos atingissem o teor de água entre 11 e 12% b.u. O experimento foi realizado em uma fazenda a 702 m de altitude, localizada no Município de São Miguel de Anta, MG – Brasil. A variedade de café utilizada foi "Catuaí” linhagem vermelha com idade inicial de 3,5 anos. Os frutos foram colhidos pelo método da “derriça sobre o pano” em forma semi-seletiva. Os resultados permitiram concluir que a radiação solar global foi o componente de fluxo de radiação de maior magnitude, e a radiação fotossinteticamente ativa (RFA) foi o componente de maior aporte no balanço de energia da cultura. Adotando procedimentos que proporcionem a aplicação de boas práticas agrícolas, de pré- processamento e de processamento, é possível obter café com qualidade. Pelas técnicas de secagem em terreiro secador de leito fixo, em leiras, com distribuição de ar aquecido, sem incidência direta solar até o final (12% b.u.) e a secagem em combinação com meia-seca (25% b.u.) em terreiro secador de leito fixo, em leiras, sem incidência direta de radiação solar, com fornalha a fogo indireto e lenha como combustível e a complementação da secagem em silos, utilizando ar na temperatura ambiente, obteve-se melhor qualidade do café, e essas técnicas podem ser incluídas dentro entre aquelas adotadas para as boas práticas nas operações de processamento, garantindo alto padrão de qualidade. Os consumos médios de energia no primeiro ano fenológico 2003/2004 e no segundo 2004/2005, avaliados da cultura do cafeeiro de montanha na região da Zona da Mata mineira, foram de 23.035.733,80 MJ/ha e 24.918.830,18 MJ/ha, respectivamente. Já os consumos médios de energia do processamento de secagem de café descascado e desmucilado das parcelas avaliadas no primeiro ano fenológico 2003/2004 foram de 668,98 MJ/saca (terreiro cimentado), 195,55 MJ/saca (terreiro secador até 12%) e 411,52 MJ/saca (secagem combinada), enquanto no segundo ano fenológico 2004/2005 avaliado com relação ao café em coco esses consumos foram de 1.201,50 MJ/saca (terreiro cimentado) e de 352,95 MJ/saca (terreiro secador até 12%) de 60 kg de café beneficiado. Os custos médios do processamento de secagem de café descascado e desmucilado das parcelas avaliadas no primeiro ano fenológico 2003/2004 foram de R$6,42/saca (terreiro cimentado), R$5,67/saca (terreiro secador até 12%) e R$5,68/saca (secagem combinada), enquanto no segundo ano fenológico 2004/2005 avaliado quanto ao café em coco esses custos foram de R$16,01/saca (terreiro cimentado) e de R$8,37/saca (terreiro secador até 12%) de 60 kg de café beneficiado. O tempo de retorno do capital (período de Payback) nesse projeto foi de 12 anos, ou seja, o tempo necessário para que os investimentos de capital próprio sejam integralmente recuperados. O Valor Presente Líquido (VPL) calculado indicou que os ganhos do projeto remuneram o investimento feito à taxa de 6% ao ano e ainda permitiram acrescentar o valor da empresa. Por tudo isso, o projeto é viável, já que a avaliação feita e projetada cobre o custo do capital investido e o investimento projetado. Também, a Taxa Interna de Retorno (TIR) foi de 7,71%, indicando que o Valor Presente Líquido (VPL) do projeto torna-se nulo à taxa de 7,71%, sendo superior à taxa de desconto utilizada no projeto (6% ao ano). Portanto, o capital investido será integralmente recuperado.
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    Qualidade dos cafés da “Região das Matas de Minas” em função da variedade, da altitude e da orientação da encosta da montanha
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-07-31) Zaidan, Úrsula Ramos; Corrêa, Paulo Cesar
    O café é um produto com aromas e sabores distintos que produz uma das bebidas mais difundidas no mundo, e tem o seu valor de mercado ajustado de acordo com a qualidade final da bebida, a qual pode ser influenciada por muitos fatores, tais como fatores ambientais e variedade da planta. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da encosta da montanha, altitude e variedade de planta sobre a qualidade potencial dos cafés produzidos na “Região das Matas de Minas” (entre faixas de altitudes pertencentes aos intervalos: EA < 700, 700 ≤ EA < 825, 825 ≤ EA <950 e EA ≥ 950 metros acima do nível do mar). Frutos de café (Coffea arabica L.) das variedades Catuaí Vermelho e Catuaí Amarelo foram colhidos manualmente em ponto de maturação cereja. A colheita foi realizada em fazendas localizadas em quatorze dos 63 municípios que compõem a “Região das Matas de Minas”, distribuídos numa pequena parte da região do Vale do Rio Doce e uma maior parte na região da Zona da Mata, num território de Mata Atlântica, a Leste do estado de Minas Gerais. As amostras foram colhidas, separadas em sacos plásticos e identificadas para posterior processamento, que inclui a lavagem, separação e a secagem dos grãos até o café atingir o teor de água de 12% (b.u.), sendo então armazenados por aproximadamente 2 meses. Após este período foi feito o processo de beneficiamento, torra e moagem do café, e posteriormente foram feitas por degustadores/classificadores as análises de qualidade do café pelo teste de degustação (prova de xícara) dentro das normas da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) para a classificação dos cafés. Por meio da análise sensorial da bebida, foram atribuídas notas aos atributos de qualidade dos cafés com o intuito de classificá-los quanto à qualidade da bebida de acordo com a influência dos fatores do ambiente e da variedade da planta. Para análise das notas foram adotados dois métodos estatísticos, a Estatística Descritiva e o Método de Tocher, para identificar, descrever e agrupar os cafés de melhor qualidade. A partir dos resultados obtidos, pode-se observar que a variedade Catuaí Amarelo teve uma pontuação média total em torno de 84 pontos, mostrando grande potencial de expressão da qualidade sensorial da bebida. E que o atributo de qualidade doçura foi o que mais contribuiu para a formação de grupos pelo método Tocher. Os fatores do ambiente e a variedade não exercem influência sobre a qualidade da bebida de forma isolada, todavia, contribuem de forma conjunta para formar as características da bebida produzida na região.