UFV - Dissertações

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    Estrutura e dinâmica de crescimento da cafeicultura em Minas Gerais, 1990 a 2006
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-02-01) Oliveira, Alessandro de Assis Santos; Gomes, Marília Fernandes Maciel; Silva Júnior, Aziz Galvão da
    Este trabalho teve como objetivo identificar e analisar a dinâmica de crescimento da cafeicultura em Minas Gerais e em duas regiões do Estado tipicamente produtoras, a saber: o Sudoeste e o Cerrado. Nesse sentido, foram observadas as principais mudanças da produção de café entre 1990 e 2006, por meio da identificação das suas principais fontes de crescimento. O referencial teórico utilizado foi desenvolvido com base nas teorias referentes à modernização da agricultura e no modelo de inovação induzida. O modelo analítico utilizado, denominado Shift-Share, ou diferencial-estrutural, permite decompor as fontes de crescimento nos efeitos área, rendimento, localização geográfica e composição, a fim de encontrar os fatores que seriam os responsáveis pelo crescimento (ou queda) da produção. De acordo com os resultados, o cultivo de novas áreas e a substituição de outras culturas pelo café, em áreas já utilizadas pela agricultura, foram os principais fatores que influenciaram o crescimento da cafeicultura em Minas Gerais entre 1990 e 2006. No Cerrado de Minas, os resultados indicam crescimento da produção em função do acréscimo da área colhida e do aumento da produtividade, compensando os efeitos negativos decorrentes do efeito localização. Já no Sudoeste, o aumento da produção de café tem como responsáveis os efeitos área e composição, ou seja, houve expansão da área cultivada e mudança na composição das culturas da região favoráveis à cafeicultura. Constatou-se também que existem diferenças no desempenho da cafeicultura entre as regiões estudadas em alguns subperíodos e que o Cerrado de Minas apresentou bom desempenho da produção mesmo quando o preço do café estava em baixa. A explicação para esses fatos pode estar ligada à presença do CACCER, importante elemento indutor do desenvolvimento da cafeicultura na região, e à ausência de um programa específico para o desenvolvimento da cafeicultura no Sudoeste de Minas. Desse modo, pode-se salientar que a criação de programas e políticas de desenvolvimento da agricultura, direcionados para as regiões produtoras, aparecem como importante alternativa de sustentação para elas; entretanto, tais políticas e programas devem considerar as características de cada região, de forma a estimular atividades e práticas agrícolas segundo suas necessidades e particularidades. Finalmente, o conhecimento da dinâmica regional, a partir dessa metodologia e desses resultados, é ampliado e serve como valioso subsídio para o aperfeiçoamento das políticas voltadas para o desenvolvimento das regiões produtoras de café em Minas Gerais.
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    Sensoriamento remoto termal usando veículo aéreo não-tripulado na cafeicultura de montanha
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-08-23) Portes, Marcelo Fagundes; Queiroz, Daniel Marçal de
    A determinação da variabilidade espacial das características das lavouras do café é uma importante etapa no manejo de sistemas de agricultura de precisão. Informações como modelo digital de elevação (MDE), mapas de umidade do solo e de temperatura de cobertura tem potencial para definir zonas de manejo, que é uma das formas de manejo adotadas em agricultura de precisão. A utilização de sensoriamento remoto de baixa altitude com veículos aéreos não tripulados (VANTs) e câmeras térmicas embarcadas tornam a coleta das informações da variabilidade em campo mais fáceis de serem realizadas e apresentam boa resolução espacial. Dessa forma, este trabalho teve por objetivo desenvolver um sistema com base em VANT para determinar a variabilidade espacial da temperatura de cobertura, gerar o MDE do terreno e delimitar zonas de manejo. Para isso foi desenvolvido um sistema de aquisição automática das imagens de uma área cultivada com café nas bandas do visível e do termal utilizando um VANT. As imagens adquiridas pela câmera termal foram processadas, georreferenciadas e os valores de temperatura de cobertura comparados com os valores das temperaturas de cobertura e umidade de solo coletas com sensores proximais em campo. O MDE obtido pelo VANT foi comparado com o obtido por levantamento altimétrico com Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS). Para isso, foi analisada correlação entre valores de altitudes obtidas em pontos comuns nos dois MDEs gerados. As zonas de manejo foram geradas por analise de agrupamento dos dados de temperatura de cobertura da lavoura, MDE e umidade do solo. Comparado a temperatura de copa coletada com termômetro infravermelho proximal e com as imagens termais obtidas pelo VANT, em horários distintos, verificou-se que o melhor horário para obtenção do mapa de cobertura foi às 14:20 hs. A temperatura de cobertura não apresentou correlação significativa com a umidade do solo. O MDE obtido pelo VANT apresentou boa concordância com o MDE obtido por levantamento altimétrico. As zonas de manejo foram delimitadas, sendo quatro o número ideal de classes para a área estudada.
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    Produtividade, qualidade do solo e aspectos microclimáticos em sistema agroflorestal de cafeeiro e macaúbas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-02-27) Moreira, Sandro Lucio Silva; Fernandes, Raphael Bragança Alves
    O Brasil é o maior produtor mundial de café, mas tendo em vista as mudanças climáticas previstas, associadas à elevação da temperatura do ar e à menor disponibilidade hídrica, bem como à utilização de práticas agrícolas inadequadas, a redução da produtividade do cafeeiro é um risco potencial, com sérios impactos à cafeicultura nacional. Neste contexto, a utilização de sistemas agroflorestais (SAFs) têm ganhando destaque como estratégia para minimizar os efeitos das mudanças climáticas sobre o cafeeiro, além de contribuir para a melhoria da qualidade do solo e ainda proporcionar renda mais estável ao agricultor. Por sua vez, a macaúba (Acrocomia aculeata) tem despertado recente interesse por ser uma palmeira nativa de florestas tropicais tipicamente brasileiras, por proporcionar diferentes produtos ao agricultor e ainda apresentar grande potencial de utilização como biocombustível. Entretanto, para o uso destas palmeiras em SAFs com cafeeiro torna-se necessário entender melhor as interações entre estas duas espécies vegetais, para a definição, dentre outras variáveis, do espaçamento ideal entre as mesmas e densidade de plantio das macaúbas, visando alcançar os ganhos ambientais desejados e, minimamente, a manutenção da produtividade do cafeeiro em níveis econômicos satisfatórios. Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar, em condições de campo, a influência de SAFs com macaúbas na produtividade, nos aspectos microclimáticos e na qualidade física do solo de uma área cultivada com café na Zona da Mata de Minas Gerais. Para isso, promoveu-se o monitoramento da umidade e temperatura do solo, temperatura do ar, e radiação fotossinteticamente ativa (RFA) em diferentes épocas do ano, bem como a caracterização da qualidade física do solo e a quantificação da produtividade e o rendimento do cafeeiro. Os resultados obtidos indicaram que o SAF altera o microclima do cafezal, reduzindo a temperatura máxima do ar e a RFA global, bem como a disponibilidade da RFA. A densidade de plantio das macaúbas e a distância das mesmas em relação aos cafeeiros em sistema de consórcio afetou o regime termo-hídrico do solo. Em comparação com o cultivo tradicional a pleno solo, os SAFs de café com macaúba proporcionaram maior rendimento de café beneficiado por área, sendo o maior incremento de produtividade da cultura verificado quando as palmeiras foram localizadas a 4,2 m de distância dos cafeeiros. A densidade das macaúbas na linha de plantio não afetou o rendimento e nem a produtividade do cafeeiro. Considerando todas as variáveis avaliadas, a maior produtividade do cafeeiro esteve relacionada à maior umidade do solo na camada de 20-40 cm, a maior disponibilidade da RFA global e as temperaturas máximas do ar menores do que 30°C.
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    Análise da eficiência técnica dos estabelecimentos produtores de café em Minas Gerais.
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-11-26) Paula, Fabiana Aparecida de; Cunha, Dênis Antônio da
    O café, como produto da pauta de exportações, é um importante gerador de divisas, além de movimentar o comércio interno brasileiro. Também é uma das principais culturas do agronegócio nacional, responsável pela geração de emprego e renda em diversos estados brasileiros. Os principais estados produtores de café são Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná e Bahia. Minas Gerais destaca-se como o maior estado produtor, além de ser também o maior exportador e um dos principais produtores de cafés especiais do país. Duas regiões mineiras produtoras de café se destacam por apresentarem características bem distintas em relação ao sistema produtivo, as quais podem ser denominadas “Sul de Minas” e “Cerrado”. As duas regiões, juntas, representam 66% das exportações mineiras de café. A análise da eficiência pode ser fundamental tanto para fins de planejamento, quanto para auxiliar os cafeicultores na tomada de decisões que busquem melhorias na gestão de suas propriedades, além de auxiliar o desenvolvimento de políticas favoráveis à melhoria de seu desempenho. No entanto, a omissão de variáveis ambientais na determinação da eficiência técnica pode viesar os resultados, uma vez que as escolhas de insumos dos agricultores normalmente respondem, em parte, às condições ambientais. O fato das condições ambientais de produção raramente estarem simetricamente distribuídas, a sua não consideração também leva, muitas vezes, a uma superestimação da eficiência técnica. Sendo assim, este estudo buscou analisar a eficiência técnica de cafeicultores das regiões Cerrado e Sul de Minas Gerais e verificar como a inclusão de variáveis climáticas poderia alterar a análise. Para isso, utilizou-se como ferramenta analítica uma fronteira de produção estocástica. Os resultados permitiram concluir que, ao analisar a eficiência média dos produtores observa-se impacto muito pequeno da adição das variáveis climáticas para a determinação da eficiência técnica. No entanto, ao analisar a eficiência de cada um dos produtores e também considerando separadamente as regiões estudadas, é possível identificar que há alguma influência de variáveis ambientais para a determinação da eficiência técnica, ainda que relativamente modesta. O número de produtores nas classes mais altas de eficiência diminuiu quando foi considerado o impacto da precipitação. Ressalta-se que este resultado é referente ao cenário climático atual. Em decorrência das mudanças climáticas que estão ocorrendo, estes resultados podem sofrer grandes alterações.
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    Avaliação de uma associação de produtores para a certificação de café
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-02-09) Ferraz, Letícia Osório; Sakiyama, Ney Sussumu
    A possibilidade de diferenciação e segmentação de produtos é um fator que nos últimos anos está influenciando a competitividade dos produtos agroindustriais. Por isso, alguns atributos de qualidade, passíveis de certificação, estão sendo incorporados como instrumento de concorrência do produto final. A certificação de produtos é um procedimento que requer uma adaptação dos sistemas produtivos a uma série de regras estabelecidas pelas agências certificadoras, para fins de inspeção e emissão de um certificado de conformidade. Os principais objetivos desse trabalho foram: estudar os sistemas de produção e as características dos produtores da Associação Regional de Cafeicultores (ARCA); Analisar o perfil dos associados quanto às características sociais, econômicas e ambientais e relacioná-los às principais características de dois modelos de certificação. Com relação à certificação, 63% dos produtores já ouviram falar sobre certificação do café e 60% deles têm a intenção de certificar a propriedade. A conclusão que foi tirada neste trabalho é que as principais carências observadas foram com relação ao uso dos defensivos e a relação com a mão-de-obra empregada na época da colheita. As maiores vantagens que puderam também ser observadas foram as de que os produtores estão abertos a possíveis modificações para certificar a propriedade e que eles têm o conhecimento de que com a certificação ocorrerá um aumento no lucro obtido com a comercialização do produto final. Considerando as características avaliadas os modelos de certificação PIC e Fairtrade são adequados para esta associação.
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    Identificação de áreas cultivadas com café por meio de descritores texturais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-07-19) Silveira, Lucas Silva da; Pinto, Francisco de Assis de Carvalho
    A importância da cafeicultura para o Brasil é notória, em especial para o estado de Minas Gerais que é o estado brasileiro responsável pela maior parte da produção nacional. Nas regiões sul e da zona da mata onde estão concentradas a maior parte da lavoura no estado de Minas Gerias, há a predominância de pequenas propriedades e o cultivo é feito em região de montanha o que acaba dificultando o mapeamento por métodos automatizados. A aplicação de Redes Neurais Artificiais (RNAs) tendo como variáveis de entrada os descritores de Haralick tem se mostrado uma abordagem promissora na discriminação de classes de maior complexidade. Neste contexto objetivou-se desenvolver um sistema para identificar áreas cultivadas com café utilizando RNAs tendo como variáveis de entrada os descritores de Haralick. A área de estudo está localizada no município de Araponga, onde foram selecionados 59 talhões com plantios de café, sendo levantados dados relativos à idade e data de recepa. O software utilizado para o processamento e classificação da imagem foi o MATLAB, e para avaliar o desempenho da classificação foi o Arcgis. A metodologia para o desenvolvimento da RNA consistiu em duas etapas: na primeira a RNA foi treinada com amostras representativas de cada classe de interesse (café, mata, água, solo exposto e pastagem e área urbana), verificando assim o potencial em discriminar entre as classes de saída; na segunda etapa o objetivo foi classificar as plantações de café de acordo com a idade e com a data de recepa. Utilizou-se o índice Kappa para avaliar o desempenho da RNA, uma vez que o uso desse coeficiente é satisfatório na avaliação da precisão de uma classe temática. O índice Kappa para discriminar a região cafeeira das outras classes temáticas foi de 65,18%, o que pode ser considerado um índice bom. Para classificar os plantios de café em função da idade e data de recepa o índice Kappa foi variável (0,675 a 0,4783), sendo considerado muito bom para a fazenda Itatiaia e razoável para a fazenda Pedra Redonda.
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    Uso da Krigagem Indicativa na seleção de áreas propícias ao cultivo de café em consorciação ou rotação com outras culturas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-02-28) Almeida, Maria de Fátima Ferreira; Santos, Gérson Rodrigues dos
    A Geoestatística se destaca, principalmente por ser uma ciência interdisciplinar que permite uma troca de informações entre geólogos, engenheiros de petróleo, matemáticos, estatísticos e demais categorias profissionais possibilitando assim uma melhor interpretação da realidade geológica e ambiental. Dentre as técnicas de Krigagem destaca-se a Krigagem Ordinária e a Krigagem Indicativa. Em que a primeira é um preditor de Krigagem linear pontual que considera a média desconhecida e incorpora em sua formulação o procedimento de uma média ponderada móvel, porém o que a diferencia é o fato de que os pesos são obtidos levando em consideração a continuidade representada pelo semivariograma. A Krigagem Indicativa é um preditor que utiliza-se da técnica de Krigagem Ordinária ou de Krigagem Simples dos dados transformados por meio de uma função não linear binária composta por 0 e 1. Uma das grandes vantagens da Krigagem Indicativa reside no fato de ser um estimador não paramétrico que permite transformar variáveis qualitativas (presença ou ausência) ou variáveis quantitativas (de acordo com um ponto de corte de interesse) e estimar probabilidade de ocorrência da variável. Na agricultura, o seu uso permite fazer planejamento de correção do solo de forma localizada e identificar zonas de manejo para rotação ou consorciação de culturas. Este trabalho tem por objetivo apresentar um estudo teórico- aplicado das vantagens e desvantagens no uso da Krigagem Indicativa para o planejamento de correção do solo para implantação da técnica de consorciação de cultivo de bananeira com o cultivo de café, utilizando dados de propriedades químicas do solo por meio de amostras coletadas em uma fazenda cultivada com café no Município de Araponga- Zona da Mata Mineira.