UFV - Dissertações

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    Como a elevada [CO 2 ] pode impactar o desempenho hidráulico e as relações hídricas de cafeeiros cultivados sob diferentes intensidades de luz?
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-03-11) Oliveira, Ueliton Soares; Damatta, Fábio Murilo; Cardoso, Amanda Ávila; Martins, Samuel Cordeiro Vitor
    O café é uma espécie originalmente de sombra que foi melhorada para o cultivo a pleno sol, com produções de grãos normalmente maiores nessa condição que à sombra. Entretanto, é uma planta sensível às variações ambientais e mais recentemente tem sido classificada como potencialmente vulnerável às mudanças climáticas globais em curso. Atualmente, há um debate crescente sobre a utilização de sombreamento de cafeeiros como uma estratégia de grande potencial para minimizar os efeitos negativos das mudanças climáticas. Informações recentes também sugerem que a elevação da concentração atmosférica de CO 2 (eC a ) pode mitigar os efeitos de vários estresses abióticos, , como a seca e o calor. Hipotetizou-se aqui que a combinação de diferentes disponibilidades de luz e de CO 2 impactaria a performance fotossintética (e o ganho de biomassa) do cafeeiro via ajustes na sua arquitetura hidráulica, e que tais ajustes seriam mais contundentes em plantas sob alta irradiância, em função da maior demanda hídrica das plantas a pleno sol. Para testar essa hipótese, plantas de café foram cultivadas em vasos de 12 L dentro de câmaras de topo aberto num ambiente controlado de casa de vegetação. As plantas foram submetidas a duas concentrações de CO 2 : ambiente (ca. 457 ppm) ou elevada (ca. 704 ppm) e dois níveis de luz: alta luminosidade (ca. 9 mol de fótons m - dia -1 ) e baixa luminosidade, i.e. restrição de 89% da luz (ca. 1 mol de fótons m -2 dia -1 ). Indivíduos de ca. 12 meses foram utilizados para a avaliação de trocas gasosas, parâmetros hidráulicos e anatômicos, status hídrico, alguns metabólitos e morfologia do sistema radicular. A fertilização com CO 2 e a maior disponibilidade de luz aumentaram o ganho de biomassa e a taxa de assimilação líquida de CO 2 (A), e esses incrementos foram afetados pela interação entre os fatores CO 2 e luz, com efeitos (aumentos) mais marcantes nas plantas ao sol. Observou-se maior condutância estomática nas plantas ao sol que nos indivíduos à sombra. Em adição, verificou-se maior condutância estomática nas plantas ao sol sob eC a , o que foi associado a ajustes hidráulicos e morfológicos em nível de folha e de planta inteira, coordenados com o maior desenvolvimento do sistema radicular associado a uma maior capacidade de transporte de água para a parte aérea; em conjunto, tais ajustes devem ter contribuído para um melhorbalanço hídrico, explicando pelo menos em parte os incrementos observados em A e no acúmulo de biomassa, especialmente nas plantas ao sol sob eC a . Além disso, essas plantas exibiram menor temperatura, tanto em nível foliar quanto de planta inteira em relação às suas contrapartes sob concentração ambiente de CO 2 . As plantas ao sol sob eC a também exibiram valores mais negativos de potencial osmótico no ponto de perda de turgescência, o que permitiria ao xilema operar sob menor risco de colapso do sistema hidráulico. Como um todo, os resultados têm inegável importância para aumentar a sustentabilidade e a resiliência do setor cafeeiro num cenário de mudanças climáticas, especialmente com a maior frequência esperada de eventos de secas e ondas de calor. Nesse contexto, eC a poderia reduzir a importância do sombreamento como uma estratégia de manejo visando à redução dos impactos das mudanças climáticas sobre a produção do cafeeiro. Palavras-chave: Coffea arabica. Concentração de CO 2 . Hidráulica. Luz. Mudanças climáticas. Sombreamento. Temperatura. Trocas gasosas.
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    Análise comparativa de duas bebidas esportivas sobre parâmetros fisiológicos e de perfomiance de jogadores de futebol
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-07-04) Guttierres, Ana Paula Muniz; Marins, João Carlos Bouzas
    O objetivo do presente estudo foi comparar o efeito do consumo da bebida esportiva cafeinada (BEC) frente a uma bebida carboidratada comercial (BCC) sobre o estado de hidratação, parâmetros metabólicos e performance em testes físico- motores de habilidades específicas de jogadores de futebol. Dezoito atletas participaram de duas partidas: em uma, ingeriram BEC (250 mg.l -1 de cafeína) e em outra, consumiram BCC. Antes e após cada jogo os atletas executavam os testes físico-motores (Illinois Agility Run, salto vertical -Sargent Jump). Vinte minutos antes da partida, os atletas consumiram 5 ml.kg -1 de peso corporal (PC) e 3 ml.kg -1 de PC de bebida nos tempos 0, 15, 30 e 45 minutos de cada tempo de jogo. Foram coletadas amostras de sangue para a análise de glicose (GLC), lactato (LAC), cafeína plasmática (CP), potássio (K + ), ácidos graxos livres (AGL). Amostras de urina foram coletas para as análises da cafeína urinária (CU) e densidade da urina (DU). Freqüência cardíaca (FC) e índice de percepção subjetiva do esforço (IPE) foram registrados a cada 5 minutos da partida. Os resultados mostraram que os tratamentos diferiram significantemente em relação ao estado de hidratação. BEC promoveu maior percentual de perda de PC, grau de desidratação, desidratação relativa, desidratação absoluta e maior taxa de sudorese (TS). Não houve diferença estatística na DU e na quantidade de urina produzida durante o jogo. BEC resultou em uma reposição de fluidos significantemente menor (75,0 13,3%) em relação à BCC (82,5 ± 13,7%). BEC proporcionou valores superiores e estatisticamente significantes em relação à BCC nas variáveis GLC e LAC. A concentração de K + diminuiu significativamente nas duas bebidas do início para o final do jogo (ambas p < 0,01). Contudo, BEC não diferiu significativamente de BCC antes e após o jogo (p = 0,99; p = 0,47, respectivamente). A concentração de AGL não foi estatisticamente diferente entre os grupos no início (p=0,08) e no final (p = 0,49) das partidas. BEC promoveu aumento significante nos valores de CP e CU durante a partida. A FC diferiu significantemente durante o jogo com a ingestão das bebidas. No entanto, BEC promoveu maior valor de FC. . O consumo de BEC (p < 0,01) aumentou significantemente a altura atingida no salto em comparação a BCC (p = 0,02). Comparando a ingestão das duas bebidas, ambas não foram capazes de melhorar o desempenho para a execução do teste de agilidade (p = 0,95). Conclui-se que BEC promoveu maior impacto sobre o balanço hídrico dos jogadores do que BCC devido, provavelmente, à promoção de maior TS. BEC promoveu aumento de GLC, LAC, CP, CU e FC e por outro lado, não exerceu efeitos positivos sobre AGL, K + e IPE. BEC promoveu efeito ergogênico para jogadores de futebol aumentando a potência dos membros inferiores, porém, não teve influência na agilidade. Desta forma, o consumo de BEC é recomendado visto que, fisiologicamente, não causou efeitos adversos sobre o estado de hidratação e foi capaz de aumentar a disponibilidade de GLC e a potência de membros inferiores de jogadores de futebol.