SPCB (02. : 2001 : Vitória, ES) – Resumos Expandidos

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    Otimização da técnica de PCR para detecção de Xylella fastidiosa em insetos vetores associados a cafeeiro
    (2001) Paião, F. G.; Meneguim, Ana Maria; Leite, Rui Pereira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Xylella fastidiosa é uma bactéria gram-negativa limitada ao xilema, que causa doenças em várias plantas de interesse econômico. No Brasil, foi relatada causando escaldadura da folha de ameixeira, clorose variegada dos citros (CVC) e depauperamento em cafeeiro. O principal meio de transmissão desta bactéria ocorre através de insetos sugadores do xilema. Este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento da técnica de PCR (Polymerase Chain Reaction) para detecção de X. fastidiosa em insetos vetores. Cigarrinhas coletadas em cafezais no Paraná tiveram o DNA total extraído segundo os métodos propostos por Vega et al. (1993), Cheung et al. (1993) e pela extração utilizando a resina CHELEX 100. Devido à baixa sensibilidade apresentada pelo PCR, foi desenvolvido o nested-PCR. Esta técnica envolve inicialmente a amplificação de fragmento de DNA, utilizando primeiramente um par de "primers", e a seguir o produto deste PCR serve como molde para uma segunda amplificação usando um novo conjunto de "primers", internos à seqüência amplificada no primeiro PCR. Os "primers" utilizados para amplificar o DNA de X. fastidiosa presente em cigarrinhas foram: 272-1 e 272-2 e RST31-RST33, para o primeiro PCR; e CVC-1 e 272-2 interno e RST31-RST33 internos, para o segundo PCR (nested PCR). O nested-PCR mostrou-se mais sensível e específico, utilizando os "primers" RST31-RST33 no primeiro PCR e RST31-RST33 internos no segundo PCR, para detecção de X. fastidiosa em cigarrinhas.
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    Estudo de hospedeiros alternativos de Xylella fastidiosa associada a Coffea spp.
    (2001) Nunes, D. H.; Carvalho, Flávia Maria de Souza; Paião, F. G.; Meneguim, Luciana; Leite, Rui Pereira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O café (Coffea arabica) é largamente cultivado no Brasil. A escaldadura da folha do café causada por Xylella fastidiosa tem sido associada a grandes prejuízos à cafeicultura. X. fastidiosa é uma bactéria Gram-negativa limitada ao xilema de plantas, transmitida por insetos vetores. Cafeeiros infectados podem apresentar sintomas como redução de porte e folhas de tamanho reduzido e cloróticas. O objetivo deste estudo foi identificar espécies de plantas invasoras de lavouras cafeeiras e plantas cultivadas que possam ser hospedeiras alternativas da bactéria. Foram semeadas e inoculadas 32 espécies diferentes em casa de vegetação, no IAPAR, Londrina-PR. Para inoculação, foram utilizadas suspensões dos isolados 12762, 12726, 12781, 12968 e 12373 de X. fastidiosa. As plantas foram inoculadas pelo método de perfuração com alfinete e enxertia e acompanhadas periodicamente, para verificar a manifestação de sintomas. Também foram coletadas plantas de Arachis pintoi, na Estação Experimental do IAPAR, Paranavaí-PR. As espécies inoculadas foram submetidas aos testes de PCR ("polymerase chain reaction") e DAS-ELISA ("double antibody sandwich" - "enzyme-linked assay"), para detecção da bactéria. Na espécie A. pintoi foi realizado somente o teste de DAS-ELISA. Pelo teste de PCR não foi identificada nenhuma espécie de planta hospedeira da bactéria. Pelo teste de DAS-ELISA foram identificadas como potenciais hospedeiras alternativas de X. fastidiosa as espécies A. pintoi, N. tabacum - TNN, N. clevelandii, N. turkishin, Brachiaria decumbens e Catharanthus roseus. Nenhuma das espécies inoculadas apresentou sintomas característicos de infecção por X. fastidiosa.
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    Diversidade genética de isolados de Xylella fastidiosa de cafeeiros do estado da Bahia através de eletroforese em campo pulsado
    (2001) Carvalho, Flávia Maria de Souza; Meneguim, Luciana; Souza, Sandra Elizabeth de; Leite, Rui Pereira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Xylella fastidiosa é agente causal de doenças em diversas plantas de interesse econômico. No Brasil, foi relatada como causadora de escaldadura da folha de ameixeira, clorose variegada dos citros e depauperamento do cafeeiro. Estudos de variabilidade genética indicam que X. fastidiosa se constitui em uma única espécie. Entretanto, são necessários mais estudos para verificar a diversidade genética de X. fastidiosa que ocorre no Brasil. No presente estudo, 12 isolados de X. fastidiosa procedentes de isolamentos de cafeeiros do Estado da Bahia foram analisados através de perfis genômicos, comparativamente com isolados de cafeeiro dos Estados do Paraná e São Paulo e isolados de videira, ameixeira, citros e de vinca. Todos os isolados utilizados no presente estudo foram caracterizados por meio da análise em gel de agarose em campo pulsado ("pulsed field"). Perfis genômicos obtidos a partir de restrição com a endonuclease Swa I permitiram diferenciar cinco grupos geneticamente distintos entre os 12 isolados da Bahia. A similaridade genética variou de 0,46 a 0,75, indicando alta variabilidade da bactéria X. fastidiosa proveniente de uma mesma planta hospedeira e uma única região geográfica. A similaridade genética entre isolados de videira, ameixeira, citros, cafeeiros de São Paulo e Paraná, vinca e os isolados de cafeeiros do Estado da Bahia variou de 0,12 a 0,95. Esses dados sugerem que existe especificidade bactéria-hospedeiro, assim como alta variabilidade genética, de isolados de X. fastidiosa no Estado da Bahia.
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    Caracterização genética de isolados de Xylella fastidiosa de cafeeiro do estado do Paraná através de eletroforese em campo pulsado
    (2001) Carvalho, Flávia Maria de Souza; Meneguim, Luciana; Leite, Rui Pereira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Xylella fastidiosa é responsável por doenças em muitas plantas de importância econômica. Esta bactéria causa a clorose variegada dos citros (CVC), que se tornou séria ameaça para a citricultura em vários Estados brasileiros. Em cafeeiro (Coffea arabica), plantas infectadas por X. fastidiosa apresentam sintomas de depauperamento generalizado, incluindo desfolha e ramos com internódios curtos. No presente estudo, 27 isolados de X. fastidiosa procedentes de isolamentos de cafeeiros das regiões Norte, Norte Pioneiro e Noroeste do Paraná e isolados de videira, ameixeira e citros da coleção de bactérias fitopatogênicas do Laboratório de Bacteriologia e Virologia do Instituto Agronômico do Paraná foram caracterizados através da análise genômica em eletroforese de campo pulsado. Perfis genômicos obtidos a partir de restrição com a endonuclease Swa I permitiram diferenciar três grupos geneticamente distintos entre os 27 isolados de cafeeiro. Os seis isolados de outras plantas hospedeiras apresentaram perfis genômicos distintos e diferentes dos três perfis encontrados para os isolados de cafeeiros. Os isolados de cafeeiros das regiões Norte, Norte Pioneiro e Noroeste do Paraná apresentaram similaridade genética que variou entre 0,87 e 0,93. No entanto, os coeficientes de similaridade revelaram grande variabilidade genética (0,27 a 0,86) entre isolados de X. fastidiosa de diferentes plantas hospedeiras.
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    Ocorrência de cigarrinhas vetoras da bactéria Xylella fastidiosa em lavouras cafeeiras no estado do Paraná
    (2001) Lovato, Lidiana; Simões, Homero Christoval; Zandoná, Carla; Meneguim, Ana Maria; Leite, Rui Pereira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    As cigarrinhas Acrogonia sp. Acrogonia virescens, Bucephalogonia xanthophis, Dilobopterus costalimai, Oncometopia fascialis, Sonesimia grossa, Plesiommata corniculata, Homalodisca ignorata, Macugonalia leucomelas, Ferrariana trivittata e Parathona gratiosa são vetoras da bactéria Xylella fastidiosa para plantas. Com o objetivo de conhecer a fauna de homópteros potenciais vetores de X. fastidiosa para cafeeiro, foi investigada a ocorrência dessas espécies em lavouras de cinco regiões produtoras de café do Estado do Paraná. Amostragens quinzenais utilizando rede entomológica e armadilha adesiva amarela foram realizadas durante o período de novembro de 1998 a outubro de 2000. Considerando-se todas as espécies de cigarrinhas amostradas em cada região, foi constatado que mais de 9,0% são representados por indivíduos das 11 espécies de cigarrinhas transmissoras da bactéria X. fastidiosa, alcançando 21% nos municípios de Londrina, Mandaguari e Ribeirão do Pinhal. As espécies O. fascialis, D. costalimai, B. xantophis e Acrogonia sp. foram de ocorrência constante, estando presentes em 100% das coletas em quase todos os municípios estudados. De modo geral, as espécies de cigarrinhas vetoras foram mais abundantes durante o período de primavera-verão.