SPCB (02. : 2001 : Vitória, ES) – Resumos Expandidos
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Item Transferência de tecnologia em cafeicultura para diferentes regiões produtoras em Minas Gerais: ações referentes ao ano de 2000(2001) Romaniello, Marcelo Márcio; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Pozza, Adelia Aziz Alexandre; Bartholo, Gabriel Ferreira; Silva, Edson Marques da; Leite, Evandro Sérgio Martins; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO café é o segundo produto na pauta das exportações agrícolas, constituindo-se em uma das mais importantes fontes de renda para a economia brasileira. Minas Gerais se destaca no cenário brasileiro como o maior produtor de café do País, com uma participação em torno de 50% do café produzido. A importância social da cafeicultura mineira é evidente, tanto como geradora de empregos como fixadora de mão-de-obra no meio rural. Esta cafeicultura tem sua produção amplamente distribuída em quatro importantes regiões: Sul e Oeste, Zona da Mata e Rio Doce, Triângulo e Alto Paranaíba e Vale do Jequitinhonha e Mucuri. Apesar de apresentar-se como das mais evoluídas do País, a produtividade, os investimentos na lavoura e seus custos ainda deixam a desejar. Embora o Estado possua um estoque tecnológico elevado e grande número de instituições geradoras de tecnologia, notam-se deficiências na transferência desta tecnologia aos técnicos das iniciativas pública e privada. Com este trabalho, procura-se melhorar a interface entre as instituições de pesquisa e assistência técnica, proporcionando melhoria no fornecimento de informações tecnológicas ao cafeicultor.Item Difusão de tecnologia: terreiro de baixo custo (lama asfáltica)(2001) Abrahão, Edinaldo Jose; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA espécie Coffea arabica, quando cultivada em regiões aptas, recebendo tratos culturais adequados e colhendo-se os frutos em estádio de cereja (45 a 55% de umidade), com ausência de qualquer ferimento ou injúria em sua superfície, produz grãos de café que mantêm um potencial máximo de qualidade. Entretanto, esses grãos podem se deteriorar, caso permaneçam na planta ou, o que é mais comum, tenham preparo inadequado. Normalmente na fase de pós colheita é que a qualidade do café é prejudicada, seja por pouco cuidado ou por falta de infra-estrutura adequada, como, por exemplo, utilização de terreiros não-pavimentados. Hoje, com a crise de energia, em que os secadores terão de trabalhar menos; com a necessidade de redução de custos de colheita utilizando-se, por conseqüência, colheitadeiras que aumentam a necessidade de terreiros, em razão do maior volume colhido; com a busca da melhoria da qualidade do produto; e com a necessidade de redução de custos, seja no custeio normal como em benfeitorias, o terreiro de lama asfáltica, com custo de produção 10 vezes menor que os terreiros convencionais, se apresenta como uma boa alternativa.Item SBICafé: uma ferramenta de gestão do conhecimento para a comunidade de pesquisa do café(2001) Pontes, Flavio Vieira; Braga, Jose Luis; Oliveira, Doris Magna Avelar de; Pinto, Marcio Livio Pereira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO Sistema Brasileiro de Informações do Café (SBICafé) foi desenvolvido na forma de um Portal Internet e conta com uma biblioteca eletrônica (Biblioteca do Café), além de informações sobre projetos de pesquisa desenvolvidos no âmbito do CBP&D-Café (Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café) e instituições participantes. O sistema conta ainda com informações acerca de eventos (congressos, simpósios, palestras, etc.) da área de pesquisa do café. Trata-se de uma ferramenta de Gestão do Conhecimento da comunidade de pesquisa do café. O sistema já se encontra disponível na sua primeira versão. Apresenta-se uma breve descrição do sistema na sua versão atual. Futuras versões vão incorporar o uso de técnicas da Inteligência Artificial através da construção de uma ontologia (taxonomia de termos e relações) da área de pesquisa do café. Com o desenvolvimento e uso da ontologia, espera-se melhorar o sistema com a obtenção de mecanismos de navegação funcionais e intuitivos e, principalmente, com mecanismos de consulta mais amigáveis, interativos e de fácil uso para usuários leigos em computação e que, além disso, possibilitem melhor cobertura e precisão das consultas.Item Produção de informações e eventos de difusão sobre a cultura do café em Rondônia no período de 1999 a 2000(2001) Martins, Marco Antônio Spohr; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféRondônia ocupa o primeiro lugar na região Norte em produção de café Conilon e o quinto maior produtor nacional. A cafeicultura em Rondônia é uma atividade de grande importância socioeconômica para o Estado, e o grande público são agricultores familiares. Os fatores que restringem a competitividade do café são a baixa produtividade, o manejo inadequado (poda, adubação, capina, etc.), a má qualidade do produto, as dificuldades de comercialização e o custo de produção relativamente alto. A cultivar Conilon é a mais plantada nas regiões produtoras da Amazônia. Apesar de rústica e produtiva, tem alcançado rendimento baixo - 10 sacas beneficiadas por hectare. A estratégia da Embrapa Rondônia a partir de 1999, tendo como centro de referência em café da Região Norte o Campo Experimental de Ouro Preto do Oeste, pretende atingir número significativo de produtores da Amazônia em café, através de difusão de tecnologias, produção de informações por meio de cursos, dias de campo, distribuição de fôlderes informativos, etc. Durante o período de 1999 a 2000 foram produzidas 14 publicações, realizados dois grandes dias de campo, 12 excursões, produzidos seis fôlderes, promovido um seminário regional e iniciada uma campanha de calagem e adubação.Item Difusão e transferência de tecnologia para a cultura do cafeeiro no estado do Espírito Santo: manejo da broca-do-café(2001) Soares, Sammy Fernandes; Muner, Lúcio Herzog De; Fornazier, Maurício José; Martins, David dos Santos; Silva, Antônio Elias Souza da; Salgado, José Sérgio; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA broca-do-café, Hypothenemus hampei (Ferrari, 1867), é um dos principais problemas da cafeicultura no Estado do Espírito Santo, provocando perdas na produção e prejudicando a qualidade do produto. Com o objetivo de elaborar, operacionalizar e divulgar um programa de manejo da broca-do-café, foram realizadas ações de transferência de tecnologia, as quais são apresentadas no presente trabalho. A infestação pela praga foi o indicador adotado para fundamentar as ações do programa. Extensionistas foram treinados para fazer as amostragens, em todos os municípios produtores de café. As amostragens foram realizadas em 97,22% dos municípios do Espírito Santo, em 15 propriedades por município e em dois talhões por propriedade, totalizando 1.676 amostragens em 880 propriedades. Com os resultados obtidos nos levantamentos, foram estabelecidas ações de difusão e transferência de tecnologia e desenvolvido o programa de manejo da broca-do-café, no ano de 2000, sendo realizadas 880 visitas técnicas a propriedades de cafeicultores e 117 eventos de difusão e transferência de tecnologia, com o envolvimento de 10.880 participantes. A operacionalização do programa de manejo da broca-do-café possibilitou efetiva interação de pesquisadores e extensionistas do Incaper na busca de soluções para um dos principais problemas da cultura no Estado.Item Circuito sul mineiro de cafeicultura: modelo inovador de transferência de tecnologia(2001) Abrahão, Edinaldo Jose; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO Circuito Sul-Mineiro de Cafeicultura tem o objetivo de sistematizar e organizar os encontros na área da cafeicultura na região, integrando as instituições públicas, privadas e os cafeicultores na busca do objetivo comum: melhorar a qualidade do café, aumentar a produtividade, diminuir os custos de produção e, por conseqüência, melhorar a renda dos cafeicultores. O Sul de Minas é a maior região produtora de café de Minas e do Brasil. Com cerca de 37.000 propriedades cafeeiras, uma área cultivada de 516 mil hectares, com uma produção média de 8,0 milhões de sacas de café beneficiados, o Sul de Minas responde por 56% da produção mineira e 29% da produção nacional. No aspecto social, a cafeicultura sul-mineira é uma verdadeira indústria verde, pois gera 672 mil empregos diretos e indiretos na região. O valor da produção de café - cerca de 500 milhões de dólares - circula em todos os municípios sul mineiros. Só na colheita são pagos cerca de 1,7 milhão de salários mínimos. No Circuito Sul-Mineiro de Cafeicultura - Ano 2000 foram realizadas 176 horas de palestras técnicas, 22 etapas em municípios diferentes, 110 municípios presentes, 8.551 produtores participantes. No ano de 2001 estão sendo realizados 26 eventos nos principais municípios produtores de café do Sul de Minas. Os temas abordados são selecionados de acordo com a época do ano e com a necessidade dos produtores. Está prevista a participação de 12.000 cafeicultores em todas as etapas, com 208 horas de palestras técnicas, o que faz do circuito sul mineiro o maior evento técnico da cafeicultura nacional.Item Como evitar perdas na colheita de café(2001) Sobrinho, Nelson Menoli; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféOs maiores e piores defeitos do café estão relacionados com a qualidade de colheita e preparo, aliado às condições climáticas. O Paraná apresenta características climáticas próprias, o que leva a uma maturação desuniforme e, conseqüentemente, a uma necessidade de se efetuar colheita parcelada (mais de uma colheita) do café, devendo-se procurar colher menor quantidade de frutos verdes. O objetivo deste trabalho foi determinar a quantidade aceitável de frutos verdes em uma amostra de café, auxiliando os cafeicultores na tomada de decisão sobre o percentual de frutos verdes adequados durante a colheita, de modo que eles possam fazer um "balanço" entre o ponto de colheita, o percentual de frutos verdes colhidos, as perdas e o preço do café, podendo propiciar melhor resultado econômico. Efetuou-se a derriça total manual no pano de frutos de café da cultivar Catuaí Vermelho em plantas espalhadas por uma área homogênea, os quais foram separados manualmente em verdes e maduros; posteriormente foram misturadas quantidades crescentes de frutos verdes com 5, 15, 30 e 50% na amostra de frutos maduros. As amostras foram para a secagem em terreiro de tijolos, tendo sido movimentadas a cada 30 minutos. Após secas, as amostras foram beneficiadas e classificadas, observando para efeito de análise: quantidades e tipo de defeitos, perdas de peso, quantidade de escolha (catação) e perdas em valores monetários considerando para tal os valores médios de preços de café no Paraná entre as safras 96/97 e 99/2000. Como conclusão, tem-se que: quanto maior a porcentagem de grãos verdes, maiores são as perdas. Estas perdas são por: 1) peso (grãos verdes pesam em média 12,4% a menos que os maduros); 2) depreciação no tipo e aspecto; e 3) as perdas em valores monetários podem variar de 0,75% (amostras com 5% de verdes) até 27,00% (amostras com 50% de verdes) em relação a amostras com 100% de frutos maduros.Item Avaliação econômica e financeira de lavouras cafeeiras plantadas em sistema adensado no Paraná(2001) Demoner, Cilésio Abel; Baroni, Sidnei Aparecido; Morales, Lauro; Sepulcri, Odilio; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféEste trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho econômico e financeiro do processo produtivo de lavouras cafeeiras, exploradas no sistema de plantio adensado, bem como organizar um sistema de informações que permita aos técnicos envolvidos nessa exploração orientar os produtores nos ajustes necessários na condução de suas propriedades. Foi desenvolvido no período compreendido entre agosto de 1999 e setembro de 2000, por meio de acompanhamentos sistemáticos e do registro das operações realizadas em 55 lavouras de café em produção no Estado do Paraná. A produtividade nas áreas avaliadas ficou entre 5,2 sacas/ha e 75,0 sacas/ha, sendo a média de 24,0 sacas/ha. O custo total variou entre 279,2 reais e 44,4 reais/saca de café, dependendo dos insumos e da quantidade de mão-de-obra utilizados. A média ficou em 99,2 reais/sacas, sendo 33,7% de custos fixos e 66,3% de custos variáveis. O custo variável médio foi de 65,8 reais/saca, e 54,6% dos produtores ficaram com valores abaixo desta média, sugerindo que suas lavouras são viáveis mesmo com preços inferiores aos recebidos no período da pesquisa. Para os produtores com custos variáveis acima da média (65,8 reais), constatou-se o uso incorreto dos fatores de produção.