Economia e Sociedade
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Item Trocando de mãos: o mercado de imóveis rurais em Ribeirão Preto (1874-1930)(Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas, 2013-04) Marcondes, Renato Leite; Oliveira, Jorge Henrique Caldeira deAs negociações de terras acompanharam, ao longo dos séculos XIX e XX, os movimentos cíclicos de expansão, estabilização e retração da cafeicultura em território paulista. Ao analisarmos as escrituras de compra e venda de imóveis rurais de Ribeirão Preto, verificamos um palco desse processo. Mesmo antes dos grandes plantios, ocorreu uma movimentação expressiva no mercado de terras, elevando os números e valores negociados. Grandes levas de fazendeiros, lavradores, escravos, colonos e imigrantes buscaram a região como meio para aproveitar o boom do café. Os investimentos elevaram as transações e seus valores no último quartel do século XIX, assim como o preço das terras aptas para novas plantações. No auge da produção cafeeira, nas primeiras décadas do século XX, houve uma acomodação do mercado, retraindo o volume de negociações. Na década de 1920, observamos uma retração da produção de café, dos negócios e dos preços das terras disponíveis para novos cafezais, aumentando relativamente as transações urbanas.Item Domínios do café: ferrovias, exportação e mercado interno em São Paulo (1888-1917)(Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas, 2011) Tossi, Pedro Geraldo; Faleiros, Rogério NaquesNão obstante o peso decisivo das receitas geradas pelo café para os balanços financeiros das ferrovias paulistas entre 1888 e 1917, e a centralidade da atividade cafeeira na economia paulista de então, discute-se neste artigo a especialização relativa ao nível da produção verificada em São Paulo e a questão dos fretes das ferrovias neste cenário. Parte-se da ideia de que a cafeicultura, em seu desenvolvimento, demandava a diversificação de culturas agrícolas, pois as unidades básicas de produção - as fazendas de café - não se caracterizavam unicamente pela monocultura, sendo que os nexos entre uma produção voltada à exportação e outra voltada ao mercado interno davam-se nas relações de trabalho estabelecidas entre contratantes e contratados, e nas formas pelas quais os fazendeiros expropriavam aqueles que se subordinavam aos seus interesses. Verifica-se no caso estudado o aumento simultâneo das quantidades de café e de alimentos transportadas e transacionadas pela Cia. Mogiana nos marcos da periodização proposta; porém, percebe-se estreita dependência em relação à receita gerada pelo transporte de café. Aponta-se, ainda, a especialização absoluta ao nível do crédito e da circulação (transportes) que caracterizavam este complexo econômico.Item As brechas ao capital nacional: a liderança da casa J. F. de Lacerda & Cia. sobre a exportação cafeeira em Santos na década de 1880(Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas, 2015) Silva, Gustavo Pereira daA ascensão econômica da província de São Paulo no século XIX assentou-se sobre a expansão da lavoura cafeeira no Oeste Paulista e sobre a formação de um complexo econômico com atividades paralelas vinculadas à exportação do produto. Dentre estas atividades, o comércio de importação e exportação era uma das mais importantes, sendo que a maioria das casas exportadoras de café em Santos eram firmas estrangeiras, o que levou a historiografia econômica a relegar o capital nacional nesta seara. Todavia, a principal casa exportadora de café em Santos na metade da década de 1880 era a J. F. de Lacerda & Cia., uma empresa familiar pertencente aos Lacerda Franco. O artigo investiga o funcionamento desta firma, que era uma casa comissária e exportadora, por meio da análise de suas demonstrações financeiras e, ao mesmo tempo, apreende sua estratégia que se baseava no tripé café, capital e uma rede produtiva em municípios cafeeiros paulistas.