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    Marketing para jovens consumidores de café: estratégias para o mercado brasileiro
    (Universidade Federal de Lavras, 1999-05-07) Sette, Ricardo de Souza; Santos, Rubens da Costa
    Empresas de diferentes setores, dentro da nova estrutura competitiva, cientes da importância de satisfazer as necessidades dos consumidores, vêm provocando mudanças nos hábitos e costumes da população. Novos alimentos e novas formas de distribuição têm sido introduzidos, acompanhados de agressivas campanhas publicitárias. O setor de café, confiante na sua tradição, não acompanhou o ritmo de modernização e de marketing do setor de bebidas, tendo como conseqüência uma significativa perda de participação no mercado e redução no consumo. Este trabalho tem como objetivo conhecer o consumidor jovem de café no Brasil e sugerir estratégias mercadológicas que possam estimulá-lo a consumir mais o produto. Através da técnica de análise de grupos foram realizados estudos qualitativos na cidade "de São "Paulo e estudos quantitativos na cidade. de Belo Horizonte. Analisados os resultados, e identificado o significado do café para este público jovem, foram sugeridas estratégias genéricas que contribuam para o aumento do consumo de café no mercado interno. Os resultados mostram que predomina, entre os jovens universitários, uma imagem negativa em relação ao café. Muito associado ao cigarro e ao vicio, 54% dos entrevistados não têm o hábito de tomar café, além de associar a imagem do café a uma pessoa adulta, que trabalha muito, estressada e cheia de responsabilidades. Quem toma aprendeu com a família, por um hábito, ou no trabalho. Como aspectos positivos consideram o café como estimulante e muito associado a um intervalo, descanso e relaxamento. Consideram que o café ainda mantém sua postura tradicional, não é um produto prático e adequado ao jovem e as propagandas não falam com o jovem. Estratégias de marketing elaboradas com vistas ao futuro consumidor de café devem descobrir os valores que norteiam os interesses dos jovens de hoje para construir produtos, embalagens, formas de consumo e de comunicação que façam sentido em seu mundo. Pois esse mundo é diferente daquele onde o café tem ou teve um lugar de honra: o lar brasileiro. Da forma como vem sendo percebido hoje pelos jovens, constata-se que é preciso mudar se quiser permanecer.
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    Aplicação de zinco via solo em plantas de cafeeiro (Coffea arabica L.) em casa de vegetação
    (Universidade Federal de Lavras, 1999-10-04) Souza, Carlos Alberto Spaggiari; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo
    Conduziram-se quatro experimentos em casa de vegetação, no Departamento de Ciência do Solo da Universidade Federal de Lavras, objetivando avaliar a resposta do cafeeiro (Coffea arábica L.) à aplicação de doses de Zn, seus efeitos nas características de crescimento, estimar os níveis críticos de Zn nos solos e nas plantas, verificar os índices de eficiência, a interação entre os nutrientes e avaliar o comportamento de três cultivares de cafeeiro às doses de zinco aplicadas. Foram usadas amostras de três solos: Latossolo Vermelho-Amarelo textura média, um Latossolo Vermelho Amarelo textura argilosa e um Latossolo Roxo textura muito argilosa. Os experimentos foram instalados em DBC, em esquema fatorial, com quatro repetições, divididos em duas etapas; na primeira etapa cada solo foi considerado um experimento, sendo testadas cinco doses de zinco como primeiro fator, diferenciadas para cada solo, e três doses de calcário como segundo fator: dose 0 de calcário, dose 1 e dose 2, sendo as duas últimas baseadas em curvas de incubação para cada solo visando elevar o pH dos mesmos para 5,5 e 6,5, respectivamente. Na segunda etapa foram testadas cinco doses de zinco (0,5,10, 20 e 40 mg.dm-³), no Latossolo Vermelho-Amarelo, textura média, na faixa de pH 5,5, em três cultivares de cafeeiro (Catuai Vermelho, Mundo Novo e Icatu). Os solos receberam carbonato de cálcio e de magnésio na relação 4:1, de acordo com os valores de pH desejados e uma adubação básica com macro e micronutrientes. Após incubação por 23 dias antes da repicagem das mudas, os solos foram amostrados e analisados para todos os nutrientes, sendo o zinco determinado pelo extrator DTPA. Na primeira etapa cada parcela foi constituída por um vaso de 4 dm³, onde foram cultivadas duas plantas por 180 dias após a repicagem. Na segunda etapa, cada parcela foi constituída por um vaso de 3 dm³, onde foram cultivadas duas plantas por 210 dias após a repicagem. Após a colheita dos experimentos determinaram-se a matéria seca e o teor de nutrientes para cada parte da planta. O cafeeiro respondeu em produção de matéria seca e outras características de crescimento à aplicação de Zn e a doses de calcário, com uma distinta potencialidade dos solos segundo as características avaliadas. Os níveis críticos de Zn no solo variaram entre os solos e entre as doses de calcário aplicadas, pelo extrator DTPA. Houve variação dos níveis críticos de Zn na matéria seca da parte aérea entre os solos e as doses de calcário estudadas, como resposta aos tratamentos aplicados, diferenciando-os ainda no coeficiente de utilização do micronutriente pelas plantas. As cultivares mostraram distinta eficiência no uso do Zn aplicado via solo.
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    Efeito da inclusão de grãos defeituosos na composição química e qualidade do café (Coffea arabica L.) "estritamente mole"
    (Universidade Federal de Lavras, 1997-08-09) Pereira, Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga; Vilela, Evódio Ribeiro
    O presente trabalho foi realizado em decorrência da demanda de informações sobre a composição química dos grãos defeituosos, a influência dos mesmos na qualidade do café, e da necessidade de consolidação de métodos mais objetivos de avaliação da qualidade como complementação à tradicional “prova de xícara”. Ao café (Coffea arábica L.) da cultivar Mundo Novo, oriundo de Patrocínio – MG e classificado como de bebida estritamente mole, foram adicionados grãos com os defeitos “verde”, “ardido” e “preto”, nas seguintes proporções: 0%, 5%, 10%, 15%, 20%, 25% e 30% de cada defeito. Observou-se que a adição de quantidades crescentes dos três tipos de defeitos provocou reduções significativas nos teores de umidade, açúcares totais e açúcares não redutores; constatou-se também aumentos significativos nos valores de fenólicos totais, lixiviação de potássio, porcentagem de perda de potássio, açúcares redutores, proteína total, extrato etéreo, fibra bruta e vitamina C total. Os grãos “ardidos” e “pretos”, ocasionaram elevação dos valores de acidez titulável acompanhada por redução de pH, enquanto o defeito “verde” ocasionou um comportamento oposto. Através da tabela de classificação baseada na atividade enzimática da polifenoloxidase, constatou-se que a adição de quantidades crescentes dos três tipos de defeitos reduziu significativamente a quantidade do café de bebida estritamente mole, sendo o defeito “preto” o que ocasionou efeito detrimental à qualidade em maior intensidade. A composição química dos grãos somente “verdes”, “ardidos” e “pretos”, separadamente, foi também investigada e comparada ao café de bebida estritamente mole; constatou-se que a composição química dos três tipos de defeitos diferiu significativamente do café de bebida estritamente mole, para todas as variáveis analisadas.
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    O café (Coffea arabica L.) na Região Sul de Minas Gerais: relação da qualidade com fatores ambientais, estruturais e tecnológicos
    (Universidade Federal de Lavras, 1996-02-29) Souza, Sára Maria Chalfoun de; Carvalho, Vânia Déa de
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    Marketing para jovens consumidores de café: estratégias para o mercado brasileiro
    (Universidade Federal de Lavras, 1999-05-07) Settee, Ricardo de Souza; Santos, Rubens da Costa
    Empresas de diferentes setores, dentro da nova estrutura competitivas, cientes da importância de satisfazer as necessidades dos consumidores, vêm provocando mudanças nos hábitos e costumes da população. Novos alimentos e novas formas de distribuição têm sido introduzidos, acompanhados de agressivas campanhas publicitárias. O setor de café, confiante na sua tradição, não acompanhou o ritmo de modernização e de marketing do setor de bebidas, tendo como consequência uma significativa perda de participação no mercado e redução no consumo. Este trabalho tem como objetivo conhecer o consumidor jovem de café no Brasil e sugerir estratégias mercadológicas que possam estimulá-lo a consumir mais o produto. Através da técnica de análise de grupos foram realizados estudos qualitativos na cidade "de São "Paulo e estudos quantitativos na cidade. de Belo Horizonte. Analisados os resultados, e identificado o significado do café para este público jovem, foram sugeridas estratégias genéricas que contribuam para o aumento do consumo de café no mercado interno. Os resultados mostram que predomina, entre os jovens universitários, uma imagem negativa em relação ao café. Muito associado ao cigarro e ao vicio, 54% dos entrevistados não têm o hábito de tomar café, além de associar a imagem do café a uma pessoa adulta, que trabalha muito, estressada e cheia de responsabilidades. Quem toma aprendeu com a família, por um hábito, ou no trabalho. Como aspectos positivos consideram o café como estimulante e muito associado a um intervalo, descanso e relaxamento. Consideram que o café ainda mantém sua postura tradicional, não é um produto prático e adequado ao jovem e as propagandas não falam com o jovem. Estratégias de marketing elaboradas com vistas ao futuro consumidor de café devem descobrir os valores que norteiam os interesses dos jovens de hoje para construir produtos, embalagens, formas de consumo e de comunicação que façam sentido em seu mundo. Pois esse mundo é diferente daquele onde o café tem ou teve um lugar de honra: o lar brasileiro. Da forma como vem sendo percebido hoje pelos jovens, constata-se que é preciso mudar se quiser permanecer.
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    O café (Coffea arabica L.) na região Sul de Minas Gerais - relação da qualidade com fatores ambientais, estruturais e tecnológicos
    (Universidade Federal de Lavras, 1996) Chalfoun, Sára Maria; Carvalho, Vânia Déa de; Universidade Federal de Lavras
    O cafe ainda constitui grande fonte geradora de receitas cambiais para o Brasil, a despeito de ter diminuído sua participação relativa no valor das exportações com a diversificação destas e, em conseqüência, do processo industrial alcançado pela economia nacional. A atividade de produção cafeeira grande geradora de emprego e fixadora de mão-de-obra no meio rural. A cafeicultura tem posição ímpar na nossa economia dado o número de pessoas que emprega. Estimativas apontam a atividade como empregadora de 4 milhoes de pessoas na produção e de 10 milhões, se considerados os outros segmentos, tais como comércio, indústria e serviços. Historicamente, o Brasil ocupa a posição de maior produtor e exportador de café no mercado internacional. Entretanto, no início deste século [1900-1909), era responsável por 77% das exportações mundiais do produto enquanto que em 1993 respondeu por 25% destas exportações. Um dos fatores determinantes do declínio brasileiro no mercado foi a falta de qualidade do produto nacional. A estratégia brasileira era exportar grandes quantidades para um mercado onde a exigência quanto a qualidade era crescente. Os principais concorrentes brasileiros perceberam mais cedo a importância de ofertar um produto de melhor qualidade e induziram modificação significativa em seu produto. Colombia, México e países da America Central, ao produzirem café arábica suave, alcançaram sempre melhores preços no mercado internacional. A cafeicultura nacional passou a partir de 1986, por uma série de dificuldades de várias naturezas como mudanças nas regras financeiras pelos vários planos governamentais, problemas climáticos resultando em perdas de safras, alto custo de mão-de-obra, tratos insuficientes dispensados às lavouras em decorrência de baixos preços, conduzindo a deterioração do parque cafeeiro (Matiello et al., 1993). Com relação ao mercado externo, em 1989 houve o rompimento das cláusulas econômicas do Acordo Internacional do Café (AIC) impondo a maioria dos produtores. a implantação e aprimoramento da economia de mercado livre para o produto. As novas lideranças do setor estabeleceram coordenadas bem definidas, das quais depende a capacidade de a agroindústria brasileira abastecer os mercados interno e externo com um produto de qualidade. Em Minas Gerais o café tem sua relevância traduzida pela receita proporcionada via Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e pela contribuição do FUNRURAL. A sua importância pode ser avaliada também pelo seu papel no mercado de trabalho, como gerador de emprego e como fator de fixação de mão-de-obra no meio rural. Em 1994, Minas Gerais produziu 10,2 milhões de sacas de café beneficiado, detendo 892 mil hectares em cafeeiros, com uma produtividade média de 11,5 sacas de café beneficiado por hectare. Neste mesmo ano, as regiões Sul, Mata e Triangulo e Alto Paranaíba detinham respectivamente 48,5 %, 20,3% e 10,7% da área cafeeira e 48,6%, 18% e 13,6% da produção de café do Estado, segundo a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (1995). A região Sul de Minas Gerais é, além de maior produtora de café do Estado, produtora tradicional de cafés de fina qualidade. No entanto, nos últimos anos tem-se observado um desestímulo ao empenho dos cafeicultores visando a produção de cafés classificados em padrões mais elevados de qualidade, principalmente porque os produtores vendem sua produção a qualquer preço, deixando aos comerciantes a apropriação das valorizações do produto. A redefinição dos padrões de qualidade, a estratégia de diferenciação entre as empresas de torrefação, segmentando o I mercado e procurando abastecimento com produtos de qualidades peculiares, as avaliações tradicionais quanto a qualidade do café através dos testes sensoriais (provas de xícara) e classificação por tipo tem se mostrado insatisfatórias (Cortez, 1988; Chagas, 1994; Pimenta, 1995). Já em 1962, Fairbanks citado por Wiezel (1981) afirmava que a classificação por bebida é um trabalho complexo e exige não somente um conhecimento perfeito e grande prática, como também a educação do paladar, que deverá ser apurado a fim de distinguir com precisão, não apenas as veriedades de bebida que vão de um padrão "estritamente mole" a um gosto "rio" mas também, as suas respectivas e sensíveis nuances, que variam consideravelmente de um café para outro, sendo que cada uma delas poderá influir no valor do produto. A exemplo do que ocorre com o vinho, a tendência do mercado de café e a de valorização da qualidade de acordo com as peculiaridades que são conferidas à bebida segundo a sua origem. O sabor característico do café é devido à presença de vários constituintes químicos voláteis e não voláteis, proteínas, aminoácidos, ácidos graxos, compostos fenólicos e também à ação de enzimas sobre alguns destes constituintes, dando como produtos de reações compostos que interferirão no sabor e odor do mesmo. Tem sido realizados trabalhos exaustivos, visando correlacionar a composição química e atividade da polifenoloxidase e peroxidase do grão com a qualidade da bebida (Amorim e Silva, 1968a,b; Rotemberg e Iachan, 1972; Valência-Aristizabal, 1972; Arcila-Pulgarim e Valência-Aristizabal, 1975; Oliveira et al., 1977; Carvalho et al., 1994; Chagas, 1994 e Pimenta, 1995). Estes trabalhos tem contribuído efetivamente para o estabelecimento de análises de constituintes químicos associados à qualidade do café, visando a complementação do teste sensorial e atendendo as exigências mundiais de modernização do sistema de classificação da qualidade. Fatores como espécie botânica (Arabica e Robusta), a variedade e a origem geográfica (diferentes regiões ou estados), tem contribuído para a previsão dos padrões qualitativos a serem produzidos. Sabe-se ainda que a qualidade depende da interação entre fatores nas fases pré e pós-colheita que garantam a expressão final das características de sabor e aroma, e que enquadrem o café produzido nos melhores padrões de qualidade (Feria-Morales, 1990). Aos fatores pré-colheita somam-se os cuidados exigidos nas fases de colheita e preparo do café. Finalmente a relização adequada do processo de benefício, armazenamento, moagem, torrefação e preparo da infusão garantem a expressão final da qualidade do produto. Sabendo-se da importância da Região Sul do Estado de Minas na cafeicultura nacional e da necessidade de estudos a nível regional sobre a qualidade do café, visando dar subsídio à caracterização qualitativa deste produto, o presente trabalho tem por objetivos: Objetivo geral - Caracterizar qualitativa e quimicamente os cafés produzidos na região Sul de Minas Gerais e relacionar as variações qualitativas e químicas com alguns fatores ambientais e estruturais que atuam nas fases pré e pós-colheita. Objetivos específicos - Traçar o perfil qualitativo de cafés de diferentes municípios produtores da região Sul de Minas e identificar a origem das possíveis variações. Determinar a relação dos 'scores' das propriedades quanto às estruturas e procedimentos visando a preservação qualitativa dos grãos com a qualidade do café e tamanho (população cafeeira) das propriedades. - Estudar a influência da altitude e da ocorrência de chuvas durante os períodos de colheita e secagem sobre a qualidade e composição química de cafés da região Sul de Minas Gerais. - Determinar o efeito de tratamentos fitossanitários aplicados na fase pré-colheita sobre a qualidade de cafés provenientes de diferentes localidades da região Sul do Estado de Minas Gerais. DISCUSSÃO GERAL O Estado de Minas Gerais é atualmente responsável por 45,5% da produção de café brasileiro. A região Sul do Estado de Minas Gerais detém, segundo Indicadores de Conjuntura (1988) citado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Minas Gerais (1995), 53,8% da área cultivada com café, 50% da produção e produtividade média de 15,1 sc/ha, ocupando portanto o primeiro lugar no Estado sob todos os aspectos citados. Cita-se também ser a região Sul a melhor estruturada para a cafeicultura, dispondo de 55,8% da infraestrutura do Estado. No entanto, observa-se que com as crescentes exigências quanto aos padrões qualitativos pelos mercados externo e interno e a tendência de valorizar-se o café, como o chá e o vinho de acordo com a região de origem, há necessidade de conhecer mais profundamente as características químicas do café produzido na região Sul, bem como o real potencial desta região para ocupar também no aspecto de qualidade, a posição de liderança no Estado. Desta forma, o presente trabalho se propôs a determinar as principais características químicas que permitam enquadrar objetivamente os cafés produzidos nos diferentes municípios da região sul de Minas, em diferentes padrões qualitativos. As amostras utilizadas foram provenientes de quatorze municípios cafeicultores do Estado de Minas Gerais em um levantamento que envolveu aproximadamente 19 milhões de covas distribuídas em 140 propriedades cafeeiras representativas da cafeicultura desenvolvida na região Sul do Estado de Minas Gerais. Verificou-se, através das análises da atividade enzimática da polifenoloxidase, do índice de cor, da acidez, dos açúcares totais e fenólicos totais, que as propriedades enquadraram-se, de uma maneira geral, em elevados padrões qualitativos, exceto por alguns indicadores de açúcares e fenólicos totais de maior concentração em frutos verdes no momento da colheita, o que pode conferir adstringência à bebida no teste sensorial (prova de xícara). No entanto, confirmando trabalhos anteriores, o teste sensorial efetuado por três provadores de diferentes locais (repetições) indicaram a utilização da bebida "dura" como padrão máximo de qualidade subestimando a real qualidade da maioria das amostras avaliadas. Nas fases de colheita e pós-colheita foram avaliados os "scores" das propriedades, relativos a utilização de fatores/procedimentos, visando a preservação da qualidade, indicando que a região Sul, através da amostragem efetuada no presente estudo, encontra-se bem estruturada neste aspecto com uma tendência de que propriedades com população acima de 50.000 covas, que constituíram a maioria das propriedades estudadas, apresentaram "scores" mais elevados. A interação e efeito somatório das estruturas e procedimentos visando preservar a qualidade tornou-se evidente, quando na ausência de alguns deles as propriedades ou municípios não atingiram o potencial de produção de elevados padrões qualitativos mesmo em presença dos demais A avaliação da influência da altitude na qualidade do café produzido indicou que as propriedades sul mineiras localizam-se quase em sua totalidade, na faixa de altitude de 700-1000 m. As análises indicaram uma ligeira desvantagem qualitativa dos cafés produzidos na faixa superior de altitude (900 - 1000 m) o que foi atribuído ao prolongamento do período de colheita com ocorrência de chuvas durante a mesma e a secagem do café, indicativa de um processo de maturação mais desuniforme. Os tratamentos fitossanitários dispensados as lavouras visando o controle de ferrugem (Hemileia vastatrix Berk e Br.), demonstraram uma falha no sistema de controle a ferrugem através do uso inadequado do fungicida cúprico com possíveis danos indiretos à qualiidade. Por outro lado, observou-se uma tendência de utilização de medidas alternativas de controle como a aplicação de fungicidas sistêmicos (Triadimenol, Cyproconazole) via foliar associados ou não aos fungicidas cúpricos e aplicação da mistura fungicida/inseticida (triadimenol + dissulfoton) via solo. No entanto ainda com baixos índices de substituição do sistema tradicional, utilizando-se exclusivamente o sistema preventivo com os cúpricos. Conclui-se, portanto, que os municípios Sul Mineiros estudados possuem uma cafeicultura de porte médio a elevado e cuja expansão em área foi acompanhada pela implantação de estruturas e procedimentos visando um manejo da colheita e pós-colheita aprimorados. Apesar da localização das propriedades em faixas de altitudes favoráveis à produção de cafés com boas características químicas relacionadas com a boa qualidade da bebida, o problema da época de colheita e secagem na faixa mais elevada de altitude (900 a 1000 m) merece ser investigado no sentido de evitar-se a colheita muito antecipada com elevado percentual de frutos verdes e verde cana e a colheita muito dilatada com riscos de ocorrência de chuvas no período de setembro a novembro, envolvendo a ocorrência de deteriorações dos frutos e conseqüente prejuízo à qualidade. As soluções viáveis neste sentido seriam o redimensionamento da mão-de-obra necessária para a realização da colheita e das estruturas visando a secagem em um período mais curto, melhorando portanto a eficiência na realização destes processos. Contornados estes problemas que são restritos a algumas áreas da região a mesma estará apta a reassumir o papel histórico de abastecimento dos mercados interno e externo com produtos de alta qualidade e conseqüentemente alto valor, beneficiando-se da atual tendência de segmentação dos mercados em termos de bebidas, origens do café e forma de preparo. RECOMENDAÇÕES - Na região Sul do Estado de Minas Gerais os processos de colheita deverão concentrar-se nos meses de abril/maio a agosto, através da aplicação dos seguintes recursos: cuidados com as lavouras na fase pré-colheita o que conduzira a um processo normal de florescimento, desenvolvimento e maturação uniformes; aumento da mão-de-obra envolvida na colheita (número de "panos") e adequação do número e capacidade dos lavadores e área de terreiros ao volume de café produzido; sempre que necessário implantação de estruturas auxiliares visando a realização da secagem total ou parcialmente através de secadores mecânicos. - Motivar os cafeicultores a investirem em estruturas e capacitação de mão-de-obra visando a preservação da qualidade através de: estabelecimento de linhas de crédito para pequenos e médios cafeicultores visando a implantação de estruturas pós-colheita (lavadores, terreiros pavimentados, secadores); implantação de Laboratórios de Análise de Qualidade do Café junto a órgãos oficiais da região visando fornecer aos produtores informações sobre a qualidade de seus cafés e melhorando assim o seu poder de comercialização do produto; valorização crescente dos produtos de melhor qualidade, entre outros. - Fortalecimento do movimento pró-cafeicultura Sul-Mineira recém iniciado pelas entidades de ensino (UFLA), pesquisa (EPAMIG), extensão (EMATER) e produtores, apoiado pelo governo do Estado de Minas Gerais e Conselho Nacional do Café (CNC), visando demonstrar ser a região não só detentora do maior volume de café produzido no Estado, mas também detentora, quer pela sua localização geográfica, quer pelo nível tecnológico do qual são dotadas as propriedades, de condições de manter sua posição histórica de região produtora de cafés de fina qualidade capazes de satisfazer os mercados mais exigentes do Brasil e de todo o mundo. - Prosseguimento do presente trabalho por pelo menos três anos agrícolas tendo em vista a variação das condições ambientais, de tamanho e de estruturação das propriedades, contribuindo para a manutenção de um banco de dados atualizados no que se refere aos aspectos que influenciam a qualidade do café produzido na região Sul do Estado de Minas Gerais. - Desenvolvimento de pesquisas que possibilitem atenuar o alto custo de mão-de-obra nas fases de colheita e secagem do café, tais como as referentes à mecanização e a seleção de material genético, constituído de grupos de plantas que apresentem maturação uniforme, porém com diferentes épocas de maturação.
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    Avaliação de metodologias empregadas na seleção de progênies do cafeeiro (Coffea arabica L.) no estado de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Lavras, 1994) Mendes, Antônio Nazareno Guimarães; Ramalho, Magno Antonio Patto; Universidade Federal de Lavras
    Com o objetivo de proceder a avaliação de resultados obtidos pelo Programa de Melhoramento Genético do Cafeeiro em Minas Gerais, Brasil, estudou-se a estabilidade fenotipica de progênies de cafeeiros, determinou-se a magnitude das Interações geradas pelas progênies com os ambientes, estudou-se a influência do número de repetições na precisão experimental e nas estimativas de parâmetros de interesse e avaliou-se a possibilidade de emprego de seleção antecipada. Foram utilizados os dados de produção de grãos de progênies de 'Catimor', 'Catuai', 'Mundo Novo' e 'Icatu', avaliadas em 13 experimentos nas localidades de Lavras, Machado, Patrocinio, Rio Paranaiba, São Sebastião do Paraíso e Viçosa. Os experimentos foram instalados a partir de 1976/77, adotando-se o sistema de manejo usualmente empregado em cada região produtora. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso e o de látice balanceado 5x5, com parcelas de 4 a 6 plantas. Foram consideradas nas análises um número variável entre 7 e 12 colheitas, conforme o experimento. As análises foram realizadas por colheita e por agrupamentos destas, por experimento e conjunta para os experimentos com progênies comuns. Para a determinação da estabilidade fenotipica da produção utilizou-se o método de EBERHART e RUSSEL (1966) e uma metodologia alternativa, na qual o índice ambiental foi a média de progênies testemunhas; cada combinação de local e colheita foi considerada um ambiente para análise. Verificou-se que a precisão experimental foi variável, aumentando nas análises com as produções agrupadas, em particular em biênios de colheita. As estimativas dos componentes da variância e do coeficiente de determinação genotipica foram bastante variáveis entre cultivares, sendo melhoradas pelo agrupamento em biênios. As estimativas dos componentes devidos as interações progênies x locais e progênies x colheitas evidenciaram que a interação progênies x locais assume maior importância para progênies de 'Mundo Novo' e 'Catimor', sendo menor para progênies de 'Catuai'. O componente devido a interação progênies x colheitas foi de maior magnitude para todas as cultivares. O desdobramento da interação progênies x locais mostrou ser a parte simples bem mais expressiva para progênies de 'Catimor', semelhante à parte complexa para progênies de 'Catuaí' e menos expressiva para progênies de 'Mundo Novo'. O delineamento em látice balanceado não foi eficiente em comparação ao de blocos casualizados, indicando não ser necessário o uso desse delineamento em futuras avaliações de progênies de cafeeiros. Não houve grande vantagem em se utilizar um número de repetiçções superior a três, pois a precisão experimental praticamente não se alterou e as estimativas de componentes da variância foram semelhantes. Pela determinação da estabilidade fenotipica foi possível identificar alguns materiais mais estáveis em cada cultivar. A utilização da metodologia alternativa gerou resultados discordantes, em particular para as progênies de 'Catimor'. Para todas as cultivares, as progênies mais produtivas apresentaram maiores estimativas do coeficiente de regressão, com tendência de resposta altamente positiva à melhoria do ambiente, responsivas ao emprego de maior tecnologia. Observou-se ser possível realizar a seleção antecipada das melhores progênies com razoável eficiência, com base nos dados de produção acumulada até a terceira ou quarta colheita, dependendo do ano em que ocorra a maior produção do segundo bienio, para progênies das cultivares 'Catuai', 'Mundo Novo' e 'Icatu'. Para materiais exóticos, como as progênies de 'Catimor', é prudente conduzir as avaliações por seis colheitas. As progênies de 'Catuai' e de 'Mundo Novo' apresentaram pequena variação em produtlvidade, mostrando-se muito uniformes, enquanto que as progênies de 'Catimor' foram muito Variáveis e com potencial produtivo inferior às cultivares 'Catuai' e 'Mundo Novo'.
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    Formação de mudas de cafeeiro: (Coffea arabica L.): efeitos de reguladores de crescimento e remoção do pergaminho na germinação de sementes e do uso de N e K em cobertura, no desenvolvimento de mudas
    (Universidade Federal de Lavras, 1995) Guimarães, Rubens José; Fraga, Antonio Carlos; Universidade Federal de Lavras
    Com o objetivo de buscar alternativas para diminuição do tempo de formação de mudas de cafeeiro (Coffea arabica L,), instalaram-se dois experimentos no campus da Universidade Federal de Lavras. Experimento I: O ensaio foi instalado no Laboratório de Análise de Sementes da UFLA no período de 11/08/95 a 01/09/95, afim de se verificar qual o melhor tratamento a ser aplicado às sementes, para protusão de radícula e emissão de raizes secundárias em menor tempo, diminuindo assim o período de formação de mudas. O delineamento usado foi o blocos casualizados em esquema fatorial com 4 repetições, sendo que cada parcela continha 4 rolos de papel tipo germiteste com 50 sementes por rolo. Os tratamentos utilizados no esquema fatorial foram 2 (sementes com e sem "pergaminho") x 4 (água pura, 5 ppm, 10 ppm e 20 ppm de citocinina - BAP) x 3 (1, 15 e 30 horas de imersão), com adicionais que contemplavam sementes com e sem "pergaminho" imersas em solução com 20 ppm de giberelina (GA3) por 30 horas, sementes sem imersão com retirada do pergaminho mecanicamente e sementes com ou sem pergaminho em água corrente por 30 horas. Avaliou-se protusão da radícula e emissão de raizes secundárias aos 20 dias após a montagem do experimento. Nas condições de realização do ensaio pode-se concluir que: - Para acelerar o processo germinativo as sementes devem ter o "pergaminho" retirado de maneira que o embrião não seja afetado e não devem sofrer nenhum tipo de imersão. - O aumento de concentração de citocinina (BAP), prejudicou a emissão de raizes secundárias das plântulas. Experimento II: Avaliou-se o efeito da aplicação em cobertura de N e K em diferentes doses e épocas na intenção de se aumentar o desenvolvimento e diminuir o tempo de formação das mudas de cafeeiro. O ensaio foi instalado no viveiro de mudas de cafeeiro da UFLA, no período de 12/08/94 a 09/03/95, usando-se o delineamento de blocos ao acaso em esquema fatorial com 3 repetições, testando-se 4 doses de N (O, 20, 40 e 60 g/10 litros d’água/1000 mudas), 4 doses de K20 (O, 20, 40 e 60 g/ 10 litros d’água/1000 mudas) e 5 épocas de aplicação (mudas com 1,2, 3, 4 e 5 pares de folhas verdadeiras). Como fontes de N e K20, utilizou-se sulfato de amônio e cloreto de potássio, respectivamente. Ao final do experimento foram avaliadas características de crescimento (altura das mudas, diâmetro do caule, área foliar, peso seco de raizes, parte aérea e total), teores e quantidades de N, P, K Ca, Mg, S, B, Cu, Mn e Zn e relação matéria seca de raízes/matéria seca da parte aérea das mudas. Nas condições em que foi realizado o experimento concluiu-se que: - A adição de K às adubações em cobertura, as vezes feitas somente com N, não alterou o desenvolvimento das mudas, nem aumentou seus teores ou quantidades na matéria seca das plantas, não proporcionando portanto, ganhos relacionados ao tempo de permanência das mudas em viveiro. - Apesar da queda no teor de K disponível no substrato das mudas durante as regas no viveiro, não se constataram deficiências desses nutrientes nas plantas e, aplicações de doses excessivas reduziram o teor de Mg nas mudas. - O sulfato de amônio nas doses utilizadas não causou toxidez de Mn, mas afetou a relação raiz/parte aérea em detrimento do sistema radicular.
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    Efeito de diferentes métodos de controle de plantas daninhas na cultura do cafeeiro (Coffea arabica L.) sobre a qualidade de um Latossolo Roxo distrófico
    (Universidade Federal de Lavras, 1997) Alcântara, Elifas Nunes de; Ferreira, Mozart Martins; Universidade Federal de Lavras
    Em um experimento instalado com cafeeiro ‘Catuaí Vermelho’, plantado no espaçamento 4x1m em setembro de 1977, em área de LRd, na Fazenda Experimental da EPAMIG em São Sebastião do Paraíso - MG, foram estudados os efeitos de vários métodos de controle de plantas daninhas sobre alguns indicadores de qualidade do solo, a partir de 1977 até 1996. Na análise dos indicadores físicos o experimento constou de oito tratamentos. Para as análises dos indicadores químicos e de produção foram utilizados sete tratamentos, todos com três repetições em blocos casualizados, envolvendo um total de 2268 covas. Para as análises dos indicadores fisicos, foram utilizados oito tratamentos os quais constaram de roçadeira (RÇ), grade (GR), enxada rotativa (RT), herbicida de pós-emergência (HC), herbicida de pré-emergência (HR), capina manual (CM) e testemunha sem capina (SC) a uma testemunha natural solo de mata (MT). Para os estudos dos indicadores químicos e produção os mesmos tratamentos descritos acima foram utilizados, com exceção da testemunha natural (MT). Entre os indicadores fisicos, avaliou-se, nas camadas de O a 15 e 15 a 30 cm de solo, a densidade do solo (Ds), densidade de partículas (Dp), volume total de poros (VTP), estabilidade de agregados (EA) expressa em diâmetro médio geométrico (DMG), argila dispersa em água (ADA) e teor de matéria orgânica (MO). Entre os indicadores químicos foram avaliados o pH, os teores de P, K, Ca, Mg, Al, acidez potencial, saturação por Al, CTC e índice de saturação de bases, além da produção em sacas de café beneficiado/ha. Após 18 anos foi observado que o tratamento SC aumentou o teor de MO em 85% e 75% nas camadas de O a 15 e 15 a 30cm, respectivamente. O aumento da MO afetou consequentemente outros parâmetros. Diminuiu a Ds, o teor de Al e a saturação por Al; aumentou a porosidade, a estabilidade dos agregados em água (EA), o pH, os teores de P, K, Ca, Mg, CTC, o índice de saturação de bases (V). O uso de HR, entretanto, mostrou efeito oposto à SC, apresentando no período o menor teor de MO, uma alta Ds, baixa porosidade e menor EA, além de permitir a formação de encrostamento superficial e de apresentar uma baixa ADA, indicando uma alta dispersão seguida de processo erosivo. Quimicamente o tratamento HR aumentou o teor de AI, a acidez potencial e a saturação por Al. Diminuiu o pH, o teor de P, K, Ca, Mg e CTC e o índice de saturação de bases (V). O tratamento RT formou na camada de 15 a 30 cm uma camada adensada denominada "pan". A melhoria na qualidade do solo, expressa pelos atributos físicos e químicos, observada na SC, não refletiu em ganho no rendimento em sacas beneficiadas/ha. Entretanto, verificou-se que a diferença média de rendimento entre o HR (tratamento mais produtivo) e a testemunha SC foi de apenas 2,96 sacas beneficiadas/ha. Esta diferença em sacas beneficiadas foi parcialmente compensada pelo menor custo de manejo do tratamento sem capina, que foi apenas trilhado, com melhoria de qualidade do solo.
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    Estudos sobre produção de mudas de cafeeiro (Coffea arabica L.) em tubetes
    (Universidade Federal de Lavras, 1999) Melo, Benjamim de; Mendes, Antônio Nazareno Guimarães; Universidade Federal de Lavras
    Com o objetivo de ampliar os conhecimentos e propor formas de manejo, substratos e adubações complementares com produtos de fácil acesso aos produtores de mudas de cafeeiro em tubetes, experimentos foram conduzidos no Setor de Cafeicultura da Universidade Federal de Lavras, em Lavras - MG. No primeiro capítulo, são apresentadas informações a respeito da importância da cultura do cafeeiro e alguns procedimentos adotados nos capitulos subseqüentes. No segundo capítulo, o objetivo principal foi estudar a influência de dois tamanhos de tubetes em oito épocas de amostragem. Os resultados obtidos mostraram que os tubetes com capacidade volumétrica de 50 ml permitiram a produção de mudas de cafeeiro com desenvolvimento semelhante ao daquelas produzidas nos tubetes com capacidade de 120 ml e que as plantas apresentaram diferenças em relação as épocas de amostragem para todas as características consideradas. No terceiro capitulo, o objetivo foi avaliar os efeitos de dois tipos de fertilização e de diferentes substratos na produção de mudas de cafeeiro. Concluiu-se que o substrato formado por 80% de esterco bovino e 20% de terra de subsolo permitiu a produção de mudas com o mesmo padrão, independente do tipo de fertilização utilizado e que os substratos constituídos com 60% de composto orgânico, 20% de vermiculita, 20% de terra de subsolo e 60% de composto orgânico, 20% de casca de arroz carbonizada, 20% de terra de subsolo, fertilizados com osmocote, permitiram a obtenção de mudas de cafeeiro com desenvolvimento semelhante ao daquelas produzidas no substrato plantmax, adubado com osmocote. Verificou-se ainda que o substrato comercial plantmax, fertilizado com a mistura de fertilizantes, mostrou-se pouco eficiente na formação de mudas de cafeeiro em tubetes. No quarto capítulo, procurou-se estudar a influência dos métodos de semeadura direta e indireta e seis classes de sementes no desenvolvimento de mudas de cafeeiro em tubetes. Constatou-se que não existem diferenças entre as classes de sementes e que a semeadura direta nos recipientes permitiu maior desenvolvimento das mudas produzidas em tubetes. No quinto capítulo, o objetivo foi avaliar o efeito de doses crescentes de um fertilizante de liberação lenta dos nutrientes na produção de mudas de cafeeiro. Verificou-se um melhor desenvolvimento das plantas com a adição do fertilizante ao substrato, sendo que a dose mais adequada foi a de 450 gramas do fertilizante para cada 55 litros de substrato. No sexto capítulo, procurou-se avaliar diferentes modos de aplicação de um fertilizante de liberação lenta ao substrato. Os resultados mostraram que a aplicação localizada do fertilizante permitiu a produção de mudas de cafeeiro em tubetes com desenvolvimento semelhante ao daquelas produzidas com a mistura do fertilizante ao substrato. No sétimo capítulo, o objetivo foi avaliar o efeito de fontes e doses de fósforo em dois substratos na produção de mudas de cafeeiro. Constatou-se que o substrato formado por 60% de composto orgânico, 20% de vermiculita e 20% de terra de subsolo foi mais eficiente na formação das mudas quando comparado ao substrato comercial plantmax; o uso do superfosfato simples, independente do substrato, proporcionou mudas mais desenvolvidas do que aquelas produzidas com o termofosfato magnesiano (yoorin) e doses de fósforo acima de 100 g de P205 por 100 litros de substrato não apresentaram efeitos positivos no desenvolvimento das mudas de cafeeiro em tubetes.