UFLA - Teses
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Item Influência da interação genótipos por ambientes no melhoramento do cafeeiro(Universidade Federal de Lavras, 2018-12-13) Velasquez, Gustavo Alvares; Gonçalves, Flávia Maria Avelar; Botelho, César EliasO cafeeiro é uma planta perene de ciclo produtivo longo, com acentuada bienalidade. Portanto, são necessários vários anos consecutivos de avaliação da produção, para se estimar o potencial produtivo dos genótipos, o que demanda rigor e precisão nos métodos estatísticos de seleção. A abordagem de modelos mistos permite a seleção de genótipos com um número menor de colheitas, por meio da estimação de parâmetros genéticos e predição de valores genéticos mais acurados. O presente trabalho teve como objetivos avaliar a influência da interação genótipos por ambientes na seleção de genótipos, em diferentes grupos de cultivares de cafeeiro em ambientes-teste e verificar se é possível reduzir o número de colheitas para a seleção de progênies de Coffea arabica, quando se utiliza a abordagem de modelos mistos. Foram avaliados três grupos de experimentos de cafeeiro, conduzidos pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG): 1°) 11 genótipos de Icatu e quatro testemunhas; 2°) 15 genótipos de Catuaí e cinco testemunhas; 3°) 34 genótipos de Mundo Novo e uma testemunha. Os experimentos foram implantados nas fazendas particulares Ouro Verde em Campos Altos-MG e Resplendor em Capelinha-MG. O delineamento experimental foi em blocos completos casualizados, com quatro repetições e seis plantas por parcela. Foram analisados dados de seis colheitas consecutivas, 2001/2002 a 2006/2007. Foram realizadas análises individuais por colheita, no esquema de parcelas subdivididas no tempo de colheitas, em cada local e conjunta de locais de produtividade (sc/ha) pela abordagem de modelos mistos, por meio do software R, utilizando-se do pacote Asreml. Estimou-se a correlação classificatória de Spearman entre os valores genéticos preditos (BLUP), considerando as colheitas combinadas e o número total de colheitas. Além disso, estimaram-se o ganho genético e o índice de coincidência com intensidades de seleção de 10, 20 e 30%, para todas as análises. A presença de interação genótipos x ambientes evidencia baixa ou não coincidência dos genótipos nos diferentes ambientes, dificultando a recomendação e lançamento de novas cultivares para as regiões cafeeiras em Minas Gerais. Não é possível realizar a seleção antecipada, antes da quarta colheita, para os genótipos dos grupos de Icatu, de Catuaí e de Mundo Novo.Item Fungos endofíticos de cafeeiro produtores de compostos orgânicos voláteis e enzimas extracelulares(Universidade Federal de Lavras, 2016-09-23) Monteiro, Mônica Cristina Pereira; Cardoso, Patrícia GomesMicro-organismos endofíticos habitam o interior das plantas, tanto na parte aérea, como caules e folhas, quanto em raízes, sem ocasionar prejuízo aos seus hospedeiros. As interações dos endófitos com suas plantas hospedeiras são benéficas e podem estar relacionadas à sanidade das plantas, controlando nematoides, insetos e outros organismos. Este trabalho foi realizado com os objetivos de identificar fungos endofíticos isolados de Coffea arabica produtores de compostos orgânicos voláteis (COVs); avaliar o efeito dos COVs produzidos por fungos endofíticos sobre o crescimento de Rhizoctonia solani, Fusarium oxysporum, Phoma sp., Botrytis cinerea, Fusarium solani, Fusarium verticillioides, Cercospora coffeicola, Aspergillus ochraceus e Pestalotia longisetula; selecionar fungos endofíticos com potencial para o controle biológico de A. ochraceus inoculados em grãos de café e F. verticillioides inoculados em sementes de milho; identificar COVs produzidos pelo fungo endofítico Acremonium sp. (C19) utilizando cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa (GC-MS) e avaliar a produção de enzimas extracelulares. Doze fungos endofíticos foram identificados como Muscodor spp. (9), Simplicillium sp. (2) e Acremonium sp. (1). Os compostos voláteis produzidos por estes fungos inibiram o crescimento de diferentes fungos fitopatogênicos com diferentes eficácias. Muscodor coffeanum (COAD 1842) apresentou efeito fungicida contra A. ochraceus em grãos de café. O crescimento de F. verticillioides foi inibido por seis fungos endofíticos, Muscodor coffeanum (1842,1899,1900), M. vitigenus (C20) e Simplicillium sp. (C18). Em relação aos COVs produzidos por Acremonium sp., verificou-se redução significativa no crescimento de fungos fitopatogênicos, entretanto, os fungos A. ochraceus e F.oxysporum foram menos susceptíveis aos COVs. O perfil de COVs de Acremonium foi investigado utilizando-se a técnica headspace SPME/GC-MS e os compostos encontrados pertencem a diferentes classes químicas. Em relação à produção de enzimas, todos os fungos foram produtores das enzimas celulases e pectinases, 11 produziram lipase, 9 produziram fitase e protease, e 4 produziram amilase. A atividade específica de endo β-1,4 glucanase e exo β-1,4 glucanase foi detectada para 12 e 10 fungos endofíticos, respectivamente. Este estudo demonstra que os fungos endofíticos isolados de Coffea arabica são fontes promissoras de metabólitos bioativos.Item Tecnologias de fertilizantes nitrogenados na cafeicultura(Universidade Federal de Lavras, 2017-12-02) Chagas, Wantuir Filipe Teixeira; Silva, Douglas Ramos GuelfiA aplicação de fertilizantes nitrogenados estabilizados, de liberação lenta, controlada e blends pode reduzir as perdas de N-NH3 em comparação à ureia convencional. Essa redução nas perdas de N pode aumentar o aproveitamento e a recuperação do N pela planta. No capítulo 1, objetivou-se avaliar as características de crescimento, nutricionais, fisiológicas e a eficiência agronômica da adubação nitrogenada com fertilizantes estabilizados, de liberação lenta, controlada e blends no crescimento de mudas do cafeeiro. O experimento foi realizado em casa de vegetação em vasos com volume de 14 L. Os seguintes fertilizantes nitrogenados foram aplicados na dose de 10 g vaso -1 de N, parceladas em três aplicações com intervalo de 50 dias entre cada aplicação: Ureia convencional; Nitrato de Amônio; Ureia + formaldeído; Polyblen Extend® ; Polyblen Montanha® ; Ureia + Poliuretano; Ureia + resina plástica; Sulfato de Amônio + CaCO3 e o controle, sem aplicação de N. Os maiores valores de altura de plantas, massa seca total de plantas, área foliar e acúmulo de N na folha e na planta inteira foram encontrados com a aplicação do Polyben Extend® . A aplicação do Polyben Extend® também promoveu maior eficiência agronômica e aumentou a taxa fotossintética e o índice relativo de clorofila nas mudas do cafeeiro ao final do período de condução do experimento. No segundo capítulo, o objetivo foi quantificar as perdas de N por volatilização de amônia e suas alterações nos parâmetros nutricionais, na produtividade e na eficiência agronômica, após a aplicação de fertilizantes nitrogenados convencionais e blends em cobertura no cafeeiro em produção, no ano agrícola de 2014/2015 e 2015/2016. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados com seis tratamentos: T1 = Ureia granulada aplicada na dose de 450 kg de N ha-1 ano-1 (100% da dose recomendada) em três parcelamentos iguais com intervalo de 50 dias; T2 = Nitrato de amônio aplicado na dose de 450 kg de N ha-1 ano-1 (100% da dose recomendada) em três parcelamentos iguais com intervalo de 50 dias; T3 = Polyblen Extend® (100% da dose recomendada) aplicado em dois parcelamentos (70% da dose total de N no 1o e 30% no 2o parcelamento); T4 = Polyblen Extend® (70% da dose recomendada): aplicado na dose de 315 kg de N ha-1 ano-1 em dois parcelamentos (70% da dose total de N no 1o e 30% no 2o parcelamento); T5 = Polyblen Montanha® (100% da dose recomendada) sem parcelamento; T6 = Polyblen Montanha® (70% da dose recomendada) sem parcelamento, com três repetições. No total dos dois anos, a ureia promoveu as maiores perdas por volatilização de N-NH3 (165,6 kg ha-1 de N) quando comparado com os demais fertilizantes nitrogenados aplicados no cafeeiro. O nitrato de amônio promoveu menor perda de N por volatilização (3,8 kg ha-1 de N). O Polyblen Extend® e o Polyblen Montanha® reduziram as perdas por volatilização em comparação a ureia. Dentre os blends, o Polyblen Montanha® -70% proporcionou menor perda de N-NH3 (43,6 kg ha-1 de N). Na média dos dois anos, a aplicação de nitrato de amônio e dos blends (63,3 sacas ha-1) aumentaram a produtividade do cafeeiro em comparação à aplicação de ureia (52,8 sacas ha-1). O Polyblen Extend® e o Polyblen Montanha® promoveram a mesma produtividade aplicando 100 e 70% da dose recomendada. O Nitrato de amônio e o Polyblen Montanha® - 100% apresentaram maior Índice de Eficiência agronômica relativa. A ureia promoveu menor eficiência agronômica entre os fertilizantes nitrogenados. No terceiro capítulo, o objetivo foi avaliar a influencia da aplicação de fertilizantes convencionais e “blends” na granulometria e composição química do café. Na média dos dois anos, o nitrato de amônio, Polyblen Montanha® 100% e Polyblen Montanha® 70% promoveram maior percentual de grãos chato graúdo. Ao final dos dois anos, o nitrato de amônio, Polyblen Extend® 100%, Polyblen Montanha® 70% e Polyblen Montanha® 100% promoveram maior acúmulo de cafeína nos grãos de café. E o nitrato de amônio e o Polyblen Montanha® 100% promoveram o maior acúmulo de açúcares totais.Item Desempenho agronômico de progênies de Coffea arabica L. em sistema irrigado e sequeiro(Universidade Federal de Lavras, 2017-11-14) Pereira, Vinícius Alves; Mendes, Antônio Nazareno GuimarãesPrevisões climáticas sinalizam para o aumento do aquecimento global nas próximas décadas, o qual poderá ser acompanhado por um aumento dos períodos de seca. O déficit hídrico pode ser considerado um dos principais fatores limitantes do crescimento do cafeeiro, visto que, em qualquer região produtora de café, não apenas no Brasil, a seca é considerada o principal estresse ambiental capaz de afetar o desenvolvimento e a produção do cafeeiro. Diante desses fatos, objetivou-se com este trabalho a seleção de progênies de cafeeiros que apresentem maior tolerância ao déficit hídrico, provenientes do programa de melhoramento genético do cafeeiro da EPAMIG, por meio de análises fitotécnicas, a fim de encontrar um ou mais genótipos que apresentem elevada tolerância à seca, para posterior seleção e avanços no programa de melhoramento. O experimento foi implantado no Município de Diamantina - MG, em uma propriedade particular denominada Fazenda Sagarana, localizada na região do vale do Jequitinhonha. Foram plantados, na área, 10 genótipos de café arábica promissores, com características de tolerância à seca do Programa de Melhoramento Genético da EPAMIG, em condições de sequeiro e irrigado, com quatro repetições, totalizando 80 parcelas e o método de irrigação utilizado foi por gotejamento. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados em faixas com parcelas subdivididas no tempo. Foram avaliadas características de crescimento como altura, diâmetro de copa e caule, índice de área foliar, produção, rendimento, peneira, queda de frutos e volume e área das raízes. Os resultados mostraram que os genótipos 7 (H-419-5-2-4-18), 9 (H-419-5-4-5-6-1), 12 (H-419-6-2-7-1-1) e 19 (H-516-2- 1-1-7-1) foram os que apresentaram maior produtividade dentre os dez genótipos avaliados. Com relação à queda de frutos, todos os genótipos seguiram a mesma tendência, ocorrendo maior queda na fase de chumbão tanto para as condições de sequeiro ou irrigado.Item Aspectos fisiológicos e moleculares de sementes de Coffea arabica submetidas à secagem(Universidade Federal de Lavras, 2017-02-23) Carvalho, Mayara Holanda de; Pinho, Édila Vilela de Resende VonA baixa longevidade de sementes de café tem sido atribuída à sua sensibilidade à dessecação. Estudos relacionados à expressão gênica e atividade enzimática em sementes de café submetidas à secagem são importantes para o entendimento dos efeitos da secagem sobre a qualidade fisiológica destas sementes. Objetivou-se nessa pesquisa estudar os aspectos moleculares de sementes submetidas a diferentes métodos de secagem e associa-los à qualidade fisiológica. As sementes de café foram secadas de forma lenta e rápida com diferentes teores de água. Foram realizadas análises da atividade enzimática, bem como da expressão dos transcritos das enzimas superóxido dismutase, catalase, peroxirredoxinas, isocitrato liase e endo-beta-mananase. A velocidade de secagem e o teor final de água tiveram efeito significativo na qualidade fisiológica, na atividade enzimática, na expressão dos diferentes genes analisados e no perfil proteômico das sementes analisadas. Em sementes submetidas à secagem rápida houve maior expressão dos transcritos dos genes que codificam as enzimas catalase e endo-β-mananase. Maior expressão dos genes 1CYS PRX e SOD e atividades das isoenzimas ICL e ACX foram verificadas em sementes com qualidade fisiológica superior. Por outro lado a maior atividade das enzimas endo-β-mananase e CAT ocorreram em sementes com menor desempenho fisiológico. Em sementes de café secadas lentamente até 20 e 10% de teor de água houve maior porcentagem de spots de proteínas nos géis bidimensionais.Item Expression of the CcDREB1D promoter in coffea arabica: functional genomics and transcriptome analysis(Universidade Federal de Lavras, 2017-04-20) Torres, Luana Ferreira; Diniz, Leandro Eugenio CardamoneA mudança climática está colocando um grande desafio para a produção mundial de café e uma das estratégias para superar esses problemas consiste na geração de culturas com maior tolerância à seca e outros estresses abióticos, através de abordagens biotecnológicas e avançadas técnicas de melhoramento molecular. Ao longo de sua evolução, as plantas desenvolveram uma série de mecanismos de tolerância ao estresse abiótico. No entanto, a ativação desses mecanismos varia dependendo da espécie da planta, que determina o seu nível de tolerância ao estresse. A elucidação da função dos genes de tolerância ao estresse e também do processo de defesa vegetal nestas condições é de fundamental importância para a obtenção de variedades agrícolas mais resistentes, o que consequentemente pode contribuir para a redução de perdas nas culturas em condições climáticas adversas. Estudos recentes resultaram na identificação de muitos genes candidatos em Coffea para tolerância à seca apresentando perfis de expressão diferencial contrastantes entre genótipos. Entre estes genes, os DREBs estão envolvidos na via de resposta ao estresse hídrico como os fatores de transcrição vegetais que regulam a expressão de muitos genes induzíveis por estresse e desempenham um papel crítico na melhoria da tolerância ao estresse abiótico das plantas através da interação com um cis –elemento (DRE/CRT) presente na região promotora de vários genes responsivos ao estresse abiótico. Entre outros DREBs, o gene CcDREB1D mostrou um aumento nos níveis de mRNA durante a aclimatação por estresse de seca. Isto indica uma regulação distinta para a expressão de genes homólogos nos dois genótipos e sugere que este gene pode contribuir para a diversidade observada entre genótipos. Atualmente, as estratégias de sequenciamento de alto desempenho do transcriptoma (RNA-Seq) permitem gerar um grande volume de dados, a baixo custo e em um curto período de tempo. Esta informação permite a realização de estudos de perfis transcripcionais e redes genéticas numa compreensão aprofundada de vários perfis de genes. Diante deste contexto, o capítulo 1 apresenta uma revisão de literatura englobando desde as características de origem e comerciais do café até o estudo de genes e seu transcriptoma. O Capítulo 2 compreendeu o estudo de três haplótipos do promotor CcDREB1D isolados de clones tolerantes e sensíveis à seca de C. canephora avaliando a capacidade do promotor para controlar a expressão do gene repórter uidA em resposta ao déficit hídrico. O Capítulo 3 compreendeu o estudo do haplótipo pHP16L isolado de C. canephora e sua participação na expressão do gene repórter uidA em resposta aos estresses de seca, altas e baixas temperaturas, alta intensidade luminosa e aplicação exógena de ABA, acompanhados de dados de RT-qPCR. O capítulo 4 compreendeu analisar as condições de expressão do haplótipo pHP16L do promotor DREB1D sob uma faixa representativa dos estresses abióticos mais comuns, utilizando a técnica de RNA-seq como ferramenta para entender o mecanismo de tolerância ao estresse das plantas e a expressão dos genes estresse induzido bem como dos genes DREBs, acompanhados de validação dos dados pela técnica RT-qPCR.Item Doses de gesso e distribuição em profundidade no solo de fungos micorrízicos arbusculares e glomalina em cafeeiro no cerrado(Universidade Federal de Lavras, 2016-04-28) Cogo, Franciane Diniz; Carneiro, Marco Aurélio CarboneA tese está dividida em duas partes, sendo a primeira uma introdução geral e a segunda, dois artigos. O primeiro artigo apresenta uma revisão bibliográfica sobre os fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) e a cultura do cafeeiro. Este artigo substitui o referencial teórico obrigatório na tese. Sua proposta é a uma revisão bibliográfica quantitativa e qualitativa, empregando-se meta-análise e revisão crítica dos avanços e tendências. A revisão mostrou a importância dos FMAs para o crescimento, nutrição de plantas e produção de grãos de cafeeiro. É evidente a existência de uma lacuna na avaliação dos diferentes manejos, adotados na cultura do cafeeiro e seus efeitos nos FMAs e a necessidade de ampliar as pesquisas, particularmente, em condições de campo, para se conferir a contribuição real dos FMAs como biofertilizantes, bioestimulante e biocontrole para o cafeeiro. O segundo artigo é um estudo sobre o impacto de crescentesdas doses de gesso agrícola, sobre a distribuição espacial de fungos micorrízicos arbusculares, glomalina e agregados do solo cafeeiro no Cerrado. Para tanto, avaliaram -se a densidade de esporos, riqueza de espécies, frequência de ocorrência, colonização radicular, glomalina no solo e nos agregados do solo, produtividade e teores de fósforo foliar e no grão. A riqueza total recuperada, na área sob cafeeiro, foi de 13 espécies de FMAs, sendo 9 espécies, na estação chuvosa e 10 espécies, na seca. Na estação chuvosa, a espécie Claroideoglomus etunicatum foi recuperada apenas no tratamento que recebeu 7 t ha -1 de gesso agrícola, na profundidade 0,20-0,40m e Rhizophagus intraradices somente no tratamento com 56 t ha -1 de gesso agrícola, na profundidade 0-0,40-0,60m; e, na estação seca, as espécies Acaulospora sp. e Glomus tortuosum foram recuperadas no tratamento que recebeu 7 t ha -1 de gesso agrícola, na profundidade 0-0,20m; e a Gigaspora sp. foi recuperada, em todas as doses de gesso agrícola e profundidade, nas duas estações. A aplicação de crescentesdas doses de gesso agrícola no solo sob cafeeiro não afetou a densidade de esporos e a riqueza de FMAs. A colonização radicular foi superior na profundidade 0- 0,20m nas duas estações. Os teores proteína do solo facilmente extraível (PSGFE) diminuíram, linearmente, com o aumento da dose de gesso agrícola e aumentaram com a profundidade na estação chuvosa. Os agregados do solo com Ø>2,0 mm apresentaram os maiores teores de PSGFE nas duas estações.Item Diversidade genética e seleção de progênies de cafeeiros do grupo “Big Coffee VL”(Universidade Federal de Lavras, 2016-11-21) Silva, Josimar Aleixo da; Carvalho, Samuel Pereira deO melhoramento genético do cafeeiro tem tomado diversas vertentes, pois o mercado tem se tornado cada vez mais exigente. Dentre os objetivos do melhoramento do cafeeiro está o aumento no tamanho de grãos. A obtenção de grãos de peneiras altas permite uma maior agregação de valor ao produto, principalmente em se tratando de cafés especiais. Assim objetivou-se com este estudo avaliar caracteres de crescimento e produção, para estimação da diversidade genética e seleção, de progênies de cafeeiros Big Coffee VL (Coffea arabica) cultivados na UFLA, cuja principal característica é frutos maiores do que os de cafeeiros comuns. Em 1989, em uma lavoura cafeeira (Coffea arabica), em Capitólio-MG, foi encontrado um cafeeiro diferente dos demais, apresentando folhas e frutos grandes em relação aos cafeeiros comuns, e foi nomeado como “Big Coffee VL”. Posteriormente progênies desse cafeeiro foram cultivadas em Piumhí-MG e em 2012 foram coletadas sementes dessas progênies e instalado o experimento na Universidade Federal de Lavras, marcando o início de um programa de melhoramento para aumento do tamanho do grão. Foram avaliadas 100 progênies do cafeeiro Big Coffee VL dispostas no delineamento de latice 10 x 10, com 23 repetições. Foram avaliados os caracteres produtividade, número de pares de ramos plagiotrópicos, números de nós dos ramos plagiotrópicos, altura de plantas, diâmetro do caule e vigor vegetativo. Com base nestes caracteres foram realizados estudos de diversidade genética, usando métodos estatísticos multivariados, e predição do valor genético das progênies via abordagem de modelos mistos. Foi detectada a existência de variabilidade genética entre as progênies, além de diferenças quanto ao desempenho agronômico, sendo possível a identificação e seleção daquelas promissoras na condução do programa de melhoramento.Item Potássio, fósforo, boro e irrigação na distribuição espaço-temporal da cercosporiose do cafeeiro(Universidade Federal de Lavras, 2015-07-10) Chaves, Eugênio; Pozza, Edson AmpélioA cercosporiose (Cercospora coffeicola) é umas das principais doenças do cafeeiro, sendo sua ocorrência afetada pelo fornecimento de água e desequilíbrio nutricional. O fornecimento de água, que é realizado primordialmente pela chuva, mas pode ser feito pela irrigação por gotejamento ou aspersão. A nutrição mineral deficiente ou desequilibrada pode predispor as plantas à infecção pelo fungo. Pouco se conhece sobre a influência da nutrição mineral, principalmente com relação aos elementos boro (B), fósforo (P) e potássio (K), e da fertilidade do solo na intensidade da doença e sua distribuição espacial. Dessa forma, foram realizados três experimentos em campo, sendo que, no primeiro experimento, objetivou-se avaliar a interação entre lâminas de água com diferentes doses de fósforo (cinco lâminas de irrigação x quatro doses de fósforo). Realizaram-se avaliações de cercosporiose nas folhas a cada 30 dias. A curva de progresso da média da incidência da cercosporiose variou entre os dois anos, no Ano 1 (novembro de 2011 a dezembro de 2012), a incidência da cercosporiose teve seu pico em 22/08/2012 (22,45%) enquanto, no Ano 2 (janeiro de 2013 a janeiro de 2014), a incidência atingiu seu maior nível na avaliação no dia 12/09/2013 (16,29%). Houve interação entre lâminas de irrigação e doses de fósforo na avaliação realizada em 10/07/2012. O aumento de doses de P em menores lâminas de irrigação e, na ausência de adubação fosfatada em maiores lâminas de irrigação, obteve-se maiores incidências. No segundo experimento, objetivou- se avaliar a interação entre doses de K e de B (quatro doses de K, sendo 0, 100, 200 e 400 kg/ha de K x quatro doses de B, sendo as doses 0, 1, 2 e 4 kg/ha de B). Realizaram-se 24 avaliações da cercosporiose nas folhas do cafeeiro, a cada 30 dias. A curva média de progresso da incidência da cercosporiose variou entre os dois anos de avaliação. Os picos das incidências ocorreram em 28/02, 23/05 e 12/09 de 2013, 24/02 e 22/05 de 2014 respectivamente. No ano de 2014, a incidência foi menor em comparação com o ano de 2013, mesmo com alta carga pendente, possivelmente, devido às maiores temperaturas registradas. Houve interação significativa entre as doses de K e de B com a área abaixo da curva do progresso da incidência (AACPI), na qual as doses acima de 200 kg/ha de K com doses abaixo de 1 kg/ha de B, apresentaram os maiores níveis de doença. E no terceiro experimento, objetivou-se avaliar o padrão espacial da relação da cercosporiose com a fertilidade do solo e a nutrição da planta em lavoura cafeeira irrigada por gotejamento e pivô central. Em duas áreas experimentais, uma com sistema de irrigação por gotejamento de 11 ha, com 52 pontos amostrais georreferenciados, e a outra área de pivô central de 17 ha, com 50 pontos amostrais. Em cada ponto avaliou-se as folhas de cinco plantas a cada 60 dias. Houve correlação positiva da AACPI com as incidências em 17/04/2013, 24/08/2013, 04/06/2014 e 18/08/2014, e dos teores foliares de B, P e K. Na análise geoestatística para o sistema de irrigação por gotejamento, na relação das variáveis analisadas para 2014, do lado sudeste da área, foram observadas as menores produções, as maiores intensidades da cercosporiose e os maiores teores foliares de K, P e B, enquanto para o sistema por pivô central, na relação das variáveis analisadas para 2014, do lado Sudeste da área, foram observadas as menores produções, as maiores intensidades da cercosporiose e os maiores teores foliares de P e K e menor teor de B.Item Caracterizações ultraestruturais e fisiológicas de pedúnculos e frutos de café com diferentes forças de desprendimento(Universidade Federal de Lavras, 2015-02-19) Brandão, Isabel Rodrigues; Alves, Jose DonizetiObjetivou-se investigar os eventos fisiológicos envolvidos no desprendimento dos frutos, durante os diferentes estádios de amadurecimento, relacionando-os com as diferentes forças de desprendimento, bem como a existência de uma zona de abscisão nos frutos de cafe'. Pedúnculos e frutos de Coffea arabica cv. Icatu amarelo, foram coletados nos estádios de maturação verde, verde-cana e cereja nos intervalos de forças de 10 - 13N e 8 - 9,9N, 6 6,9N e 5 - 5,9N, 4 - 4,9 e 2 - 3,9N, respectivamente. Avaliações ultraestruturais e anatômicas foram realizadas na ligação entre pedúnculos e frutos, e as análises bioquímicas em pedúnculos e frutos separadamente. Não foi observada uma zona de abscisão entre os pedúnculos e frutos de cafeeiro, porém nota-se uma desestruturação das células, ao longo do período de maturação. Essa desestruturação está relacionada ao aumento da atividade das enzimas de degradação de parede celular, poligalacturonase e celulase nos estádios finais de maturação, bem como com uma maior peroxidação lipídica nesses estádios. Os níveis de poliaminas foram superiores no estádio inicial de maturação, indicando uma regulação antagônica com a síntese de etileno. Em geral, existe uma clara diferença fisiológica entre os estádios de maturação, o que explica as diferentes forças de desprendimento utilizadas em cada um. A partir desses resultados, pode-se concluir que Coffea arabica cultivar Icatu amarelo não apresenta uma zona de abscisão entre o pedúnculo e o fruto e que a diminuição da força de desprendimento está relacionada às alterações morfológicas e bioquímicas durante o processo de maturação.
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