UFLA - Teses

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    Frações protéicas e de carboidratos e degradação do feno de coastcross, cama de frangos e casca de café
    (Universidade Federal de Lavras, 2001) Oliveira, José Paulo de; Andrade, Ivo Francisco de; Universidade Federal de Lavras
    O objetivo do presente estudo foi determinar o fracionamento dos compostos nitrogenados (frações A, B1, B2, B3 e C) e dos carboidratos (frações A, B1, B2 e C), segundo o Sistema Cornell Net Carbohydrate and Protein (CNCPS), e estimar os parâmetros cinéticos da degradação ruminal da matéria seca (SM), da Proteína Bruta (PB), da Fibra em Detergente Neutro (FDN) e da Fração Solúvel em Detergente Neutro (SDN) do Feno de Coastcross (FCC) com utilizando-se as técnicas in situ e de produção de gás. Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Pesquisa Animal e no Setor de Bovinocultura, do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras-UFLA, no período de Janeiro de 1999 a Junho de 2000. Na degradabilidade in situ, foram utilizadas 3 vacas da raça Nelore, providas de fistulas ruminais e avaliada a degradação de MS, PB e FDN. Foram incubados 3 sacos/alimentos/tempo/animal, nos tempos de 0, 4, 8, 12, 24, 36, 48 e 72 horas. Foram determinadas as frações solúvel (a) e insolúvel potencialmente degradável (c), Degradabilidade Potencial (DP) e Degradabilidade Efetiva (DE). O delineamento experimental foi em blocos ao acaso (DBC), com três repetições. A produção cumulativa de gás foi obtida nos tempos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 12, 18, 24, 30, 36, 48, 60 72 horas. O delineamento experimental foi o mesmo utilizado na avaliação da degradabilidade in situ.A cinética da produção cumulativa de gás foi realizada para MS, FDN e SDN. De modo geral observaram-se variações tanto nas frações nitrogenadas quanto nas de carboidratos. Para o fracionamento dos compostos nitrogenados foram obtidos valores de 32, 10; 37, 45 e 22,51% para a fração B1 e 26,48; 15,78; e 40,86% para a fração B2, respectivamente para FCC, CF e CC. Os maiores valores para os componentes do feno de Coastcross, cama de frangos e casca de café foram encontrados nas frações B1 e B2 e C. A fração A que corresponde aos compostos nitrogenados não protéicos, presentes no FCC CF e CC apresentaram valores semelhantes (5,54; 6,74 e 4,99%, respectivamente). No fracionamento dos carboidratos, a fração C apresentou os valores de: 18,78; 34,02 e 40,90% para FCC, CF e CC, respectivamente. O feno de Coastcross, a cama de frangos e a casca de café apresentou os maiores valores para a fração B2, correspondente a fibra potencialmente degradável. Na técnica in situ a MS, apresentou efeito (P<0,01) degradabilidade efetiva (DE), cuja análise de regressão foi linear. Na proteína bruta, a fração (a) e DE apresentaram efeito (P<0,05) e (P<0,01) respectivamente, apresentando regressão linear. Para a FDN houve efeito (P<0,01) para a fração (a), cuja análise de regressão apresentou efeito como substrato a casca de café, pode ser adicionada ao feno de Coastcross até o nível de 32%, melhorando o valor nutritivo deste volumoso. Na técnica de produção de gás, o tempo de colonização (L) e a taxa de degradação (c) da MS foram linear e quadrático, respectivamente. A maximização da produção cumulativa de gás para a fração solúvel em detergente neutro ocorreu em torno de 24 horas, enquanto, para MS e FDN foram mais eficientes com a inclusão de CF ao de FCC até o nível de 18%. Os tempos de colonização (L) da MS e FDN diminuíram à medida que se procedeu a substituição. Todos os carboidratos presentes no feno com cama de frangos foram fermentados até 48 horas.
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    Persistência de herbicidas em solo com cafeeiros (Coffea arabica L.)
    (Universidade Federal de Lavras, 2001) Netto, Luiz Bottino; Souza, Itamar Ferreira de; Universidade Federal de Lavras
    O presente trabalho teve como objetivo estudar a movimentação de herbicidas, oxyfluorfen, simazine+ametryn e diuron, através de bioensaios e análises cromatográficas no perfil do solo plantado com café (Coffea arabica L.). O experimento foi instalado em 03 de fevereiro de 1999, na Fazenda da Baunilha, Lavras, MG. A área experimental consistiu de uma lavoura de café Catuaí Vermelho, com três anos de idade, espaçada de 3,5 m entre linhas e 0,7 m entre plantas, em Latossolo Vermelho-Amarelo, de topografia ligeiramente declivosa. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, em esquema fatorial (8 tratamentos herbicidas x 4 profundidades x 3 épocas de amostragens) com quatro repetições, utilizando os seguintes produtos e doses: oxyfluorfen 480 g/ha e 1.440 g/ha; simazine+ametryn 1.250 g/ha + 1.250 g/ha e 1.750 g/ha + 1.750 g/ha; ametryn 1.250 g/ha e 1.750 g/ha; diuron 3.200 g/ha. Para os testes de persistência biológica, foram utilizadas sementes de aveia branca (Avena sativa) e pepino (Cucumis sativus), e para o teste de persistência química, foi utilizada detecção por HPLC. Aveia branca mostrou-se boa indicadora para persistência biológica de simazine, ametryn e diuron, porém o pepino não foi bom indicador para oxyfluorfen. Tratamentos com maiores concentrações de ametryn e de simazine + ametryn apresentaram as maiores persistências biológicas. O diuron foi o herbicida de maior persistência química. A análise química mostrou a presença de todos os herbicidas aos 145 d.a.a. O ametryn manteve-se apenas na camada de 0 a 5 cm, diuron e simazine atingiram até a camada de 5 a 15 cm e oxyfluorfen atingiu até a camada de 15 a 40 cm de profundidade. A persistência biológica dos herbicidas terminou antes dos 95 d.a.a. A presença de resíduos dos herbicidas, medida por HPLC aos 145 d.a.a., indica que eles possuem potencial de contaminar o solo e as águas.
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    Sistema especialista para diagnose e manejo de problemas fitossanitários e redes neuronais para descrever epidemias da ferrugem do café
    (Universidade Federal de Lavras, 2001) Pinto, Augusto Carlos dos Santos; Pozza, Edson Ampélio; Universidade Federal de Lavras
    Para disponibilizar e divulgar de forma eficiente o conhecimento acumulado em diagnose e manejo de doenças bióticas e abióticas do cafeeiro, incluindo os fitonematóides, foi desenvolvido um sistema especialista (SE). Também foram avaliadas as redes neuronais (RN) como método potencial para descrever a epidemia de ferrugem do cafeeiro. Para construção da base de conhecimento do SE, denominado "Doctor Coffee", foram consultados três especialistas em fitopatologia, um em entomologia e outro em nutrição mineral. O sistema foi organizado de modo hierárquico, por meio de uma árvore de conhecimento. O SE contém 229 regras (IF ...THEN), 182 fotos e abrange 13 doenças, 8 deficiências nutricionais, 9 pragas, as 4 principais espécies de nematóides e 12 desordens fisiológicas e danos diversos. O SE conta com glossário de termos técnicos, histórico, filmes sobre preparo de calda bordalesa e sobre teste de exsudação em gotas e ajuda on-line. A interface foi desenvolvida em Delphi ® e, para aumentar o nível de certeza do usuário, são apresentadas fotografias e a descrição dos atributos simultaneamente. Ao chegar ao diagnóstico o sistema exibe o nível de confiança depositado na resposta e disponibiliza fotografias e informações sobre manejo aplicáveis a causa relacionada. A avaliação foi dividida em três fases: verificação, validação e análise de sensibilidade. Na verificação avaliou-se a lógica interna do programa, sendo consultados dez especialistas de diferentes áreas da cafeicultura. Para validação, dez diferentes distúrbios do cafeeiro foram diagnosticados por trinta usuários, de três diferentes níveis de conhecimento. O índice de acerto dos usuários foi de 35,7% e do SE, de 96,7%. A análise de sensibilidade foi dirigida ao ensino, utilizando-se dois grupos de cinco estudantes cada, um dos quais realizou diagnose sem ter acesso ao SE e outro após utilizá-lo duas vezes. O nível de acerto do segundo grupo foi o dobro do primeiro. No estudo realizado para avaliar o potencial das redes neuronais como método alternativo aos sistemas fundamentais para descrever a epidemia de ferrugem foram utilizados dados de incidência da ferrugem do cafeeiro coletados em Lavras, no período de 13/02/98 a 20/04/2001 e variáveis climáticas. Na construção das redes as variáveis climáticas foram selecionadas pela análise de regressão "stepwise" ou pelo sistema Braincel Tm, o qual foi utilizado no desenvolvimento das redes. Séries temporais também foram empregadas na elaboração de redes. Foram testadas 59 redes e 26 modelos de regressão. A escolha dos melhores modelos foi baseada nos menores valores do quadrado médio do desvio (QMD) e erro médio de previsão. Para os modelos ajustados pela regressão, também foi considerado o maior valor do coeficiente de determinação (R2). O melhor modelo de rede neuronal apresentou QMD= 3,43 e EMP = 1,17% e incluiu as variáveis: temperatura mínima, umidade relativa do ar, insolação e produção, defasadas 30 dias. O melhor modelo ajustado pela análise de regressão foi desenvolvido com 29 variáveis climáticas selecionadas na elaboração de rede e apresentou EMP = 6,58%, QMD=4,36 e R2=0,80. As redes neuronais elaboradas a partir de séries temporais também foram adequadas para descrever a epidemia. As observações da incidência das quatro quinzenas anteriores resultaram em um modelo com EMP = 4,72% e QMD = 3,95.
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    Desenvolvimento fenológico e produtividade de cultivares de Coffea arabica L. sob parcelamentos da adubação
    (Universidade Federal de Lavras, 2001) Bartholo, Gabriel Ferreira; Campos, Vicente Paulo; Universidade Federal de Lavras
    Os experimentos foram instalados na Fazenda Experimental da EPAMIG em São Sebastião do Paraíso, com objetivo de estudar o comportamento das cultivares Mundo Novo-IAC 379/19; Icatu Precoce-IAC 3282; Icatu Amarelo-IAC 2944 e Rubi-MG 1192, em relaç30 às épocas de parcelamentos das adubações, anos de 1997 e 1998. As respostas das cultivares foram medidas sobre a produção e o crescimento em altura e diâmetro da copa, face as épocas de parcelamentos das adubações, que foram influenciadas pelas combinações das épocas em que foram submetidas. Evidenciou que a cultivar Mundo Novo-IAC 379/19 tolera intervalos maiores entre as adubações no período de outubro a março, e a cultivar Icatu Amarelo-IAC 2944 respondeu de modo significativo a quatro parcelamentos consecutivos com intervalo de 30-40 dias entre as aplicações. Para a cultivar Icatu Precoce-IAC 3282, existem opções de estabelecimento de épocas adequadas, em função do início das chuvas. Já a cultivar Rubi-MG 1192 responde indiferentemente às épocas de parcelamento da adubação. Em função das épocas de parcelamentos das adubações, a cultivar Icatu Amarelo-IAC 2944 foi a que mostrou maior crescimento, seguida das cultivares Mundo Novo-IAC 379/19 e Icatu Precoce-IAC 3282, todas de porte alto, as quais tem crescimento superior a cultivar Rubi-MG 1192. Do mesmo modo o crescimento em diâmetro da copa foi influenciado pelas épocas de adubação. Não houve influência no padrão sazonal do teor de amido na matéria seca do caule dos cafeeiros, em função das diferentes épocas de parcelamento da adubação, sugerindo ser essa flutuação controlada por fatores endógenos da própria planta e climáticos. A acumulação dos teores de amido caulinar decresce de agosto a fevereiro ou até maio, e volta a crescer novamente até agosto, período em que as temperaturas mínimas e a precipitação diminuem fazendo com que o crescimento vegetativo seja mínimo e promova acumulação de reservas de amido. Independente do esquema de parcelamento da adubação adotado nos experimentos, a acumulação de matéria seca nos frutos seguiu o modelo sigmóide, caracterizado por uma fase de crescimento lenta seguida de outra de rápido aumento até a estabilização. A cultivar Icatu Precoce-IAC 3282, mostrou que a fase de enchimento de grãos iniciou no princípio do mês de dezembro, antecipando aproximadamente 45 dias em relação as cultivares Mundo Novo-IAC 379/19, Icatu Amarelo-IAC 2944 e Rubi-MG 1192.
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    Avaliação química e sensorial de diferentes padrões de bebida do café arábica cru e torrado
    (Universidade Federal de Lavras, 2002) Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni; Pereira, Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga; Universidade Federal de Lavras
    O presente estudo teve por objetivos determinar a composição química do café cru e torrado, classificação como estritamente mole, mole, apenas mole, dura. Riada, rio e blends; e analisar através do perfil sensorial, as diferentes bebidas e sua relação com aprova de xícara convencional. O experimento foi conduzido com grãos de café beneficiado, da espécie Coffea arabica L., provenientes da região sul de Minas Gerais, classificados pela prova de xícara, nos seis padrões de bebida. Foram ainda realizadas misturas ou blends. Avaliou-se os grãos crus e submetidos a dois graus de torração, clara e média. Foi realizado o perfil sensorial de cada padrão de bebida com descrição de sabor, aroma e sensação na boca por uma equipe de provadores teinados. Foram analisados vários constituintes químicos, físico-químicos e sensoriais. As melhores bebidas mostraram-se com menores valores de lixiviação de potássio e condutividade elétrica quando comparadas às bebidas riada e rio, indicando maior degradação de membrana nas cafés de pior qualidade. A fibra bruta, a lignina, as pectinas total e solúvel, a celulose, a atividade da PME e da PG nos grãos crus apresentaram-se com diferenças significativas, porém, sem apresentar uma tendência definida em função da classificação pela bebida. As fibras detergente ácido, fibra detergente neutro e hemicelulose não diferiram significativamente entre as bebidas e blends. Os valores de polifenóis nos grãos crus foram baixos e não detectou-se diferenças entre as bebidas e blends, houve diminuição destes componentes com a intensificação da torração. Os teores de sólidos solúveis foram elevados, indicando bom rendimento após a industrialização. A torração provocou modificações significativas nos valores de pH para todos os padrões analisados, confirmando que com a torração clara ocorrem formação de ácidos e com a intensificação do processo, há uma redução dos mesmos. A acidez titulável total apresentou valores baixos e não exibiu diferença significativa entre os dois graus de torração. Os açúcares, de maneira geral, mostraram teores elevados com diferenças significativas nos grãos crus e torrados, houve uma redução significativa dos açúcares com a torração. A proteína nos grãos crus não apresentou diferenças significativas, nos grãos torrados poucas diferenças foram detectadas e sofreram degradações significativas com a torração. O café de bebida estritamente mole apresentou-se com as maiores médias para muitos atributos desejáveis (amendoim torrado, amêndoa/nozes, caramelo, chocolate/cacau, doçura, acidez); o café de bebida mole apresentou atributos ligeiramente inferiores para as notas sensoriais caramelo, chocolate/cacau e doce; o café de bebida apenas mole exibiu a mesma tendência de comportamento, diferindo estatisticamente da bebida estritamente mole; o café de bebida dura apresentou valores intermediários quando comparado às demais classes estudadas, diferindo significativamente da maioria das características analisadas; os cafés da bebida riada e o rio apresentaram-se com valores significativamente inferiores aos atributos desejáveis do café e superiores quanto aos atributos animal, cinza, fumaça, mofo e químico e outros.
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    Calagem e fosfatagem na retenção e mobilidade do fungicida triadimenol em amostras de Latossolos
    (Universidade Federal de Lavras, 2004) Nóbrega, Júlio César Azevedo; Lima, José Maria de; Universidade Federal de Lavras
    O triadimenol é um produto largamente usado no Brasil, principalmente na cultura do café, para controle da ferrugem. Estudos sobre seu destino no solo são ainda incipientes, principalmente sob o efeito das práticas de calagem e fosfatagem, comuns em qualquer sistema de manejo da fertilidade do solo. Com base nesses aspectos, o objetivo desse trabalho foi avaliar, por meio de dois experimentos, o efeito da calagem e fosfatagem no comportamento do triadimenol em solos. Inicialmente, foi estudado o efeito dessas práticas na capacidade de retenção do triadimenol em amostras de um Latossolo Vermelho Amarelo distrófico (LVAd) e Latossolo Vermelho distrófico (LVd), por meio de microcolunas de solo (3,5 cm de diâmetro interno e 6 cm de profundidade). Após conhecer o efeito dessas práticas na capacidade de retenção do produto em ambos os solos, selecionou-se aquele em que o efeito das práticas ocorreu de forma mais pronunciada. Assim, amostras do LVd foram usadas em um outro estudo, desta vez em colunas de solo (0,30 x 0,30 x 0,35 m) com os mesmos tratamentos com o objetivo de verificar o comportamento do triadimenol sob uma condição mais próxima do campo. Os ensaios, nos dois estudos, foram conduzidos em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 x 4, correspondente a duas doses de triadimenol e quatro condições de manejo da fertilidade do solo: amostras controle, com calcário, com fosfato e com calcário + fosfato. Os resultados mostraram que nas microcolunas de solo, a calagem e fosfatagem reduzem de forma diferenciada a retenção do triadimenol e elevam a presença do produto na solução do solo. Nas colunas de solo, verificou-se que, independente da dose aplicada e práticas de manejo da fertilidade, o triadimenol apresenta mobilidade, menos de 5% da dose aplicada foram encontrados na água percolada. Observou-se também que, embora tais práticas reduzam a retenção do triadimenol nas amostras de solo, principalmente na maior dose do produto aplicada, essa redução não eleva a quantidade do produto no lixiviado, por essas práticas influenciarem também a dissipação do triadimenol nas amostras de solo.
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    Características químicas, físico-químicas e sensoriais de cultivares de Coffea arabica L.
    (Universidade Federal de Lavras, 2004) Mendonça, Luciana Maria Vieira Lopes; Pereira, Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga; Universidade Federal de Lavras
    Este trabalho teve objetivou caracterizar a composição química e físico-química, avaliar sensorialmente e proceder à classificação por tipo e peneira dos grãos de 16 cultivares de café Coffea arabica L., com o intuito de avaliar novos materiais desenvolvidos com resistência a ferrugem (Hemileia vastarix Berg. et Br) em comparação aos tradicionais. Desta forma, frutos provenientes do ensaio de melhoramento genético do MAPA/PROCAFÉ, localizado na Fazenda Experimental de Varginha em MG foram colhidos e transportados imediatamente para o Pólo de Tecnologia em Pós-Colheita do Café da UFLA, onde foram levados, descascados e secado em terreiro de concreto. Após o beneficiamento, os grãos foram acondicionados em latas de alumínio e armazenados a 15°C. Os frutos avaliados correspondiam às cultivares ‘Acaiá’, ‘Acuã’, ‘Bourbon Amarelo’, ‘Canário’, ‘Catuaí Amarelo’, ‘Catuaí Vermelho’, ‘Catucaí Amarelo’, ‘Catucaí Vermelho’, ‘Icatu Amarelo’, ‘Icatu Vermelho’, ‘Mundo Novo’, ‘Palma’, ‘Rubi’, ‘Sabiá 398’, ‘Siriema’ e ‘Topázio’, da safra 2002. Os grãos crus foram obtidos por torração clara, monitorada por métodos colorimétricos. Procedeu-se a avaliação estatística univariada e multivariada dos dados, com o objetivo de estabelecer comparações entre as cultivares e realizar o agrupamento das mesmas. Diferenças foram observadas entre as cultivares e realizar em função da composição química do grão cru, sendo o teor de açúcares redutores, proteínas, cinzas, extrato etéreo e polifenóis os constituintes que mais contribuíam para esta separação. No café torrado foram o pH, os teores dos açúcares totais e não redutores, a proteína, o extrato aquoso, o extrato etéreo, a luminosidade (L) e a coordenada cromática "a" considerados os melhores descritores. Sensorialmente observou-se que, as cultivares apresentam características peculiares e que aquelas resistentes à ferrugem apresentam qualidades diferenciadas, no entanto sem causar prejuízo à bebida.
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    Caracterização de sistemas orgânicos de produção de café utilizados por agricultores familiares em Poço Fundo - MG
    (Universidade Federal de Lavras, 2003) Martins, Márcia; Mendes, Antônio Nazareno Guimarães; Universidade Federal de Lavras
    Objetivando a caracterização de três agroecossistemas de produção de café orgânico, avaliaram-se as propriedades químicas, físicas e microbiológicas do solo, incidência de pragas e doenças, nutrição das plantas e produtividade. Os agroecossistemas, conduzidos por agricultores familiares, situam-se em Poço Fundo-MG. Esta pesquisa foi conduzida por dois anos, sendo as amostras de solo e folha coletadas nos períodos chuvoso e seco e a determinação da incidência de pragas e doenças, a partir de levantamentos mensais. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado com três repetições para cada amostra de solo e folha. A amostragem de solo foi realizada em três profundidades (0-10, 10-20 e 20-40 cm) para levantamento das propriedades físicas e químicas e a 0-10 cm para as microbiológicas. A proposta desta pesquisa foi de caracterizar esses agroecossistemas sem interferir na sua forma de manejo, priorizando consolidar o conhecimento local na lógica do sistema de produção. Observou-se que os agroecossistemas apresentaram boa estruturação do solo, provavelmente devido à não mecanização das áreas e à constante reposição de matéria orgânica ao solo. Em relação às propriedades químicas do solo e à nutrição dos cafeeiros pode-se observar que mesmo quando determinados nutrientes do solo apresentaram-se fora do nível adequado para a cultura, a nutrição vegetal estava adequada, como por exemplo, para o b, Ca, Cu, Fe, Mg, Mn, S e Zn. O teor de P, a 0-10 CM no solo, apresentou-se dentro do nível adequado para a cultura, estando abaixo desta nas profundidades 10-20 e 20-40 cm, porém os teores foliares desse nutriente apresentaram-se acima do nível considerados adeqado. O teor de K, tanto nas três profundidades do solo quanto nas folhas, apresentou-se abaixo do recomendado. A matéria orgânica do solo apresentou teor média nas profundidades 0-10 e 10-20 cm e, praticamente, teores baixos na profundidade 20-40 cm. O teor de N foliar manteve-se dentro do nível de adequação. A biomassa de carbono e a taxa de colonização micorrizica não apresentaram diferenças significativas entre os agroecossistemas. Quanto à respiração do solo, pode-se constatar que o agroessistema III apresentou maior atividade microbiana. Em relação aos fungos micorrizicos arbusculares identificados, observou-se maior freqüência dos gêneros Glomus e Paraglomus nos agoecossistemas, sendo que o gênero Acaulospora apresentou maior incidência no agroecossistema II. A infestação por bicho-mineiro ultrapassou 20% no terço superior (principalmente no período seco). A infestação por broca atingiu o nível de dano somente no agroecossistema I em 2001 e no agroecossistema III em 2002. A ferrugem no agroecossistema III não atingiu nível de dano devido à tolerância da cultivar (‘Icatu Amarelo’) à infecção por esse fungo. Porém nos agroecossistemas I e II (‘Catuaí’ Vermelho) a infecção na lavoura atingiu elevados (período seco) em todos os agroecossistemas. A produtividade do agroecossistema II em 2001 foi de 7,0 sc/ha e em 2002 de 21,5 sc/ha e no agroecossistema III foi praticamente zero em 2001 e em 2002 de 33,5 sc/ha.
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    Preservação da identidade de grãos e a coordenação dos sistemas agroindustriais
    (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2001) Sousa, Eduardo Luis Leão de; Marques, Pedro Valentim; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
    O presente trabalho investigou o papel da coordenação e da busca de eficiência sistêmica frente aos novos desafios e transformações decorrentes da necessidade da preservação de identidade de grãos, que passam a contar com atributos diferenciados. Essa mudança percorre toda a cadeia produtiva, desde a indústria de sementes - responsável por importantes inovações tecnológicas - até o consumidor final, cada vez mais exigente quanto a questões relacionadas a segurança do alimento e práticas agrícolas sustentáveis. Um novo arranjo no sistema estará vinculado à capacidade dos diversos agentes dos sistemas agroindustriais de coordenar e gerenciar essas relações, principalmente por meio do desenvolvimento de mecanismos de incentivos e controle, incluindo formas eficientes de rastreabilidade e certificação do produto ao longo da cadeia. Estes últimos terão um papel fundamental na diminuição da assimetria informacional entre produtores e consumidores. O arcabouço teórico utilizado foi a Economia de Custos de Transação, que permitiu a fundamentação e sistematização da análise, validada pelos estudos de casos que envolveram situações de Preservação de Identidade no Brasil e no exterior. Assim, foram analisadas cinco empresas que trabalhavam com grãos diferenciados e utilizavam sistemas de segregação e instrumentos de incentivos e monitoramento ao produtor rural. Os produtos estudados foram os seguintes: soja orgânica, cafés especiais, milho ceroso (ou waxy), milho com elevado teor de óleo e soja transgênica. Verificou-se que, realmente, a tendência de segregação de produtos implica a necessidade de adaptações e de alteração na forma de governança, via mercado, até então predominante. Os contratos podem ter várias formas, dependendo das características da transação. A preservação de identidade também implica aumento nos custos, que permeiam todas as fases da cadeia produtiva. Esses custos são identificáveis e têm forte relação com as características das transações e com os atributos do produto que se deseja segregar. Os custos adicionais de produção, distribuição e processamento vão depender, basicamente, das seguintes características: tolerância à contaminação, aspectos agronômicos, especificidade temporal e quantidade de produtos derivados. Identificou-se também que as estratégias de incentivo e monitoramento são fundamentais para o sucesso do sistema de PI. Os incentivos vão estar diretamente relacionados aos custos e a incerteza da transação e o monitoramento está fortemente relacionado ao nível de assimetria informacional que, por sua vez, associa-se aos atributos do produto. Assim, produtos cujo atributo é facilmente identificável requerem um nível de monitoramento distinto daqueles em que não se percebem, facilmente, as qualidades desejáveis. Em situações de baixo grau de diferenciação do produto, a assimetria informacional é praticamente nula, sendo o mercado considerado como a estrutura associada ao menor custo de transação. Com o aumento da diferenciação do produto, ocorre, também, o aumento da inabilidade do mercado para lidar com adaptações, sugerindo o estabelecimento de contratos entre as partes. Na situação em que o produto é diferenciado, porém facilmente identificável - com atributos visíveis ou facilmente perceptíveis -, as formas contratuais entre as partes são a maneira mais eficiente de monitoramento. Na medida em que a assimetria informacional aumenta, o mercado já demanda processos de certificação que permitam diminuir as incertezas do comprador, seja quanto ao produto, seja ao processo. Se facilmente identificável por testes laboratoriais, a certificação ao produto é a mais desejável; caso contrário, a certificação ao processo é a que minimiza os custos de monitoramento. Finalmente, em algumas situações, em que a não observância dos atributos pode gerar riscos à saúde ou em que há necessidade de identificação da origem de um determinado lote do produto, são necessários processos de rastreabilidade.
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    Potencial da região Sul de Minas Gerais para a produção de cafés especiais
    (Universidade Federal de Lavras, 2003) Chagas, Sílvio Júlio de Rezende; Pereira, Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga; Universidade Federal de Lavras
    É sabido que a qualidade do café está diretamente relacionada com a composição química os grãos. Neste contexto, o objetivo principal do presente trabalho foi realizar uma avaliação química e física em amostras de café de 22 municípios da região Sul de Minas Gerais, selecionados por apresentarem uma população cafeeira superior a dez milhões de pés. Foram coletadas amostras de café em dez propriedades de cada município totalizando 220 amostras. Os municípios estudados foram: Alfenas, Boa Esperança, Botelhos. Cabo Verde, Campestre, Campos Gerais, Carmo de Minas, Carmo do Rio Claro, Guaxupé, Jacutinga, Lavras, Machado, Muzambinho, Nepomuceno, Ouro Fino, Paraguaçu, Poços de Caldas, Santa Rita do Sapucaí, São Gonçalo do Sapucaí, São Sebastião do Paraíso, Três Pontas e Varginha. Após serem beneficiadas, as amostras foram analisadas, quanto às caracter´siticas químicas e classificação física, no Laboratório de Qualidade de Café "Dr. Alcides Carvalho", da EPAMIG, localizado no Centro Tecnológico do Sul de Minas em Lavras, MG, no período de setembro a dezembro de 1998. Foram realizadas as seguintes anáises químicas: pH, acidez titulável total, sólidos solúveis, açúcares (redutores, não redutores e totais), proteína bruta, polifenóis, cafeína, condutividade elétrica, lixiviação de potássio e atividade da polifenoloxidase. Também foi feita a classificação dos grãos quanto ao tipo, número de defeitos, percentual de defeitos e os principais defeitos encontrados nas amostras. Tanto para as amostras com defeitos como para as sem defeitos, apresentaram maiores valores de atividade da polifenoloxidase os municípios de Varginha e Ouro Fino, indicando menores danos causados aos grãos, quer por injúrias mecânicas e/ou microbianas, conseqüentemente podendo apresentar melhor bebida. Quanto à condutividade elétrica e lixiviação de potássio, parâmetros que têm uma correlação positiva com a qualidade da bebida, alguns municípios se destacaram com menores valores, tanto para as amostras com defeitos como para as sem defeitos. Os resultados observados nas demais análises realizadas estão dentro ou próximos da faixa de variação indicada para o café arábica e para a produção de cafés especias.