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    Resposta de cafeeiros em sistema de cultivo orgânico após poda de recepa sob diferentes regimes hídricos
    (Universidade Federal de Santa Maria, 2013-12-11) Nascimento, Luís Marques do; Spehar, Carlos Roberto
    O experimento foi conduzido na Fazenda Água Limpa, Universidade de Brasília, por três anos consecutivos, em cafeeiro sob cultivo orgânico, cv. IAPAR 59, com 7.142 plantas ha -1 após a poda de recepa e irrigado por gotejamento. A pesquisa abrangeu três aspectos do desenvolvimento das plantas de café, apresentados em capítulos. No primeiro objetivou-se avaliar o crescimento vegetativo, enquanto no segundo a uniformidade da floração e no terceiro a produtividade. Os tratamentos foram: sem irrigação; irrigação durante todo o ano; paralisação 30 dias antes da colheita; paralisação na época da colheita; e paralisação na colheita associada à condução do caule. Nas parcelas sem irrigação, o teor de água foi determinado pelo método gravimétrico enquanto nos demais tratamentos, foi utilizado “Irrigas” para monitorar a tensão de água no solo, com valor predefinido de 40 kPa. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso, onde os tratamentos consistiram de cinco regimes hídricos, com seis repetições. Os parâmetros de crescimento vegetativo avaliados em 2011 e 2012 foram: altura de planta, comprimento do primeiro par de ramos plagiotrópicos, diâmetro do caule, índice de área foliar, número de folhas e número de ramos plagiotrópicos produtivos. Os parâmetros avaliados mostraram que a planta foi favorecida pelo estresse hídrico controlado. A paralisação da irrigação na colheita, isoladamente, ou associada à condução da poda estimulou o crescimento da planta e do comprimento do primeiro par de ramos plagiotrópicos, refletindo-se positivamente no diâmetro do caule, no número de folhas e no índice de área foliar total nas épocas seca e chuvosa. A irrigação durante todo o ano não proporcionou aumento significativo na altura de planta, comprimento do primeiro par de ramos plagiotrópicos, diâmetro do caule, índice de área foliar e ramos primários produtivos no período de inverno. A ausência de irrigação proporcionou incrementos significativos para altura de planta, diâmetro do caule e número de folhas somente na época chuvosa. Na floração coletaram-se dados sobre números de ramos produtivos, nós produtivos, botões florais, flores, inflorescências, chumbinhos, chumbinhos por inflorescência e nós com frutos. O tratamento sem irrigação apresentou um período principal de floração. Os tratamentos com paralisações da irrigação reduziram os eventos de floração, contrariamente, a irrigação o ano todo apresentou diferentes intensidades de floração de julho a outubro de 2012. Na média dos cinco regimes hídricos aplicados, houve maior produção na posição leste (nascente) do número de nós com botões florais, número de botões florais, número de flores abertas, número de flores por inflorescência, número de chumbinhos por inflorescência e número de chumbinhos. A irrigação feita até a colheita associada à condução da poda, com paralisações por 70 dias em 2011 e 57 dias em 2012, elevou a produção da maioria dos parâmetros de floração. A produção e a produtividade totais de café foram avaliadas em 2011, 2012 e 2013 subdividiu-se em frutos cereja, cereja + verde, seco + chocho, além da trienal e acumulada. Os tratamentos com paralisações programadas das irrigações apresentaram produção e produtividade superiores ao tratamento sem irrigação. A irrigação feita todo o ano reduziu a proporção de frutos secos e chochos, porém, aumentou a de frutos verdes. A irrigação até a colheita associada à condução da poda de recepa aumentou a produção de frutos cereja e reduziu a de frutos secos e chochos em relação à massa total de frutos colhidos. A irrigação realizada até a colheita e a condução da poda de recepa elevou a produção e a produtividade trienal e acumulada.