UFSM - Teses

URI permanente para esta coleçãohttps://thoth.dti.ufv.br/handle/123456789/12107

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 9 de 9
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Caracterização agronômica de acessos de café Conilon irrigado no Cerrado do Planalto Central
    (Universidade Federal de Santa Maria, 2016-05-31) Santin, Mateus Rollemberg; Peixoto, José Ricardo
    O Cerrado brasileiro despontou nos últimos anos como uma região bastante propícia à cultura do café, com grandes áreas e alto investimento em tecnologia. O café Conilon, tradicionalmente limitado às regiões de baixa altit ude, apresenta rusticidade e elevada produtividade, com grande potencial para produção e m maior escala nesse bioma. Para tanto, são necessários estudos que avaliem a possibilidade de adaptação desta espécie às condições edafoclimáticas e ao sistema de manejo utilizado na região. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho agronômico de gen ótipos de café Conilon, oriundos de cruzamentos em campo isolado da cultivar Robusta Tropical, no Cerrado do Distrito Federal, avaliando sua produtividade, a força de de sprendimento de seus frutos ao longo do ciclo de maturação e sua resistência a duas das principais doenças que afetam o cafeeiro (ferrugem e cercosporiose), num experimento sem repetição no campo, com um representante de cada genótipo, com espaçamento de 3,5 m entre linhas, 1,0 m entre plantas e irrigação por aspersão convencional, real izada por pivô central, e com o uso da tecnologia do estresse hídrico para a uniformização da florada. Para a produtividade, foram usados os dados de produção de três safras consecutivas, e foram classificados os materiais com produção mínima de sete litros por pl anta nos três anos, com coeficiente de variação de produção menor que 25%. Foi realizad a a análise de repetibilidade para estimativa de parâmetros genéticos destes materiais, com o uso do software Selegen. Os resultados obtidos demonstram que existe variabilidade na população estudada para produtividade, e os valores de repetibilidade obtidos favorecem a seleção de genótipos superiores para plantio na região, com base nos fen ótipos avaliados. A avaliação da força de desprendimento dos frutos foi realizada ao longo de cinco estádios do ciclo de maturação, a saber: verde, verde cana, cereja, pass a e coco. Seis frutos de cada lado da linha de cultivo eram coletados, e a força de seu d esprendimento foi medida com o auxílio de um dinamômetro da marca Instrutherm®, mo delo DD 300. Com os valores médios para cada estádio foi projetada a curva de egressão não linear da força de desprendimento dos frutos para cada grupo de maturação (superprecoce, precoce, médio e semitardio), com o uso do software estatístico R. Os resultados demonstram que existe variação, para esta característica, entre genótipos e ao longo do ciclo de maturação. O estádio de passa mostrou uma tendência a ser o maisadequado para a colheita mecanizada do café Conilon, por exigir menor força para se desprender dos ramos. A avaliação da reação dos genótipos às doenças foi re alizada em seis épocas, com intervalos médios de 37 dias, com base em escalas diagramáticas desenvolvidas para cada doença, por meio de notas, cujas médias em cada época foram usadas, no software SISVAR, para a análise de variância, e pelo software Genes, para estimativa de parâmetros genéticos. Os resultados obtidos demonstram que existe variabilidade dentro da população para reação a estas doenças, com boa q uantidade de materiais resistentes, alguns materiais moderadamente resistentes e um material tolerante às duas doenças. A estimativa de parâmetros genéticos para a resistência a essas doenças resultou em uma situação mais favorável à seleção fenotípica para f errugem, e pouco menos favorável para cercosporiose do cafeeiro.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Atributos do solo e resposta do cafeeiro a regimes hídricos com e sem braquiária nas entrelinhas
    (Universidade Federal de Santa Maria, 2014-03-07) Rocha, Omar Cruz; Ramos, Maria Lucrécia Gerosa
    O objetivo deste trabalho foi de avaliar o potencial de uso da Urochloa decumbens (sinonímia B. decumbens) como planta de cobertura em lavouras de café no Cerrado central brasileiro. O ensaio foi conduzido no campo experimental da Embrapa Cerrados (15°35’42”S, 47°43’51”W e 1009 m) em um experimento com café (Coffea arabica L;), instalado em dezembro de 2007. A pesquisa fundamentou-se na investigação dos atributos físico-hídricos, químicos e estruturais do solo, bem como no desempenho produtivo dos cafeeiros nos diferentes tratamentos. Em relação aos atributos físico-hídricos, o regime de irrigação aumentou a densidade do solo na camada superficial sem, no entanto, prejudicar sua capacidade de armazenamento de água. Em relação à braquiária houve efeito positivo de suas raízes sobre o armazenamento de água do solo, promovendo incremento na percentagem de microporos relacionados à água prontamente disponível, que foi acrescida em 18% ao longo do perfil. Quanto aos atributos químicos, os maiores teores de carbono orgânico e nitrogênio total do solo foram encontrados na camada de 0,00 a 0,10 m, onde também se concentrou 50% do carbono orgânico total no perfil estudado. A braquiária associada à irrigação teve efeito positivo altamente significativo sobre o diâmetro médio ponderado dos agregados indicando melhor agregação do solo. Em relação aos cafeeiros, o sistema de manejo com braquiária, em condição irrigada, não alterou significativamente o desempenho produtivo. Contudo, a braquiária conduzida em regime de sequeiro reduziu o potencial produtivo das plantas e aumentou em 18% o número de ramos plagiotrópicos para compor um kg de café beneficiado, resultando em uma queda de 42% na produtividade. Por fim, a ausência da irrigação, independentemente do sistema de manejo adotado, limitou o crescimento vegetativo dos cafeeiros.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Resposta de cafeeiros em sistema de cultivo orgânico após poda de recepa sob diferentes regimes hídricos
    (Universidade Federal de Santa Maria, 2013-12-11) Nascimento, Luís Marques do; Spehar, Carlos Roberto
    O experimento foi conduzido na Fazenda Água Limpa, Universidade de Brasília, por três anos consecutivos, em cafeeiro sob cultivo orgânico, cv. IAPAR 59, com 7.142 plantas ha -1 após a poda de recepa e irrigado por gotejamento. A pesquisa abrangeu três aspectos do desenvolvimento das plantas de café, apresentados em capítulos. No primeiro objetivou-se avaliar o crescimento vegetativo, enquanto no segundo a uniformidade da floração e no terceiro a produtividade. Os tratamentos foram: sem irrigação; irrigação durante todo o ano; paralisação 30 dias antes da colheita; paralisação na época da colheita; e paralisação na colheita associada à condução do caule. Nas parcelas sem irrigação, o teor de água foi determinado pelo método gravimétrico enquanto nos demais tratamentos, foi utilizado “Irrigas” para monitorar a tensão de água no solo, com valor predefinido de 40 kPa. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso, onde os tratamentos consistiram de cinco regimes hídricos, com seis repetições. Os parâmetros de crescimento vegetativo avaliados em 2011 e 2012 foram: altura de planta, comprimento do primeiro par de ramos plagiotrópicos, diâmetro do caule, índice de área foliar, número de folhas e número de ramos plagiotrópicos produtivos. Os parâmetros avaliados mostraram que a planta foi favorecida pelo estresse hídrico controlado. A paralisação da irrigação na colheita, isoladamente, ou associada à condução da poda estimulou o crescimento da planta e do comprimento do primeiro par de ramos plagiotrópicos, refletindo-se positivamente no diâmetro do caule, no número de folhas e no índice de área foliar total nas épocas seca e chuvosa. A irrigação durante todo o ano não proporcionou aumento significativo na altura de planta, comprimento do primeiro par de ramos plagiotrópicos, diâmetro do caule, índice de área foliar e ramos primários produtivos no período de inverno. A ausência de irrigação proporcionou incrementos significativos para altura de planta, diâmetro do caule e número de folhas somente na época chuvosa. Na floração coletaram-se dados sobre números de ramos produtivos, nós produtivos, botões florais, flores, inflorescências, chumbinhos, chumbinhos por inflorescência e nós com frutos. O tratamento sem irrigação apresentou um período principal de floração. Os tratamentos com paralisações da irrigação reduziram os eventos de floração, contrariamente, a irrigação o ano todo apresentou diferentes intensidades de floração de julho a outubro de 2012. Na média dos cinco regimes hídricos aplicados, houve maior produção na posição leste (nascente) do número de nós com botões florais, número de botões florais, número de flores abertas, número de flores por inflorescência, número de chumbinhos por inflorescência e número de chumbinhos. A irrigação feita até a colheita associada à condução da poda, com paralisações por 70 dias em 2011 e 57 dias em 2012, elevou a produção da maioria dos parâmetros de floração. A produção e a produtividade totais de café foram avaliadas em 2011, 2012 e 2013 subdividiu-se em frutos cereja, cereja + verde, seco + chocho, além da trienal e acumulada. Os tratamentos com paralisações programadas das irrigações apresentaram produção e produtividade superiores ao tratamento sem irrigação. A irrigação feita todo o ano reduziu a proporção de frutos secos e chochos, porém, aumentou a de frutos verdes. A irrigação até a colheita associada à condução da poda de recepa aumentou a produção de frutos cereja e reduziu a de frutos secos e chochos em relação à massa total de frutos colhidos. A irrigação realizada até a colheita e a condução da poda de recepa elevou a produção e a produtividade trienal e acumulada.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Distribuição dos solos associados ao cultivo de cafés de qualidade especial na Serra da Mantiqueira Mineira
    (Universidade Federal de Santa Maria, 2016-07-29) Chaves, Aurélio Alves Amaral; Lacerda, Marilusa Pinto Coelho
    A utilização do solo de forma sustentável depende do conhecimento de seus atributos e sua distribuição na paisagem, porém, no Brasil, os levantamentos de solos detalhados são escassos, impossibilitando um planejamento racional e ocasionando a degradação desse recurso e a obtenção de rendimentos abaixo do potencial agropecuário das terras. Um dos motivos da carência de informações sobre os solos do território brasileiro é a sua grande extensão territorial, onde a execução de levantamentos pedológicos tradicionais em escalas mais detalhadas apresentam custo elevado. Torna-se, então, necessária a utilização de novas tecnologias aliadas aos levantamentos convencionais. Dentre os produtos agrícolas brasileiros, destaca-se o café, responsável por um setor economicamente importante e gerador de renda e empregos, uma vez que o Brasil é o maior produtor e exportador de café no mundo. Diante desse contexto, o presente estudo teve como objetivo caracterizar os solos associados à cultura cafeeira de alta qualidade sensorial e estabelecer o modelo de distribuição desses solos no município de Carmo de Minas, MG, representativo da Microregião da Serra da Mantiqueira Mineira, região tradicionalmente conhecida pela produção de cafés de alta qualidade. Por meio de atividades de campo, foram selecionados perfis pedológicos representativos, que foram devidamente caracterizados e classificados no SiBCS. Os parâmetros morfométricos associados à ocorrência das classes caracterizadas de solos, como declividade, hipsometria e curvatura foram verificados a fim de estabelecer as relações pedomorgeológicas da área de estudo. Foi observado que os Latossolos desenvolvidos em épocas geológicas anteriores, em superfícies geomorfológicas de aplainamento, encontram-se preservados nas encostas convexas, com classes de declividade de até 45%. Em classes de declividade variando de 45 a 75%, nas porções do relevo de curvatura transicional convexo-côncava, ocorrem Nitossolos latossólicos, e quando a declividade supera os 75%, com desenvolvimento de relevo côncavo, verifica-se a ocorrência de Cambissolos. A associação dos solos com a cultura dos cafés de alta qualidade está relacionada à elevada evolução e profundidade destes solos em relevos acidentados e às características físicas latossólicas preservadas, que permitem o desenvolvimento da cafeicultura. A ocorrência comum de horizonte A húmico, de elevadas espessuras, também contribuem física e quimicamente à cultura do café na região. Com base no modelo elaborado da distribuição dos solos nas áreas cultivadas com cafés de qualidade no município de Carmo de Minas, representativo da Serra da Mantiqueira Mineira, foi realizado o mapeamento digital dos solos com a utilização da lógica fuzzy, por meio do programa ArcGIS.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    O efeito protetor do exercício físico e da suplementação com cafeína nas convulsões e dano oxidativo induzidos por pentilenotetrazol em ratos
    (Universidade Federal de Santa Maria, 2012-10-05) Souza, Mauren Assis de; Royes, Luiz Fernando Freire
    As crises convulsivas constituem a principal manifestação clínica da epilepsia. A epilepsia é uma condição neurológica crônica com incidência de 1 % na população em geral sendo que cerca de 20 a 30% dos pacientes apresentam-se refratários ao tratamento com as drogas antiepiléticas disponíveis. Existem evidências para a participação das espécies reativas de oxigênio (EROs) na fisiopatologia das epilepsias, entretanto determinar o seu papel é difícil, uma vez que, o estresse oxidativo pode ser causa ou consequência das crises epilépticas. Considerando o grande número de pacientes refratários ao tratamento disponível, e que o dano oxidativo parece ser um importante fator envolvido nas crises, terapias alternativas que aumentem as defesas antioxidantes e/ou diminuam o dano oxidativo podem se tornar importantes adjuvantes no tratamento das crises epilépticas, como o exercício físico e a administração de cafeína. Neste sentido o presente trabalho teve como objetivo investigar os efeitos da atividade física e da suplementação com cafeína nas convulsões comportamentais e eletroencefalográficas (EEG), bem como nas alterações dos parâmetros oxidativos induzidos por pentilenotetrazol (PTZ) em ratos. No estudo 1 demonstrou-se que o exercício físico (natação 6 semanas) atenuou a latência e a duração das convulsões generalizadas induzidas pela administração de PTZ (45 mg / kg i.p) e atenuou o aumento da amplitude das ondas eletroencefalográficas induzidas por PTZ (30, 45 e 60 mg/Kg i.p). Análise de correlação de Pearson revelou que a proteção do exercício físico contra as convulsões correlaciona-se com conteúdo de tióis não protéicos (TNP), atividade da enzima Na + ,K + -ATPase e manutenção da captação de glutamato. O exercício físico aumentou a atividade da superóxido dismutase (SOD) e o conteúdo de TNP per se atenuando a produção de EROs per se. Além disso, o exercício físico protegeu contra a neutoxicidade induzida por PTZ caracterizada aqui pela produção de EROs, peroxidação lipídica (LPO), carbolinação de proteínas, diminuição no conteúdo de TNP inibição da atividade da SOD e catalase (CAT), e a inibição da captação de glutamato. No estudo 2 verificou-se que a administração prolongada de cafeína (6 mg/Kg, 15 dias p.o), mas não a administração aguda diminuiu o tempo gasto nas convulsões tônico-clônico generalizadas e atenuou o aumento da amplitude EEG induzida por PTZ (60 mg/Kg i.p). Além disso, verificou-se que a administração prolongada de cafeína aumentou o conteúdo de glutationa reduzida (GSH) per se e protegeu do aumento da LPO, produção de EROs e inibição da atividade da enzima Na + ,K + -ATPase induzida por PTZ. A infusão de L-butionina sulfoximina (BSO, 3,2 micromol / site icv), um inibidor da síntese de GSH, dois dias antes da administração de PTZ reverteu o efeito anticonvulsivante da cafeína frente as convulsões e dano oxidativo induzidos por PTZ. Além disso, um estudo subsequente revelou que a administração prolongada de cafeína juntamente com exercício físico durante 4 semanas aumentou a latência para a primeira convulsão mioclônica e primeira generalizada, além de diminuir a duração das convulsões generalizadas induzidas pela administração de PTZ (60 mg / kg i.p). Considerando os dados apresentados no presente estudo, conclui-se que o exercício físico e a suplementação prolongada com cafeína atenuam as convulsões induzidas por PTZ, por modular positivamente o sistema antioxidante e manter a atividade da enzima Na + ,K + -ATPase em ratos.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Inibidores protéicos e seu potencial uso no controle de insetos-praga de importância para a cultura do café e do feijão
    (Universidade Federal de Santa Maria, 2005) Pereira, Railene de Azevedo; Sá, Maria Fátima Grossi de
    Os inibidores de α-amilase e de proteinases vegetais tem sido amplamente estudados, devido ao papel destes fatores de resistência contra insetos-praga. Este trabalho tem como objetivo identificar inibidores de α-amilase e de proteinases, presentes em sementes de Phaseolus coccineus e sementes de algaroba (Prosopis juliflora), com potencial inseticida no controle da broca-do-café (Hypothenemus hampei) e de pragas de grãos armazenados de feijão Acanthoscelides obtectus e Callosobruchus maculatus. Um gene que codifica para o inibidor de α-amilase de 223 resíduos de aminoácidos, denominado α AI-Pc1 foi clonado de sementes de Phaseolus coccineus, acesso 35590. αAI- Pc1 tem 70 a 98% de identidade de aminoácidos com outros inibidores de α-amilases de feijão, já descritos. Uma construção contendo o gene α AI-Pc1, regulado pelo promoter da fitohemaglutinina PHA-L, foi introduzida em plantas de fumo, via Agrobacterium tumefasciens. A presença e expressão do gene α AI-Pc1 em plantas transformadas (parental T0 e geração T1) foi confirmada por reação de cadeia da polimerase (PCR), Western blot e ELISA. Extrato protéico das sementes de plantas transformadas reagiram positivamente com o anticorpo policlonal contra o anticorpo αAI-1, enquanto que nenhuma reação foi observada em plantas não transformadas. Ensaios imunológicos mostraram que αAI-Pc1 representa cerca de 0,05% da proteína solúvel total de sementes de plantas (T0). A proteína recombinante expressa em plantas de fumo foi biologicamente ativa onde 125 ng de inibidor αAI-Pc1 inibe 65% da atividade da α-amilase de H. hampei. Utilizando semente de P. coccineus, acesso 35619, um inibidor de proteinase serínica pertencente à classe Bowman-Birk foi purificado utilizando técnicas cromatográficas que incluem coluna de troca iônica DEAE-Cellulose, coluna de filtração molecular Superdex 75, coluna fase-reversa líquida de alta pressão Vydac C-18 e Source 5RPC. O inibidor, denominado de PcBBI1, é uma proteína rica em cisteína e estável ao calor em pH alcalino. Análises por MALDI-TOF/MS mostraram que o inibidor PcBBI1 esta presente em semente de P. coccineus na forma de um monômero de 8.689 Da ou de um dímero de 17.378 Da. O efeito inibitório de PcBBI1 foi analisado por ensaio in vitro para tripsina e quimotripsina pancreática bovina e para proteinases digestivas de larvas de H. hampei. O inibidor foi fortemente ativo contra as enzimas semelhantes à tripsina de H. hampei, inibindo 80% da atividade proteolítica. Adicionalmente, um inibidor de proteinase cisteínica foi isolado das sementes de algaroba (Prosopis juliflora). Este inibidor, denominado de Pj, foi purificado usando uma coluna de filtração molecular Sephacryl S-200 seguido por uma coluna de fase-reversa líquida de alta pressão Vydac 18 TP. O inibidor Pj mostrou uma massa molecular de 20.000 Da por eletroforese em gel de poliacrilamida com SDS e massa molecular de 19.276 Da por espectrometria de massa. A inibição da papaína pelo inibidor Pj foi do tipo não-competitivo, com um valor de K i de 0.59 x 10 -9 . A atividade gelatinásica da papaína também foi fortemente inibida pelo inibidor Pj. A seqüência de aminoácidos da extremidade N-terminal do inibidor Pj mostrou homologia com a seqüência de aminoácidos da extremidade N-terminal de inibidores de proteinase da família Kunitz. Pj foi fortemente efetivo contra proteinases digestivas do gorgulho do feijão Acanthoscelides obtectus e do gorgulho de caupi Callosobruchus maculatus e foi moderadamente ativo contra proteinases digestivas do gorgulho da vagem Mimosestes mimosae e do gorgulho do feijão comum Zabrotes subfasciatus.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Caracterização química de resíduo de café (borra) e seu efeito em cafeeiro orgânico adensado e em plântulas de cafeeiro e tomateiro
    (Universidade Federal de Santa Maria, 2013-04-15) Brito, Adjaci Dias de; Spehar, Carlos Roberto
    Como consequência da atividade humana e do aumento populacional, têm aumentado o volume de resíduos urbanos derivados da agricultura. Estima-se que a produção mundial de café supere 85 milhões de toneladas anuais (até 2013), originando considerável quantidade do resíduo proveniente da elaboração da bebida, conhecido como borra de café. Considerando sua alta disponibilidade, e o fato de que o emprego in natura deste resíduo tem sido pouco praticado no meio agrícola, tem-se a oportunidade de, além de transformá-lo numa opção agrícola sustentável, diminuir o seu descarte e a poluição ambiental ocasionada pelo mesmo. Neste trabalho foram analisados os atributos químicos e a influência do resíduo de café (borra) como fertilizante orgânico e/ou condicionador do solo no desenvolvimento do cafeeiro produzido organicamente e no estabelecimento e desenvolvimento de plântulas de cafeeiro e de tomateiro. Os resíduos de café (borra) utilizados no estudo foram coletados em órgãos públicos e privados do Distrito Federal, ficando apropriado para utilização após as etapas de processamento descritas no item 2.2. No primeiro capítulo, o resíduo de café foi caracterizado através de análises químicas e espectroscópicas (Ressonância Magnética Nuclear – RMN) e estudou-se ainda sua dinâmica de mineralização de carbono e os efeitos deste material sobre o índice de área foliar e o número de botões florais em cafeeiro orgânico adensado. A cultivar utilizada foi a Obatã vermelho IAC 1669-20, com doses de resíduo de café de 2,0, 1,5, 1,0, 0,5 e 0,0 kg (controle) aplicadas na projeção da copa de cada árvore. O experimento foi composto com quatro repetições em blocos ao acaso, tendo-se cada parcela com 24 plantas. No segundo e terceiro capítulos, o resíduo de café foi expurgado e empregado como constituinte de substrato orgânico, sendo combinado com diversos outros produtos orgânicos e artificiais para germinação e desenvolvimento de plântulas de cafeeiro e tomateiro em casa de vegetação. Verificou-se que o resíduo de café (borra) in natura apresentou atributos químicos favoráveis para uso agrícola, onde doses crescentes deste material aumentaram o índice de área foliar e número de botões florais em cafeeiro orgânico adensado. A sua utilização como substrato interferiu negativamente na germinação, emergência e produção de biomassa em plântulas de cafeeiro e tomateiro. O efeito inibitório do RC, quando presente como componente em substratos, pode estar associado à ação de metabólitos secundários causadores de alelopatia, como a cafeína, tornando-se necessário identificar tais substâncias e suas concentrações relativas.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Efeitos da cafeína e do diclofenaco sobre o estresse oxidativo e a inflamação em ratos submetidos ao exercício físico
    (Universidade Federal de Santa Maria, 2015-07-01) Barcelos, Rômulo Pillon; Barbosa, Nilda de Vargas
    O exercício físico pode representar um tipo de estresse por alterar a homeostase corporal. O elevado consumo de oxigênio pelo músculo esquelético durante o exercício físico aumenta a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e proteínas inflamatórias, desencadeando estresse oxidativo e inflamação sistêmica. Atualmente, a cafeína, um composto presente em diversas bebidas e medicamentos, e os anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs), incluindo o diclofenaco, têm sido amplamente usados em competições esportivas. Considerando que os atletas treinam com o objetivo de melhorar o seu desempenho esportivo, principalmente em provas de alta intensidade e curta duração e que essas podem levar à sensação de dor e processo inflamatório, um grande número desses atletas usa tanto cafeína e AINEs como recursos ergogênicos ou até mesmo para evitar perdas de performance em suas provas. No entanto, pouco se sabe sobre os efeitos da associação entre treinamento físico e o uso concomitante de cafeína/diclofenaco nos tecidos. Levando em consideração a especificidade esporte, a maioria dos estudos são referentes a associação exercício físico e músculo esquelético. Entretanto, as respostas adaptativas ao exercício físico não são restritas ao tecido muscular. Considerando o importante papel do fígado durante a atividade física, um objetivo desta tese foi analisar os efeitos da cafeína e, em um segundo momento, do diclofenaco, sobre marcadores hepáticos de estresse oxidativo, dano tecidual e inflamação em ratos treinados. Nos artigos destacamos o papel da cafeína em modular as respostas de dano, estresse oxidativo, inflamação e adaptação causadas pelo treinamento físico em fígado, músculo e plasma. O protocolo experimental foi realizado com 4 grupos distintos: sedentário-salina, sedentário- cafeína, exercício-salina e exercício-cafeína. Os grupos exercício foram submetidos a 4 semanas de treinamento aeróbio de natação e os grupos tratados foram suplementados com cafeína (6 mg/kg), durante o treinamento. Identificamos mudanças significativas na atividade das enzimas citrato sintase (CS), superóxido desmutase (SOD), glutationa peroxidase (GPx) e acetilcolinesterase (AChE), e nos níveis da aspartato aminotransferase (AST) e substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) após treinamento. Todas essas alterações foram revertidas pelo tratamento com cafeína. No manuscrito destacamos o papel modulador do diclofenaco sobre a inflamação gerada por exercício agudo. O protocolo consistiu em uma sessão de 90 mim de exercício excêntrico agudo em esteira em ratos tratados previamente com salina ou diclofenaco (10mg/kg) (grupos: controle-salina, exercício-salina, controle- diclofenaco, exercício-diclofenaco). Após o exercício, foi identificado um aumento na expressão gênica e níveis da proteínas TLR4, MyD88, TRIF, NFκB p65, IL-6, TNF-α e iNOS. Essas respostas geradas pelo exercício excêntrico foram bloqueadas pelo tratamento com diclofenaco. Os dados obtidos nos permitem concluir que o diclofenaco e a cafeína interferem nas respostas adaptativas de cunho oxidativo/inflamatório geradas pelo exercício físico, podendo assim alterar os mecanismos de hormesis dos tecidos ao exercício físico.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    The effects of caffeic acid and caffeic acid phenethyl ester on the activities of acetylcholinesterase and ecto-nucleotidases in rats
    (Universidade Federal de Santa Maria, 2013-01-21) Anwar, Javed; Schetinger, Maria Rosa Chitolina
    Os compostos fenólicos e seus derivados constituem uma importante família de compostos naturais. O ácido cafeico (AC) e o éster fenetil do ácido cafeico (CAPE) são membros importantes dessa família e compartilham algumas aplicações biológicas, tais como: antioxidante, neuroprotetor, antiinflamatório, antiproliferativo, antibacteriano, antiviral, antiaterosclerótico e anticancerígeno. Entretanto, a literatura relata algumas atividades pró-oxidantes, dependendo do ambiente celular. Devido a estas propriedades patofisiológicas, aumentou o interesse com o objetivo de avaliar o efeito de CA e CAPE sob as atividades das enzimas purinérgicas e da acetilcolinesterase (AChE), tanto no Sistema Nervoso Periférico (SNP) como no Sistema Nervoso Central (SNC). Previamente, nosso grupo de pesquisa relatou que o composto fenólico tem a capacidade de alterar as atividades dessas enzimas. A AChE rapidamente hidrolisa a acetilcolina (ACh) em tecidos neuronais e não neuronais, mediando algumas doenças neurodegenerativas. Ao lado da ACh, o ATP (como co- neurotransmissor) e adenosina são importantes moléculas sinalizadoras, comunicando as células em ambos os SNP e do SNC. Nas vias de sinalização extracelulares, os nucleotídeos de adenina e seus derivados podem ser acoplados a receptores específicos e desse modo ter um papel crucial no sistema nervoso, sistema vascular e imune. Uma vez liberadas, estas moléculas são hidrolisadas por uma cascata de enzimas incluindo a ectonucleosídeo trifosfato difosfoidrolase (NTPDase; EC 3.6.1.5, CD39), 5'- nucleotidase (EC 3.1.3.5, CD73), ectonucleotideo pirofosfatase/fosfodiesterase (E-NPP), modulando definitivamente as vias de sinalização do funcionamento normal do sistema nervoso, sistema vascular e imune. Além disso, a adenosinadeaminase (ADA) e a xantina oxidase (XO) degradam a adenosina e a xantina, respectivamente, as quais controlam o funcionamento de mecanismos em eventos celulares. As enzimas encontradas em tecidos neuronais e não neuronais como a AChE, a NTPDase, a 5'-nucleotidase, a E-NPP e a ADA regulam eventos celulares incluindo a neurotransmissão, inflamação e processos trombogênicos. Com essas informações, nós introduzimos a hipótese de avaliar primeiramente os efeitos in vitro de CA na atividade da AChE periférica e no sistema central colinérgico de ratos. Os resultados demonstraram que o CA modula significativamente o sistema colinérgico no estudo in vitro. Essa modulação demonstra aparentemente que o CA (estrutura fenólica) possui propriedades de ação que altera a neurotransmissão. Portanto, a hipótese de se avaliar os efeitos in vivo de CA na atividade da AChE, NTPDase, E-NPP, 5'-nucleotidase, ADA e da agregação de plaquetas em diferentes tecidos de ratos tornou-se evidente. Para esse estudo, os animais foram tratados durante 30 dias e sacrificados após o teste comportamental. Os resultados do experimento demonstraram que o CA aumentou significativamente a atividade da AChE em hipocampo, hipotálamo, ponte e nos linfócitos, enquanto que no córtex cerebral, cerebelo e estriado a AChE foi inibida. No teste comportamental o CA teve evolução de melhora na latência de passos da esquiva inibitória. A investigação dos efeitos in vivo do CA no sistema purinérgico demonstrou aumento na hidrólise de ATP e AMP em sinaptossomas. Entretanto, não foram observadas alterações significativas na atividade da ADA em sinaptossomas dos grupos avaliados neste estudo. Em plaquetas, o CA aumentou significativamente a hidrólise de ATP e AMP, enquanto que a hidrólise de ADP foi diminuída nesse tecido. No presente estudo o CA reduziu significativamente a agregação de plaquetas induzida pelo agonista ADP. Além disso, o tratamento com CA aumentou significativamente as atividades da NTPDase e da ADA em linfócitos de ratos. Considerando a dupla função de CA, in vitro e in vivo, o presente estudo foi estendido para CAPE seguindo o modelo de tratamento agudo pela via intraperitoneal (ip) com o objetivo de elucidar o efeito de uma segunda estrutura fenólica sobre os mesmos parâmetros. Nesta linha de pesquisa, os animais foram tratados ip com CAPE e eutanasiados após 40 minutos. Em plaquetas, os resultados demonstraram que o CAPE aumentou significativamente a atividade da NTPDase, E-NPP e 5'-nucleotidase, enquanto que a atividade da ADA não foi alterada significativamente. Em sinaptossomas, o CAPE inibiu significativamente a atividade da NTPDase e da 5'-nucleotidase. O CAPE não induziu alterações significativas na atividade da ADA em sinaptossomas, mas reduziu significativamente a atividade da XO em todo o cérebro. Finalmente, nós investigamos a atividade da AChE no córtex cerebral, cerebelo, estriado, hipocampo, hipotálamo, ponte, linfócitos e músculos de ratos tratados com CAPE. Os resultados demonstraram que CAPE diminuiu significativamente a atividade da AChE em córtex cerebral, cerebelo e estriado. O CAPE aumentou significativamente a atividade da AChE em hipotálamo, hipocampo, ponte, músculo e linfócitos. No sistema colinérgico, nossos resultados demonstram claramente que ambos os compostos possuem dupla função. Estes resultados demonstram que as atividades da AChE e da cascata das ecto-enzimas foram alteradas em diferentes tecidos após o tratamento com CA ou CAPE em ratos, sugerindo que estes compostos devem ser considerados agentes com potencial terapêutico em doenças imunes, vasculares e neurológicas relacionadas com o sistema colinérgico e purinérgico.